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Santos
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 10 de February de 2009 13:40

As igrejas novas que agora fazem tem menos santos nas paredes, por que?

Re: Santos
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 10 de February de 2009 18:14

Nova sensibilidade. A renovação litúrgica tem sugerido alguns novos cuidados com o espaço, de modo a dar maior destaque ao altar.

Por isso, algumas observações:
- o destaque maior para a mesa eucarística, seguido do ambão e pia batismal;
- assim o altar se move para o centro da nave, para recordar melhor a mesa em redor da qual se reúnem os celebrantes que vão partilhar o pão;
- o menor número de imagens (que na maioria das vezes se restringem ao Senhor, a Maria e o padroeiro, rodeados ou não de alguns anjos) acentuam o destaque e ajudam a não dispersar a atenção;
- pelo mesmo motivo caem em desuso os altares laterais, e a comunidade celebra toda ela junta alimentando-se na mesma mesa.

No estilo barroco a idéia era acentuar a distância ou diferença entre o divino e o humano, daí a distância entre o piso e o teto. A grandiosidade e a exuberância também ajudavam a marcar a diferença entre o céu e a terra, razão pela qual sempre notará nas pinturas a presença dos santos presenciando a glória do Senhor, acima, e os penitentes sofrendo na terra, abaixo.

Atualmente vem ganhando destaque a humildade e a amorosidade do Deus que se faz próximo na pessoa de Jesus. Por isso um cuidado maior em revelar o lado da celebração que recorda a partilha do pão, o Cordeiro se faz nosso alimento.

Alguns católicos ultra-conservadores têm reclamado também disso, ao lado da queixa quanto ao abandono do latim. Apegados ao passado barroco, reclamam da proximidade que é revelada hj na celebração em favor de um retorno à distância que era o foco de anteriormente.

Em resumo...

Re: Santos
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 10 de February de 2009 19:05

Temos uma igreja bonita e esses católicos ultra-conservadores querem santos e mais santos na igreja...estão a estragar a igreja.

Re: Santos
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 10 de February de 2009 20:12

Ana,

Essas coisas exigem muito cuidado e paciência, porque infelizmente, por limitação nossa, a liturgia, que é o momento forte de encontro e união da comunidade que se reúne para celebrar e partilhar o pão, pode se tornar um campo de disputa. Nada mexe mais com a sensibilidade dos fiéis. Até mesmo os católicos mais desligados e de mais pobre formação se sentem "entendidos" na matéria quando o assunto é a celebração.

Uma pessoa às vezes nem liga tanto para a vida espiritual e vai à igreja por costume social, mas aconteça de mudarem algo na liturgia (pode ser algo muito periférico, não faz diferença pois geralmente essa pessoa nem está preparada para distinguir entre o periférico e o essencial) e ela logo vai reclamar de tudo e de todos, como se o mundo religioso dela tivesse sendo posto abaixo.

Dizendo assim faz a questão parece simples, mas não é, e cada lado acha que o outro é que deve ceder.

O movimento litúrgico pós-concílio tem procurado, com vistas a uma melhor catequese dos cristãos, focalizar na centralidade do encontro com o Senhor Ressuscitado, na importância da Palavra, na partilha do pão, na alegria da Boa Nova, na renovação de vida. Tem se favorecido uma liturgia mais comunitária ao invés de uma liturgia intimista, se se pode dizer assim. Hoje, há uma tendência das celebrações serem mais simples, mais comunitárias, mais voltadas para a oração, e com a maior participação de todos - pois são todos que celebram (embora haja um que presida). Há pessoas, entretanto, que não entendem isso, e por isso caminham mais devagar.

