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O bispo Williamson
Escrito por: demis (IP registado)
Data: 28 de January de 2009 19:59

ouvi a entrevista dada por este senhor bispo em que afirma que no holocausto (holoconto) morreram apenas entre 200.000 a 300.000 judeus e que nenhum foi morto das camaras de gás,já que não há evidencias históricas da sua existencia.
pois é meus amigos,não sou o unico a afirmar que o holocausto é um mito.
é claro que isto causou problemas entre o Vaticano e o rabinato de israel...

_____
[Editado por Alef: editei o título.]



Editado 1 vezes. Última edição em 28/01/2009 20:18 por Alef.

Re: O bispo Williamson
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 28 de January de 2009 21:17

Caro demis:

Deverias imitá-lo nas suas virtudes, não nos seus defeitos e deslizes, que têm sido vários. Quase sempre que ouvi este bispo, se saiu com alguma «das suas», alguma provocação, alguma tese mais «rara». Uma das coisas que se nota nele é um certo gosto pelas teorias da conspiração (há um tópico sobre as teorias da conspiração no «Adro da Igreja»).

As suas declarações sobre o holocausto foram extremamente infelizes e causaram grandes danos à Igreja e ao Papa, mas será bom saber que este bispo defende que os atentados de 11 de Setembro em Nova Iorque foram orquestrados, que não houve num avião a bater nas torres, mas que estas caíram porque foram demolidas profissionalmente por cargas explosivas controladas, a mando do Governo dos EUA!

Sobre os danos causados pelas suas declarações relativas ao Holocausto, tenha-se em conta que eles foram enormes para a Igreja (alguns «media» deliciaram-se ao poder dizer que o Papa levantou a excomunhão a um negacionista) e para a própria FSSPX. Se havia muitos que acusavam os cristãos filo-FSSPX de nazis (cfr., por exemplo, «Vida de Cadela»), agora este incidente tornou-se uma espécie de «prova definitiva». Sobre tudo isto importa ter em conta alguns dados, alguns já mencionados neste fórum:

a) O Superior da FSSPX reagiu com uma carta à emissão da entrevista no canal sueco de televisão. Por um lado, acusava o dito canal de querer descredibilizar a FSSPX com base em declarações sobre assuntos nos quais Msr. Williamson não tem autoridade; por outro, distanciava-se tacitamente das afirmações de Msr. Williamson;

b) Na primeira entrevista depois do levantamento das excomunhões, Msr Fellay vai um pouco mais longe no «distanciamento» das posições de Msr. Williamson (destaque meu; a Cristina já publicou aqui uma cópia dessa entrevista):

Citação:
[Patricia Briel, Le Temps:] Do you condemn the negationist declarations of Bishop Williamson?
- [Fellay:] It does not belong to me to condemn them. I do not have the competence for this. But I deplore that a Bishop may have given the impression of involving the Fraternity with a view that is absolutely not ours.

c) Ontem, dia 27, o Superior da FSSPX na Alemanha publicou uma nota em que pede desculpa pelas declarações do mesmo Msr. Williamson:

Citação:
Note of the District Superior for Germany of the SSPX

As District Superior of the Society [of Saint Pius X] in Germany, I am very troubled by the words pronounced by Bishop Williamson here in this country.

The banalization of the genocide of the Jews by the Nazi regime and of its horror are unacceptable for us.

The persecution and murder of an incalculable number of Jews under the Third Reich touches us painfully and they also violate the Christian commandment of love for neighbor which does not distinguish ethnicities.

I must apologize for this behavior and dissociate myself from such a view.

Such dissociation is also necessary for us because the father of Archbishop Lefebvre died in a KZ [concentration camp] and because numerous Catholic priests lost their lives in Hitler's concentration camps.

Stuttgart, January 27, 2009

Father Franz Schmidberger

d) Também Msr. Fellay publicou uma nota (já copiada aqui pela Cristina), pedindo desculpas ao Papa e anunciando que proibira Msr. Williamson de se manifestar publicamente sobre temas políticos ou históricos.


e) Entretanto, o Grão-Rabinato de Israel anunciou o corte de relações com o Vaticano, por ter sido levantada a excomunhão a um negacionista:

Citação:
Grão-Rabinato de Israel corta relações com o Vaticano

O Grão-Rabinato de Israel, a autoridade religiosa suprema do país, cortou as suas relações com o Vaticano, repudiando as declarações de um bispo lefebvriano, Richard Williamson, que negou em público a morte de seis milhões de judeus durante a II Guerra Mundial.

No passado sábado o Papa anunciou o levantamento da excomunhão de quatro bispos ordenados ilicitamente em 1988 pelo bispo Marcel Lefèbvre. O Vaticano explicou que Williamson não tinha sido excomungado por causa das suas opiniões políticas, pelo que não fazia sentido, canonicamente, não incluí-lo no levantamento da excomunhão.

“Sem um pedido de desculpas formal será muito difícil continuar o diálogo” afirmou um dos dirigentes do Grão-Rabinato.

Bento XVI garantiu hoje, no Vaticano, a sua “total e inquestionável solidariedade” com os judeus, considerando que o Holocausto deve ser para todos “um alerta contra o esquecimento, a negação ou o reducionismo”.

O porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, deixou votos de que o Rabinato de Israel aceite discutir as questões que levantou com a Comissão para as relações com o judaísmo, da Cúria Romana, “para que o diálogo da Igreja Católica com os judeus possa continuar com serenidade e de forma frutuosa”.

