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Re: Aborto é crime mais grave que violação
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 23 de March de 2009 11:56

Citação:
Alpha
Aquela criança quase que foi obrigada a abortar por um imperativo de «serenidade» social. Nós, para nos serenarmos e numa busca de justiça (quiçá distorcida, praticamente que não permitimos outro desfecho que não o aborto.
Qual seria a nossa reacção se a criança opta-se por levar a gravidez até ao final, mesmo correndo risco de vida?

Eu não entendo, quem ficou sereno? Tanto quanto sei ninguém. Está ali mais um história de abuso torpe durante a infância. Como foi possível uma situação destas durante 3 anos?!?! Ninguém pode ficar descansado, estamos a falhar e muito em termos de apoio social efectivo, de educação, de saúde.

Quanto à escolha da criança, relembro que ela nem sabia que estava grávida. Alguém aqui defende que lhe devia ser dito e explicado que estava?

Mas imaginando que sabia e queria levar a gravidez até ao fim, mesmo correndo o risco de morrer, até que ponto essa seria uma decisão válida e consciente ao ponto de se tornar vinculativa?
Em que situações crianças de 9 anos têm legalmente poder de decisão? Que eu saiba em nenhumas, logo não vejo por que razão neste caso específico teria de ser diferente.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Aborto é crime mais grave que violação
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 23 de March de 2009 14:50

Vítor e Alpha

A discussão em torno da menina começou porque um bispo resolveu proclamar liminarmente que toda a gente estava excomungada por causa de um aborto. Mas o aborto teve como fundamento o risco de vida da menina e a duvidosa possibilidade de sobrevivência dos gémeos. Ora isto aproxima o caso da situação de gravidez ectópica e afasta-o da situação de aborto desnecessário. Afinal de um modo ou outro parece-me que quer o vítor quer o Alpha acham que em caso de risco grave de vida para a mãe é lícito interromper a gravidez, qualquer que seja o nome que se dê ao acto. Ora se foi isto que aconteceu, fica claro que o bispo se excedeu. dado que até o vaticano confirma que o bispo se excedeu, parece-me que talvez estejamos todos de acordo.

pontosvista

Re: Aborto é crime mais grave que violação
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 23 de March de 2009 15:00

deculpem em vez de homícidio eu queria me referir a assassínio, que é bem diferente. Em legítima defesa não há intenção de matar seja quem for. A morte é um efeito indirecto da legítima defesa.

A palavra aborto pode sim ser aplicada a qualquer caso, em que haja morte do feto, mas no entanto existe distinções claras e critérios éticos que podem ser aplicados para que o aborto seja legalmente ético.

Re: Aborto é crime mais grave que violação
Escrito por: meira (IP registado)
Data: 23 de March de 2009 15:21