Re: Santos
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 10 de February de 2009 23:12

Olhem, eu acho que não gostaria de ver apenas uma igreja apenas com 2 imagens ou apenas uma cruz. Acho que os santos, (claro que não deve ser uma azáfama de santos, como se estivéssemos numa confusão desenfreada. Mas também nunca presenciei nada assim). devem estar presentes, porque a Igreja não é só Deus. Somos todos nós. E a vida dos santos acho que é de se dar importância também porque faz-nos pensar na vida que tiverem e no exemplo que deixaram para as outras gerações. Se por vezes não sabemos o que fazer para agradar a Deus, porque não olhar para a vida dos muitos santos para daí construirmos a nossa própria santidade? Volto a referir que tudo o que leva ao exagero é mau. Tudo o que nos afasta de Deus para nos inclinar para outra vertente apenas é mau.

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho



Editado 2 vezes. Última edição em 10/02/2009 23:14 por s7v7n.

Re: Santos
Escrito por: rachel moura (IP registado)
Data: 11 de February de 2009 13:38

o problema nao é a imagem dos Santos na Igreja e o que NÓS fazemos com elas. Canso de ver a pessoa saindo da comunhão e indo se ajoelhar na frente de alguma imagem de Santo. A pessoa está com o próprio Deus dentro de si e vai se ajoelhar diante do Santos? Depois, como podemos dizer aos outros irmaos que NAO adoramos Santos com isso?

Ou ainda, a pessoa entra na Igreja e o primeiro lugar q ela vai é na imagem de algum Santos e fica lá um tempão, ajoelhada, rezando. As vezes ela levanta e vai embora e fica para participar da missa e nem sequer vai falar com o dono da casa no lugar que é o mais sacrado da nossa Igreja...Assim fica difícil, né!

Re: Santos
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 11 de February de 2009 14:57

Ah, e tu sabes então se essa pessoa está a idolatrar o santo em questão ou a imagem de pedra? Foste-lhe perguntar? Como sabes se está ou não a rezar a Deus?

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: Santos
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 11 de February de 2009 16:17

Citação:
rachel moura
o problema nao é a imagem dos Santos na Igreja e o que NÓS fazemos com elas. Canso de ver a pessoa saindo da comunhão e indo se ajoelhar na frente de alguma imagem de Santo. A pessoa está com o próprio Deus dentro de si e vai se ajoelhar diante do Santos? Depois, como podemos dizer aos outros irmaos que NAO adoramos Santos com isso?

Rachel,

Eu mesmo já fiz isso algumas vezes, não pq quisesse "ajoelhar-me na frente de algum santo", mas pq queria um tempo de recolhimento e ali estava um lugar tranquilo. Confesso que na ocasião não me preocupei nada com o que outros pudessem pensar. Outras vezes me preocupo. Não me sinto refém do que outros possam pensar, preocupar-se demais com o que outros possam pensar não dá em boa coisa.

Algumas vezes evito algo, mesmo não vendo nenhum problema, para não escandalizar outros; mas tb existem alguns "escândalos" que vêm para bem. Não tenho nenhuma "regra" para isso, para mim vai muito do momento e do discernimento. Mesmo o ato de ajoelhar é para mim algo que vem do coração, depende do momento. Muitas vezes já aconteceu de não me ajoelhar nem mesmo diante do Santíssimo. Já louvei muito o Senhor, mas tb já discuti muito com Ele. Gosto de ser sincero, ou ao menos tento.

Quando vejo alguém fazendo algo que não faria, há sempre o risco de pensar algo menos bom daquela pessoa. Cada caso é um caso, entretanto.

Citação:
rachel moura
Ou ainda, a pessoa entra na Igreja e o primeiro lugar q ela vai é na imagem de algum Santos e fica lá um tempão, ajoelhada, rezando. As vezes ela levanta e vai embora e fica para participar da missa e nem sequer vai falar com o dono da casa no lugar que é o mais sacrado da nossa Igreja...Assim fica difícil, né!

O antigo problema... Todos precisam sempre de catequese. Todos precisam sempre de conversão. Isso não tem fim.