Fonte: Agência Ecclesia

f) Entretanto, o Papa referiu-se expressamente ao assunto na «Audiência Geral» de hoje (versão italiana e tradução inglesa a seguir):
Citação:
Dopo il saluto in polacco, il Papa ha aggiunto:
Prima dei saluti ai pellegrini italiani ho ancora tre comunicazioni da fare. La prima:

Ho appreso con gioia la notizia dell’elezione del metropolita Kirill a nuovo Patriarca di Mosca e di tutte le Russie. Invoco su di lui la luce dello Spirito Santo per un generoso servizio alla Chiesa ortodossa russa, affidandolo alla speciale protezione della Madre di Dio.

La seconda.

Nell’omelia pronunciata in occasione della solenne inaugurazione del mio Pontificato dicevo che è "esplicito" compito del Pastore "la chiamata all’unità", e commentando le parole evangeliche relative alla pesca miracolosa ho detto: "sebbene fossero così tanti i pesci, la rete non si strappò", proseguivo dopo queste parole evangeliche: "Ahimè, amato Signore, essa – la rete - ora si è strappata, vorremmo dire addolorati". E continuavo: "Ma no – non dobbiamo essere tristi! Rallegriamoci per la tua promessa che non delude e facciamo tutto il possibile per percorrere la via verso l’unità che tu hai promesso…. Non permettere, Signore, che la tua rete si strappi e aiutaci ad essere servitori dell’unità".

Proprio in adempimento di questo servizio all’unità, che qualifica in modo specifico il mio ministero di Successore di Pietro, ho deciso giorni fa di concedere la remissione della scomunica in cui erano incorsi i quattro Vescovi ordinati nel 1988 da Mons. Lefebvre senza mandato pontificio. Ho compiuto questo atto di paterna misericordia, perché ripetutamente questi Presuli mi hanno manifestato la loro viva sofferenza per la situazione in cui si erano venuti a trovare. Auspico che a questo mio gesto faccia seguito il sollecito impegno da parte loro di compiere gli ulteriori passi necessari per realizzare la piena comunione con la Chiesa, testimoniando così vera fedeltà e vero riconoscimento del magistero e dell’autorità del Papa e del Concilio Vaticano II.

La terza comunicazione.

In questi giorni nei quali ricordiamo la Shoah, mi ritornano alla memoria le immagini raccolte nelle mie ripetute visite ad Auschwitz, uno dei lager nei quali si è consumato l’eccidio efferato di milioni di ebrei, vittime innocenti di un cieco odio razziale e religioso. Mentre rinnovo con affetto l’espressione della mia piena e indiscutibile solidarietà con i nostri Fratelli destinatari della Prima Alleanza, auspico che la memoria della Shoah induca l’umanità a riflettere sulla imprevedibile potenza del male quando conquista il cuore dell’uomo. La Shoah sia per tutti monito contro l’oblio, contro la negazione o il riduzionismo, perché la violenza fatta contro un solo essere umano è violenza contro tutti. Nessun uomo è un’isola, ha scritto un noto poeta. La Shoah insegni specialmente sia alle vecchie sia alle nuove generazioni che solo il faticoso cammino dell’ascolto e del dialogo, dell’amore e del perdono conduce i popoli, le culture e le religioni del mondo all’auspicato traguardo della fraternità e della pace nella verità. Mai più la violenza umili la dignità dell’uomo!

Tradução inglesa (incompleta):

Citação:
From the Holy Father at the end of today's General Audience:
Before greeting the Italian pilgrims, I still have three announcements.

The first: I have learned with great joy the election of Metropolitan Kirill as new Patriarch of Moscow and all the Russias. I invoke upon him the light of the Holy Ghost for a generous service to the Russian Orthodox Church, trusting him to the special protection of the Mother of God

The second.

In the homily pronounced on the occasion of the solemn inauguration of my Pontificate, I said that it is the "explicit" duty of the Pastor "the call to unity", and, commenting upon the Gospel words regarding the miraculous catch of fish, I said, "although there were so many, the net was not torn"; I continued after these Gospel words, "Alas, beloved Lord, with sorrow we must now acknowledge that it has been torn!". And I continued, "But no – we must not be sad! Let us rejoice because of your promise, which does not disappoint, and let us do all we can to pursue the path towards the unity you have promised. Let us remember it in our prayer to the Lord, as we plead with him: yes, Lord, remember your promise. Grant that we may be one flock and one shepherd! Do not allow your net to be torn, help us to be servants of unity!"

Precisely in the accomplishment of this service of unity, which qualifies, in a specific way, my ministry as Successor of Peter, I decided, a few days ago, to grant the remission of the excommunication in which the four bishops ordained by Archbishop Lefebvre in 1988, without pontifical mandate, had incurred. I fulfilled this act of fatherly mercy because those prelates repeatedly manifested to me their deep suffering for the situation in which they found themselves. I hope that this gesture of mine will be followed by the solicitous effort by them to accomplish the ulterior steps necessary to accomplish full communion with the Church, thus testifying true fidelity and true recognition of the Magisterium and of the authority of the Pope and of the Second Vatican Council.

The third announcement.

While I renew with affection the expression of my full and unquestionable solidarity with our brothers receivers of the First Covenant, I hope that the memory of the Shoah leads mankind to reflect on the unpredictable power of evil when it conquers the heart of man. May the Shoah be for all a warning against forgetfulness, against denial or reductionism, because the violence against a single human being is violence against all. No man is an island, a famous poet write. The Shoah particularly teaches, both old an the new generations, that only the tiresome path of listening and dialogue, of love and of forgiveness lead the peoples, the cultures, and the religions of the world to the hoped-for goal of fraternity and peace in truth. May violence never again crush the dignity of man!