"Comentário à declaração de Mons. Fisichella” - pe. Berardo Graz
Março 19, 2009 por Jorge Ferraz
[Atendendo ao pedido que recebi por email, publico os comentários do revmo. pe Berardo Graz, do clero de Guarulhos, SP, sobre o artigo de Dom Rino Fisichella que foi publicado no Osservatore Romano domingo passado.]
Acredito que Mons. Fisichella escreveu a declaração, publicada no “L’Osservatore Romano” do dia 15/03/09, a partir das notícias que chegaram até ele sobre o caso da menina estuprada e submetida a aborto de gêmeos. Se Mons. Fisichella tivesse recebido informações mais corretas e detalhadas de como se desenrolou o fato não teria escrito o que escreveu.
Cito e comento algumas passagens da mensagem de Mons. Fisichella:
1) “No caso de Carmen se confrontaram a vida e a morte” .
Não é verdade! Tanto assim que o IMIP (Instituto Materno Infantil de Pernambuco), após intervenção de Dom José Cardoso Sobrinho, arcebispo de Recife, declarou que a menina não estava correndo risco de morte e também por isso permitiu que fosse transferida. O risco se acentuaria no final da gravidez, mas é por isto que o parto, antecipado por causa dos gêmeos e precedido pelo acompanhamento do pré-natal, seria por cesariana, como acontece na grande maioria das quase 30.000 gravidezes (exatamente 27610 em 2006 pelo DATASUS), em adolescentes abaixo de 14 anos, a cada ano no Brasil.
2) “Carmen deveria ter sido em primeiro lugar defendida…”.
É o que exatamente e eficazmente Dom José fez, porque obrigou a direção do IMIP a revelar a verdade sobre o falso risco de morte da criança, mentira através da qual se quis cativar a opinião pública, na sua grande maioria contrária ao aborto, para que se tornasse favorável a este crime contra a vida. Esta mentira continua dominando a Mídia e através dela a população em geral, para que aos poucos a grande maioria concorde com o aborto na gravidez na adolescência, porque acarretaria risco de morte. Estas são as estratégias do movimento abortista que há cinquenta anos está internacionalmente influenciando todos es estados para que até 2015 o aborto seja legalizado em todas as nações e declarado e praticado como direito humano, com o aval da ONU. Este é o clima que estamos respirando no Brasil nos últimos anos, graças principalmente ao atual governo, conivente e colaborador destas estratégias.
Nada disso a declaração de Mons. Fisichella menciona, acredito por falta de informações, pois a atitude de Dom José Cardoso, desmascarando esta trama de mentiras, não somente tentou defender “Carmen”, mas também as várias “Carmens”, que estão sendo instrumentalizadas para que o aborto seja cada vez mais aceito pela população normalmente contrária. Nestes dias uma nova “Carmen”, moradora de Guaratinga na Bahia, está arriscando de cair na trama dos abortistas que querem a todo custo que aborte <i>nonostante</i> ela seja contrária.
Dom José foi corajoso e ensina a coragem de não nos calarmos, como cristãos e católicos, na frente destas tremendas injustiças e autênticas violações dos direitos humanos. A mãe da “Carmen” deu o seu consentimento ao aborto, claramente coagida pela equipe do IMIP que falsamente apresentou o caso como perigo de morte. O pai da menina nem pôde falar com os médicos, tendo o direito de expressar o seu consentimento ou não ao procedimento, direito que lhe foi negado, o que segundo a lei brasileira torna ilegal o aborto de “Carmen”.
Mons. Fisichella faz uma bonita defesa sentimental da menina mas manifesta não conhecer a trama inescrupulosa das estratégias abortistas, que ao invés Dom José enfrentou com firmeza e coerência e , quando a vida dos dois nenêns já estava perdida, truncada pela “guilhotina” do aborto, com a firmeza e a coerência do bom pastor lembrou a excomunhão de quantos colaboraram com este crime, pois a caridade não pode ser vivida fora da verdade, e é isto que dá “credibilidade” à nossa Igreja e a seus pastores.
3) “O respeito devido ao profissionalismo do médico é uma regra que deve envolver todos e não pode consentir chegar a um julgamento negativo sem antes considerar o conflito criado em seu íntimo”
Concordo com esta afirmação de Mons. Fisichella, mas me pergunto: que profissionalismo e que conflito viveram os médicos do IMIP que deixaram que o caso fosse gestido por uma assistente social, que não considerava os nenêns como vidas humanas a serem defendidas, mas somente a vida da “Carmen” supostamente em perigo de morte?
Que profissionalismo e que conflito viveram os médicos que nem quiseram ter contato e explicar o caso para o pai, para o pároco da menina e para o Conselho Tutelar de Alagoinhas, que cuidaram diretamente dela até levá-la ao hospital, para que fosse atendida?
Que profissionalismo e que conflito viveram estes médicos, que negando-se ao contato com os familiares, colaboraram porém para que, à revelia do pai e do advogado delegado dele, a menina com alta a pedido assinado pela mãe, analfabeta e pressionada psicologicamente pela dramaticidade do falso quadro de perigo de morte, fosse seqüestrada pelo grupo feminista Curumim, que a levou a um outro hospital sem revelar o nome (a ginecologista foi junto com a criança a e mãe para este outro hospital, identificado depois como CISAM - ou Maternidade da Encruzilhada), para que o aborto fosse realizado antes que as autoridades judiciais o impedissem?
Que profissinalismo e que conflito viveram os médicos que atuam numa instituição, seja o IMIP e depois o CISAM, que sonegaram as informaçãoes e, no caso do CISAM, sustentou a mentira de negar a presença da menina, enquanto ela estava sendo submetida ao aborto?
Claro, Mons. Fisichella não podia estar de posse de todas estas informações! Mas se oferece agora uma boa oportunidade para que todos nós, como Igreja de Jesus Cristo, nos informemos melhor e mais profundamnte sobre toda a trama que a partir da criação do Conselho Populacional (1952), por iniciativa da fundação Rockfeller e das outras fundações norte-americanas, está divulgando a mentalidade abortista no mundo inteiro, sutentando a prática do aborto em situação ilegal, para que depois seja aceita como válida sua legalização. Tudo isto tem como finalidade o controle populacional, nova e tremenda arma do capitalismo internacional para a implantação em nível mundial da lógica do mercado, derrubando barreiras morais e religiosas que atrapalham a sua efetivação. A defesa dos direitos da mulher é só pretexto para tornar aceitável para o grande público a legalização do aborto, sendo este o procedimento mais eficaz para se controlar ou diminuir o crescimento de uma população.
O grupo Curumim assim como outras duzentas ONGs, favoráveis ao aborto, esterilização, contracepção e direitos homossexuais, estão atuando há quase vinte anos no Brasil, financiadas por dinheiro estrangeiro principalmente das fundações norte-americanas, para que o aborto seja legalizado e uma estratégia é fazer com que toda gravidez na adolescência seja considerada risco de morte e portanto, ampliando o conceito de aborto necessário ou terapêutico, não punido pelo Código Penal, seja encaminhada para a realização do aborto impropriamente chamado de “aborto legal”.
Para isto nos últimos anos se multiplicaram em todos o Brasil os serviços de “aborto legal”. Tenta-se tornar legal o aborto em caso de malformações fetais (ex. anencefalia) e é por isto que a proposta será avaliada pelo STF. Nas faculdades de medicina ensina-se aos futuros médicos para que orientem as mães, que estejam gerando um filho defeituoso, a solicitarem ao juiz a permissão paro o aborto. O Minstério da Saúde já fez convênio com o IPAS, organização internacional que divulga o aborto, para que a cada ano mil novos médicos sejam treinados sobre as técnicas de aborto.
O governo Lula desde o começo, afirmando de tratar o aborto como problema de saúde pública (afirmação mentirosa pois o número de mortes maternas não depende da clandestinidade do aborto, mas do atendimento durante a gravidez, parto e pós parto), colabora ativamente com a agenda internacional de implantação do aborto e não mede esforços para convencer os brasileiros, em sua maioria contrários a esta prática, para que se convençam que a lei do aborto é uma coisa boa. Daí as esquizofrênicas declarações do Presidente Lula, que afirma que como cristão é contra o aborto, mas como chefe de estado deve promovê-lo para salvar vidas humanas. É o joguinho da dupla moral oportunista, pois o que interessa ao Presidente é não perder a colaboração econômica do FMI e das outras organizações internacionais, que para ajudar o terceiro mundo exigem que se adote a agenda abortista, em vista do controle populacional. Mais uma vez o Brasil está sendo vendido aos interesses internacionais.
A tática do sequestro de adolescentes grávidas para que abortem a todo custo para favorecer a agenda abortista já foi usada em 2003 na Nicarágua, na Bolívia também, e agora no Brasil e isto não acontece por acaso, mas de caso pensado. Precisamos abrir mais os olhos, nos organizarmos melhor na defesa da vida e não sermos ingénuos.
A firme tomada de posição de Dom José Cardoso Sobrinho é um sinal positivo de como a nossa Igreja, em colaboração com outras forças religiosas e sociais, pode se opôr a esta agenda de neo-paganismo que quer nos fazer engolir o aborto, a libertinagem sexual, o matrimônio gay e a eutanásia, que também faz parte da agenda do controle populacional, apelando para um falso conceito de liberdade.
Pe. Berardo Graz
sacerdote da diocese de Guarulhos SP,
membro da comissão diocesana e regional em defesa da vida,
formado em medicina e cirurgia na Itália, mas sem CRM no Brasil,
cidadão italiano e brasileiro
[januacoeli.wordpress.com]

