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Mulheres e liberdade
Escrito por: Ana Paula Almeida (IP registado)
Data: 03 de April de 2002 23:12

quando é que a igreja católica passa reconhecer a cidadania integral das mulheres?

Re: Mulheres e liberdade de opção
Escrito por: Ana Paula Almeida (IP registado)
Data: 03 de April de 2002 23:33

Liberdade!

Re: Mulheres e liberdade de opção
Escrito por: Lugo (IP registado)
Data: 03 de April de 2002 23:51

O reconhecimento já foi feito há muito tempo. No Catecismo da Igreja Católica, no parágrafo 2334, podemos ler...

«Ao criar o ser humano homem e mulher, Deus dá a dignidade pessoal de modo igual ao homem e à mulher» (Familiaris Consortio 22). «O homem é uma pessoa; e isso na mesma medida para o homem e para a mulher, porque ambos são criados à imagem e semelhança dum Deus pessoa» (Mulieris Dignitatem 6).

Porque afirmas que o reconhecimento da «cidadania integral das mulheres» ainda não foi feito?

Lugo

Re: Mulheres e liberdade de opção
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 04 de April de 2002 00:11

Obviamente a Ana Paula Almeida coloca a questão do sacerdócio feminino. [Ou falará da opção de abortar? Mas esta é tão opção para as mulheres como para os homens.]

Este tema do sacerdócio feminino é muito controverso, como sabemos. Parece-me que não há argumentos teologicamente fortes para negar o sacerdócio às mulheres, mas o actual papa declarou que não tinha o poder de alterar o estabelecido. Ver <a href=http://www.paroquias.org/documentos/index.php3?vsec=CAP&vid=14 target=_blank>Ordinatio Sacerdotalis</a> .

Mas coloco uma questão: será a ordenação (das mulheres ou dos homens)um direito?

Um certo bispo dizia não há muito tempo que quando se começarem a ordenar as mulheres que ele recusará as primeiras mil candidatas... Parece brincadeira de mau gosto, mas acho que tem uma certa razão: muitas mulheres, sobretudo algumas feministas, vêem o sacerdócio das mulheres da mesma forma que vêem o acesso a uma qualquer profissão tradicionalmente desempenhada por homens. Ver o sacerdócio como mera reivindicação de carreira é muito pouco e creio que em muitos casos manifesta falta de fé. O sacerdócio não é um direito de ninguém, mas uma vocação que a comunidade sanciona.

Ou seja: uma coisa é que reflictamos sobre o problema; outra é que reduzamos a questão a mera linguagem reivindicativa, de tipo sindical...

Alef

Re: Mulheres e liberdade de opção
Escrito por: Ana Paula Almeida (IP registado)
Data: 05 de April de 2002 01:10

A primeira questão é se o sacerdócio, como é entendido pela tradição católica é ou não uma criação evangélica, já que a pensadores e teólogos que questionam esse facto. Não nos esqueçamos que a Igreja, no processo de institucionalização pós Constantino, incorporou muitas formas de organização do Império Romano, contraditórias até com a prática das primeiras comunidades cristãs.

A mim não me choca nada que mulheres ou homens casados possam desempenhar funções sacerdotais, nem me parece que esse facto esteja em contradição com o evangelho (poderá haver algumas contradições com as cartas de S. Paulo, mas não nos esqueçamos que o Evangelho é o fundamental).

Mas mais importante é a plena participação das mulheres e dos leigos em todas as estruturas de decisão da Igreja, designadamente nas mais importantes que são as Paróquias, em muitas das quais os Padres assumem de forma central a condução de todas as matérias, sobretudo as financeiras.

Pessoalmente entendo que a gestão prática da vida paroquial, designadamente a administração do património e dos meios financeiros devia estar vedada aos clérigos e ser uma responsabilidade exclusiva de leigos representantes da comunidade. Talvez assim se evitassem muitos problemas ...

