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Podemos descobrir a vontade de Deus?
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 21 de October de 2003 00:07

VONTADE DE DEUS: o que é? Como discerni-la?


Motivação. Para além dos temas mais ou menos polémicos, será sempre bom discutir (talvez se pudesse dizer: "partilhar") um ou outro aspecto daquilo que vai para além dos catecismos que cada um tem mais ou menos sabido, isto é, sobre questões que nos unem mais do que nos dividem. Aqui lanço um tema difícil, mas que tem a ver com cada um de nós: a chamada VONTADE DE DEUS.

Supostamente todos os cristãos (ou talvez: todos os crentes teístas) procuram fazer a VONTADE DE DEUS. Há pessoas que levam isto muito a sério, ao ponto de procurar discernir se a vontade de Deus a seu respeito é que sejam leigos (casados ou solteiros) ou se é antes que sejam religiosos ou padres (há ainda outras variantes). Muitos fazem até retiros prolongados para tal discernimento, para descobrir a tal vontade de Deus.

Aqui ficam algumas questões:

- O que é a vontade de Deus? Algo objectivo que eu devo descobrir, ou algo que eu construo? Devo eu "adaptar-me" a um plano prévio de Deus, ou, pelo contrário, sou eu que defino a minha vida?

- Existe um ou mais meios ou métodos fiáveis para descobrir tal vontade de Deus ou, pelo contrário, é tudo tão subjectivo, que o mais certo é que nos enganemos a nós próprios, dizendo que é vontade de Deus o que, afinal, é meraracionalização da nossa vontade e/ou apetite?

- Acontece-nos algo de mal se não seguirmos tal vontade de Deus ou isso é indiferente? Poderemos dizer que as pessoas frustradas são as que não seguiram a vontade de Deus a seu respeito? Se falharmos na nossa escolha (imaginemos que alguém que ignorou a vocação para o sacerdócio e se casou), isso é sinónimo de infelicidade no casamento? Deus pedir-nos-á contas por não seguirmos o seu plano? Mas, se é tão difícil descobri-lo, como podemos ser responsabilizados? Ou será fácil a descoberta?

Seria bom que não nos ficássemos pela mera teorização genérica. pergunto: Como é que vocês vivem isto? Que fazem (ou fizeram) quando precisa(ra)m de tomar grandes decisões? O que aconselham a quem esteja nessa situação?

Todos os contributos são bem-vindos!

Alef


Re: Podemos descobrir a vontade de Deus?
Escrito por: Andréia (IP registado)
Data: 21 de October de 2003 14:22

Deus tem algo diferente para cada pessoa em particular, tanto para trabalhar na Obra do Senhor, quanto para sua vida secular:


"Ora, vós sois corpo de Cristo, e individualmente seus membros. E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, SOCORROS, GOVERNO, variedades de línguas. Porventura são todos apóstolos? são todos profetas? são todos mestres? são todos operadores de milagres? Todos têm dons de curar? falam todos em línguas? interpretam todos? Mas procurai com zelo os maiores dons. Ademais, eu vos mostrarei um caminho sobremodo excelente"1Co 12: 27-31

Vemos que quando uma pessoa foge da votade de Deus, não fica impune, como no caso de Jonas.

Jesus teve que fazer uma rechamada a Pedro, que após a assunção de Cristo, voltou às suas práticas de pescador. Ainda bem que Ele não recuou ao chamado do Senhor....

É possível descobrir Sua vontade, pois Ele ainda fala, graças a Deus não se calou.
Para se conseguir ouvi-lo é necessário estar sensível ao seu Espírito. Não digo que isso é a coisa mais fácil do mundo, pois é preciso muita renúncia.
Renúnica de nossas próprias vontades. Renúnica de tudo que desgrada ao Espírito Santo, que habita em nós. Colocar Deus em primeiro lugar em nossa vida não é tão fácil como parece. Não é só dizer: sou religioso! É algo muito além do que palavras. É preciso conhecê-lo e isso se dá através da Palavra de Deus. Conhecemos muitos de Seus mistérios e depois Ele vai se revelando mais e mais.
Abrindo esse caminho para Deus, e estando atento a todos os detalhes, certamente é possível ouvir sua voz. Ele mostrará o caminho que deseja que sigamos.

Re: Podemos descobrir a vontade de Deus?
Escrito por: Abelardo (IP registado)
Data: 22 de October de 2003 13:46

Caro Alef,

Gostei bastante deste novo tema que propuseste, e espero bem não virmos a ter, desta feita – caso continue a debatê-lo contigo e com outros, como espero – grandes dissidências, ou melhor, consideráveis desacordos, e muito menos picardias que só nos desonram, como, p. ex., no tema do Inferno e do Diabo...