Re: Aborto é crime mais grave que violação
Escrito por: meira (IP registado)
Data: 23 de March de 2009 15:22

O ABORTO, OS APLAUSOS DA MÍDIA E O CORAJOSO D. JOSÉ

Por Pedro Ravazzano
O caso do assassinato de duas crianças em Pernambuco tem gerado discussões por todo o país. D. José Sobrinho OCarm, com grande sensibilidade e fiel ao seu episcopado, levantou a voz em defesa da vida, da vida em abundância. Se o fato ocorresse em outras dioceses não poucos seriam os Bispos que iriam se calar e assistir de camarote a cerimônia de imolação dos bebês unicamente por não terem a coragem de clamar ao mundo a necessidade de respeitar e reverenciar o bem mais valioso que o Senhor nos deu; a vida!
As reações ao acontecido foram diversas, mas assumo, com um certo humor, que tenho ficado perplexo com o levante midiático contra as excomunhões. Pois bem, a mídia sabe o que é a pena de excomunhão? Muito provavelmente não. É uma pena espiritual que priva o indivíduo (católico, de no mínimo 16 anos de idade) de participar da comunhão da Igreja (visível), ele se encontra fora por conta de atos definidos no Direito Canônico com tal rigor - o aborto causa excomunhão automática, ou seja, o Arcebispo de Recife apenas ratificou a pena que já havia incorrido, de maneira mais clara; a mãe e os médicos se excomungaram quando realizaram e defenderam o aborto. (A mulher submetida ao aborto não raramente não incorrerá na excomunhão por encontrar-se dentro de circunstâncias atenuantes do cân. 1324 § 1, 3 e 5. O irônico de tudo isso é que a mídia que alarda a excomunhão é a mesma que critica a Igreja, adota um discurso anti-clerical, alfineta o Papa, enfim, em nada se aproxima dos princípios católicos, em nada! Agora vejamos, o que essa mesma mídia, que influencia todo o povo, quer reclamando da pena de excomunhão? Quem ouve e presencia tanto protesto até acredita que os meios de comunicação se sensibilizam enormemente com o fato de a mãe e os médicos estarem privados dos Sacramentos. Quanta solidariedade cristã?! Que nada, esse escândalo histérico é mais uma forma, dentre várias, de fazer oposição à Igreja e medir forças com o Clero, no caso em questão com o valoroso D. José.
O relativismo atual não é tão relativo como pretende. Pululam aqueles discursos açucarados de amor e fraternidade, entretanto, por sua vez, quando surge uma argumentação que busca a fidelidade ao crido e a honestidade com o que se crê aí o relativismo e sua máquina se levantam. Tudo é relativo, tudo é verdadeiro e aceitável menos, é claro, uma postura que se fundamenta verdadeiramente na Verdade e procura honrá-La e segui-La com sinceridade. Em suma, D. José ao erguer sua voz contra esse assassinato, sendo fiel aos ensinamentos de Cristo, fazendo valer as normas e códigos estabelecidos pela Igreja – pensada e construída por Nosso Senhor – faz uma afronta ao princípio de mentira e confusão tão incentivado pelos relativistas de plantão. Por isso a postura excessivamente..fundamentalista da mídia, logo ela que pinta de cor de rosa o mundo e incentiva o comportamento letárgico e frouxo nos homens e mulheres desse pais.
Indo ao caso em si. A Igreja é contra o aborto induzido, o assassinato, não o aborto natural, ou seja, quando é reflexo da casualidade, de fatores que não foram artificialmente criados pelos homens para que a criança fosse assassinada. A teologia moral católica ainda nos ensina sobre a “ação de duplo efeito”; quando uma ação boa pode gerar efeitos bons, indiferentes e maus. Esse princípio parte de alguns raciocínios; a ação visada deve ser boa em si e o efeito pretendido deve ser, obviamente, o bom, mesmo que o mau esteja entre as conseqüências naturais da ação. No caso da garotinha de Pernambuco muito provavelmente os (éticos) médicos teriam que fazer uma intervenção cirúrgica no útero para que ela pudesse comportar a gestação de duas crianças. Ou seja, se trataria de uma operação com um claro objetivo: fazer com que a menina tivesse capacidade física de manter seus filhos para que eles nascessem com saúde, entretanto, se tratando de uma cirurgia de alto risco, o perigo do aborto sempre seria iminente. Se com essa operação, por acaso, os bebês fossem (naturalmente) abortados, não haveria choro e ranger de dentes.
O mundo já presenciou casos de gravidez onde a medicina foi de crucial importância para o nascimento dos filhos. No Peru houve Lina Medina, mãe com apenas cinco anos em 1939! Nos Estados Unidos todo mundo acompanhou a orgulhosa matriarca que teve oito filhos. Outra peruana, com nove anos de idade, deu à luz a uma criança prematura que após o parto foi imediatamente tratada pelos médicos. Aqui mesmo no Brasil uma garotinha da mesma idade pariu no meio da Amazônia. Ou seja, a medicina tem plena capacidade e tecnologia para acompanhar uma criança grávida de gêmeos e fazer com que tenha seus filhos com saúde e sem risco imediato de vida. A família, que era contra o aborto – o pai continuou sendo -, mudou de opinião depois de ser influenciada por ONGs abortistas que convenceram a mãe a autorizar o aborto da criança. Tudo isso pode ser confirmado no relato do Pe. Edson Rodrigues, pároco de Alagoinha, que acompanhou o Conselho Tutelar no desenrolar da história. [http://acarajeconservador.blogspot.com/2009/03/gravida-de-gemeos-em-alagoinha-o-lado.html]
Que alguém que não considera a existência da vida desde a fecundação defenda o aborto no caso em questão não é de assustar, mas pessoas que dizem que acreditam que no encontro do espermatozóide com o óvulo há a partida do sentido existencial do ser humano, que o zigoto, depois o embrião, depois o feto, não são um mero zigoro, um mero embrião, um mero feto, mas um ser humano, uma pessoa humana, com todo o direito de ter a sua vida respeitada e reverenciada como qualquer indivíduo, enfim, que essas pessoas afirmem que o aborto foi necessário e oportuno, isso é de estarrecer. Como alguém que diz defender a "vida em abundância" pode concordar com o assassinato de um ser humano indefeso que vive em perfeita inocência, longe dessa corrupção dos homens? É impossível! Qualquer um que acredita piamente na existência da vida desde a fecundação, ou seja, que não enxerga no zigoto, no embrião, no feto apenas uma massa deformada, ou bolo de células, mas um bebê em formação, jamais concordaria em matá-lo pelos crimes da sociedade. Quem assim se comporta não entende que no ventre daquela menina pulsava um coração de um ser humano, tão vivo e cheio de esperanças quanto nós. Os ditos anti-abortistas que defenderam esse assassinato são mais repulsivos que aqueles que, ao menos de forma escancarada, levantam a bandeira da morte. Quiseram matar as crianças, as abortistas influenciaram e os coitados aplaudiram e defenderam. Alguém que ratifica esse assassinato não tem envergadura moral para se auto-intitular cristão, nem tampouco ser humano racional!
Os abortistas, na verdade, não estão lá muito incomodados com a viabilidade da gestação. Para eles qualquer gravidez, seja ela de risco ou não, deve ser interrompida, por meio do assassinato, se assim quiser a “mãe”. Esse argumento de que não havia condição física para que a garota pudesse ter seus filhos com saúde, foi apenas o subterfúgio que as defensoras da morte usaram para validar, perante a grande sociedade, o aborto. Afinal, como percebemos com clareza, o povo brasileiro é majoritariamente contra o infanticídio, o aborto. As abortistas tinham plena consciência que o caso em questão, ou seja, uma menina de nove anos estuprada pelo padrasto, dividiria opiniões e colocaria em discussão a legalização do aborto. Mesmo sendo filhos frutos de um ato bárbaro repulsivo entra a questão; o que duas crianças - afinal o que para eles não passa de um zigoto, um embrião, um feto ou um bolo de células sem vida, para nós é um ser humano indefeso tal como uma criança - têm a ver com os problemas dos homens? Então os bebês pagariam a pena do estuprador e da mãe da menina que alimentou um pervertido na sua casa? Obviamente não!
Outro argumento utilizado é que a garotinha ficaria extremamente desgastada psicologicamente, o que é óbvio. Mas como exterminar com a vida de duas crianças unicamente por conta de transtornos futuros? Quer dizer que os problemas existenciais da menina são mais valiosos que a vida de dois seres humanos? Isso é a total perversão da moralidade humana, uma subvalorização do direito mais sublime, o direito da vida. Ela iria sofrer, teria problemas de auto-aceitação, mas ao menos sua angústia não estaria sustentada sobre uma poça de sangue. A menina sofreu dois abusos: o do estuprador e dos que, aproveitando-se de sua baixa idade e de sua fragilidade emocional, a obrigaram sordidamente a consentir no crime do aborto. Com o passar dos anos, quando ela atingir a maioridade, trará em sua consciência o peso da culpa de ter consentido em matar os próprios filhos, mesmo que tenha se arrependido e recebido o perdão de Deus por intermédio do sacramento da reconciliação.
[www.veritatis.com.br]

