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Re: A beleza da castidade.
Escrito por: Alpha (IP registado)
Data: 14 de July de 2009 00:15

Olá Desconhecido,

Citação:
Desconhecido
Que maçada... já reparaste que toda a gente entendeu o que vou dizer a seguir, excepto tu? Haja paciência.

Haja a mesma paciência para ler e reler número tirados ao acaso (vá lá, desta vez calhou o «10%»), que depois de criticados, resultam num «se calhar». Se é 10% é 10%, se é 1% é 1%, «se calhar» não é medida nem quantidade.

Citação:
Desconhecido
A lena referiu um aspecto que não pode ser ignorado também: A necessidade biológica.

Se eu tiver a necessidade biológica de matar, devo-o fazer? Se eu tiver a necessidade biológico de comer sem parar, é aceitável que o faça?

O homem é capaz de bem mais do que apenas responder aos impulsos biológicos, é capaz de exercer a sua vontade. Isso é parte do que nos distingue do resto da fauna.

Cumprimentos

Alpha

Re: A beleza da castidade.
Escrito por: FranciscoG (IP registado)
Data: 14 de July de 2009 12:41

Citação:
Lena

It's all about sex, baby.

Olá Lena,

nada mais errado... It's all about love and commitment!

Como já foi aqui dito, a castidade é muito mais do que abstinência. É, sobretudo, viver a sexualidade de uma forma responsável. É, entre outras coisas, preparar-se para não olhar apenas para o outro como objecto sexual ou meramente erótico. É aprender a conter-se quando, por várias razões, se fica privado de ter relações com o outro. É aprender a amar totalmente o outro.

Citação:
Lena
Nisto até hoje ninguém me foi capaz de demonstrar o meu erro quando afirmo que o cristianismo, em geral, tem uma sexualidade mal resolvida.

Pelo contrário. A Igreja elevou a sexualidade ao seu grau máximo: à entrega total e plena de um ao outro. Ou seja, quando duas pessoas estão preparados para uma entrega total de espírito, estão preparadas para uma entrega total de corpo. Dentro da doutrina da Igreja, só quem está disposto a entregar-se total e livremente ao outro na alegria, na tristeza, na riqueza e na privação, amando e respeitando fielmente o outro todos os dias das suas vidas, está realmente capaz de chegar à união física plena.

O problema, Lena, é que, para muitas pessoas, o preconceito perante a forma dos católicos viverem a sexualidade é enorme. Se temos filhos, as nossas mulheres são ratazanas ou coelhas e não temos televisão. Contudo, só há uma forma natural de se terem filhos... e, nesse sentido, os católicos dão provas. Os outros ficam-se pela televisão!

Claro que vivemos um período de forte campanha de “naturalização” do sexo, retirando-lhe grande parte do seu carácter espiritual. Até os bichinhos gostam, não é verdade? Mas isso é um simples rebaixamento do acto sexual ao seu nível meramente biológico e, tal como noutros aspectos, o homem está muito para além da mera animalisse. Há alguém aqui que defenda que nas comunidades humanas tem que passar a haver um macho alfa? Há alguém aqui que defenda que todas as mulheres de um determinado grupo têm que estar sujeitas a um macho reprodutor? Há aqui algum homem de Lisboa que esteja disposto a andar à pancada comigo para eu poder ficar com todas as mulheres da cidade? Estão as mulheres de Lisboa que frequentam este fórum dispostas a sujeitar-se a ser minhas servas sexuais e a ter os meus filhos até que eu leve uma sova tremenda de outro macho lusitano?
Imagino que não. Já há muito que ultrapassámos a mera biologia.