Porém, o que me surpreendeu e chocou mais foi termos também algumas e fortes discrepâncias no fórum temático: "Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro", porquanto, segundo aquilo que verifiquei no Terravista, tu lá sempre estavas, mais ou menos, de acordo comigo em tal matéria, e vice-versa, apesar disso geralmente nem ser debatido comigo, mas com indivíduos mais ou menos pró-abortistas...
Mas penso, ainda a este respeito, que foram alguns focos pontuais e excepcionais que nos forçaram a sair um pouco dos carretos, de parte a parte, sobretudo devido a outras diatribes do passado recente... Pelo que me toca, peço desculpa, e relevo também as tuas insinuações e provocações.

Mudando de assunto, para o novo tópico deste sub-fórum:

Efectivamente, creio ser este um dos poucos temas que, como tu mesmo dizes, "tem mais o que nos une do que o que nos divide", pelo menos em princípio e teoricamente, claro...

Mas, na prática, já não estou assim tão seguro... Contudo, irei tentar, de qualquer modo, e espero que faças um esforço semelhante, ser tanto quanto possível, moderado, respeitador e cortês... Vamos lá a ver se conseguimos...

1 - Para mim, a Vontade de Deus, baseia-se essencialmente nestes sinais, dons, características e evidências (principalmente consoante as idades das pessoas...), a saber:

a) A partir da idade em que a criança atinge o chamado "uso da razão", em grau normal ou suficiente (mais ou menos aos sete anos, e se calhar agora aos seis...):
- Distinção relativamente consciente e mental entre o bem e o mal, entre o bonito e o feio, entre o positivo e o negativo, entre o permitido e o proibido, etc...

b) A partir do início da adolescência (12/13 anos):
- Idem (como na criança), mais o seguinte: O adolescente começa a descobrir, gradualmente, se tem mais vocação/inclinação para a constituição de família, ou, excepcionalmente, para a vida religiosa, por exemplo; e, naturalmente, começa a ser mais exigente na escolha dos amigos/as; e passa a querer ser mais independente dos pais e dos próprios irmãos (se os tiver); e tenta realizar-se com algo que o satisfaça íntima/privadamente, segundo os gostos e ideias de cada qual...

c) A partir da idade adulta (18/21 anos):
- Começa a inquirir, mais maduramente que na adolescência, sobre a existência de Deus, sobre a sua fé religiosa, sobre o corpo e a alma, sobre o pecado e a virtude, sobre a prática religiosa, ou a falta dela, sobre a crença no Além, etc...

2 - Nesta base etária progressiva (dos sete aos vinte anos...), constrói-se assim, em cada um de nós, uma espécie de "sintonia/empatia com o Divino", que pode, eventualmente, atingir o grau de "chamamento de Deus", isto é, aquilo que pensamos, ou acreditamos, segundo a nossa consciência, fé e conhecimento, ser a tal "Vontade de Deus", ou seja, começamos a acreditar naquilo que Ele realmente quer/pretende de nós, e de cada um em particular, com vista à nossa verdadeira e eterna Felicidade...

a) Porém, todo este complicado e moroso processo (salvo raras excepções...), de cariz espiritual e religioso, com vista a distinguirmos, a conhecermos e a cumprimos, eventualmente, aquilo que pensamos/acreditamos (alguns de nós, talvez a maioria das pessoas...) ser a verdadeira, ou relativa, "Vontade de Deus", implícita ou explicitamente..., exerce-se sempre através de tudo aquilo que pensamos, vemos, ouvimos, sentimos e enfrentamos, quer sejam sucessos ou frustrações, alegrias ou tristezas, prazeres ou sofrimentos...

- Enfim, praticamente tudo na vida de uma pessoa, caso seja crente, contribui para "discernir" – com relativa fé e consciência, sabedoria e prudência –, o que é/parece ser, e o que não é, ou não tem aspectos de ser, a Vontade de Deus, o que naturalmente, de pessoa para pessoa, é muito diverso e subjectivo, porquanto o que geralmente considera-se "desígnio de Deus" (assim como os respectivos dons ou carismas...), varia muito de pessoa para pessoa, consoante a sua identidade própria e irrepetível, e muitos outros factores externos e internos, sobretudo os espirituais...

b) Efectivamente, Deus pode chamar-nos através de tudo, mesmo através das coisas aparentemente mais insignificantes, desde os designados "sinais dos tempos" por excelência, mais ou menos comuns a todos, até aos pensamentos e sentimentos mais íntimos de cada qual, inclusivamente os nossos próprios sonhos...