Benedict XVI
General Audience
January 28, 2009

g) Diz-se que entretanto Msr. Williamson terá já escrito ao Papa, pedindo desculpas pelos danos causados pelas suas imprudentes declarações. É de louvar esta atitude.

Esperemos que tudo isto passe depressa, que se limem arestas, se busque o mais importante e haja paz e unidade.

Alef

PS.: No texto referente à Audiência Geral do Papa destaquei muito claramente a referência ao Vaticano II. A discussão deste ponto ficará para outro momento. Note-se, contudo, que, ao contrário do que alguns pretendem ver, Bento XVI não descartou o Concílio Vaticano II.



Editado 1 vezes. Última edição em 28/01/2009 21:36 por Alef.

Re: O bispo Williamson
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 29 de January de 2009 11:01

Defender que não existe holocausto é um perfeito disparate.

Todavia as declarações infelizes de um Bispo (e não é a primeira vez) já foram condenadas pelo superior geral da FSSPX que proibiu o Bispo de fazer declarações sobre essa matéria.

Mas o que verdadeiramente está em causa é que sectores que se opoem a um entendimento entre a FSSPX e Roma, tudo fazem para boicotar esse entendimento.

As declrações do Bispos (disparatadas e irresponsáveis) foram proferidas no ano passado na televisão, mas só na véspera do levantamento da excomunhão é que os media agarram nas mesmas e passam em todo o mundo.


O objectivo de tentar boicotar o levantamento da excomunhão é obvio.

É aliás revelador que todos os que são contra o entendimento referem essas declarações quando chamados a comentar o levantamento da excomunhão.

Esta semana o jornal Figaro em que a pergunta era se concordava com o levantamento da excomunhão sendo que a frase que apresentava a sondagem era:

Le Pape a levé samedi l'excommunication de quatre evêques, frappés par cette sentence depuis 1988. Parmi eux, Mgr Richard Williamson, qui s'est notamment illustré par des propos négationnistes : il avait mis en doute l'existence des chambres à gaz dans les camps de concentration nazi."

Sem duvida revelador.

Mesmo hoje a Comissão Permanente dos Bispos Franceses (sempre contraria à entrada da Fraternidade), instada a comentar o acto do Papa declara:

Statement by the Permanent Council of Bishops of France concerning the lifting of the excommunications

The lifting of the excommunication of the four bishops of the Fraternity Saint Pius X by the Holy See is drawing numerous reactions in Catholic opinion as well as that of society.

The coinciding of this announcement with the revelation of the position Bishop Williamson, denying the tragedy of the extermination of the Jews, has caused a condemnation that can not be sustained. The bishops of France strongly condemn the outrageous and unacceptable words of Bishop Williamson. They reiterate their commitment of dialogue and friendship with the French Jewish community.

They bear in mind that Benedict XVI continues to carry out his commitment to a fruitful relationship between Jews and Christians. They strongly emphasize that the lifting of the excommunication is not a pardon. It is the starting point on a long road that will require a precise dialogue. In any case, the Second Vatican Council will not be negotiable. No ecclesial group can serve as a substitute for the magisterium.

The bishops have welcomed the willingness of the Holy Father to go to the limit in offering an invitation of reconciliation. They are in communion with him in the exercise of episcopal vigilance. They express their support and gratitude to the priests, deacons, religious and laity who make up the Catholic Church in France[…]


Mais uma vez a pegarem nas declarações do ano passado em vez de destacarem a geande importancia da possibilidade de se sarar uma ferida grande.


Não tenhamos duvidas. As provocações vão continuar e os que não querem um entendimento não vão descansar.

Rezemos por um entendimento.

Crisitna

Re: O bispo Williamson
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 30 de January de 2009 02:13

Dois dados novos, na sequência da polémica entrevista de Msr. Williamson a uma televisão sueca (disponível a entrevista legendada, em Espanhol e em Português, abreviada):

a) Depois da intervenção de Bento XVI, «Grão-Rabinato de Israel desmente corte de relações com o Vaticano» [Agência Ecclesia];

b) É impressionante a quantidade de seguidores das teses de Msr. Williamson entre os filo-FSSPX que agora se manifestam abertamente, ainda que alguns tentem alguns matizes mal conseguidos (cfr., por exemplo, no blogue «Tradição Católica»). Em geral, afina-se por esta tese: Msr. Williamson fez mal em dizer em público o que é politicamente incorrecto, mas disse o que todos pensamos... Para aumentar a polémica, apareceram agora as declarações de um padre italiano, que segue de perto as de Msr. Williamson. A polémica reacendeu-se e não vai ficar por aqui. O Superior da FSSPX em Itália já veio deplorar a situação e reafirmar a posição de Msr. Fellay.


Citação:
Padre italiano diz que câmaras de gás serviam para 'desinfetar' judeus
Qui, 29 Jan, 02h15

ROMA (AFP) - O padre tradicionalista italiano Floriano Abrahamowicz afirmou nesta quinta-feira que as câmaras de gás dos campos de concentração nazistas serviam para 'desinfetar' os judeus, alimentando, assim, a polêmica entre a Santa Sé e a comunidade judaica mundial.

Em entrevista ao jornal La Tribuna de Treviso, o padre, chefe da região nordeste da Itália da comunidade ultraconservadora fundada por Marcel Lefebvre, a Fraternidade São Pio X, garante não acreditar que pessoas tenham sido mortas nas câmaras de gás.