Quanto à "boca" anti feminista, aconselho o autor a procurar travar conhecimento com a Irmã Julieta, entre outras, e reflicta sobre se é essa a motivação!

Re: Mulheres e liberdade de opção
Escrito por: Tozé Monteiro (IP registado)
Data: 05 de April de 2002 01:13

Oops:

A mensagem anterior não é da Ana Paula mas minha...Problemas que ocorrem quando se partilha o computador (e outras coisas).

Naturalmente, sendo casados, não partilhamos todas as opiniões

Re: Mulheres e liberdade de opção
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 05 de April de 2002 02:35

Caro TóZé:

Se o autor da dita "boca anti-feminista" sou eu, "agradeço" o conselho, mas, de facto, conheço pessoalmente a Ir. Julieta e isso nada muda do que afirmei. Também devo dizer que tenho contactos pessoais diários com várias feministas. Não estava a falar de cor, não era uma mera "boca". Não pretendi reduzir a questão do sacerdócio feminino a uma reivindicação feminista, mas alertar para o facto de que em muitos casos a argumentação pelo sacerdócio feminino não passa desse tipo de discurso pobre, o que acaba por descredibilizar a argumentação. O sacerdócio deve ser visto como uma vocação e não como uma forma de carreirismo ou discurso sindical... Deve ser com razões teológicas que se deve debater a questão e não cair no reducionismo do machismo... Que há muito machismo dentro da Igreja, mas a questão deve ir mais fundo...

Não tenho agora tempo para expor melhor a questão, mas devo dizer que me parece muito temerário dizer que o sacerdócio não foi instituído por Cristo. Pareces ter lido o artigo do «Público» de hoje (ontem) de Ana Vicente: <a href=http://jornal.publico.pt/2002/04/04/EspacoPublico/O01.html target=_blank>Que Modelo de Sacerdócio para a Igreja Católica?</a>
. No meio de muita coisa correcta, creio que a exposição incorre num erro fundamental de hermenêutica bíblica e que tu sugeres no teu primeiro parágrafo. A Bíblia tem que ser lida como um todo. Não se pode cindir o Evangelho das cartas de S. Paulo, porque, tal como as cartas de Paulo, também os Evangelhos nascem no meio de comunidades concretas. Algumas cartas são até mais antigas que os Evangelhos. Nota que o primeiro relato escrito da Eucaristia que nos chegou é 1Cor 11:23-ss. É claro que há um sacerdócio ministerial desde o início e a função primordial do sacerdote se relaciona com a Eucaristia. Essa é a essência. Sem sacerdócio não há Eucaristia e sem Eucaristia não há Igreja. Isto não faz do sacerdote mais do que os outros; é um ministério (serviço) que só tem sentido na comunidade. Ninguém é sacerdote para si próprio. Nas chamadas cartas pastorais de S. Paulo (possivelmente escritas por um discípulo) há claramente um sacerdócio instituído (ver, por exemplo, as cartas a Timóteo e a Tito). Obviamente o sacerdócio institucional não entrou na Igreja com Constantino. Para que a instituição do sacerdócio seja da parte de Cristo não é necessário que Jesus tenha estabelecido para os Apóstolos usarem estola, mitra ou báculo... Também não estabeleceu dioceses ou paróquias... Mas isso são coisas secundárias, essas, sim, vindas de contextos históricos e culturais próprios da época...

Com isto não nego algo que afirmei anteriormente: não vejo que haja razões teologicamente suficientemente fortes para vedar a ordenação às mulheres. Talvez um dia se possa aqui discutir os argumentos...

Quanto à gestão das paróquias, se há paróquias onde é o padre que gere sozinho as finanças da paróquia, isso está mal, porque, que eu saiba, em cada paróquia deve haver um conselho económico (creio que é assim que se chama), onde os leigos são responsáveis. Em algumas paróquias o pároco não mexe em dinheiros da paróquia, pois ele próprio recebe um ordenado mensal que lhe é atribuído pelo conselho económico.