- Não é à toa que se costuma dizer que "Deus escreve direito por linhas tortas", e isto em relação a cada ser humano.
- Não é por acaso que a Bíblia diz algures (não me recordo agora qual o autor sagrado...) mais ou menos o seguinte: "Tudo o que acontece em nós e na própria natureza, de bom ou de mau, é sempre com a permissão de Deus, pois que nem um cabelo cai da cabeça, nem uma folha da árvore, sem que Deus o permita"...

c) Todavia, a propósito da Vontade e da Providência Divina, é paradigmática, profundíssima e maravilhosa, aquela famosa passagem do Evangelho, em que Jesus diz e garante, com bastante realismo místico, embora (para a quase totalidade da pobre humanidade...) um tanto alegórica e metaforicamente:

«Por isso vos digo: Não vos inquieteis quanto à vossa vida, com o que haveis de comer ou beber, nem quanto ao vosso corpo, com o que haveis de vestir. Porventura não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestido? Olhai as aves do céu: Não semeiam nem ceifam, nem recolhem em celeiros; e o vosso Pai celeste alimenta-as. Não valeis vós mais do que elas? Qual de vós, por mais que se preocupe, pode acrescentar um só côvado à duração de sua vida? Porque vos preocupais com o vestuário? Olhai como crescem os lírios do campo: Não trabalham nem fiam! Pois Eu vos digo: Nem Salomão, em toda a sua magnificência, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã será lançada ao fogo, como não fará muito mais por vós, homens de pouca fé? Não vos preocupeis, dizendo: "Que comeremos, que beberemos, ou que vestiremos?" Os pagãos, esses sim, afadigam-se com tais coisas; porém, o vosso Pai celeste bem sabe que tendes necessidade de tudo isso. Procurai primeiro o Reino de Deus e a sua Justiça, e tudo o mais vos será dado por acréscimo. Não vos preocupeis, portanto, com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã já terá as suas preocupações. Basta a cada dia o seu problema».
[Mt 6, 25-34] - (Idem: Lc 12,22-31)

(Continua)

Atenciosamente,

Abelardo


Re: Podemos descobrir a vontade de Deus?
Escrito por: Abelardo (IP registado)
Data: 22 de October de 2003 15:09

== VERSÃO CORRIGIDA E ACTUALIZADA (*) ==

Caro Alef,

Gostei bastante deste novo tema que propuseste, e espero bem não virmos a ter, desta feita – caso continue a debatê-lo contigo e com outros, como espero – grandes dissidências, ou melhor, acintosas discussões, e muito menos picardias, que só nos desonram, como, p. ex., no tema do Inferno e do Diabo...

Porém, o que me surpreendeu e chocou mais foi termos também algumas e fortes discrepâncias no fórum temático: "Crime do Aborto, vs. Defesa do Nascituro", porquanto, segundo aquilo que verifiquei no Terravista, tu lá sempre estavas, mais ou menos, de acordo comigo em tal matéria, e vice-versa, apesar disso geralmente nem ser debatido comigo, mas com indivíduos mais ou menos pró-abortistas...

Mas penso, ainda a este respeito, que foram alguns focos pontuais e excepcionais que nos forçaram a sair um pouco dos carretos, de parte a parte, sobretudo devido a outras diatribes do passado recente...
Pelo que me toca, peço-te desculpa, e relevo também as tuas insinuações e provocações, mais ou menos injustas e insolentes...

Mudando de assunto, para o novo tópico deste sub-fórum:

Efectivamente, creio ser este um dos poucos temas que, como tu mesmo dizes, "tem mais o que une do que o que divide", pelo menos em princípio e teoricamente, claro...

Mas, na prática, já não estou assim tão seguro... Contudo, irei tentar, de qualquer modo (e espero que faças um esforço semelhante...), ser tanto quanto possível, moderado, respeitador e cortês... Vamos lá ver se conseguimos, com a graça de Deus...