"Sei que as câmaras de gás existiram pelo menos para desinfetar, mas não saberia dizer se causaram a morte ou não de pessoas porque não investiguei a fundo o assunto", declarou Abrahamowicz.

Esta entrevista foi concedida depois do escândalo que geraram as declarações antissemitas do bispo integrista inglês Richard Williamson, cuja excomunhão foi suspensa no sábado pelo Papa.

Em uma entrevista à tv sueca, o bispo inglês negou a existência do Holocausto e a morte de milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial e assegurou que não existiram câmaras de gás na Alemanha nazista. Além disso, só teriam morrido de 200.000 a 300.000 judeus nos campos de concentração e não seis milhões de judeus.

"Williamson foi imprudente ao se pronunciar sobre assuntos técnicos", admitiu Floriano Abrahamowicz, que reconheceu ter sangue judeu por parte paterna.

"É verdadeiramente impossível para um católico ser antissemita", enfatizou o padre italiano.

"A crítica que se pode fazer sobre a tragédia do Holocausto é a supremacia que se dá sobre os outros genocídios. Se Williamson tivesse negado em suas declarações a tv o genocídio de um milhão e duzentos mil armênios por parte dos turcos, não acho que os jornais teriam dado tanta importância a suas declarações", comentou o religioso italiano.

Fonte: Yahoo! Brasil Notícias


As notícias não correspondem exactamente ao texto da entrevista, mas as declarações não deixam de ser infelizes. O texto original da entrevista, em Italiano, está aqui.


Em Inglês, a notícia e a tradução da entrevista:

Citação:
Italian Lefebvrite priest questions Holocaust
By JOHN L. ALLEN JR., NCR Staff
Published:
Jan. 29, 2009

Fr. Floriano AbrahamowiczFr. Floriano AbrahamowiczIn the wake of a global furor triggered by Pope Benedict XVI’s decision to lift the excommunication of four traditionalist Catholic bishops, including one who cast doubt on the Holocaust, another leader in the traditionalist Society of St. Pius X has questioned whether the Nazis used gas chambers for anything other than “disinfection,” and said that people who hold revisionist views on the Holocaust are not anti-Semites.

Fr. Floriano Abrahamowicz, a pastor and spokesperson for the Society of St. Pius X in northeastern Italy, also referred to Jews as “a people of deicide,” referring to the death of Christ, and suggested that the Jewish Holocaust has been “exalted” over what he called “other genocides,” such as the Allied bombing of German cities and the Israeli occupation of the Gaza strip.

On the other hand, Abrahamowicz insisted that the traditionalist movement founded by the late French Archbishop Marcel Lefebvre is not “anti-Semitic.” Among other things, Abrahamowicz said, he himself has Jewish roots on his father’s side.

The comments came in a Jan. 29 interview with the Italian newspaper La Tribuna di Treviso. (An NCR translation of the full text of the interview appears below.)

Related story: Pope Benedict's reconciliation efforts continue to fall short

Bishop Bernard Fellay, superior of the Society of St. Pius X, has apologized for the remarks of Bishop Richard Williamson, who in a recent interview with Swedish television claimed that the Nazis had not used gas chambers and estimated the number of Jewish deaths during World War II at no more than 300,000. Fellay has also barred Williamson from further comment. However, the Abrahamowicz interview suggests at least some degree of sympathy for Williamson’s views within the traditionalist group.

Reacting to protest in Italy over the Abrahamowicz interview, the Italian superior of the Society of St. Pius X, Fr. Davide Pagliarani, issued a press release saying that the society confirms Fellay’s earlier statement on Williamson and “reproves every single word inconsistent with it.”

Abrahamowicz is himself a well-known figure in Italy. In 2006, he gave a television interview in which he said that Erich Priebke, a German SS officer convicted of war crimes for a 1944 massacre in Rome, in which 335 Italian civilians were killed in reprisal for the deaths of 33 German soldiers, should not be seen as an “executioner” but rather a soldier who acted “with regret and a heavy heart.” In 2007, Abrahamowicz celebrated a Latin Mass for Italian politician Umberto Bossi, leader of the far-right Northern League party. Bossi and his party have sometimes been accused of xenophobia, particularly towards Muslim immigrants.

In 2008, after Cardinal Dionigi Tettamanzi of Milan had expressed support for Muslims seeking to open new mosques in Italy, Abrahamowicz said on Italian radio that Tettamanzi was an example of “infiltrators” attempting to “subvert the church from within.”

Abrahamowicz’s latest comments come just one day after Benedict XVI pledged his “full and indisputable solidarity” with the Jewish people, and recalled the deaths of “millions of Jews” in the Nazi concentration camps.

* * * * *


La Tribuna di Treviso
Interview with Fr. Floriano Abrahamowicz, Jan. 29, 2009

By Laura Canzian

Fr. Floriano, is the Lefebvrite community anti-Semitic?

It’s truly impossible for a Catholic Christian to be anti-Semitic. I myself, on my father’s side, have Jewish roots. My last name even suggests this. This entire polemic regarding the statements of Bishop Williamson concerns the existence of gas chambers, and has been strongly instrumentalized for anti-Vatican purposes. Williamson simply expressed his doubts, and his ‘denial’ is not of the Holocaust – as newspapers have falsely said – but of the technical aspect of the gas chambers.

In your view, what’s the ‘technical aspect’ of the gas chambers?

Certainly, it was imprudent of Williamson to get into technical questions. In the famous interview, you can see that the journalist was obviously leading up to this specific aspect. But you have to understand that the theme of the Holocaust is situated on a much higher level than the question of knowing whether the victims died from gas or from other causes.