Alef

Re: Mulheres e liberdade de opção
Escrito por: Tozé Monteiro (IP registado)
Data: 06 de April de 2002 01:45

Pois é, pá afinal não estamos em desacordo totalmente.
E concordo contigo quando dizes que o sacerdócio é uma vocação e não uma carreira.

Também tenho consciência de que as mudanças na Igreja devem seguir um ritmo cauteloso e sustentado, é natural quando a instituição tem o peso e histórico que tem.

O que eu quis dizer quando fiz referências às bocas antifeministas do Alef, é que não acredito que o objectivo da Julieta e de outras mulheres quando defendem maiores responsabilidades na igreja seja esse. Talvez sim seja essa a visão de alguns não católicos defensores dos sacerdócio feminino...

Quanto à outra questão, meu caro, a realidade da Igreja em Portugal, designadamente do interior, está muito longe de algumas paróquias modelo de Lisboa, Porto e Coimbra....

Um abraço e nota que é sempre um prazer ler as tuas contribuiçõe para o Forum
Tozé

Re: Mulheres e liberdade de opção
Escrito por: Ana Paula Almeida (IP registado)
Data: 09 de May de 2002 22:45

SE bem que com elevada fundamentação teológica ... os argumentos contra a ordenação das mulheres caem por terra.
Para não dizer que são ridículos.
Obviamente que mais tarde ou mais cedo as mulheres ocuparão o seu lugar na igreja, sem interdições de qualquer espécie..
è que por trás das argumentações teológicas há outros valores que têm a ver com poderes e formas de organização social que teimam emnão desaparecer. Pergunto-me eu quais seriam as orientações e a doutrina da igreja se o papa fosse uma mulher...
Qual seria a moral dominante sobre a família, , sexualidade, solidariedade,...

Re: Mulheres e liberdade de opção
Escrito por: Susete Gonzaga (IP registado)
Data: 10 de May de 2002 22:42

Cara Ana:

Não concordo nada com a tua opinião. Sou mulher mas acho que a mulher ocupa um papel tão importante quanto um homem numa Igreja ou na sociedade em geral.

Enquanto leigos, partilhamos os mesmos ministérios. Enquanto religiosos
cada um no seu papel com a sua importância.

Partilhamos todos o mesmo amor a Deus. Cada um da sua forma.

Se desejas tanto essa "igualdade" penso que também devias desejar que os homens tivessem filhos... estou impolar um pouco eu sei (estava a brincar), mas cada um tem a sua importância e com o seu papel.

Agora vou brincar um bocadinho, não leves a mal: sabes porquê que Jesus quando ressuscitou apareceu primeiro às mulheres? Para que a noticia se difundisse mais depressa :)

Não leves mal, beijinhos,
Susete

Re: Mulheres e liberdade
Escrito por: Ana paula (IP registado)
Data: 07 de August de 2002 19:32

LOL! essa era um dos argumentos que o meu avô utilizava para me explicar porque é que as mulheres não podiam ser padres. Dizia-me ele, que como as mulheres são muito faladoras, não podia haver segredo da confissão...
Afinal está tudo na mesma. As perguntas que eu fazia quando tinha seis anos obtêm a mesma resposta... E quanto a isso de os homens poderem ter filhos, volto a perguntasr o que tem isso a ver com o sacedócio...

Re: Mulheres e liberdade
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 08 de August de 2002 09:00


Não há tanta igualdade quanto se possa querer. "Tu és mulher, eu sou homem". O problema está nos complexos inferioridade e superioridade que se associaram a essas diferenças. Devemos recuperar o melhor de cada género desta raça humana e respeitar essas diferenças. No dia em que deixarmos de o fazer, por exemplo, poderei ser considerado homossexual por amar uma mulher. Percebem? O sacerdócio de mulheres não é viável por enquanto, pelo menos. Deixem-se de ideias e preocupem-se em amar a Igreja apesar de tudo. É o conselho mais sábio que vos podem dar.