Conheço uma história verídica muito significativa. Um rapaz católico, virgem, namorava e estava para casar com uma rapariga não católica e já com uma forte experiência sexual. Um dia, em conversa muito amena sobre o casamento, ele disse-lhe que era enorme a alegria de saber que iria viver tudo com ela pela primeira vez, que se entregaria totalmente a ela de uma forma que nunca se havia entregado a nenhuma outra mulher. Ela, que até aí se demonstrara orgulhosamente experiente em muita coisa, com lágrimas nos olhos disse-lhe que tinha pena de não poder dizer o mesmo.
Vais-me dizer quem é que tinha a sexualidade desorganizada... se o católico orgulhoso de se vir a entregar plenamente a uma só mulher, à sua mulher, se a ateia que sofria por já se ter entregue a outros.

Re: A beleza da castidade.
Escrito por: Isabella (IP registado)
Data: 14 de July de 2009 14:01

Pois é Francisco.

É uma honra para a mulher ou para o homem ser virgem. Só que numa conversa onde se encontram esses virgens, eles nem têm voz, nem abrem a boca. Devem estar felizes de levarem uma vida casta. Ou nunca encontraram a pessoa certa, ou não sentem atração física. Hoje já ninguém diz: sou virgem mesmo que o sejam, sentem vergonha disso.
" É tão bom saber que alguém gosta de nós."

Re: A beleza da castidade.
Escrito por: Desconhecido (IP registado)
Data: 14 de July de 2009 14:18

Alpha, já me expliquei não já? então pronto...se continuas a bater no ceguinho, deixo-te aí a falar para as paredes.

Lena, até que concordo contigo em certos aspectos mas o FranciscoG também tem razão na minha opinião. Se calhar o que não aceitas é que tal soe a uma imposição.

Que as pessoas se guardem para o momento que achem certo, é perfeitamente natural, pois é algo que consideram do mais intimo que possuem. Que o façam de modo a formar uma família solida, onde os filhos possam ter uma boa base, também é natural.

Fora disso, há o risco de se sofrer constantemente com desilusões, ou de montar uma família mal estruturada, há que reconhece-lo. Mas não quero dizer que é a regra geral, pois mesmo nos dois casos que disse acima podem haver "equívocos".

Muitas pessoas que não sabem o que é amar verdadeiramente, que se baseiam no sexo como base do amor. No meu ponto de vista não é correcto. Como ajudar estas pessoas? Será por isso que por vezes sofrem demasiado? Penso que sim.
Talvez o façam devido a uma certa crise de identidade, que se sentem carentes por afecto, o que leva-as a "atirarem-se" de cabeça.

E quem o faz por desporto? À primeira vista não parece ter mal algum, pois nenhum laço é criado. Mas e se um dia essa pessoa se interessar de modo sério por alguém? É bem provável que esse alguem a ache uma "fácil", que nem lhe dê o devido crédito, ou que então se aproveite para dar "uma voltinha".

Muito mais se teria a acrescentar aqui...

Posto isto, acaba por ser tudo uma escolha entre sofrer e não sofrer, fazer ou não sofrer terceiros. A classificação como "pecado" funcionou em tempo muito bem, e hoje até que ainda dá umas cartadas para ajudar a que muita gente evite grandes sofrimentos, mas nos dias de hoje, cada vez menos acatam um "sim" ou um "não" baseado nesse conceito: o pecado. É essencial que as pessoas compreendam as consequências ou possíveis consequências dos seus actos, pois as políticas do "sim" e do "não" em nada solucionam a ignorância sobre este assunto.

Se em alguma ocasião Deus ou Jesus disse o que disse, foi porque compreendem as consequências de fazermos o oposto. Não andaram a desaconselhar as coisas de modo aleatório. Não quiseram mais do que nos ajudar em busca de uma vida mais feliz.

Por isso Lena, acho que cada um é livre de fazer o que quiser como deste a entender e concordo, mas nem todas nos levam a ser mais felizes. Tambem acontece por vezes uma desilusão que nos cause grande sofrimento pode ser uma luz que nos desperta para uma atitude mais propícia à felicidade, mas isso é tão relativo consoante cada pessoa que nem vale a pena entrar em detalhes.
cumps a todos

Re: A beleza da castidade.
Escrito por: Alpha (IP registado)
Data: 14 de July de 2009 14:40

Citação:
Desconhecido
Alpha, já me expliquei não já? então pronto...se continuas a bater no ceguinho, deixo-te aí a falar para as paredes.

