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Re: O 5º Dogma Mariano
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 08 de July de 2009 09:35

Sua mãe disse aos serventes: «Fazei o que Ele vos disser!»
Pois é; mas não é fácil... Pior ainda é que os ensinamentos de Jesus foram sendo substituidos por ensinamento àcerca de Jesus, até se converterem em ideologia mortífera. Da ideologia mortífera em que se converteram os ensinamentos de Jesus sobressai a dogmática, que na sua essência não deveria ser mais que evoluções poéticas no âmbito da Fé, e nunca ideologia de suporte a um poder estéril, castrante e redutor. Bem, voltemos à poesia, até porque só é possível transformar o mundo ao ritmo da festa.

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Re: O 5º Dogma Mariano
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 08 de July de 2009 09:36

Quando foi que Jesus e seus apóstolos ensinaram matemática, ou astrofísica, ou regras de etiqueta para se comer à mesa?

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: O 5º Dogma Mariano
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 08 de July de 2009 12:02

Mc 13, 25 as estrelas cairão do céu e as forças que estão no céu serão abaladas.

Lc 21, 26 * os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai acontecer ao universo, pois as forças celestes serão abaladas.

Mt 24, 29 «Logo após a aflição daqueles dias, o Sol irá escurecer-se, a Lua não dará a sua luz, as estrelas cairão do céu e os poderes dos céus serão abalados.

Lc 21, 25 Haverá sinais no Sol, na Lua e nas estrelas; e, na Terra, angústia entre os povos, aterrados com o bramido e a agitação do mar;

Isto dá para meditar. Hoje sabemos com mais precisão que a realidade física evolui e é transitória. No entanto é bom notar que as estrelas não podem simplesmente cair do céu, porque qualquer uma delas é maior em muitas ordens de grandeza do que a Terra e nem sequer poderíamos resistir à sua aproximação.

(Bem, naquele tempo supunha-se que as estrelas eram un figuitos colados na abóbada celeste, aonde se poderia chegar por uma escada bem pujante).
Ap 6, 13 * As estrelas caíram do céu à terra, como os figos verdes caem de uma figueira sacudida por um furacão.

E voltando a Maria, lembrei-me que noutros tempos não entendia porque é que a Virgem do Rosário não apareceu directamente ao Estaline para conseguir a conversão da Rússia. Também não entendo porque é que a mesma Senhora precisa que lhe digam 53 vezes a mesma coisa e que repitam a dose no dia seguinte. Ou será tudo uma questão de piropos?

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Re: O 5º Dogma Mariano
Escrito por: Cristo Salva (IP registado)
Data: 08 de July de 2009 12:19

Citação:
Albino O M Soares
Também não entendo porque é que a mesma Senhora precisa que lhe digam 53 vezes a mesma coisa e que repitam a dose no dia seguinte. Ou será tudo uma questão de piropos?

Jesus era contra as orações repetidas, isso sabemos.

E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios Mateus 6:7

Jesus ensinou o Pai Nosso, mas não foi para ser repetido 10, ou 30 vezes por dia de forma seguida, senão Ele teria indicado essa prática. Penso que ninguém consegue rezar 50 vezes a mesma oração e conservar-se atento o tempo todo.

Jesus Cristo ensinou-nos a orar:

Quando orarem, não devem ser como os hipócritas, que se mostram piedosos, orando publicamente às esquinas das ruas e nas sinagogas, onde toda a gente os pode observar. Na verdade, já receberam a sua recompensa.
Mas tu, quando orares, fecha-te em casa, e ora secretamente ao teu Pai, e ele, que conhece os teus segredos, te dará o galardão.
E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios julgando que as orações são mais atendidas pela sua repetição constante. Lembrem-se de que o vosso Pai bem sabe aquilo de que necessitam ainda antes de lho pedirem
Mat 6:5-8

"Cristo salva! Eu creio" - Flor

Paz do Senhor para Todos!

Re: O 5º Dogma Mariano
Escrito por: FranciscoG (IP registado)
Data: 08 de July de 2009 15:40

Citação:
Cristo Salva
Jesus ensinou o Pai Nosso, mas não foi para ser repetido 10, ou 30 vezes por dia de forma seguida, senão Ele teria indicado essa prática. Penso que ninguém consegue rezar 50 vezes a mesma oração e conservar-se atento o tempo todo.

Boa tarde, Flor.

Ilumina-me por favor: a que horas Jesus me diz para me fechar em casa a rezar? E quantas vezes por ano devo rezar o Pai-Nosso, que é para não cair no erro de rezar demais e ir contra o ensinamento de Jesus?

Eu rezo, e tenho muito orgulho nisso, o terço. Se os piropos das ladainhas, sim, porque são piropos, Albino, são vergonhosos para vocês, eu tenho é vergonha de quem critica a forma como os outros rezam. Nem todos somos iluminados como os protestantes, capazes de orações profundas, de elevada contemplação, de total harmonia com o divino (fechadinhos em casa, escondidinhos, para que ninguém os veja porque assim cumprem orgulhosamente o mandato de Jesus). Mas damos o nosso melhor repetindo 50 vezes, 100 vezes, 200 vezes, se for preciso, que Amo a Deus e à Sua Santíssima Mãe.

Já agora, costumo rezar quando estou a trabalhar. Costumo rezar quando estou a andar de carro, costumo rezar quando estou a passear. Procuro ter sempre Deus presente em mim... Estarei a pecar quando convido um amigo para me acompanhar numa breve oração? Estarei a pecar quando não estou escondidinho em casa mas a ver o cume da montanha que acabei de escalar e agradecer a Deus pelas suas maravilhas?