Acostumei-me a ler o "suportai-vos uns aos outros" não como uma ordem para tolerar chatos a contragosto; mas para ajudar, dar suporte, outros que precisam de ajuda; tb ser paciente com aqueles que caminham mais devagar. Isso não torna as coisas mais fáceis, ajuda a alimentar a esperança.

Paz e Bem.



Editado 2 vezes. Última edição em 11/02/2009 16:28 por firefox.

Re: Santos
Escrito por: Onac (IP registado)
Data: 11 de February de 2009 17:23

Peço desculpa por ser longo, mas este é um tema que tenho estudado e aqui vai:
Os percursos pela cidade podem levar-nos a estar frente a frente com uma igreja moderna, à qual não seríamos tentados a dar grande atenção. A verdade, porém, é que esses edifícios estão cheios de horas e horas de vida da comunidade cristã que os construiu e habita.
Nestas igrejas, os católicos vão celebrar, virar-se para Deus, receber a Palavra e o Pão. Os espaços interiores são marcados por estes dinamismos relacionais, verticais (para Deus) e horizontais (para o outro), incarnando as expressões da fé cristã e as tentativas de a viver nos nossos dias.
Para acolher estes simbolismos, há que compreendê-los. Vale a pena parar, olhar e deixar-se surpreender pela mensagem escrita nestas paredes…
Cinema, garagem, praça de touro, construção protestante ou comunista são alguns dos “mimos” com que têm sido presenteadas ao longo das últimas décadas as novas igrejas de Portugal. As alterações no panorama da arquitectura do nosso país, mais notória a partir de meados dos anos 50 do século passado, chamam a atenção para os elementos da arte, política e teologia que moldavam o ambiente onde viveram todos aqueles que contribuíram para esta renovação, face a uma tendência de recorte historicista, numa apropriação da tradição, em marginalidade às conquistas modernas.
A construção duma igreja apareceu como uma oportunidade única para desenvolver o espírito comunitário, iniciando os fiéis nas novas concepções litúrgicas, eclesiológicas e pastorais emanadas do II Concílio do Vaticano num esforço de atender aos sinais dos tempos.
O edifício, de facto, exprime um tipo de comunidade – ao contrário dos templos gregos, por exemplo, o lugar cristão reúne não à volta de si ou diante da sua fachada, mas no seu seio - e a questão da construção religiosa é uma questão da comunidade religiosa e da sua função no mundo moderno, como portadores da memória de um encontro e de uma fé.
A igreja é, então, um espaço celebrativo e, deste ponto de vista, poderíamos concluir que, na sua construção, se trata de edificar um lugar para celebrar a Eucaristia, baptismos, casamentos e funerais. O mérito desta abordagem, por mais redutora que nos possa parecer, consiste em confrontar-nos com um elemento fundamental na concepção de igreja: um espaço interior concebido para responder a uma função que se vai traduzir por um volume no espaço, que exprimirá o carácter desta, integrando-se num ambiente já existente.
A novidade das igrejas contemporâneas, que choca muitas vezes com definições preconcebidas do que seja uma construção religiosa, explica-se pelas tendências da própria arquitectura dos nossos dias, em particular pela utilização de novos materiais como o cimento ou o vidro, com primazia para o aspecto funcional.
De certa maneira, a igreja toma forma sabendo que não se identifica com um espaço físico, as formas parecem ser vivificadas por uma inspiração interior, tentando situar uma realidade transcendente num mundo que é o dos homens.
Do ponto de vista decorativo, é a simplicidade e o despojamento que dominam as igrejas de hoje: encontramos poucas imagens e mesmo pinturas não-figurativas. A luz é mesmo o elemento decorativo dominante, o único luxo que estes arquitectos não recusam.
Há nesta vontade um desígnio notável de ir ao essencial, à escuta da Palavra de Deus e à Comunhão Eucarística, na linha da reforma litúrgica encetada pelo II Concílio do Vaticano.