Ana Paula, deixe lá essas ideias dos argumentos dos avós... Claro, se perguntar a alguém que ainda não lhe sabe responder, receberá as mesmas respostas. Deve preocupar-se, lúcida e atentamente, a encarar as questões com verdade e claridade.

O "ridículo" que afirma haver acerca da argumentação que não permite a ordenação das mulheres, é atribuído directamente a Deus, pois é n'Ele que estão fundamentadas. É naquilo que sabemos sobre Deus que encontramos a impossibilidade de tomar tal decisão em Seu lugar.

Vamos lá a deixar isto de lado e a preocuparmo-nos isso sim com estudos da Escritura, Patrística, História da Igreja, Magistério, Teologia, sem agendas de qualquer tipo. Vamos lá a procurar tornar a evangelização VISÍVEL e com qualidade. Vamos lá a dedicar largas dezenas de minutos de cada um dos nossos dias à oração.

Esta é uma questão que merece ser ultrapassada, quando existem questões tão mais importantes às quais dedicar o nosso tempo. Quando compreendermos melhor a Igreja e já tenhamos trabalhado o suficiente, aí talvez teremos um certo dever de colaborar para melhorar a Igreja.

João

Re: Mulheres e liberdade
Escrito por: ANA PAULA (IP registado)
Data: 08 de August de 2002 13:07

oNDE É QUE dEUS DISSE QUE AS MULHERES NÃO PODEM SER ORDENADAS? eM QUE PARTE DA BÍBLIA É QUE VEM ESCRITO?
o RIDÍCULO NÃO PODE SER ATRIBUIDO A DEUS MAS AOS HOMENS...

Re: Mulheres e liberdade
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 08 de August de 2002 22:01

João,

Por vezes tens afirmado existir determinada fundamentação, como foi agora o caso quando dizes «... é atribuído directamente a Deus, pois é n'Ele que estão fundamentadas. É naquilo que sabemos sobre Deus que encontramos a impossibilidade de tomar tal decisão em Seu lugar.» mas não dizes explicitamente qual é o fundamento a que te referes. O que deixa na dúvida se facto existirá ou não.

Quanto à questão do sacerdócio das mulheres, devo dizer que tenho uma certa dificuldade em o aceitar (embora não me compete a mim aceitá-lo ou não). Mas também acho que não existe fundamento bíblico para não se aceitar.

Os defensores do 'Não' encontrarão a sua razão no facto de Jesus ter escolhido apenas homens para os que o seguiam. Mas não seria esse facto uma razão meramente cultural e social, ou teria algo de teológico? Não esqueçamos que Jesus viveu dentro de uma cultura judaica.

Por outro lado, não podemos ignorar que quando Jesus ressuscitou, as primeiras pessoas a quem apareceu foi às mulheres, das quais se destaca Maria Madalena (por ser a única citada em todos os relatos bíblicos) - que por isso é chamada Apóstola dos apostólos.

Na questão do sacerdócio, e na minha opinião, veria mais facilmente os padres católicos poderem casar, como já acontece na Igreja Ortodoxa e nas Igrejas Protestantes, do que as mulheres serem ordenadas.

Luis

Re: Mulheres e liberdade
Escrito por: Ana paula (IP registado)
Data: 08 de August de 2002 22:20

Luís, subscrevo inteiramente...
à excepção do último parágrafo...



ana

Re: Mulheres e liberdade
Escrito por: Ana paula (IP registado)
Data: 08 de August de 2002 22:34

Só há uma coisa que não compreendo... Com a crise de vocações que existe, como é que se pode desperdiçar o potencial humano de mais de metade da humanidade ou da população católica?

