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Pequenas histórias
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 29 de June de 2009 13:32

Não sei onde colocar esta notícia. Gostei muito de a ler e gostava de a partilhar com as pessoas. Então criei este tópico que poderá servir para outras situações como esta.

Esta mulher tem uma vida dura. Muitos haverá na situação dela. Mas não esmorece. E vejam só como termina a história (o negrito e sublinhado são meus).

Cassima


Do Público Online de hoje...






O duro quotidiano de uma mulher nos subúrbios de Lisboa
Susana não tem tempo para a filha por ter pouco dinheiro para viver
29.06.2009 - 13h02 António Marujo

O desejo maior de Susana Lopes? "Ter tempo para a minha filha. Tenho muita falta de tempo para ela, para poder passear, para lhe dar mais atenção." Susana, de 33 anos, é mãe de uma filha com 15, que terminou o 7.º ano de escolaridade - esta semana saberá se passou.

O inquérito Necessidades em Portugal concluiu que uma das maiores carências das pessoas é o tempo. Ter que trabalhar mais para poder subsistir é a razão principal para não poder dedicar-se mais a si, aos outros e a actividades sociais. Oito por cento dos inquiridos dizem acumular mais que uma actividade remunerada. E 56 por cento dizem não ter tempo suficiente para estar ou brincar com os filhos.

Susana vive com um companheiro, desempregado, e a filha entre os bairros da Cova da Moura e da Buraca, às portas de Lisboa. O pai da sua filha nunca ajudou na educação. Susana levanta-se diariamente às 6h00, 6h30. Antes de entrar no infantário onde trabalha até às 15h30, passa pelo café que a mãe tem alugado, ali perto, para ajudar. Depois de sair do infantário, vai arrumar a casa e tratar das galinhas que cria para consumo doméstico. Volta ao café, onde fica até por volta das 22h30. Em casa, aguarda-a o resto das tarefas. "À noite faço serão, passo a ferro, trato da roupa... Deito-me à meia-noite, uma da manhã..."

Os trabalhos e os dias de Susana Lopes. "Ao sábado durmo mais um bocadinho, levanto-me por volta das oito." O café continua a funcionar... Os dados do inquérito registaram que 42,3 por cento dos portugueses chegam a casa muito cansados do trabalho para fazer as tarefas necessárias; e 33,4 (um terço da população) admite que a concentração no trabalho é prejudicada pelas responsabilidades familiares. As conclusões destacam o "esforço, sobretudo das mulheres, na conciliação entre trabalho e vida familiar".

No infantário, Susana recebe 462 euros líquidos. No café, a mãe dá--lhe mais uns 200 euros - quando o mês corre bem. A renda do café são 600 euros e "não há poder de compra, muita gente do bairro está desempregada", como diz a mãe, Maria da Graça.

Susana vive, assim, entre os becos estreitos do bairro, com cerca de 600 euros mensais. O companheiro não recebe subsídio de desemprego: não estava no quadro na escola onde trabalhava como acompanhante de crianças.

Vale a solidariedade familiar, outro facto identificado no inquérito: entre as redes de entreajuda, a família continua a ser a principal. O pai (reformado por doença) e a mãe vivem por cima de Susana. Apoiaram, até há três meses, um sobrinho que acabou por sair de casa, aos 17 anos, filho de um casal que morreu vítima de toxicodependência; e tomam conta de uma criança de dois anos, filha de uma outra sobrinha, mãe adolescente.

A vida difícil não tirou os sonhos a esta mulher - nem à filha. Susana quer tirar o curso de educadora de infância - no infantário, a sua tarefa é fazer camas, substituir alguém quando necessário... "Sempre gostei de trabalhar com crianças." A filha quer ir à Eurodisney. "Já prometi que vou fazer muitos sacrifícios e que a levo para o ano..."

E férias? No inquérito, 62 por cento dos agregados responderam que não conseguem pagar uma semana de férias. Susana está neste número. "No mês de Agosto, irei trabalhar numa padaria. Férias, férias mesmo, nunca tive", diz. De vez em quando, um domingo ou outro é dedicado a ir à praia do Guincho. E abre um sorriso quando conta: "Para o mês que vem, vamos a Fátima. A minha mãe fecha o café num domingo e vamos todos".

Re: Pequenas histórias
Escrito por: Desconhecido (IP registado)
Data: 29 de June de 2009 13:52

Infelizmente é uma realidade partilhada por muitas pessoas.