Re: Aborto é crime mais grave que violação
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 23 de March de 2009 16:11

Citação:
Pedro Ravazzano
No caso da garotinha de Pernambuco muito provavelmente os (éticos) médicos teriam que fazer uma intervenção cirúrgica no útero para que ela pudesse comportar a gestação de duas crianças.

Quer dizer que naturalmente as crianças não sobreviveriam. E que a menina teria que submetida a uma intervenção cirúrgica. Qualquer intervnção cirúrgica comporta riscos sérios, quer para a vida quer para a saúde futura. Seria interessante comparar com casos conhecidos de gravidezes de gémeos em meninas de 9 anos. Onde está essa comparação?

Citação:
Pedro Ravazzano
O mundo já presenciou casos de gravidez onde a medicina foi de crucial importância para o nascimento dos filhos. No Peru houve Lina Medina, mãe com apenas cinco anos em 1939! Nos Estados Unidos todo mundo acompanhou a orgulhosa matriarca que teve oito filhos. Outra peruana, com nove anos de idade, deu à luz a uma criança prematura que após o parto foi imediatamente tratada pelos médicos. Aqui mesmo no Brasil uma garotinha da mesma idade pariu no meio da Amazônia.

Curioso: tantos casos e nem um de gémeos aos nove anos.

Citação:
Pedro Ravazzano
Ou seja, a medicina tem plena capacidade e tecnologia para acompanhar uma criança grávida de gêmeos e fazer com que tenha seus filhos com saúde e sem risco imediato de vida.

Ou seja: de três ou quatro casos diferentes conclui-se que os filhos nasceriam com saúde (é preciso não ter a menor ideia de que é um prematuro e do que são gémeos para dar uma garantia tão tonta) e sem risco de vida para a menina (ignorando que uma gravidez numa mulher saudável e idade adequada já comporta riscos, sendo o aumento de risco sempre a somar com vários factores deste caso; destaque para intervenções cirúrgicas aparentemente complicadas, incertas e sem precedentes).