Re: Santos
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 11 de February de 2009 19:03

Onac...obrigada por ter colocado este artigo. Enviei-o aos meus amigos daqui da igreja incluindo o pároco. Só coloquei esta parte:

O edifício, de facto, exprime um tipo de comunidade – ao contrário dos templos gregos, por exemplo, o lugar cristão reúne não à volta de si ou diante da sua fachada, mas no seu seio - e a questão da construção religiosa é uma questão da comunidade religiosa e da sua função no mundo moderno, como portadores da memória de um encontro e de uma fé.
A igreja é, então, um espaço celebrativo e, deste ponto de vista, poderíamos concluir que, na sua construção, se trata de edificar um lugar para celebrar a Eucaristia, baptismos, casamentos e funerais. O mérito desta abordagem, por mais redutora que nos possa parecer, consiste em confrontar-nos com um elemento fundamental na concepção de igreja: um espaço interior concebido para responder a uma função que se vai traduzir por um volume no espaço, que exprimirá o carácter desta, integrando-se num ambiente já existente.
A novidade das igrejas contemporâneas, que choca muitas vezes com definições preconcebidas do que seja uma construção religiosa, explica-se pelas tendências da própria arquitectura dos nossos dias, em particular pela utilização de novos materiais como o cimento ou o vidro, com primazia para o aspecto funcional.
De certa maneira, a igreja toma forma sabendo que não se identifica com um espaço físico, as formas parecem ser vivificadas por uma inspiração interior, tentando situar uma realidade transcendente num mundo que é o dos homens.
Do ponto de vista decorativo, é a simplicidade e o despojamento que dominam as igrejas de hoje: encontramos poucas imagens e mesmo pinturas não-figurativas. A luz é mesmo o elemento decorativo dominante, o único luxo que estes arquitectos não recusam.
Há nesta vontade um desígnio notável de ir ao essencial, à escuta da Palavra de Deus e à Comunhão Eucarística, na linha da reforma litúrgica encetada pelo II Concílio do Vaticano.

Re: Santos
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 12 de February de 2009 00:48

Firefox:

5 *****

Foste o testemunho que precisava aqui para a Rachel. Será que ainda vão dizer que adoramos estátuas de pedra?

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: Santos
Escrito por: Onac (IP registado)
Data: 12 de February de 2009 10:35

Ana, nada que agradecer. O texto não é propriamente um artigo, é um resumo tosco de partes dos meus trabalhos finais de Licenciatura e Pós-graduação na Faculdade de Teologia. Espero que ajudem alguma coisa.

Re: Santos
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 12 de February de 2009 15:37

Citação:
s7v7n
Firefox:
5 *****

Foste o testemunho que precisava aqui para a Rachel. Será que ainda vão dizer que adoramos estátuas de pedra?

Seven, não creio que ela diria isso, mas acho que estava preocupada com a questão do testemunho.

Normalmente acontece com católicos que começam a ser importunados por militantes protestantes desinformados que vêm nos fazendo todo tipo de acusação. Esses católicos procuram se informar melhor sobre sua própria fé, o que é uma boa coisa, e tb se preocupam mais com o testemunho, ou melhor, com aquilo que um militante protestante desinformado poderia pensar daquilo que vê. Acho que é natural, e tem prós e contras. Confio que a Rachel vai se sair bem :) Já fez boa coisa de procurar se informar melhor.

Note, adjetivo aqui o termo protestante para "militante protestante desinformado", não para desmerecer os protestantes, mas para marcar a diferença dos muitos outros que convivem pacificamente com a sua fé e com os católicos. Felizmente nem todos cultivam o vício de semear cizânica entre os cristãos.

Chamo desinformados aos que não conhecem o criticam e estão em guerra contra espantalhos e moinhos de vento. É verdade que alguns pensam conhecer, uns chegam até a dizer que foram católicos um dia, e assim atribuem seus próprias erros a todos os católicos. Não percebem que só uma grande soberba poderia levá-los a imaginar que eram os melhores dentre os muitos milhões de católicos, e imaginam que se eles eram maus católicos então todos os outros devem ser.