É que se estiver a pecar, deixem-me ser pecador porque sou bem feliz assim, a rezar o terço (também) ao ar livre!

Re: O 5º Dogma Mariano
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 12 de July de 2009 17:42

Que terço seja uma necessidade ontológica é que eu não entendo.

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Re: O 5º Dogma Mariano
Escrito por: meira (IP registado)
Data: 12 de July de 2009 17:51

O terço não visa obter a atenção de Deus pela repetiçaõ (A rigor, não precisariámos rezar uma única vez na vida, pois Deus já conhece nossos pensamentos e necessidades); mas sim para educar nossa mente, mas fazer com que nossos pensamentos se voltem sempre mais para Deus, para que aprendamos a confiar em Deus. Interpretar Mt 6:8 dessa forma literalista é cair num formalismo que Cristo não ensinou, além de levar a contradições com outras passagens bíblicas (A parábola do Juiz iníquo e a "luta de Jacó com Deus" nada mais são que exortações à prece insistente).

Re: O 5º Dogma Mariano
Escrito por: Jorge Gomes (IP registado)
Data: 13 de July de 2009 02:14

Sobre isso das repetições, a meu ver o problema não reside nas repetições em si, qualquer cristão repete palavras e frases nas orações, nem que ore 1x só, há de voltar a repetir palavras, frases, o problema só se torna problema se essas repetições forem vãs, o que nem sempre acontece mas pode acontecer também quando é 1 oração apenas e que pode ser vã também, no fundo elas têm que ser feitas de coração e não como uma mecânica, quando funciona como uma mecanica não dá em nada é vão. Se eu orar 1 pai nosso apenas porque é habito, de forma mecanica, porque é da praxe, isso será vão. Tudo tem a ver com a atitude correcta, estar sintonizado/concentrado no que faz em comunhão com Deus, em espirito de oração, dando a devida interiorização e sem faltar o verdadeiro fervor. Agora se alguém não estiver concentrado no que está a fazer... E se alguém ao fim de tantas repetições consegue estar sempre concentrado no que faz e diz, e não estar portanto a dizer por dizer pra cumprir o ritual, tudo bem.
Também pode acontecer o mesmo no louvor, eu saber um cantico dominical, e já o sei de cor e salteado, canta-lo a pensar na lasanha do almoço, também o louvor será vão, ou dizer Glória a Deus ou um aleluia também a pensar na morte da bezerra ou porque é da praxe... Portanto depende de cada 1 e como o faz em cada momento.
E também pode acontecer quando se chega ao Domingo, dia de missa ou culto, e estar numa atitude tipo, é Domingo vou há missa pra cumprir o meu dever/obrigação, do tipo já é habito, é rotina, é ritual, se for nesse espirito, também não é lá grande espirito.



Editado 1 vezes. Última edição em 13/07/2009 02:26 por Jorge Gomes.

Re: O 5º Dogma Mariano
Escrito por: FranciscoG (IP registado)
Data: 14 de July de 2009 12:43

Citação:
Albino O M Soares
Que terço seja uma necessidade ontológica é que eu não entendo.

Mas alguém diz que o terço é uma necessidade ontológica?

Re: O 5º Dogma Mariano
Escrito por: meira (IP registado)
Data: 31 de October de 2009 12:31

Houve quem defendesse a proclamação desse dogma no Vaticano II (O "Coetum Internationalem Patrum", do qual participou D. Lefebvre), mas foi melhor que isso não ter ocorrido, pois só ensejaria mal-entendidos. A Teologia católica (segundo entendi de livro do teólogo alemão Wolfgang Beinert) ensina que quem faz parte da Igreja participa do projeto de salvação encabeçado por Cristo. Nesse sentido, todo Cristão é corredentor, não ao lado de Jesus, mas na medida da graça que lhe é concedida por Deus. Maria, por sua vez alcançou um grau especialíssimo nessa graça, e seria esse o significado da proclamação dela como corredentora. Mas isso dificilmente seria entendido pela maior parte dos fiéis, e muito menos por parte dos fundamentalistas evangélicos.

Re: O 5º Dogma Mariano
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 02 de February de 2011 13:57

[www.youtube.com]

O conteúdo desse dogma, a sê-lo, é perfeitamente CONSEQUENTE com a doutrina, contida na Escritura de forma explicita e implicita, sentido implicito esse retamente discernido pela inteligência histórica e progressiva da Revelação produzida pela Tradição, qual realidade dinâmica (não, não aceito o termo Tradição como "palavras do Senhor transmitidas"... melhor será dizer "palavras do Senhor pronunciadas pela sua Igreja").

E a base teológica é, como afirmou Meira "quem faz parte da Igreja participa do projeto de salvação encabeçado por Cristo. Nesse sentido, todo Cristão é corredentor".

A afirmação de que participamos de Cristo, estamos nele inseridos e participamos da sua redenção, até da Sua paixão (competo na minha carne o que falta aos sofrimentos de Cristo - S Paulo), então cada cristão e chamado a ser meio de colaborar, cokm Cristo e por meio dEle, na obra de salvação do género humano.

Portanto, os fundamentalistas que se aguentem, e aprendam a perceber o que significa "consequencia lógica" de proposições teológicas.

Maria é Mãe da Pessoa de Cristo;
Cristo é irmão Universal de todos os homens; logo,
Maria é mae de todos os homens, por Cristo.

Assim:

O Cristão é causa instrumental de salvação;
Maria, Mae universal, é causa instrumental da redenção universal, operada pela causa eficiente, cristo.

Adeus.

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer? Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo (S. Agostinho, Confissões)



Editado 1 vezes. Última edição em 02/02/2011 13:58 por Rui Vieira.

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