What do you think? About the gas chambers, I mean.

Truly, I don’t know. I know that gas chambers existed at least for disinfection, but I don’t know if they were used to kill people or not, because I haven’t studied the question. I know that, alongside the official version [of events], there’s another version based on the observations of the first Allied technicians who entered the camps.

Do you cast doubt on the number of victims of the Holocaust?

No, I don’t cast doubt on the numbers. There could have been more than six million victims. Even in the Jewish world, the number has a symbolic value. Pope Ratzinger says that even one person killed unjustly is too many, which is a way of saying that it’s equal to six million. To speak about numbers doesn’t change anything with respect to the essence of genocide, which is always an exaggeration.

An exaggeration? In what sense?

The number [of six million] is derived from what the head of the German Jewish community said to the Anglo-Americans shortly after the liberation. In the heat of the moment, he fired off a number. But how could he know? For him, the important point was that these victims were unjustly killed for religious motives. If there’s a criticism to be made of the way in which the tragedy of the Holocaust has been handled, it’s in giving it a supremacy with respect to other genocides.

To which other exterminations are you referring?

If Bishop Williamson had gone on television to deny the genocide of 1.2 million Armenians by the Turks, I don’t think that all the newspapers would have talked about his statements in the same terms they’re using now. Who has ever talked about the Anglo-American genocide in the bombing of German cities? Who has ever talked about Churchill, who ordered the phosphorous bombing of Dresden, where there were not only many civilians, but also many Allied soldiers? Who has spoken about the English air force, which, in the bombing of the cities, killed hundreds of thousands of civilians? And the Israelis certainly can’t tell me that the genocide they suffered from the Nazis is less serious than that of Gaza, simply because they’ve taken out a few thousand persons, while the Nazis took out six million. This is where I fault Judaism, which exasperates rather than honoring the victims of genocide decently. It’s as if there were only one genocide in history, that of the Jews during the Second World War. It seems like you can say anything you want about all the other exterminated peoples, but no one at the global level has spoken in the terms in which people are speaking today after the declarations of Bishop Williamson.

Why do so many people still cast doubt on the Shoah? Why is it a subject that still divides people so viscerally?

Because the whole history of humanity is marked by the people of Israel, who initially were the people of God, who then became the people of deicide, and who at the end of time will reconvert to Jesus Christ. Behind it all is a mysterious theological aspect, which is that of the people of God which rejected its Messiah and which still combats him. It’s a mystery of doctrine. Anti-Semitism is born from the illuminated liberal and Gnostic world. The church throughout history has always protected the Jews from pogroms, as one reads, for example, in Domenico Savino’s book on ritual homicide.

What do you think of [Holocaust] denial?

Denial is a false problem, because it focuses on methods and numbers and doesn’t address the substance of the problem. Those who have studied the technical data, and who have cast certain doubts on the versions that we find in history books, aren’t anti-Semites. It’s enough to recall that the first ones to find this data were also those who saved the Jews, meaning the Allies.

Do you want to offer a message to the Jewish community?

One message: As a Catholic Christian, adding that little Jewish blood that runs in my veins, I express the hope that the Jews will embrace Our Lord Jesus Christ. Amen.

Fonte: National Catholic Reporter


Outra notícia sobre o assunto, no «Times Online».



Breve comentário.

Era para mim já bastante evidente que entre os filo-FSSPX havia um grande número de simpatizantes das teses negacionistas. É também sabido das simpatias de muitos deles pelo fascismo. [Até há bem pouco tempo havia o blogue português «Filhos de Saló», que eu muito gostaria de saber por que razão se encontra entre os apontadores da «Agência Ecclesia»(!). Onac, please!]

Um dos exemplos mais claros é a «Radio Cristiandad», que constantemente lança «alertas» conspiratórios relativamente aos judeus e ataca Bento XVI pela sua «simpatia» para com estes.

Alguns dos simpatizantes das teses negacionistas matizam que apenas põem em causa um número tão alto de mortos, ou seja, que os judeus teriam inflacionado o número para seis milhões.

Mas o problema é que raramente a questão reside unicamente no número 6.000.000. Na prática, isto vai acompanhado de outros elementos, com maior ou menor «extremismo»: a tese de que os judeus têm um plano global para controlar todo o mundo e que usaram o holocausto para tirar benefícios e melhor conseguirem os seus objectivos.

Ora, é importante que se diga que esta era também a tese que os nazis defendiam para levar por diante o seu plano de extermínio, sistemático.

No campo católico filo-FSSPX isto vem ao encontro da velha tese do deicídio: os judeus terão sido «castigados» e desprezados por todos os povos ao longo da História porque são os responsáveis pela morte do Filho de Deus e insistem em não se converter ao Cristianismo. Juntando estas teses «religiosas», com as teses «conspiratórias» do «monstro judeu», temos ingredientes suficientes para uma sopa anti-semita. E não apenas anti-sionista, como alguns dizem.

Seja como for, estes casos estão a fazer mal à Igreja e também a FSSPX. Aos olhos da opinião pública cada vez se torna mais óbvia a associação FSSPX-anti-semitismo. Que isto seja injusto, é outra questão. O que acontece é que também a FSSPX perde muito com isto. A visibilidade que ganhou nestes dias foi, infelizmente, assombrada por isto. E isto acabou por salpicar o Papa, que lhes estendeu a mão. E prejudicou toda a Igreja. Uma pena.

Alef

Re: O bispo Williamson
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 30 de January de 2009 09:48

Alef

O que eu sei é que as declarações da FSSPX são seguras e sem margem para duvidas.