Os militantes são os chatos de plantão. Nem todo protestante desinformado precisa ser necessariamente chato, mas há chatos em número excessivo rondando por aí, inclusive na internet. Esses chatos são os fanáticos que se sentem impelidos a incomodar os católicos. Pensam que fazem trabalho de "evangelização" e que a Boa Nova é alguém ficar igual eles. Isso me lembra daqueles filmes de zumbis, onde os mortos só perseguem os vivos, eles não ligam para os outros mortos. Por isso os militantes protestantes chatos estão sempre prontos para criticar os católicos, e não percebem os próprios erros que também cometem.

Conversar com um protestante, inteligente, interessado, espiritual, é sempre bom. Com sorte alguns comprovarão um dia. Chega de chatos militantes.

Re: Santos
Escrito por: rachel moura (IP registado)
Data: 12 de February de 2009 22:06

Caro, s7v7n

Voce me pergunta se eu sei se a pessoa q se ajoelha diante da imagem está adorando-a, ou nao? Aqui temos dois pontos. O primeiro, nosso corpo também faz oração é ajoelhar-se pode configura-se um ato de adoração. E, se a pessoa está no momento da comunhão, sendo ali o seu corpo um sacrário, por que razao ela vai ajoelhar diante de uma imagem e rezar? E algo, no mínimo, contraditório.

Mas, de fato nao dá para saber se a intenção dessa pessoa é de adorar, contudo, o testemunho é algo importante na nossa prática religiosa, o irmao firefox disse que já fez isso algumas vezes e que nem sempre se preocupa com o que os outros vão pensar. É claro, q nao podemos o tempo todo ficar preocupados com isso, mas lembre-se que o demonio nao quer um católico fora da Igreja, ele quer um católico dentro da Igreja dando exemplos ruins...entao penso que quando fazemos esse tipo de coisa de ajoelhar diante da Igreja damos motivo para aqueles que nao nos entendem, falarem de nós.

Re: Santos
Escrito por: rachel moura (IP registado)
Data: 12 de February de 2009 22:14

Mas uma coisa, irmãos

Sou carioca, vivo no Brasil e aqui a realidade é outra. Estou é claro falando da minha realidade. Nao sei se voces sabem, mas a miscigenação no Brasil levou a um sincretismo religioso, muito forte em alguns estados como na Bahia. Lá, ubanda e camdomblé estão lado a lado com práticas católicas.

De maneira geral, esse sincretismo pode ser visto em muitos católicos que acendem vela para Santos, e colocam um copo de agúa em um altar dentro de casa, Santos esses que na ubanda e no camdomblé equivalem aos deuses africanos e isso aqui faz uma confusão só!

Além disso, a tradiçao das procissoes e peregrinações por aqui, pra mim, perdeu um pouco o seu sentido. As pessoas se "matam" para poder tocar na imagem na procissão. Isso faz algum sentido? Passar por cima dos outros para tocar em algo que é apenas uma representação? Isso nao poderia se configurar numa forma de idolatria?

Re: Santos
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 12 de February de 2009 23:57

Rachel,

lanco-te um, desafio. Quando vires alguém assim, pergunta-lhe se está a rezar à estátua. E se te disserem que sim, aí terás toda a razão do mundo para dizeres que a pessoa está a adorar estátuas.Até lá, é aquilo que tu pensas e não aquilo que realmente se passa.