1 - Para mim, a Vontade de Deus, baseia-se essencialmente nestes sinais, dons, características e evidências (principalmente consoante as idades das pessoas...), a saber:

a) A partir da idade em que a criança atinge o chamado "uso da razão", em grau relativamente normal ou suficiente (mais ou menos aos sete anos, e se calhar agora aos seis...):
- Distinção mínima/razoavelmente consciente e mental, entre o bom e o mau, entre o bonito e o feio, entre o positivo e o negativo, entre o permitido e o proibido, etc...

b) A partir do início da adolescência (12/13 anos):
- Idem (como na criança), mais o seguinte: O adolescente começa a descobrir, gradualmente, se tem mais vocação/inclinação para a constituição de família, ou, excepcionalmente, para a vida religiosa, por exemplo; e, naturalmente, começa a ser mais exigente na escolha dos amigos/as; e passa a querer ser mais independente dos pais e dos próprios irmãos (se os tiver); e tenta realizar-se com algo que o satisfaça íntima/privadamente, segundo os gostos e ideais de cada qual...

c) A partir da idade adulta (18/21 anos):
- Começa a inquirir, mais maduramente que na adolescência, sobre a existência de Deus, sobre a sua fé religiosa, sobre o corpo e a alma, sobre o pecado e a virtude, sobre a prática religiosa, ou a falta dela, sobre a crença no Além, etc...

2 - Nesta base etária progressiva (dos sete aos vinte anos...), constrói-se assim, em cada um de nós, uma espécie de "sintonia/empatia" com o Divino, que pode, eventualmente, atingir o grau de "chamamento de Deus", isto é, aquilo que pensamos, ou acreditamos, segundo a nossa consciência, fé e conhecimento, ser a tal "Vontade de Deus", ou seja, começamos a acreditar naquilo que Ele realmente quer/pretende de nós, e de cada um em particular, com vista à nossa verdadeira e eterna Felicidade...

a) Porém, todo este complicado e moroso processo (salvo raras e felizes excepções...), de cariz moral, espiritual e religioso, com vista a distinguirmos, a conhecermos e a cumprimos, eventualmente, aquilo que pensamos/acreditamos (muitos de nós, talvez a maioria das pessoas...) ser a verdadeira, ou relativa, "Vontade de Deus", implícita ou explicitamente..., exerce-se sempre através de tudo aquilo que pensamos, vemos, ouvimos, sentimos e enfrentamos, quer sejam sucessos ou frustrações, alegrias ou tristezas, prazeres ou sofrimentos...

- Enfim, praticamente tudo na vida de uma pessoa, caso seja crente, contribui para "discernir" – com relativa fé e consciência, sabedoria e prudência –, o que é/parece ser, e o que não é, ou não tem aspectos de ser, a Vontade de Deus, o que naturalmente, de pessoa para pessoa, é muito diverso e subjectivo; porquanto, o que geralmente considera-se "desígnio de Deus" (assim como os respectivos dons ou carismas...), varia muito de pessoa para pessoa, consoante a sua identidade própria e irrepetível, e muitos outros factores externos e internos, sobretudo os provenientes da sua formação religiosa e da sua sensibilidade afectiva e espiritual...

b) Efectivamente, Deus pode chamar-nos através de tudo, mesmo através das coisas aparentemente mais insignificantes, desde os designados "sinais dos tempos" por excelência, mais ou menos comuns a todos, até aos pensamentos e sentimentos mais íntimos de cada qual, inclusivamente os nossos próprios sonhos...

- Não é à toa que se costuma dizer que "Deus escreve direito por linhas tortas", e isto em relação a cada ser humano.
- Não é por acaso que a Bíblia diz algures (não me recordo agora qual o autor sagrado...) mais ou menos o seguinte: "Tudo o que acontece em nós e na própria natureza, de bom ou de mau, é sempre com a permissão de Deus, pois que nem um cabelo cai da cabeça, nem uma folha da árvore, sem que Deus o permita"...

c) Todavia, a propósito da Vontade e da Providência Divina, é paradigmática, profundíssima e maravilhosa, aquela famosa passagem do Evangelho, em que Jesus diz e garante, com bastante realismo místico, embora (para a quase totalidade da pobre humanidade...) um tanto alegórica e metaforicamente:

«Por isso vos digo: Não vos inquieteis quanto à vossa vida, com o que haveis de comer ou beber, nem quanto ao vosso corpo, com o que haveis de vestir. Porventura não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestido? Olhai as aves do céu: Não semeiam nem ceifam, nem recolhem em celeiros; e o vosso Pai celeste alimenta-as. Não valeis vós mais do que elas? Qual de vós, por mais que se preocupe, pode acrescentar um só côvado à duração de sua vida? Porque vos preocupais com o vestuário? Olhai como crescem os lírios do campo: Não trabalham nem fiam! Pois Eu vos digo: Nem Salomão, em toda a sua magnificência, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã será lançada ao fogo, como não fará muito mais por vós, homens de pouca fé? Não vos preocupeis, dizendo: "Que comeremos, que beberemos, ou que vestiremos?" Os pagãos, esses sim, afadigam-se com tais coisas; porém, o vosso Pai celeste bem sabe que tendes necessidade de tudo isso. Procurai primeiro o Reino de Deus e a sua Justiça, e tudo o mais vos será dado por acréscimo. Não vos preocupeis, portanto, com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã já terá as suas preocupações. Basta a cada dia o seu problema».
[Mt 6, 25-34] - (Idem: Lc 12,22-31)