Oh meu caro, escusas de vir com a capa da dama ofendida. Quem usa e abusa de números sem fundamento és tu. Se não fosse feito o alerta cada vez que os usas até poderiam passar por credíveis.

Cumprimentos

Alpha

Re: A beleza da castidade.
Escrito por: Isabella (IP registado)
Data: 14 de July de 2009 14:55

Essa história é verídica?

Fala-se em encontrar e formar famílias sólidas. Então esse homem virgem de 30 anos possivelmente filho de uma família com os pés bem assentes na terra vai casar com uma mulher que já se tinha entregado a outros? Também ele não seguiu os caminhos que uma família sólida deseja ter na sua família? Como pode ele formar uma família sólida com esses alicerces?

"Não há família perfeita."

Re: A beleza da castidade.
Escrito por: FranciscoG (IP registado)
Data: 14 de July de 2009 14:57

Citação:
Isabella
Pois é Francisco.
É uma honra para a mulher ou para o homem ser virgem. Só que numa conversa onde se encontram esses virgens, eles nem têm voz, nem abrem a boca. Devem estar felizes de levarem uma vida casta. Ou nunca encontraram a pessoa certa, ou não sentem atração física. Hoje já ninguém diz: sou virgem mesmo que o sejam, sentem vergonha disso.
" É tão bom saber que alguém gosta de nós."

Boa tarde, Isabella,

isso de dizer que "ou nunca encontraram a pessoa certa, ou não sentem atração física" é um excelente lugar comum. E, deixe-me que lhe diga, do meu ponto de vista um verdadeiro disparate.
O que acontece muitas vezes é que há fortes "pressões externas" para que as pessoas não dêem a cara pela sua castidade. Sempre as houve, ainda que noutros tempos fossem um pouco mais veladas. O pai levava o filho a visitar uma "senhora" que o iniciaria nas lides do sexo.
Hoje em dia a publicidade ao sexo é extremamente violenta. Eu muitas vezes me perguntei, em tom de brincadeira, se para ser jovem de verdade teria que andar com preservativos no bolso, ainda que os não utilizasse.

Vi, há pouco tempo, parte de um episódio de uma série televisiva que se passava num ambiente académico. As raparigas eram todas lindas, os rapazes eram todos lindos e quando apareceram 3 membros de um grupo que advogava a castidade, estes eram os freacks lá do sítio... Porquê esse estereótipo de que os castos são feios, meios loucos, etc?
O que acontece é que os castos não precisam de andar a gritar que o são. Ao contrário, da parte dos que o não são, há, muitas vezes, mais garganta do que outra coisa. Muitas das posições do Kama Sutra são praticamente irrealizáveis (admito que não conheço a obra a pormenor) para quem não tiver uma excelente forma física. E no entanto, quantos não andam para aí, sem a menor flexibilidade, a dizer que já fizeram aquilo tudo e muito mais?

Os castos, ao contrário dos outros, não precisam de ser gabarolas!

Mas não podemos confundir castidade com virgindade. A castidade tem que ser vivida até no casamento. Ouvi uma vez um homem, pai de família, dizer que se a mulher, ainda que temporariamente por motivo de doença, ficasse impossibilitada de ter relações, ele procuraria outra para cumprir o servicinho. Não abandonaria a esposa, obviamente, mas como era homem, tinha necessidades.
Para mim, isto é do mais aberrante que existe. Se este homem tivesse aprendido a viver a castidade, seria fiel à esposa mesmo durante a doença.
Claro que, para quem vê a sexualidade como mais uma função básica e biológica do homem, isto não é repugnante. Para mim, honestamente, só o facto de ele colocar essa hipótese já é representativo da maior deslealdade para com a mulher dele.