Mons Fellay proibiu o Bispo em causa de fazer mais declarações e pediu desculpa ao Papa.

O Proprio Bispo escreveu para Roma a pedir perdão.

A FSSPX Alemanha fez um comunicado a condenar as declarações e a recordar que o Pai de Mons Lefebre foi vitima do holocausto e morreu nun campo de concentração.

Enfim são inaceitaveis as declarações do Bispos mas é lamentável que outros Bispos Padres e Leigos Cat+ocicos se aproveitem desta entrevists que tem meses para atacar o Papa e a sua politica de abertura.

Não haverá na igreja também padres que tenham indeias negacionaistas que duvidem do número de 6.000.000 de judeus mortos ? Claro que há todos sabemos infelizmente há ?

Este facto vem demonstrar que afinal os radicais da FSSPX são uma minoria e que infelizmente muito do episcopado tudo fará para evitar que a FSSPX regresse a um clima de plena comunhão.

Cristina

Re: O bispo Williamson
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 30 de January de 2009 13:45

Fica sempre bonito ver um Bispo a pedir perdão pelos seus erros.

Cristina

To His Eminence Cardinal Castrillón Hoyos



Your Eminence



Amidst this tremendous media storm stirred up by imprudent remarks of mine on Swedish television, I beg of you to accept, only as is properly respectful, my sincere regrets for having caused to yourself and to the Holy Father so much unnecessary distress and problems.



For me, all that matters is the Truth Incarnate, and the interests of His one true Church, through which alone we can save our souls and give eternal glory, in our little way, to Almighty God. So I have only one comment, from the prophet Jonas, I, 12:



"Take me up and throw me into the sea; then the sea will quiet down for you; for I know it is because of me that this great tempest has come upon you."



Please also accept, and convey to the Holy Father, my sincere personal thanks for the document signed last Wednesday and made public on Saturday. Most humbly I will offer a Mass for both of you.



Sincerely yours in Christ



+Richard Williamson

Re: O bispo Williamson
Escrito por: demis (IP registado)
Data: 31 de January de 2009 18:20

o que é certo é que até hoje ninguém conseguiu provar que morreram 6 milhões de judeus...
a Alemanha não teria capacidade para matar tanta gente devido ao esforço de guerra e além disso o Povo Alemão é um dos maisevoluidos do mundo.

Re: O bispo Williamson
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 31 de January de 2009 22:23

Acho que a reacção da FSSPX foi perfeitamente adequada.

Acho que o povo alemão reconheceu que tinha feito coisas muito erradas antes e durante a 2a guerra mundial. Acho que os negacionistas raramente parecem ter intenções puras de verdade histórica o que é lamentável e não credibiliza muito as suas teses.

pontosvista

Re: O bispo Williamson
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 01 de February de 2009 00:35

Não sei se sou o único, mas eu não consigo ver a importância de um número, para que haja tanta altercação. No entanto o argumento de que os judeus criaram esse número é falso, conforme diz o wikipedia:

"The figure most commonly used is the six million cited by Adolf Eichmann, a senior SS official."

Re: O bispo Williamson
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 01 de February de 2009 04:46

Muitíssimo infeliz a declaração.
Ridículo o bispo que fez a declaração.
E o mais triste de tudo, que exista gente capaz de embarcar na asneira do tal bispo.

Quanto ao último comentário do demis... haja paciência! Será que esse rapaz não acerta nenhuma?

Vitor, a questão toda vai muito além de um número, e a altercação foi muito menor do que poderia ter sido, talvez por conta de gente com um pouco mais de senso que deve ter intervido para diminuir o estrago causado pelo bispo tagarela.

Pelo amor de Deus... Existem alguns bispos que... Deus nos livre!

Re: O bispo Williamson
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 02 de February de 2009 17:03

Citação:
demis
o que é certo é que até hoje ninguém conseguiu provar que morreram 6 milhões de judeus...

O que é certo é que nem me consegue explicar onde é que raio se meteram 3 milhões de Judeus polacos que viviam na Polónia antes da 2ª Guerra mundial.

"a Alemanha não teria capacidade para matar tanta gente devido ao esforço de guerra"
Será que a idiotice é tanta que não se consegue perceber que os 6 milhões se referem ao número total de juedeus mortos durante o conflito. Isto inclui aqueles que morreram em combate, nos guetos, nas caminhadas da morte, nos campos de concentração por doença e fome e obviamente aqueles que morreram gazeados.

Para que saibas o meu grande racista ressaibiado, as câmaras de gáz só foram inventadas porque os alemães achavam os judeus não valiam o custo de uma bala na nuca e porque queriam evitar o stress pos traumático nos pelotões de extermínio.

"Povo Alemão é um dos mais evoluidos do mundo."
Oh meu xenófobo e de que raça é o povo alemão? Conseguirias definir-lhes os traços?

Haja paciência. É a primeira vez que oiço falar num espírita racista.

Re: O bispo Williamson
Escrito por: demis (IP registado)
Data: 02 de February de 2009 17:11

o povo Alemão é de Raça Ariana!
já viu as caracteristicas fisicas?
milhares de judeus refugiaram-ne nos estados unidos.
eu sei que fica bem dizer bacoradas contra o povo Alemão e fazer fé nesse numero apresentado.
já ouviu as declarações do Presidente da República Islâmica do Irão?
sabia que houve uma conferencia em Teerão sobre o suposto holocausto e que participaram JUDEUS da Torah e esses mesmos Judeus acham o numero 6 milhões muito exagerado?
sim,os próprios Judeus.
já que me chama racista eu volto a colocar a mesma pergunta de sempre e que até hoje ninguém me deu uma justificação aceitável: sabe de algum membro de uma Casa Real europeia que tenha casado com uma pessoa de outra raça?
olhe que ser deesquerda e ser católico é imcompativel.

p.s.-sou espirita mas não anda cá a dormir.