(Continua)

Atenciosamente,

Abelardo

--- --- ---

(*) Peço desculpa pelo lapso, pois editei o "rascunho", em vez do texto final, tal a fadiga por trabalhos exaustivos, quase sobre-humanos, só possíveis pelo Amor de Deus e pela Savação das Almas.


Re: Podemos descobrir a vontade de Deus?
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 22 de October de 2003 17:17

Vamos la a rewsumir.
1 - Deus tem um plano para cada um de nós
e fabrica-nos em função desse plano. Deste ponto de vista cada um tem um papel a desempenhar na longa e mais ou menos trágica história da humanidade, que para vocês é a mesma coisa que a história da divindade, só que escrita com sangue dos homens.
2 - Portanto Deus fabrica-nos com determinadas características pra que possamos cumprir em rigor um papel que le escreveu para nós. ( (Prédeterminismo ao quadrado)
3 - Mas. como o plkano não é muito claro, temos de tentar adivinhá-lo. ( Não de o construir com autonomia9 Mais uma vez,predetrminismo.
4 - Se seguirmos o plano de deus, ( nem liberdade de escolhas, nem autodeterninação, nem autoresponsabilização pelos nossos actos) está tudo bem, mesmo que isso nos leve á nossa destruição, como tão bem explicou a andreia a propósito de Judas e dos planos de Deus para ele.

5 - Se não seguirmos o "plano de deus" - e formos LIVRES e responsáveis pelo nosso destino, isso é mau para nós, mesmo que isso nos traga felicidade. e a realização pessoal


Fiquei esclarecido ácerca dos planos do vosso Deus.

Alá é misericordioso!

Re: Podemos descobrir a vontade de Deus?
Escrito por: Nadia Rio (IP registado)
Data: 22 de October de 2003 18:25

Alef, para discernirmos a vontade de Deus, na nossa vida, isto é: que rumo devemos tomar, primeiramente temos que fazer uma experiência com a sua palavra, no caso dos cristãos, na palavra revelada por Cristo. Aí teremos claramente o discernimento de qual a vontade de Deus para cada um.

Na sua maioria, sacerdotes e religiosos, seguiram a sua vocação, sem nunca terem feito a experiência com a palavra de Deus. Quando a fizerem, em muitos aumentou o desejo da vocação e são autenticos santos. Outros, veio a decepção e o desejo de desistir e ainda há os que preferem rabujar com todos na congregação, de manhã à noite, mas não aceitam fazer a experiência da palavra.

N.Rio

Re: Podemos descobrir a vontade de Deus?
Escrito por: Abelardo (IP registado)
Data: 23 de October de 2003 18:37

Caríssimos/as,

Voltando de novo ao tema inicial, e concretamente aos respectivos tópicos propostos (após feita essa oportuna "introdução"):

1 - Para mim, a Vontade de Deus é... tudo aquilo que Ele, como Ser Criador e Senhor de todas as Coisas, deseja ou espera de todos nós, como criaturas racionais, espirituais e livres que somos – "feitas à Sua imagem e semelhança!" –, dentro do plano por Ele mesmo traçado no momento da nossa concepção, ou melhor, desde toda a Eternidade (uma vez que para Deus não há tempo nem espaço)...

1.1 - Evidentemente que, para tudo isso, todos nós temos: Inteligência; Consciência; Vontade (ou livre-arbítrio)...

1.2 - E muitos de nós têm: Fé; Conhecimento; Discernimento; Inspiração...

1.3 - E muitos outros, sobretudo os Judeus e os Cristãos, têm ainda: Deus Criador e Senhor Absoluto, Revelações espirituais e, até mesmo, uma Lei Divina, devidamente expressa e impressa (através dos patriarcas Abraão e Moisés em particular...), assim como todo o Antigo Testamento...