De facto, em muitas paróquias em vários lugares do planeta, são as mulheres que dão vida á Igreja e substituem em tudo os padres, á excepção da Consagração... tudo o resto os leigos o podem fazer... Podem baptizar, o casamento é um sacramento em que o padre nem sequer é preciso (é apenas uma testemunha), podem distribuir a comunhão), pregar a palavra), particar os actos burocráticos que os padres praticam...
São as mulheres as catequistas por excelência, as verdadeiras disseminadoras da Palavra...

Mas afinal, o que se passa com vocês? Não gostam de mulheres?

ana

Re: Mulheres e liberdade
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 09 de August de 2002 02:27


Tenho de ser EU a pensar tudo e a saber aquilo que vocês católicos (uns mais que outros) DEVEM saber?

'Tá bem... Talvez a culpa não seja TODA vossa...

Então é o seguinte: Jesus, Apóstolos... TODOS homens... Se Deus quisesse deixar bem claro que somos todos iguais (quando não somos), teria escolhido então também mulheres. Esse é um facto incontornável. Jesus já estava disposto a sofrer tudo ao qual O quisessem condenar, em julgamento injusto. Porque haveria Ele de se coibir a escolher mulheres Apóstolas, contra os costumes da época? Seria MAIS uma razão para sermos perseguidos. A decisão de não o fazer permance para Ele. Nós respeitamos mais a Deus que aos nossos conceitos de justiça. Já aprendemos muito com isso e vamos continuar a aprender, não podemos dar esse passo atrás. Assim que dissermos que "Deus não o fez, mas nós achamos bem", está tudo estragado, mandem a religião para o lixo. Só restam terapias espirituais, coisas bonitas e tal, não seriedade em relação ao Todo-Poderoso. Seremos assim cada vez mais "seres caídos".

Mas a questão aqui está no facto de que quem reivindica o sacerdócio feminino olha para a posição hierárquica superior como carreira e não como maior serviço (entre vós, o maior seja o mais pequeno - o mais servil). Existe também outra questão latente, a da autoridade. Julgam as feministas que se se acabar com a hierarquia, já não existirá razão para serem diferentes, nem se misturarem com os "homens" do clero. Querem levar a sua avante, de uma forma ou de outra. São protestantes na Igreja. (por favor, mudem de ideias ou tenham a honestidade de irem para o lugar que é o vosso, numa outra igreja onde se sintam à vontade - porque esta NÃO mudam)

Acontece que essa ideia do "se nos deixarem fazer só isto, vejam o bom que vai ser" é aplicada a tanta coisa má... Mais uma vez, o resultado não interessa se o acto em si já é incorrecto.

"Mas afinal o que passa consigo?" Não gosta de Deus? Come o que gosta (coisas bonitas, música, arte...) e cospe o que não gosta (serviço, honestidade, pobreza, obediência, castidade...)?

Veja se desiste de uma vez com essas agendas que não promovem nada de caridoso.

João

Re: Mulheres e liberdade
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 09 de August de 2002 10:33

João, tu próprio acabaste de deitar por terra o fundamento teológico ao afirmar «... contra os costumes da época.», e afirmando que não se trata de uma justificação teológica mas social e cultura. Ora, nesse sentido, como hoje vivemos num contexto social e cultural em que as mulheres e homens tem os mesmos direitos e deveres, não faz sentido limitar o sacerdócio apenas aos homens, certo?

Luis

Re: Mulheres e liberdade
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 09 de August de 2002 13:59

Claro que não faz sentido... Mas isto é um problema que se resolverá com naturalidade... A história tem uma dinâmica própria e o desenvolvimento civilizacional é irreversível... hOJE. A iGREJA cATÓLICA aPOSTÓLICA rOMANA JÁ ACEITA QUE A MULHER TEM ALMA...


E quando falo em sacerdócio, não o vejo como uma carreira, mas uma missão carregada de espiritualidade...