Re: A beleza da castidade.
Escrito por: Isabella (IP registado)
Data: 14 de July de 2009 15:19

Francisco

E eu conheço um senhor que tem a mulher num lar e já tem outra mulher em casa. Precisava de companhia, a mulher dele não pode voltar mais para casa.

Não foi criticado pelos vizinhos.

Re: A beleza da castidade.
Escrito por: FranciscoG (IP registado)
Data: 14 de July de 2009 15:19

Citação:
Isabella
Essa história é verídica?
Fala-se em encontrar e formar famílias sólidas. Então esse homem virgem de 30 anos possivelmente filho de uma família com os pés bem assentes na terra vai casar com uma mulher que já se tinha entregado a outros? Também ele não seguiu os caminhos que uma família sólida deseja ter na sua família? Como pode ele formar uma família sólida com esses alicerces?

"Não há família perfeita."

Se é sobre a aquilo que eu contei, sim, essa história é verídica. Eu não sou bom inventor de histórias...

E não é o facto de ela ser diferente que o fez afastar dela. Na verdade, isso é demonstrativo de um bom cristianismo. O que está feito, feito está! Se há danos, há que retratar-se. Mas passar a vida a bater no ceguinho, é um disparate. Todos nós sabemos que no melhor pano cai a nódoa!

Imagino que qualquer um de nós, católico, não deixaria de aceitar a mulher/homem que ama por um passado diferente do nosso (salvo excepções graves). Desde que o outro esteja disposto a aceitar a nossa vontade de ser castos, nós também devemos estar sempre dispostos a aceitar o seu passado diferente.

E, claro, também se podem formar famílias sólidas entre crentes e não crentes. É, por vezes, difícil de gerir, mas é possível.

Re: A beleza da castidade.
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 14 de July de 2009 22:25

Convenhamos que «castidade» não é das palavras mais cotadas nos dias de hoje... Talvez haja que redescobri-la.

Pergunto:

Haverá algum amor verdadeiro que não seja casto?

Alef

Re: A beleza da castidade.
Escrito por: FranciscoG (IP registado)
Data: 14 de July de 2009 22:43

Citação:
Alef
Convenhamos que «castidade» não é das palavras mais cotadas nos dias de hoje... Talvez haja que redescobri-la.
Pergunto:

Haverá algum amor verdadeiro que não seja casto?

Alef

Boa noite, Alef.

Excelente mensagem!

Francisco

Re: A beleza da castidade.
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 15 de July de 2009 07:39

Citação:
FranciscoG
A Igreja elevou a sexualidade ao seu grau máximo: à entrega total e plena de um ao outro.

A sexualidade é muito mais do que a entrega total e plena de um ao outro. Esta suposta "elevaçao" da sexualidade foi apenas uma forma de tentar sustentar teoricamente o que já não se conseguia sustentar de outro modo. Mas conduz a aberrações e confirma o que a Lena disse.

pontosvista

Re: A beleza da castidade.
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 15 de July de 2009 08:48

Para mim vale o que está no decálogo (Exodo 20):
14Não cometerás adultério.
17Não desejarás a mulher do teu próximo.
Quanto à castidade, o melhor é não nos preocuparmos. No fundo, é pelos afectos que vamos.

*=?.0

Re: A beleza da castidade.
Escrito por: FranciscoG (IP registado)
Data: 15 de July de 2009 10:42

Citação:
pontosvista
A sexualidade é muito mais do que a entrega total e plena de um ao outro.

Isso é mais do que óbvio. Sexualidade, enquanto substantivo, poderia definir-se como os caracteres que distinguem um homem de uma mulher. Daí que sexualidade diga respeito às características morfológicas, fisiológicas e psicológicas de cada um dos sexos.

Citação:
pontosvista
Esta suposta "elevaçao" da sexualidade foi apenas uma forma de tentar sustentar teoricamente o que já não se conseguia sustentar de outro modo. Mas conduz a aberrações e confirma o que a Lena disse.