Quanto ao que dizes de tocar na imagem e maltratarem-se uns aos outros nas procissões, acho que é exagero da parte das pessoas e que possivelmente precisam de actualizar a catequese. Mas depois volta a pergunta, quem sou eu para julgar o coração das pessoas? Nem todas são iguais. E por isso temos de ter muito muito cuidado com os julgamentos injustos. Tens dúvidas no que a pessoa faz? Pergunta-lhe e depois terás a certeza. E este fórum é um claro exemplo de abusos de julgamentos por parte de protestantes que claramente não querem saber do que as pessoas pensam, mas apenas debitar a cassete que aprenderam. Nada mais. E isso é muito feito, até que difamar os outros sem saber nada sobre os mesmos é um pecado muito feio. E se por acaso uma paróquia tem certas tradições, não quer dizer que se metam os católicos do mundo todos nos mesmo "saco" como muitos fazem. Porque o catolicismo não ensina a idolatria. Deus há só um. Adorar só a Deus. Só que o problema é que ignoram isto e insultam-nos com muitos sorrisos e queridezas.

Se aqueles que não entendem, falam de nós por isso mesmo, então procurem perceber o que é que os outros estão a fazer e porquê, para perceberem e não ficarem a magicar coisas que não existem. Achas que é contraditório? Pergunta-lhe. Não vale a pena acusarmos as pessoas por aquilo que achamos e não pelo que realmente sabemos.

Acho que já deu para entender...entendeste alguma coisa do que escrevi?

Fica bem.

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho



Editado 2 vezes. Última edição em 12/02/2009 23:59 por s7v7n.

Re: Santos
Escrito por: David_ (IP registado)
Data: 13 de February de 2009 01:10

Paz do Senhor


Rachel, não adianta falar sobre isso... Vi aqui no forum, que como vc, existe uma minoria que tem o mesmo pensamento. Esses são diferentes, pois procuram saber se aquilo que passaram para eles é a Verdade que está na Escritura... Mas a imensa maioria não quer nem saber... Se o padre ou a tradição ensinou, pode Jesus descer do ceu e dizer que estão errados, que eles esperneiam e ficam até com raiva, e permanecem naquilo que acreditam. Esses eu chamo de bons católicos... Pois são aqueles que acreditam cegamente naquilo que o padre e a tradição católica ensinam, sem nenhum questionamento... Sem sequer procurar saber o porque daquele ensinamento... A Escritura fica para último plano, pois, para eles, não tem muito valor!

QUe o Senhor nos abençoe

David

_________________________________________________________________________________
"Em ti me alegrarei e saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo." Salmo 9:2



Editado 2 vezes. Última edição em 13/02/2009 01:13 por David_.

Re: Santos
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 13 de February de 2009 01:39

David_

vai lavar a boca com sabão. Já chega de tanta mentira.
Tira a trave do teu olho. Olha para ti. Não te armes em juiz em casa alheia.

Dizes ter sido católico.
Está mais provado que deixaste de o ser porque nunca entendeste o que isso significava de verdade.
Por isso deturpas e insistes em mentiras. Difamas o que não queres entender, tudo fruto da tua ignorância/incapacidade/má vontade.
Não queres dialogar, simplesmente não te interessa o que os outros dizem. Só queres debitar as tuas ideias prévias, doutrinar.

Puro veneno mascarado com falinhas mansas.

Quem quer um "irmão" assim?!? Fogo... antes viver 24/7 num covil de feras.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Santos
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 13 de February de 2009 04:25

Rachel,

Não sei vc, mas já perdemos tempo demais com o tal David que fala tanto de Escritura mas, em se tratando dela, assemelha-se mais aos fariseus que aos cristãos, achando-se puro e superior demais, sempre disposto para julgar e condenar os outros. Vou tratar portanto apenas da sua msg.

Citação:
rachel moura
Sou carioca, vivo no Brasil e aqui a realidade é outra. Estou é claro falando da minha realidade. Nao sei se voces sabem, mas a miscigenação no Brasil levou a um sincretismo religioso, muito forte em alguns estados como na Bahia.