Citação:
Pedro Ravazzano
Como alguém que diz defender a "vida em abundância" pode concordar com o assassinato de um ser humano indefeso que vive em perfeita inocência, longe dessa corrupção dos homens? É impossível! Qualquer um que acredita piamente na existência da vida desde a fecundação, ou seja, que não enxerga no zigoto, no embrião, no feto apenas uma massa deformada, ou bolo de células, mas um bebê em formação, jamais concordaria em matá-lo pelos crimes da sociedade. Quem assim se comporta não entende que no ventre daquela menina pulsava um coração de um ser humano, tão vivo e cheio de esperanças quanto nós.

O que está em causa não é a inocência dos embriões nem os crimes da sociedade. São os riscos para a menina! Já agora, desde quando é que um embrião tem esperança?

Citação:
Pedro Ravazzano
Mas como exterminar com a vida de duas crianças unicamente por conta de transtornos futuros? Quer dizer que os problemas existenciais da menina são mais valiosos que a vida de dois seres humanos? Isso é a total perversão da moralidade humana, uma subvalorização do direito mais sublime, o direito da vida.

Quer dizer que a vida biológica justifica a destruição da vida psicológica?

Posto tudo isto diria: este tipo de argumentos mostram duas coisas: os radicais católicos dão importância apenas à vida biológica e para isso sacrificam o que for preciso, incluindo o rigor técnico, para não dizer simplesmente que sacrificam a verdade. O que é lamentável é que m bispo se envolva nestas falácias e tenha que ser desmentido pelo próprio vaticano.

O caso da menina só desautoriza os radicais e facilita sobremaneira o caminho para quem quer liberalizar completamente o aborto.

pontosvista

Re: Aborto é crime mais grave que violação
Escrito por: meira (IP registado)
Data: 23 de March de 2009 18:40

"Como é amarga a ironia daqueles que promovem o aborto entre as curas para a saúde materna. É desconcertante a tese daqueles que acreditam que a eliminação da vida é um assunto de saúde reprodutiva”. Papa Bento XVI

Re: Aborto é crime mais grave que violação
Escrito por: paroled'amore (IP registado)
Data: 23 de March de 2009 21:22

paz de JESUS E amor de maria a todos.
assunto muito delicado mas vejamos como posso expressar minhas palavras.
voce é um ser humano, vive num mundo cheio de leis, regras que nos fazem viver melhor, imagine só se o homem permitisse matar, roubar iria ser um caos, certo?certo, vejamos então, no principio DEUS criou a terra e tudo que nela existe,inclusive o homem, portanto nos somos criação de DEUS, e portanto as leis do homem não são superiores as leis de DEUS.
outro ponto de vista importante é este leia bem, quem acredita, pois quem não acredita não adinta ler:O aborto é uma afronta direta ao Quinto Mandamento: “Não matarás (Ex 20.13).
A ciência prova que a vida começa durante a fecundação do óvulo; nesse momento já existe vida, o que faz que aquele ser seja dotado de alma e conhecido de Deus (Jr 1,5).
Ao contrário do que pregam os defensores do aborto, não é de hoje que a Igreja condena o aborto. Trata-se de preceito bíblico: em Ex 1,8-21, lemos que quando os hebreus começaram a se multiplicar no Egito, o faraó incentivou o aborto, mas as parteiras não seguiram essa recomendação porque “temiam a Deus”.
O mais antigo catecismo usado pelos cristãos, a Didaqué, escrito no final do século I d.C., expressa claramente: “Não mate a criança no seio de sua mãe, nem depois que ela tenha nascido” (Did 2,2b).

a igreja católica defende a via desde sua concepção até o fim dela, por isso o aborto e crime perante DEUS, voce mata uma vida, ou mais no caso da menina foram 2.
o que escrevo aqui é que DEUS deixou suas leis, seus mandamentos,o DECALOGO não pode ser esquecido pelo homem, foi o criador do homem quem fez, nada menos que O PAI, por isso se os homens nojentos e pecadores fazem leis, DEUS as fez melhor que a criatura(nós).
e esta na lei de DEUS não mataras.
não discuto aqui como a medicina iria fazer para salvar a mãe ou os gemeos, mas na lei de DEUS matar é crime sim.

fiquem com DEUS

se DIO è per noi,chi sara contro noi

Re: Aborto é crime mais grave que violação
Escrito por: Alpha (IP registado)
Data: 24 de March de 2009 19:10

Citação:
Lena
Citação:
Alpha
Aquela criança quase que foi obrigada a abortar por um imperativo de «serenidade» social. Nós, para nos serenarmos e numa busca de justiça (quiçá distorcida, praticamente que não permitimos outro desfecho que não o aborto.
Qual seria a nossa reacção se a criança opta-se por levar a gravidez até ao final, mesmo correndo risco de vida?

Eu não entendo, quem ficou sereno? Tanto quanto sei ninguém. Está ali mais um história de abuso torpe durante a infância. Como foi possível uma situação destas durante 3 anos?!?! Ninguém pode ficar descansado, estamos a falhar e muito em termos de apoio social efectivo, de educação, de saúde.

Quanto à escolha da criança, relembro que ela nem sabia que estava grávida. Alguém aqui defende que lhe devia ser dito e explicado que estava?

Mas imaginando que sabia e queria levar a gravidez até ao fim, mesmo correndo o risco de morrer, até que ponto essa seria uma decisão válida e consciente ao ponto de se tornar vinculativa?
Em que situações crianças de 9 anos têm legalmente poder de decisão? Que eu saiba em nenhumas, logo não vejo por que razão neste caso específico teria de ser diferente.

Resumindo, tudo muito bem desde que a criança abortasse, caso contrário seria um escândalo...

Re: Aborto é crime mais grave que violação
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 24 de March de 2009 20:43

Citação:
Alpha

Resumindo, tudo muito bem desde que a criança abortasse, caso contrário seria um escândalo...

