As formigas, são conhecidas pela extraordinária capacidade de trabalhar de forma organizada e colectiva, criando com incrível precisão um mundo social cuja complexidade ombreia com a humana.
Entre elas existem também aquelas que tentam fugir ao rebanho social, ou seja, tentar modificar a sua sina, tentam concretizar as suas vontades que se encontram para além daquilo que para elas está determinado.
Uma das características do formigueiro é que ao grupo das operárias está interdita a reprodução. Nasceram para servir a rainha e cuidar da sua descendência. Quando assim não é, quando uma delas tenta procriar é de imediato detectada e assassinada como castigo pelo pecado que comete.
Os seus carrascos não são as forças policiais que no país das formigas existem, são as suas próprias companheiras de infortúnio, aquelas que como não podem, não permitem que mais nenhuma possa e assim que a substancia química que é libertada quando a vontade de procriar existe, está dado o sinal que indica que Deus quer que seja feita a sua vontade: a morte imediata das prevaricadoras da sua lei.
Eu tenho andado longe do Paróquias mas continuo a ler com frequencia. Não posso deixar passar em claro que ultimamente tem aparecido por cá cada vez mais pessoas com posições extremadas.
Este tópico é exempli disso.
Caro Taprobana,
Nós não fomos criados para sermos formigas, ovelhinhas cegas e bajuladoras de um deus mimado e colérico.
As formigas não amam nem nunca vão ter amor por isso a sua organização é como um bronze que soa ou um címbalo que retine, fria e rotinada.
Nunca vão ter o dom da profecia nem conhecer os mistériose do mundo e da ciênçia.
Nunca vão ter uma fé que transporte montanhas e em última instância nunca vão poder ambicionar ter amor como nós humanos, que sem amor nada somos.
Ainda que uma formiga distribua todos os seus bens que não os tem e entregue o seu corpo para ser queimado porque quimicamente assim foi obrigada, uma formiga não tem amor por isso nada se aproveita.
Uma formiga não sabe nem pode decidir ser paciente ou prestável. Uma formiga não conhece a inveja, a arrogancia ou o orgulho.
Como um escravo, uma formiga está programada e não conhece o amor e por isso nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse pois não consegue nem comprende.
Uma formiga não se irrita nem guarda ressentimento, não se alegra com a injustiça
mas tão pouco rejubila com a verdade.
Uma formiga não desculpa, não crê, não espera nem suporta porque uma formiga não foi criada para compreender que o amor jamais passará.
Se tu nos vês como formigas, como escravos lembra-te das palavras de S.Paulo,
"É que todos vós sois filhos de Deus em Cristo Jesus, mediante a fé; pois todos os que fostes baptizados em Cristo, revestistes-vos de Cristo mediante a fé. Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem e mulher, porque todos sois um só em Cristo Jesus. E se sois de Cristo, sois então descendência de Abraão, herdeiros segundo a promessa."
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