1.4 - E finalmente todos nós Cristãos (e só não é Cristão e Católico quem não sabe e/ou quem não quer...), temos também: Jesus Cristo, como verdadeiro Deus e verdadeiro Homem (a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, o Verbo de Deus Incarnado...); ou seja: o mesmo Deus de Abraão e Moisés, agora também como Redentor e Salvador do Mundo...

1.5 - Assim e consequentemente, temos finalmente: a própria Palavra Divina devidamente revelada, ensinada, comprovada e expressa, ou seja, o Novo e Eterno Testamento; sendo que o mais importante de tudo isso foi realmente: a efectiva Redenção (Resgate) de toda a Humanidade, através da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, assim como o real Fundamento da Sua única Igreja – Una, Santa, Católica e Apostólica...

2 - Logo, "a Vontade de Deus em nós" é algo que devemos, fervorosa e constantemente, não só tentar "procurar e descobrir", tal como o mais precioso dos tesouros, mas que também devemos, cada vez mais e melhor, "aperfeiçoar e construir", quer através da fuga a todo o tipo de imperfeição e pecado, quer através, sobretudo, da própria "purificação e santificação", segundo as palavras do Senhor Jesus, quando disse e rogou: «Sede santos, como Eu e o Pai somos Santos!»; e como Ele mesmo ensinou: «Quem quiser ser Meus discípulo (isto é, autenticamente Cristão...), renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me»...

3 - Como sendo assim, todos nós devemos, tanto quanto possível, tentar "adaptar-nos a este plano prévio (e misterioso) de Deus" – que visa apenas o supremo fim para que fomos criados, a Vida e a Glória Eternas! –, e jamais devemos tentar "auto-definir a nossa vida" egoísta e caprichosamente..., apenas baseados nos meros gostos e prazeres efémeros e individualistas, como se fôssemos tão-somente obra do acaso, ou simples irracionais desprovidos de alma imortal...


(Continua)

Atenciosamente,

Abelardo


Re: Podemos descobrir a vontade de Deus?
Escrito por: Taliban: (IP registado)
Data: 24 de October de 2003 18:12

ò Abelarda:
faz parte dos planos de deus para ti escreveres os disparates que escreves?

Re: Podemos descobrir a vontade de Deus?
Escrito por: Vasco Alves (IP registado)
Data: 26 de October de 2003 21:56

O que é a vontade de Deus? Algo objectivo que eu devo descobrir, ou algo que eu construo? Devo eu "adaptar-me" a um plano prévio de Deus, ou, pelo contrário, sou eu que defino a minha


BEM TENDO EM CONTA A MINHA EXPERIÊNCIA DE VIDA E AQUILO QUE OBSERVO É QUE NÃO ME PARECE ( NÃO TENHO 100 % CERTEZAS ) QUE EXISTA UM PLANO PRÉVIO DE DEUS QUANTO A CADA UM DE NÓS.


O QUE ME PARECE É QUE SÃO AS TUAS ESCOLHAS E AS CIRCUNSTANCIAS QUE TE RODEIAM QUE VÃO MOLDANDO AQUILO QUE TU VAIS SENDO AO LONGO DA TUA VIDA, AGORA AQUILO QUE TE POSSO DIZER É QUE EXISTEM MANEIRAS DE ESTAR NA VIDA QUE SÃO MAIS GRATIFICANTES QUE OUTRAS.
INDEPENDENTEMENTE DE AS TUAS ESCOLHAS NEM SEMPRE SEREM AS MAIS ACERTADAS E AS CIRCUNSTÂNCIAS QUE TE RODEIAM NEM SEMPRE SEREM AS MAIS FAVORÁVEIS. POR EXEMPLO SE TIVERES UMA POSTURA HUMILDE DE RESPEITO PELOS OUTROS E SOLIDÁRIA VAIS VER QUE A VIDA SE TORNA MAIS RICA E MENOS ABORRECIDA.

- Acontece-nos algo de mal se não seguirmos tal vontade de Deus ou isso é indiferente? Poderemos dizer que as pessoas frustradas são as que não seguiram a vontade de Deus a seu respeito? Se falharmos na nossa escolha (imaginemos que alguém que ignorou a vocação para o sacerdócio e se casou), isso é sinónimo de infelicidade no casamento? Deus pedir-nos-á contas por não seguirmos o seu plano? Mas, se é tão difícil descobri-lo, como podemos ser responsabilizados? Ou será fácil a descoberta?