Estás a extrapolar, não podes tirar essa conclusão das minhas palavras.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Aborto é crime mais grave que violação
Escrito por: Giovana (IP registado)
Data: 18 de April de 2009 04:34

GRÁVIDA DE GÊMEOS EM ALAGOINHA - O lado que a imprensa deixou de contar


Por Pe. Edson Rodrigues


Há cerca de oito dias, nossa cidade foi tomada de surpresa por uma trágica notícia de um acontecimento que chocou o país: uma menina de 9 anos de idade, tendo sofrido violência sexual por parte de seu padrasto, engravidou de dois gêmeos. Além dela, também sua irmã, de 13 anos, com necessidade de cuidados especiais, foi vitima do mesmo crime. Aos olhos de muitos, o caso pareceu absurdo, como de fato assim também o entendemos, dada a gravidade e a forma como há três anos isso vinha acontecendo dentro da própria casa, onde moravam a mãe, as duas garotas e o acusado.

O Conselho Tutelar de Alagoinha, ciente do fato, tomou as devidas providências no sentido de apossar-se do caso para os devidos fins e encaminhamentos. Na sexta-feira, dia 27 de fevereiro, sob ordem judicial, levou as crianças ao IML de Caruaru-PE e depois ao IMIP (Instituto Médico Infantil de Pernambuco), de Recife a fim de serem submetidas a exames sexológicos e psicológicos. Chegando ao IMIP, em contato com a Assistente Social Karolina Rodrigues, a Conselheira Tutelar Maria José Gomes, foi convidada a assinar um termo em nome do Conselho Tutelar que autorizava o aborto. Frente à sua consciência cristã, a Conselheira negou-se diante da assistente a cometer tal ato. Foi então quando recebeu das mãos da assistente Karolina Rodrigues um pedido escrito de próprio punho da mesma que solicitava um "encaminhamento ao Conselho Tutelar de Alagoinha no sentido de mostrar-se favorável à interrupção gestatória da menina, com base no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e na gravidade do fato". A Conselheira guardou o papel para ser apreciado pelos demais Conselheiros colegas em Alagoinha e darem um parecer sobre o mesmo com prazo até a segunda-feira dia 2 de março. Os cinco Conselheiros enviaram ao IMIP um parecer contrário ao aborto, assinado pelos mesmos. Uma cópia deste parecer foi entregue à assistente social Karolina Rodrigues que o recebeu na presença de mais duas psicólogas do IMIP, bem como do pai da criança e do Pe. Edson Rodrigues, Pároco da cidade de Alagoinha.

No sábado, dia 28, fui convidado a acompanhar o Conselho Tutelar até o IMIP em Recife, onde, junto à conselheira Maria José Gomes e mais dois membros de nossa Paróquia, fomos visitar a menina e sua mãe, sob pena de que se o Conselho não entregasse o parecer desfavorável até o dia 2 de março, prazo determinado pela assistente social, o caso se complicaria. Chegamos ao IMIP por volta das 15 horas. Subimos ao quarto andar onde estavam a menina e sua mãe em apartamento isolado. O acesso ao apartamento era restrito, necessitando de autorização especial. Ao apartamento apenas tinham acesso membros do Conselho Tutelar, e nem tidos. Além desses, pessoas ligadas ao hospital. Assim sendo, à área reservada tiveram acesso naquela tarde as conselheiras Jeanne Oliveira, de Recife, e Maria José Gomes, de nossa cidade.

Com a proibição de acesso ao apartamento onde menina estava, me encontrei com a mãe da criança ali mesmo no corredor. Profunda e visivelmente abalada com o fato, expôs para mim que tinha assinado "alguns papéis por lá". A mãe é analfabeta e não assina sequer o nome, tendo sido chamada a pôr as suas impressões digitais nos citados documentos.

Perguntei a ela sobre o seu pensamento a respeito do aborto. Valendo-se se um sentimento materno marcado por preocupação extrema com a filha, ela me disse da sua posição desfavorável à realização do aborto. Essa palavra também foi ouvida por Robson José de Carvalho, membro de nosso Conselho Paroquial que nos acompanhou naquele dia até o hospital. Perguntei pelo estado da menina. A mãe me informou que ela estava bem e que brincava no apartamento com algumas bonecas que ganhara de pessoas lá no hospital. Mostrava-se também muito preocupada com a outra filha que estava em Alagoinha sob os cuidados de uma família. Enquanto isso, as duas conselheiras acompanhavam a menina no apartamento. Saímos, portanto do IMIP com a firme convicção de que a mãe da menina se mostrava totalmente desfavorável ao aborto dos seus netos, alegando inclusive que "ninguém tinha o direito de matar ninguém, só Deus".

Na segunda-feira, retornamos ao hospital e a história ganhou novo rumo. Ao chegarmos, eu e mais dois conselheiros tutelares, fomos autorizados a subirmos ao quarto andar onde estava a menina. Tomamos o elevador e quando chegamos ao primeiro andar, um funcionário do IMIP interrompeu nossa subida e pediu que deixássemos o elevador e fôssemos à sala da Assistente Social em outro prédio. Chegando lá fomos recebidos por uma jovem assistente social chamada Karolina Rodrigues. Entramos em sua sala eu, Maria José Gomes e Hélio, Conselheiros de Alagoinha, Jeanne Oliveira, Conselheira de Recife e o pai da menina, o Sr. Erivaldo, que foi conosco para visitar a sua filha, com uma posição totalmente contrária à realização do aborto dos seus netos. Apresentamo-nos à Assistente e, ao saber que ali estava um padre, ela de imediato fez questão de alegar que não se tratava de uma questão religiosa e sim clínica, ainda que este padre acredite que se trata de uma questão moral.

Perguntamos sobre a situação da menina como estava. Ela nos afirmou que tudo já estava resolvido e que, com base no consentimento assinado pela mãe da criança em prol do aborto, os procedimentos médicos deveriam ser tomados pelo IMI dentro de poucos dias. Sem compreender bem do que se tratava, questionei a assistente no sentido de encontrar bases legais e fundamentos para isto. Ela, embora não sendo médica, nos apresentou um quadro clínico da criança bastante difícil, segundo ela, com base em pareceres médicos, ainda que nada tivesse sido nos apresentado por escrito.