Em primeiro lugar, o facto de a sustentação teórica só chegar a posteriori não lhe retira qualquer valor, pelo contrário. Em ciência, a sustentação teórica chega sempre depois de estudados os mecanismos pelos quais se dá aquilo que apreendemos empiricamente. A maçã cai da árvore - a lei da gravidade vem depois de se ver que a maçã caiu, e não antes.

Em segundo lugar, uma sustentação teórica pode dar mais força a uma realidade mas são as bases empíricas em que assenta essa teoria ou a evidência da punição por um determinado acto que, com frequência, têm mais força perante a sociedade. A Bíblia está longe de apresentar muitas sustentações teóricas mas não é por isso que qualquer judeu ou cristão vão dizer que o decálogo não é para ser cumprido. Não há nenhuma justificação teórica para a morte de Onan a não ser que o seu acto desagradou ao Senhor. Cabe-nos a nós tirar conclusões sobre quais as razões pelas quais esse acto causou tal desagrado que fez com que fosse o próprio Deus a tirar-lhe a vida.
Noutro campo, mais "humano", as pessoas preocupam-se mais com o excesso de velocidade pela multa do que propriamente por toda a sustentação teórica por detrás dos limites de velocidade.

Em terceiro lugar, não sei de que "aberrações" fala...

Claro está, apenas para terminar, que para quem busca o prazer pelo prazer, a Igreja não tem nada a dizer. O prazer que a Igreja ensina está numa entrega ao outro ordenada ao bem deste. Isto não só do ponto de vista sexual mas na génese de todo o pensamento cristão - Cristo entregou-se à morte por nós. Eu desconheço actos não castos ordenados ao bem do outro sendo que, na sua generalidade, levam antes ao vício e ao hedonismo.

Mas é só o meu ponto de vista...

Francisco

Re: A beleza da castidade.
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 15 de July de 2009 13:30

Citação:
FranciscoG
Não há nenhuma justificação teórica para a morte de Onan a não ser que o seu acto desagradou ao Senhor. Cabe-nos a nós tirar conclusões sobre quais as razões pelas quais esse acto causou tal desagrado que fez com que fosse o próprio Deus a tirar-lhe a vida.

O que causou a morte de Onan está bem claro: desobedeceu ao mandamento de dar descendência ao irmão e fê-lo com dissimulação.


Citação:
FranciscoG
não sei de que "aberrações" fala...

Falo da recusa da contracepção, por exemplo. Essencialmente cria-se a ideia que a sexualidade é algo que só pode ser vivido de uma única forma e com um único objectivo. Ora isso não tem fundamentação bíblica e não corresponde à realidade das pessoas. Nem tem paralelo em nenhum outro aspecto da nossa vida.

pontosvista

Re: A beleza da castidade.
Escrito por: Isabella (IP registado)
Data: 15 de July de 2009 14:32

Francisco

Talvez 80% dos casais jovens e menos jovens vivem juntos antes do casamento. (Demonstram que não há castidade, certo?) Talvez se deixam levar pela evolução da sociedade. E por que não há mais evangelização sobre a castidade?

A palavra castidade hoje é rara, ninguém fala sobre isso.

Ou você só fala na castidade dentro do casamento?

Re: A beleza da castidade.
Escrito por: FranciscoG (IP registado)
Data: 15 de July de 2009 17:35

Citação:
pontosvista
O que causou a morte de Onan está bem claro: desobedeceu ao mandamento de dar descendência ao irmão e fê-lo com dissimulação.

Isso é, ainda, tema de discussão entre os especialistas. Duas principais correntes discutem se o facto de Deus tirar a vida a Onan se deve ao acto de desobediência à instrução paterna ou se, por outro lado, se deve à prática do coito interrompido. Cada um tome partido pelo que quiser. Eu opto pela segunda mais do que pela primeira. Até porque, se assim não fosse, seria um pouco complexo compreender se a morte se deve à desobediência em si, se à desobediência no que respeita ao facto de não querer ter filhos. Por outro lado, estaríamos então perante a imposição divina do casamento levirático?