REPARA A MEU VER ESTÁS AQUI A COMETER UM ERRO DE ANALISE, REPARA
TU PODES QUERER SER JOGADOR DE FUTEBOL ,PADRE, ECONOMISTA OU GESTOR, SE POR VENTURA NÃO CONSEGUES SÊ -LO ISSO PODE TORNAR -TE UM POUCO DESILUDIDO OU MESMO FRUSTADO, AGORA ISTO NÃO TEM NADA A VER COM O FACTO DE DEUS IMPINGIR -TE ALGUMA OCUPAÇÃO PARA A TUA VIDA, A UNICA COISA QUE ELE PODE QUERER DE TI É QUE SEJAS SOLIDÁRIO PARA COM AS PESSOAS QUE TE RODEIAM QUE VIVAS EN PAZ COM ELAS QUE AS AJUDES SEMPRE QUE TE PEÇAM etc, etc. AGORA A VISÃO QUE TU TENS DO AJUSTE DE CONTAS COM DEUS É QUASE UMA VISÃO ESQUIZOFRÉNICA DO TEU RELACIONAMENTO COM DEUS, DEUS É IMENSAMENTE BOM NÃO ACREDITES EM AJUSTES DE CONTAS !!!!

Re: Podemos descobrir a vontade de Deus?
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 27 de October de 2003 00:14

Caro Vasco:

O meu parágrafo que tu comentas, sobre possíveis contas que Deus nos peça por não seguirmos um determinado plano que Ele tenha para nós, está formulado sob a forma de perguntas; não expresso nele nenhuma opinião nem análise pessoal, pelo que não posso estar a cometer erro. Procurei mostrar sobretudo atitudes contrárias que se vê entre os cristãos (e não só), de modo a espicaçar o debate. De qualquer modo, apreciei a tua achega: se bem percebi, defendes que Deus não nos impõe nada de específico ao nível do fazer, mas aponta-nos caminhos ou princípios gerais, dando tu o exemplo da solidariedade. Contudo, frequentemente a Bíblia fala de missões concretas e muitos homens e mulheres chega(ra)m à conclusão que Deus quer que eles sejam padres, religiosos, leigos, etc. Ou seja, para quem entra nesse processo de discernimento ("Senhor, que quereis que eu faça"?), não é "arbitrário" que eu seja isto ou aquilo. Aqui é que está um dos nós da questão...

Afinal, esta questão tem ou não importância?

Se um vosso amigo lhes confessar que não sabe que rumo há-de dar à sua vida no campo vocacional, que lhe dirão? Que tanto faz? Ou é importante que ele(a) descubra realmente o que lhe convém e que Deus quer?

Alef

Re: Podemos descobrir a vontade de Deus?
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 27 de October de 2003 10:48

Que é importante que ele siga o caminho que conduza á autorealização.

ponto parágrafo.

Re: Podemos descobrir a vontade de Deus?
Escrito por: Vasco Alves (IP registado)
Data: 27 de October de 2003 10:50

BEM EU PESSOALMENTE NÃO ACREDITO NUMA UNICA MISSÃO NA VIDA NEM TÃO POUCO QUE ESSA MISSÃO SE CONFUNDA COM UMA PROFISSÃO, É OBVIO QUE SE NÓS TEMOS JEITO PARA SER PADRES POR QUE NÃO SER PADRES SE TEMOS JEITO PARA ECONOMISTAS PORQUE NÃO SER ECONOMISTAS, AGORA AQUILO EM QUE EU ACREDITO É QUE AO LONGO DA NOSSA VIDA PODEREMOS TER INUMERAS MISSÕES DEPENDENDO MUITAS VEZES DAS CIRCUNSTANCIAS EM QUE A NOSSA VIDA SE DESENROLA, SE O TEU AMIGO NÃO SABE O QUE QUER FAZER DA VIDA, A PRIMEIRA COISA QUE LHE DEVES DIZER É QUE ELE NÃO PODE FICAR IMOBILIZADO NA DUVIDA PORQUE ISSO É O PIOR DE TUDO !
ELE QUE AVANÇA PARA O QUE LHE PARECER O MENOS MAU DOS CAMINHOS, SE PERMANECER FIRME NAS QUALIDADES HUMANAS MAIS TARDE OU MAIS CEDO O CAMINHO VAI SENDO DESCOBERTO !!!
MUITAS VEZES O CAMINHO REVELA -SE CAMINHANDO ENTENDES ?

Re: Podemos descobrir a vontade de Deus?
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 27 de October de 2003 11:05

claro, e segundo as tendências actuAIS, as profissões DE SUCESSO dos próximos anos terão de ser polivalentes, com formação de banda larga e altamente flexíveis devido ás solicitações e flutuações do mercado de trabalho... Portanto é preciso antes de mais estar preparado... para escolher com lucidez os nosso próprios caminhos. E construí-los COM FIDELIDADE A NÓS MESMOS....

isso de ficar á espera de "descobrir a vontade divina" é um ganda flop.....