Justificou-se com base em leis e disse que se tratava de salvar apenas uma criança, quando rebatemos a idéia alegando que se tratava de três vidas. Ela, desconsiderando totalmente a vida dos fetos, chegou a chamá-los em "embriões" e que aquilo teria que ser retirado para salvar a vida da criança. Até então ela não sabia que o pai da criança estava ali sentado ao seu lado. Quando o apresentamos, ela perguntou ao pai, o Sr. Erivaldo, se ele queria falar com ela. Ele assim aceitou. Então a assistente nos pediu que saíssemos todos de sua sala os deixassem a sós para a essa conversa. Depois de cerca de vinte e cinco minutos, saíram dois da sala para que o pai pudesse visitar a sua filha. No caminho entre a sala da assistente e o prédio onde estava o apartamento da menina, conversei com o pai e ele me afirmou que sua idéia desfavorável ao aborto agora seria diferente, porque "a moça me disse que minha filha vai morrer e, se é de ela morrer, é melhor tirar as crianças", afirmou o pai quase que em surdina para mim, uma vez que, a partir da saída da sala, a assistente fez de tudo para que não nos aproximássemos do pai e conversássemos com ele. Ela subiu ao quarto andar sozinha com ele e pediu que eu e os Conselheiros esperássemos no térreo. Passou-se um bom tempo. Eles desceram e retornamos à sala da assistente social. O silêncio de que havia algo estranho no ar me incomodava bastante. Desta vez não tive acesso à sala. Porém, em conversa com os conselheiros e o pai, a assistente social Karolina Rodrigues, em dado momento da conversa, reclamou da Conselheira porque tinha me permitido ver a folha de papel na qual ela solicitara o parecer do Conselho Tutelar de Alagoinha favorável ao aborto e rasgou a folha na frente dos conselheiros e do pai da menina. A conversa se estendeu até o final da tarde quando, ao sair da sala, a assistente nos perguntava se tinha ainda alguma dúvida. Durante todo o tempo de permanência no IMIP não tivemos contato com nenhum médico. Tudo o que sabíamos a respeito do quadro da menina era apenas fruto de informações fornecidas pela assistente social. Despedimo-nos e voltamos para nossas casas. Aos nossos olhos, tudo estava consumado e nada mais havia a fazer.

Dada a repercussão do fato, surge um novo capítulo na história. O Arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife, Dom José Cardoso, e o bispo de nossa Diocese de Pesqueira, Dom Francisco Biasin, sentiram-se impelidos a rever o fato, dada a forma como ele se fez. Dom José Cardoso convocou, portanto, uma equipe de médicos, advogados, psicólogos, juristas e profissionais ligados ao caso para estudar a legalidade ou não de tudo o que havia acontecido. Nessa reunião que se deu na terça-feira, pela manhã, no Palácio dos Manguinhos, residência do Arcebispo, estava presente o Sr. Antonio Figueiras, diretor do IMIP que, constatando o abuso das atitudes da assistente social frente a nós e especialmente com o pai, ligou ao hospital e mandou que fosse suspensa toda e qualquer iniciativa que favorecesse o aborto das crianças. E assim se fez.

Um outro encontro de grande importância aconteceu. Desta vez foi no Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, na tarde da terça-feira. Para este, eu e mais dois Conselheiros, bem como o pai da menina formos convidados naquela tarde. Lá no Tribunal, o desembargador Jones Figueiredo, junto a demais magistrados presentes, se mostrou disposto a tomar as devidas providências para que as vidas das três crianças pudessem ser salvas. Neste encontro também estava presente o pai da criança. Depois de um bom tempo de encontro, deixamos o Tribunal esperançosos de que as vidas das crianças ainda poderiam ser salvas.

Já a caminho do Palácio dos Manguinhos, residência do Arcebispo, por volta das cinco e meia da tarde, Dom José Cardoso recebeu um telefonema do Diretor do IMIP no qual ele lhe comunicava que um grupo de uma entidade chamada Curumins, de mentalidade feminista pró-aborto, acompanhada de dois técnicos da Secretaria de Saúde de Pernambuco, teriam ido ao IMIP e convencido a mãe a assinar um pedido de transferência da criança para outro hospital, o que a mãe teria aceito. Sem saber do fato, cheguei ao IMIP por volta das 18 horas, acompanhado dos Conselheiros Tutelares de Alagoinha para visitar a criança. A Conselheira Maria José Gomes subiu ao quarto andar para ver a criança. Identificou-se e a atendente, sabendo que a criança não estava mais na unidade, pediu que a Conselheira sentasse e aguardasse um pouco, porque naquele momento "estava havendo troca de plantão de enfermagem". A Conselheira sentiu um clima meio estranho, visto que todos faziam questão de manter um silêncio sigiloso no ambiente. Ninguém ousava tecer um comentário sequer sobre a menina.

No andar térreo, fui informado do que a criança e sua mãe não estavam mais lá, pois teriam sido levadas a um outro hospital há pouco tempo acompanhadas de uma senhora chamada Vilma Guimarães. Nenhum funcionário sabia dizer para qual hospital a criança teria sido levada. Tentamos entrar em contato com a Sra. Vilma Guimarães, visto que nos lembramos que em uma de nossas primeiras visitas ao hospital, quando do assédio de jornalistas querendo subir ao apartamento onde estava a menina, uma balconista chamada Sandra afirmou em alta voz que só seria permitida a entrada de jornalistas com a devida autorização do Sr. Antonio Figueiras ou da Sra. Vilma Guimarães, o que nos leva a crer que trata-se de alguém influente na casa. Ficamos a nos perguntar o seguinte: lá no IMIP nos foi afirmado que a criança estava correndo risco de morte e que, por isso, deveria ser submetida ao procedimentos abortivos. Como alguém correndo risco de morte pode ter alta de um hospital. A credibilidade do IMIP não estaria em jogo se liberasse um paciente que corre risco de morte? Como explicar isso? Como um quadro pode mudar tão repentinamente? O que teriam dito as militantes do Curumim à mãe para que ela mudasse de opinião? Seria semelhante ao que foi feito com o pai?