Nunca estive numa situação dessas, e não sei dizer como me comportaria se estivesse.
Dou-lhe valor por isso.

cumps

Re: Pequenas histórias
Escrito por: nick (IP registado)
Data: 07 de July de 2009 22:07

[zenit.org]

Sacerdote morre no final dos combates do Sri Lanka

O arcebispo de Colombo afirma que a guerra ainda não terminou

COLOMBO (Sri Lanka), quinta-feira, 28 de maio de 2009 (ZENIT.org).- Um dos sete sacerdotes que permaneceram com os refugiados presos do Sri Lanka até o final dos combates entre as forças governamentais e os rebeldes separatistas faleceu no último dia da batalha e seu corpo foi enterrado nesta terça-feira.

O Pe. Mariampillai Sarathjeevan, de 41 anos, optou por ficar com as pessoas presas na “área de segurança” até 18 de maio, dia em que acabaram os confrontos entre os militares do Sri Lanka e os rebeldes “Tigres tâmeis”.

Ele o fez apesar do perigo, já que o conflito se havia transladado a esta região.

Segundo um comunicado de imprensa publicado na página da arquidiocese de Colombo, ele morreu ao acabar a batalha, por um ataque ao coração, quando deixava a zona de guerra com os últimos refugiados.

O sacerdote tâmil, missionário oblato de Maria Imaculada, era pároco em Kilinochchi e havia estado com os civis desde o princípio dos combates.

O comunicado indica que morreu no caminho, extenuado por meses de privação, constantes ataques aéreos e bombardeios.

Foi transladado ao hospital de Vavuniya, onde alguns dos 280 mil refugiados da guerra encontraram temporariamente um lar.

Durante o funeral do sacerdote, celebrado em Colombo, leu-se uma carta em sua honra, de seu amigo, o Pe. David Manuelpillai.

A carta assinala: “Seguindo os passos do Senhor e mestre, nosso Senhor Jesus Cristo, ele disse: ‘não deixarei minha gente’; essas palavras de determinação e compromisso, por parte de uma pessoa que tinha seis anos de sacerdócio, são exemplares”.

Não acabou

O arcebispo de Colombo, Dom Oswald Gomis, declarou ao acabar o conflito: “Estamos realmente muito contentes de que a guerra tenha terminado e as forças de segurança do governo tenham podido libertar todos os civis inocentes que estavam presos na batalha”.

E acrescentou: “Poderíamos dizer que ganhamos a batalha, mas a guerra não acabou”.

O prelado afirmou que esta guerra acabará “só no dia em que crescermos em uma nação, reconhecendo que todos nós somos uma população e um país com os mesmos direitos”.

E concluiu: “Todos nós devemos compartilhar a culpa de nossa divisão e perdoar-nos; devemos ter humildade e sabedoria para aprender das tristes experiências do passado”.

Re: Pequenas histórias
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 24 de June de 2010 15:34

Um padre católico ganhou um prémio de uma instituição muçulmana, num país predominantemente muçulmano, a Indonésia.

A notícia veio daqui (Álem-Mar) mas encontra-se bem mais detalhada, principalmente sobre a acção do padre Vincentius Kirjito, aqui (The Jakarta Post).

Cassima




Indonésia: Padre católico recebe prémio islâmico
15 de Junho de 2010

O Padre Vincentius Kirjito foi distinguido com o «Prémio Ma’arif», que distingue, anualmente, pessoas que se destacam na sociedade indonésia. O sacerdote católico foi galardoado por seu trabalho em favor da paz, do diálogo inter-religioso e da conservação ambiental.

O padre partilha o prémio deste ano com um muçulmano, responsável por um esquema de micro-crédito baseado na lei islâmica.

Vincentius Kirjito, de 56 anos, tem-se destacado, em particular, no esforço pela preservação do vulcão Merapi, um dos principais focos de turismo da região de Java Central. O sacerdote confessou, no entanto, que nunca esperava receber este prémio.

O galardão islâmico tem o nome de Ahmad Syafi i Ma’arif, antigo dirigente da Muhammmadiyah, a segunda maior organização islâmica do país. A Indonésia é o maior país muçulmano do mundo, em termos populacionais, mas conta com significativas minorias cristãs e católicas, espalhadas pelo arquipélago.

No país, existem alguns focos de tensão entre as duas comunidades, com esporádicos casos de violência e até mortes, o que torna particularmente significativa a atribuição deste prémio a um sacerdote católico.


Com «Rádio Renascença».


(RONNY MARINOTO)



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