Re: O bispo Williamson
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 02 de February de 2009 18:03

Citação:
demis

p.s.-sou espirita mas não anda cá a dormir.

é importante fazer essa ressalva.

Re: O bispo Williamson
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 02 de February de 2009 18:36

Não existem raças humanas.

Existem pessoas comprovadamente estúpidas.
Um bom exemplo são os que defendem a existências de raças humanas.

Nada contra o povo alemão, nada contra povo algum.
Tudo contra a disseminação da ignorância instituída.

=========

Citação:
Tilleul

Haja paciência. É a primeira vez que oiço falar num espírita racista.

É porque nunca leste os textos originais do Kardec.
Para ele nenhum branco iria reencarnar num negro pois seria regredir.
E há umas vertentes espíritas que vão mais além - pesquisa por Exilados da Capela.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.



Editado 1 vezes. Última edição em 02/02/2009 18:46 por Lena.

Re: O bispo Williamson
Escrito por: (IP registado)
Data: 03 de February de 2009 20:49

Citação:
demis
sabia que houve uma conferencia em Teerão sobre o suposto holocausto e que participaram JUDEUS da Torah e esses mesmos Judeus acham o numero 6 milhões muito exagerado?

Até houve um discípulo que traíu Jesus, Demis. Podemos sobre isso tirar alguma conclusão sobre Jesus? Com a lógica da tua retórica, se calhar sim, podemos...

O amor pela verdade é muito bonito, mas geralmente há motivações mais obscuras quando se põe em causa os números do holocausto...

Re: O bispo Williamson
Escrito por: Vera (IP registado)
Data: 04 de February de 2009 09:39

Demis às vezes pelo que escreves fico com dúvidas se, e à luz da tua teoria das raças humanas, tu mesmo não serás um erro da natureza. Não me parece que sejas parte dessa tal "raça superior" que tanto defendes a julgar pelo que já li em tópicos anteriores.
Será que é muito difícil perceber que a questão da embalagem não é o mais importante?
Eu tenho alguns desses traços que defines como arianos e acreditas que isso não faz de mim mais feliz cada vez que me olho ao espelho? Tenho que acordar e trabalhar todos os dias. Tenho que lutar pela minha felicidade e enfrentar as dificuldades como todos. Tenho momentos em que rio e me orgulho de mim, tenho outros em que choro e fico triste. Em nenhum desses momentos me importa a côr dos meus olhos, do meu cabelo ou da minha pele.
Os judeus do holocausto são a prova que a vida nem sempre é justa. E no caso deles foi mais uma questão de embalagem. Ridicularizar o seu sofrimento é mostrar que isso da superioridade, contigo Demis, se fica pela estupidez, falta de bom senso e arrisco a dizer de inteligência mesmo.
É que até o próprio bispo em questão é capaz de um pedido de desculpa, reconhecendo o erro (mesmo que toda a gente saiba que daquela mente prodigiosa acabará por sair nova asneira mais dia menos dia)... Já tu Demis, tens feito por reafirmar ao longo do tempo essa tua tendência racista e verdadeiramente absurda.
Dizes que não andas a dormir? Ó Demis acorda! Se não andas a dormir então vives a sonhar, com famílias reais e raças superiores.

Re: O bispo Williamson
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 04 de February de 2009 15:50

Boas notícias vindas do Vaticano...

Citação:
Vaticano quer que bispo integrista retire declarações que proferiu sobre o Holocausto

O Vaticano ordenou ao bispo integrista Richard Williamson que retire “pública e inequivocamente” as declarações que proferiu sobre o Holocausto, sublinhando que esse passo é indispensável para que ser totalmente reintegrado na hierarquia católica.

Em comunicado, a secretaria de Estado Vaticano garante que o Papa desconhecia que a posição de Williamson quando, no final do mês passado, decidiu levantar a excomunhão do prelado, um dos quatro bispos da sociedade integrista Santo Pio X (criada pelo francês Marcel Lefebvre).

A decisão de Bento XVI gerou polémica, por ter ocorrido dias depois de uma televisão sueca transmitir uma entrevista com o bispo inglês, na qual ele pôs em causa a morte de seis milhões de judeus nas câmaras de gás, dizendo mesmo duvidar que este método de extermínio tenha sido usado pelos nazis.

Líderes religiosos e associações judaicas repudiaram a atitude do Vaticano – o Grande Rabinato de Israel, a autoridade religiosa máxima do país, cortou mesmo as relações com a Santa Sé –, o que levou o Papa a distanciar-se da posição assumida por Williamson, garantindo “total solidariedade com os irmãos judeus”.

O gesto foi considerado insuficiente e, ontem, foi a própria chanceler alemã, Ângela Merkel, a pedir ao Vaticano que esclarecesse se tolerava a negação do Holocausto.

O bispo Williamson já pediu desculpas pela controvérsia causada, mas não retirou, até ao momento, as polémicas causadas.

A nota divulgada hoje diz ainda que o “pleno reconhecimento do concílio Vaticano II e dos papas” que se lhe seguiram (não reconhecidos por Lefebvre) é uma “condição indispensável a um futuro reconhecimento” da Sociedade S. Pio X.

