Não sei se isto servirá de tópico para discussão , mas apetece-me fazer aqui uma reflexão.

De verdade alguns de vós, como eu, já terão passado por uma situação de doença, mais ou menos grave. É nestas situações que nos lembramos mais de Deus, do Pai que sempre ouve.

Alguns advogam que nestas situações de debilidade, estamos carentes, temos necessidade de acreditar em algo, de ter esperança, de inventar um ser e vezes há, que acontecem bedtime conversions.

Mas é importante distinguir bedtime conversions de situações em que o homem olhando para a sua impotência para resolver um problema, ou doença que o apoquenta, chama pelo Pai lá do Céu, para que venha em seu auxílio. É nestas situações previligiadas que o homem mais reconhece, que é realmente um ser dependente de Deus. É também nestas situações que o homem vê que tem de depositar toda a a sua confiança, não nele próprio, ou noutro homem semelhante a ele, mas em Deus.

É preciso portanto reconhecer que o homem chama por Deus, não porque está numa situação debilitada, mas porque primeiro vê que nenhum homem é capaz de resolver o seu problema e segundo porque a sua dimensão religiosa actua de tal forma no seu ser, que o faz orientar para o seu Criador.

O problema vem quando o homem recupera o seu estado normal, já não padece de nenhum mal e mais uma vez repete-se o que sempre aconteceu ao longo de toda a humanidade, o homem torna a pensar-se independente de Deus, constrói a sua torre de Babel e volta a confiar que ele ou outro semelhante a ele, é capaz de solucionar todos os seus problemas.

Este jogo de poderes sempre tem afligido a relação do homem, com o seu Deus e continuará a afligir. Homens com demasiado poder, dificilmente reonhcerão a necessidade de Deus.

A pergunta que se põe é posto isto:

Porque ainda queremos poder?

Porque queremos ser mais inteligentes, mais cultos, mais bem sucedidos profissionalmente?

Deixo estas perguntas sem resposta.



Editado 2 vezes. Última edição em 25/02/2009 20:52 por vitor*.

Vitor, eu respondo a esta:

Porque queremos ser mais inteligentes, mais cultos, mais bem sucedidos profissionalmente?

Simples, mas vou responder:-) Enaquanto cá andamos temos de fazer pela vida...para é morrer!

A nossa capacidade de raciocinar, de prever para lá do imediato, permite-nos responder a muitos desafios. Até criamos desafios pelo seu aspecto lúdico.
Qualquer pessoa saudável gosta de superar os seus limites, sente prazer em fazer coisas novas, em descobrir algo novo, inventar, reinventar faz parte de ser humano.

Gosto bastante deste traço humano que nos faz ir mais alto, mais longe, mais fortes, mais qualquer coisa do que antes. Mesmo sabendo que esta ânsia do mais pode dar origem a guerras, a injustiças, ela permitiu-nos chegar até aqui.

Sem ela não existiria escrita, nem histórias de embalar, nem música, nem abrigo, nem pintura, nem ciência, nem religião.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Esta é a velha questão da separação entre o ser humano e Deus, entre o criado e o criador.

E se o ser humano estiver cheio de Deus, por dentro e por fora, em que a nossa visão interior e exterior pudesse ver que tudo é Deus, mas em diferentes formas, que não há algo que não seja Deus, que a doença e a saúde parte dessa ideia de separação existente na nossa mente e no nosso ego.

Então não haveria essas bedtime conversions, pois desde que nascessemos diriam-nos que Tudo É Deus, e que não há separação, apenas diferenças.

A aceitação de uns e de outros, era processada de forma natural e nunca por obrigação à "Lei Divina".

O resto vinha por acréscimo.

Amor/Vida/Deus