Para o João, particularmente ignorante sobre a espiritualidade feminina na construção da igreja, aconselho-o vivamente a ler SAnta Teresa de àvila... E parece que já houve um Papa que era um mulher... aprenda.
Aliás o orgulho que manifesta é verdadeiramente inquisitorial

Só espero que não pense em ser padre, porque não tem perfil



ana

ana

Re: Mulheres e liberdade
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 10 de August de 2002 04:37


O meu português não foi correctamente expresso nem o seu sentido explicado e por isso peço desculpa. "Porque haveria Ele de se coibir a escolher mulheres Apóstolas, contra os costumes da época?", não significa que a oposição ao costume tenha algo a ver, porque Ele foi contra outras coisas costumeiras. A questão que queria salientar é que assim, Ele não teria de se coibir a escolher mulheres como Apóstolos, pois foi contra muita coisa. Mais essa não seria significativa, até porque haviam mulheres com os Apóstolos, e após a Ressurreição creio que qualquer um daria ouvidos a uma mulher Apóstolo. Assim, se Deus teve toda a possibilidade de o fazer e não o fez, quem somos nós para irmos contra a sua vontade? Logo, não deitei por terra QUALQUER justificação teológica.

Bem, quanto às acusações por parte da Ana, nem me consigo rir. "Particularmente ignorante sobre a espiritualidade feminina na construção da Igreja"? Mas conhece-me de algum lado para que possa afirmar isso? Insulto é ofensa... e pecado. Da sua parte é que eu não vejo "espiritualidade" nenhuma, pois isso involve abnegação e sacrifício.

A discussão sobre a "alma da mulher" vem desde até antes de Cristo... Mais uma vez, o seu juízo é toldado pelas suas agendas e frustrações, não a deixando compreender a verdade, blasfemando contra a Igreja sem qualquer restrição. Isso sim, é "particularmente ignorante".

Sim, já li Sta. Teresa de Ávila, Sta. Teresa de Lisieux, Sta. Catarina de Sena, Sta. Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), Madre Teresa... O problema aqui, Ana, é que eu não leio para justificar o quanto as mulheres são iguais aos homens, mas porque para Cristo não há homem ou mulher - algo que as feministas gostam de citar como fundamento bíblico para o assunto, o que é falso, pois falamos é da igualdade na humanidade e não na missão. Aliás, não vejo que todas estas santas se tivessem sentido mal por não puderem ser sacerdotes. Até talvez se sentiriam limitadas por isso, o que acontece com tantos padres. De facto, boa parte dos místicos que brotaram do seio da Igreja não eram sacerdotes, mas apenas consagrados.

Um "Papa no feminino"? Certamente que se refere ao mito da Papisa Joana. Sim, conheço. Colocarei em seguida a refutação dessa ideia ridícula. Vou aprender o quê? A proclamar como verdades o que leio no jornal, num livro, em artigos que leio para satisfazer a minha curiosidade e arranjar argumentos para confirmar aquilo em que quero acreditar, por mais rebuscadas que sejam? Não me parece... Procuro ser inteligente e não perder discernimento ao fazer isso, algo que me vejo forçado a recomendar-lhe vivamente. "Quem não vive como pensa, pensa como vive."

Terá de compreender que a Ana, de momento, nem sequer tem "perfil" de católica, como tantos outros "católicos" por esse país fora, portanto não me venha falar de vocação. Por acaso, ainda não senti que seja essa a minha vocação, mas pode ser que sim, mais tarde. Com essa do perfil já se descuidou... Então ser sacerdote não é apenas "uma missão carregada de espiritualidade"? Conhece a minha intimidade espiritual para me julgar dessa forma? O seu silêncio repetitivo não responde a nada, sobrando o vazio que aparentemente preenche o seu coração, um vazio que deve ser preenchido por amor a Deus e à Igreja. O ódio é algo de plenamente demoníaco. Tenha cuidado consigo...

"Orgulho inquisitorial", ou seja, "interrogador"? Como é que isso se conjuga? Até quando vai continuar a apalermar com ofensas sem sentido?

João

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