Conheço a realidade brasileira. A maioria do povo se diz mesmo cristã e católica, apesar de muitos não se preocuparem com religião ou igreja, nem querem saber. Apenas que, do modo que escreve, parece que desconhece ou faz pouco caso dos muitos e muitos outros católicos que têm uma vida de fé bastante rica e em alguns casos até dão testemunho heróico de fé. É verdade que algumas vezes não têm muita instrução, não decoram largas passagens bíblicas, que é aquilo que parece agradar ao David, mas fazem algo muito mais importante que é viver o evangelho na prática: socorrem os necessitados, praticam a caridade, oram e amam a Deus. Suas práticas atestam sua fé, o que nem sempre acontece no sentido contrário (fé sem obras é morta). Também têm devoção a Maria e aos Santos, é verdade, mas vejo nisso algo mais para elogiar do que a criticar. Pouco me importa o que o David, ou outro protestante militante chato e desinformado, pense. Acredito que o David, que diz ter sido católico, nunca soube o que era devoção, tão desinformado era. O apóstolo Paulo, por exemplo, não teve escrúpulos de convidar outros a imitá-lo, mas é possível que o David acredite que ele estava por isso querendo roubar o lugar que cabe ao Senhor.

Citação:
rachel moura
Além disso, a tradiçao das procissoes e peregrinações por aqui, pra mim, perdeu um pouco o seu sentido. As pessoas se "matam" para poder tocar na imagem na procissão. Isso faz algum sentido? Passar por cima dos outros para tocar em algo que é apenas uma representação?

Suponho que esteja forçando essa imagem para defender uma idéia, pq já presenciei muitas e muitas procissões e nunca vi nada assim como vc descreveu. Vc presenciou isso mesmo, generalizou algum exemplo ruim que teve notícia, ou se trata de um imaginário para criticar algum tipo pouco instruído de catolicismo popular? Que "as pessoas" são essas? Passam por cima dos outros? Será que só eu tenho "sorte"? Cansei de presenciar pessoas cedendo lugares para os mais velhos, ajudando os outros, etc.

Outra questão. Será que vc, por estar sendo acusada disso e daquilo por algum militante protestante chato e desinformado, não está se deixando levar que "canto do passarinho" e anda vendo a grama do vizinho verde demais? Será que não está sendo crítica demais com os seus irmãos católicos e atribuindo aos de menor formação os incômodos que sofre com as críticas? Cuidado com o fermento dos fariseus. Conheço muitas igrejas evangélicas, conheço muitos pastores evangélicos e sou amigo pessoal de alguns, já aconteceu de me convidarem para ajudá-los na sua igreja e não vi problema nenhum em ajudar. Digo isso para que saiba que já conversamos muito sobre assuntos de igreja, e eles tem tantos problemas como nós.

Citação:
rachel moura
lembre-se que o demonio nao quer um católico fora da Igreja, ele quer um católico dentro da Igreja dando exemplos ruins...entao penso que quando fazemos esse tipo de coisa de ajoelhar diante da Igreja damos motivo para aqueles que nao nos entendem, falarem de nós.

Há muitos tipos de "exemplos ruins"... Talvez depois vc descubra que sempre vão falar, ajoelhe vc ou não. Se há algo com o qual vc pode contar com certeza é o David falando mal dos católicos, por exemplo. E como já disse antes, vai do discernimento, respeito a sua escolha mas ainda não senti que devesse deixar de me ajoelhar como regra. Se isso talvez escandalize alguns, talvez edifique outros.

Paz e Bem.

Re: Santos
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 13 de February de 2009 09:43

Lena, temos de perdoar o David. É que ele nunca deve ter sido católico. E o ambiente onde está inserido deve-lhe conferir muita pressão com as tais cassetes acusatórias, falsas, até à exaustão. É esse o esquema deles. Por isso é não sabem dizer mais nada. Mesmo que lhes diga que o céu tem cores de azul, ele vem dizer que eu digo que são de vermelho. E como estas pessoas apenas sabem julgar e insultar os outros sem saberem o que dizem, porque no fundo têm inveja e raiva de nós, mais vale perdoar. É esse o segredo.

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho



Editado 2 vezes. Última edição em 13/02/2009 10:05 por s7v7n.

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