Ou, como dizia um velho infiel meu, amigo "fia-te ne virgem e não corras e verás o trambolhão que levas::"eheheh
isto para quem acredita na virgem ..........

Re: Podemos descobrir a vontade de Deus?
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 27 de October de 2003 12:16

Segundo a talibana, a alguém que estivese em discernimento sobre a vontade de Deus na sua vida, nomeadamente no campo vocacional (para a vida e não a médio ou curto prazo), diria «que é importante que ele siga o caminho que conduza á autorealização».

Pois, mas isto é pouco menos que tautológico. Pergunto: que critérios se podem apontar para a auto-realização? Coincide ela com a vontade de Deus a nosso respeito? Há quem sugira a frase de Santo Ireneu: "A glória de Deus é que o homem viva" (ou, noutra tradução: "é o homem vivente"). Os critérios que hoje se seguem para a "auto-realização" coincidem com os de Deus, ou é uma palavra que encobre o nosso egoísmo?

Alef

Re: Podemos descobrir a vontade de Deus?
Escrito por: Taliban: (IP registado)
Data: 27 de October de 2003 14:11

Segundo a Alefa a autorealização seria uma forma de egoísmo. Então deviamos andar todos frustraditos, pois essa seria a hipotética vontade do deus.. isto segunda a Alefa...

Re: Podemos descobrir a vontade de Deus?
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 27 de October de 2003 14:49

Cara Talibana:

Será assim tão difícil perceber a diferença entre uma pergunta dupla, coordenada por uma conjunção, e uma afirmação? Pelos vistos é... Ah, este país...

Alef

Re: Podemos descobrir a vontade de Deus?
Escrito por: AH (IP registado)
Data: 27 de October de 2003 15:28


Assumam-se, por favor! E deixem-se de rodeios...; ou, pior ainda, de ambiguidades e contrariedades mais ou menos caricatas/chocantes...

E, se não forem Cristãos, ao menos sejam Homens (independentemente do sexo, claro)!...

T(x)au


Re: Podemos descobrir a vontade de Deus?
Escrito por: Taliban: (IP registado)
Data: 28 de October de 2003 03:47

Menina alefa:
não tenho por cortume discitir com fêmeas. Acho bem que deixews de me insultar. Não sou transsexual como tu.

Re: Podemos descobrir a vontade de Deus?
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 28 de October de 2003 12:34

Pois, Talib.ana: aqui só tu mudaste de género, mas não de espécie, digo, de estilo, que esse mantém-se, no seu pior, porque antes tinhas mensagens sérias. Do estilo ficaram também alguns tiques de português e alguma falta de bom senso. Agora a mascarilha tolheu-te os movimentos, de modo que preferes brincar aos cínicos.

Alef

Re: Podemos descobrir a vontade de Deus?
Escrito por: Taliban: (IP registado)
Data: 28 de October de 2003 15:32

MAS ESTÁS A FALAR DE QUÊ Ó MENINA Alefa??
NÃO SABES QUE O PIOR INSULTO QUE PODES DAR A UM MACHO ( inda por cima muçulmano) É DUVIDAR DA SUA VIRILIDADE? ESTÁS A DUVIDAR DE MIM, O ADMIRÁVEL COAUTOR DO "MEUPIPI.BLOGSOPT.COM", AGORA EM LIVRO, CUJA LEITURA TE RECOMENDO VIVAMENTE ???

ESTARÁS A CHAMAR-ME ABICHANADO ? ROTO?

Não tens outros argumentos teológicos ou intelectuais se não este argumento abichanado de me chamares mulher???????????????


Bem,já vi que não negas a transsexualidade, tomei nota.
Mas quero aqui referir para todos os outros abichanados leitores que eu SOU UM TALIBAN, ou seja um estudante de teologia. E que a minha religião condena a homossexualidade. Não sou abichanado nem sou mulher. Não uso mascarilhas.

Posto isto, e partindo do princípio que a Alefa ou tem uma questão pendente e por resolver com alguma mulher que o deixou knock-out, ou com a sua própria identidade sexual, não voltarei a referir novamente a minha identidade máscula... Sob pena de caír na mais rasca boçalidade e de me aproximar demasiado do alan, emtermos de estilo literário.

Que Alá te ilumine.

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