Voltamos ao Palácio dos Manguinhos sem saber muito que fazer, uma vez que nenhuma pista nós tínhamos. Convocamos órgãos de imprensa para fazer uma denúncia, frente ao apelo do pai que queria saber onde estava a sua filha.

Na manhã da quarta-feira, dia 4 de março, ficamos sabendo que a criança estava internada na CISAM, acompanhada de sua mãe. O Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (FUSAM) é um hospital especializado em gravidez de risco, localizado no bairro da Encruzilhada, Zona Norte do Recife. Lá, por volta das 9 horas da manhã, nosso sonho de ver duas crianças vivas se foi, a partir de ato de manipulação da consciência, extrema negligência e desrespeito à vida humana.

Isto foi relatado para que se tenha clareza quanto aos fatos como verdadeiramente eles aconteceram. Nada mais que isso houve. Porém, lamentamos profundamente que as pessoas se deixem mover por uma mentalidade formada pela mídia que está a favor de uma cultura de morte. Espero que casos como este não se repitam mais.

Ao IMIP, temos que agradecer pela acolhida da criança lá dentro e até onde pode cuidar dela. Mas por outro lado não podemos deixar de lamentar a sua negligência e indiferença ao caso quando, sabendo do verdadeiro quadro clínico das crianças, permitiu a saída da menina de lá, mesmo com o consentimento da mãe, parecendo ato visível de quem quer se ver livre de um problema.

Aos que se solidarizaram conosco, nossa gratidão eterna em nome dos bebês que a esta hora, diante de Deus, rezam por nós. "Vinde a mim as crianças", disse Jesus. E é com a palavra desde mesmo Jesus que continuaremos a soltar nossa voz em defesa da vida onde quer que ela esteja ameaçada. "Eu vim para que todos tenham vida e a tenham plenamente" (Jo, 10,10). Nisso cremos, nisso apostamos, por isso haveremos de nos gastar sempre. Acima de tudo, a Vida!

Pe. Edson Rodrigues
Pároco de Alagoinha-PE
padreedson@hotmail.com [padreedson.blogspot.com]
(87) 3839.1473

Re: Aborto é crime mais grave que violação
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 18 de April de 2009 08:51

Giovana

esse texto já tinha sido postado na primeira página deste tópico pelo vitor*, no dia 9 de Março

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Aborto é crime mais grave que violação
Escrito por: Giovana (IP registado)
Data: 20 de April de 2009 00:56

Sempre bom relembrar....

Re: Aborto é crime mais grave que violação
Escrito por: Tozé Monteiro (IP registado)
Data: 01 de May de 2009 21:49

Lembrar gestos infelizes....

Re: Aborto é crime mais grave que violação
Escrito por: demis (IP registado)
Data: 04 de May de 2009 21:02

eu votei NÃO nos dois referendos mas se eu tivesse mulher e que ela engravidasse talvez a primeira ideia que me ocorreria era exactamente manda-la abortar!
é uma responsabilidade muito grande ter um filho.
não é ser hipócrita.

Re: Aborto é crime mais grave que violação
Escrito por: luis (IP registado)
Data: 04 de May de 2009 22:20

demis meu rapaz tu não existes.

Vá lá ó Luis Gonzaga admite de uma vez por todas que és tu quem escreves estas coisas para depois gozares o prato das discussões aí em casa.

Vá lá, admite-o.

Re: Aborto é crime mais grave que violação
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 17 de November de 2009 09:57

[www.c-fam.org]

Esta é uma petição internacional de uma organização internacional, com dez anos, de cariz católico que visa obter 1 milhão de assinaturas para entregar na ONU. Já vai em 615000. Por favor assinem e façam algo mais que isso enviem por e-mail aos vossos amigos, que sabem que também vão querer assinar.



Editado 2 vezes. Última edição em 17/11/2009 10:01 por vitor*.

Re: Aborto é crime mais grave que violação
Escrito por: Afonso (IP registado)
Data: 20 de November de 2009 10:43

Citação:
demis
eu votei NÃO nos dois referendos mas se eu tivesse mulher e que ela engravidasse talvez a primeira ideia que me ocorreria era exactamente manda-la abortar!
é uma responsabilidade muito grande ter um filho.
não é ser hipócrita.

manda-la abortar. engravidas para mandar abortar. estranha forma de vida ó demis

o aborto é hediondo aos olhos do Senhor por ser contra vida que é sagrada. Deus não manda um filho para ser abortado mas para nascer..

a violação é um crime muito grave pela ofensa corporal e pelas marcas psicológicas que deixa.

tanto a mulher que aborta como o violador são réus de morte. não se podem comparar os dois crimes

Re: Aborto é crime mais grave que violação
Escrito por: Anori (IP registado)
Data: 20 de November de 2009 18:44

Quando há aborto não existe a situação apontada...

Citação:
(Petição)
1. O direito à vida de cada ser humano, da concepção até a morte natural, tendo cada criança o direito de ser concebida, nascida e educada no seio de uma família, baseada no matrimônio entre um homem e uma mulher, sendo a família o grupo de unidade natural e fundamental da sociedade,

Aproveito a deixa para dar a conhecer uma atitude que considerei como "aborto", exacatmente aborto, nada original eu sei...mas talvez percebam porque considerei assim...
Um casal da área de Lisboa, na primeira reunião para o casamento foi abordado da seguinte forma "Já fizeram os testes genéticos para saber se podem ter filhos normais?", o rapaz por respeito e ainda pasmo com a abordagem não voltou costas o que teve imediatamente vontade de fazer, mas perguntou-lhe "E se não fosse? Seria bem-vindo?"


Eugenia? Faz sentido?!

Depende de quem usa...

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