Fonte: [ultimahora.publico.clix.pt]

Re: O bispo Williamson
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 04 de February de 2009 19:36

no momento historico atual , a polemica sobre o holocausto , ou colocar o holocausto em evidencia novamente é uma ofensa. Diante das ofensivas de Israel sobre o povo Palestino.

[www.joildo.net]

Doze regras de redaçao da Grande Mídia Internacional quando a noticia é do Oriente Médio:


Regra Um - No Oriente Médio, são sempre os Árabes que atacam primeiro e sempre Israel que se defende. Esta defesa chama-se represália.

Regra Dois - Os Árabes, Palestinos ou Libaneses não têm o direito de matar civil. Isso se chama “Terrorismo”.

Regra Três -Israel tem o direito de matar civil. Isso se chama “Legitima Defesa”.

Regra Quatro - Quando Israel mata civis em massa, as potências ocidentais pedem que seja mais comedida. Isso se chama “Reação da Comunidade Internacional”.

Regra Cinco - Os Palestinos e os Libaneses não têm o direito de capturar soldados de Israel dentro de instalações militares com sentinelas e postos de combate. Isso se chama “Seqüestro de Pessoas Indefesas”.

Regra Seis - Israel tem o direito de seqüestrar a qualquer hora e em qualquer lugar quantos Palestinos e Libaneses desejar. Atualmente, são mais de 10.000, dos quais 300 são crianças e 1000 são mulheres. Não é necessária qualquer prova de culpabilidade. Israel tem o direito de manter os seqüestrados presos indefinidamente, mesmo que sejam autoridades democraticamente eleitas pelos Palestinos. Isso se chama “Prisão de Terroristas”.

Regra Sete - Quando se menciona a palavra “Hezbollah”, é obrigatório a mesma frase conter a expressão “apoiado e financiado pela Síria e pelo Irã”.

Regra Oito - Quando se menciona “Israel”, é proibida qualquer menção à expressão “apoiada e financiada pelos Estados Unidos”. Isso pode dar a impressão de que o conflito é desigual e que Israel não está em perigo existencial.

Regra Nove - Quando se referir a Israel, são proibidas as expressões “Territórios Ocupados”, “Resoluções da ONU”, “Violações de Direitos Humanos” ou “Convenção de Genebra”.

Regra Dez - Tanto os Palestinos quanto os Libaneses são sempre “covardes” que se escondem entre a população civil, a qual “não os quer”. Se eles dormem em suas casas com as sua famílias, a isso se dá o nome de “Covardia”. Israel tem o direito de aniquilar com bombas e mísseis os bairros onde eles estão dormindo. Isso chama “Ações Cirúrgica de Alta Precisão”.

Regra Onze - Os Israelenses falam melhor o Inglês, o Francês, o Espanhol e o Português que os Árabes. Por isso eles e os que os apóiam devem ser mais entrevistados e ter mais oportunidade do que os Árabes para explicar as presentes Regras de Redação (de 1 a 10) ao grande público. Isso se chama de “Neutralidade Jornalística”.

Regra Doze - Todas as pessoas que não estão de acordo com as Regras de Redação acima expostas são “Terroristas Anti-Semitas de Alta Periculosidade”.



Editado 3 vezes. Última edição em 04/02/2009 19:43 por Chris Luz BR.

Re: O bispo Williamson
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 04 de February de 2009 20:37

Chris

embora concorde com o sarcasmo das 12 regras, é necessário não confundir as coisas.

O holocausto foi um facto, e o culminar de uma má vontade histórica contra o povo judeu. Um acto desprezível que cobre de vergonha todo o ser humano, tal como o são todos os genocídios.
Negar o holocausto é ser demente ou muito mal formado.

Confundir o holocausto com o conflito na Palestina é errar grosseiramente o alvo.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: O bispo Williamson
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 05 de February de 2009 19:22

Não vejo confusão Lena.
MAs, porque tanto enfoque em um bispo negar o holocausto neste momento em que Israel se coloca numa guerra injusta ?
Seria muita ingeniudade nao perceber o desvio de atençao colocando na mídia "os sempre perseguidos e tadinhos judeus".
Acho Hitler e sua legião uma "encarnação" do mal e todos seus atos uma abominação que clama aos céus, mas isso nao me impede de ter a clareza de perceber na história atual a posição de Israel .
Lembrem que o E.U.A invadio o Iraque alegando que tinham armas químicas e agora Israel mostra suas garras, usando armas químicas contra os civies palestinos.
em tempo : os ciganos , os homosexuais, etc., também foram perseguidos e mortos por Hitler.

em tempo:
Judeus-------------------------------------6.000.000
Ciganos--------------------------------------600.000
Deficientes-----------------------------------200.000
Homossexuais-------------------------------100.000
Socialistas-------------------------------------50.000
Testemunhas de Jeová----------------------50.000

Total de 7.000.000 pessoas eliminadas acredita-se que outros 5.000.000 de vítimas foram eliminados por discordarem da política nazista. 12.000.000 milhões de indivíduos que perderam suas vidas por pertencerem a uma etnia, religião, facção política ou não serem fisicamente e mentalmente perfeitos.

Então o holocausto nao é exclusivo dos judeus e historicamente :

35 milhões de russos mortos por Stalin, genocídio em Ruanda, onde 800 mil pessoas foram mortas em 2 DIAS, bomba atômica em Nagazaki e Iroshima, genocídio cometido na Bósnia, crianças da África Negra, que morrem 10 por minuto de fome, povo africano negro, que 30% estão com HIV positivo,
Tudo isto clama aos céus!

Graça e Paz
Chris



Editado 4 vezes. Última edição em 05/02/2009 19:38 por Chris Luz BR.

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