Por isso, como vê, não está tão claro como pretende. Tal como não está minimamente clara a morte de Er. Mas se prefere, retiro o exemplo.


Citação:
pontosvista
Falo da recusa da contracepção, por exemplo. Essencialmente cria-se a ideia que a sexualidade é algo que só pode ser vivido de uma única forma e com um único objectivo. Ora isso não tem fundamentação bíblica e não corresponde à realidade das pessoas. Nem tem paralelo em nenhum outro aspecto da nossa vida.

Só fica com a impressão de que "a sexualidade" é vivida apenas para ter filhos quem não lê a documentação da igreja e se fica apenas por lugares comuns triviais. Talvez começar pelos pontinhos sobre o tema na Gaudium et Spes. Para os que a leram e não concordam... têm todo o direito a discordar mas, aberrante, é facto de lhe chamar "aberração".
O acto conjugal tem duas funções: uma unitiva (dos esposos) e uma procriativa (abertura aos filhos).
E se "crescei e multiplicai-vos" não é suficiente fundamentação bíblica para a abertura aos filhos, não sei que fundamentação bíblica procura...

Francisco

Re: A beleza da castidade.
Escrito por: FranciscoG (IP registado)
Data: 15 de July de 2009 17:47

Citação:
Isabella
Francisco
Talvez 80% dos casais jovens e menos jovens vivem juntos antes do casamento. (Demonstram que não há castidade, certo?) Talvez se deixam levar pela evolução da sociedade. E por que não há mais evangelização sobre a castidade?

A palavra castidade hoje é rara, ninguém fala sobre isso.

Ou você só fala na castidade dentro do casamento?

Boa tarde, Isabella!

Já antes o Alpha discutiu as estatísticas. Acho que não há dados estatísticos suficientes para estudar esse tema. Infelizmente, do meu ponto de vista.

Claro que se alguns se deixam levar pela pretensa evolução da sociedade. Resta saber é se a sociedade estará a "evoluir" no sentido correcto. Os Nazis achavam que era um bem para a humanidade exterminar os judeus. Encontraram bases "científicas" para defender as suas teorias. Hoje ninguém de bom senso diz que o Holocausto foi algo de positivo, verdade?

Há evangelização sobre a castidade. Obviamente que a há. O que acontece é que muitas vezes as pessoas não a seguem porque buscam o prazer rápido. Há evangelização e há mandamentos sobre a castidade!!!
E as pessoas têm vergonha de ser castas. Não têm vergonha de dizer que se deitaram com este e aquele mas de se afirmar castas, isso já têm vergonha. Não percebo porquê.

E obviamente que falo da castidade para todos: solteiros, casados, viúvos, divorciados, consagrados, sacerdotes, etc.

Francisco

Re: A beleza da castidade.
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 15 de July de 2009 18:50

Leio com pena algumas coisas que escrevem aqui.

Citação:
Isabella
Talvez 80% dos casais jovens e menos jovens vivem juntos antes do casamento. (Demonstram que não há castidade, certo?)

Errado, e assusta a facilidade com que julgam as pessoas.

Citação:
Isabella
Talvez se deixam levar pela evolução da sociedade.

Deixam-se levar pela evolução é boa. Seria uma solução aprendermos latim, mudarmos para um convento com clausura e cortarmos a comunicação com o mundo de fora? Restaria depois para os comentaristas futuros analisar quem se perdeu.

Paz e Vento

Re: A beleza da castidade.
Escrito por: Isabella (IP registado)
Data: 15 de July de 2009 18:50

Francisco

Mas afinal o governo não se enquadra com a igreja. O governo entrega preservativos, ide e defendei-vos da Sida. A igreja ou os católicos defendem a castidade. Qual dos dois está certo, o governo ou a igreja?

E porquê a igreja e o governo não trabalham juntos?

Não é só você a defender a castidade que vai mudar o mundo. Nem os padres falam nisso.

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