Ainda bem que os cristãos estão divididos...
Termina amanhã a oração pela unidade entre os cristãos.
A perspectiva que tenho da divisão entre cristãos é que esta é o resultado da resitência de uns à treva que os outros querem impôr. A treva no cristianismo é radical, mesmo naquilo que é comunmente aceite. Por exemplo o conceito de pastoral. Como sabem não há bons pastores. O pastor trata as ovelhas em função do seu próprio interesse. Se as leva a pastar em prados viçosos é seguramente para obter mais leite, mais lã e mais dinheiro na venda para o matadouro. Não creio pois que Jesus nos chame à condição de carneiros e ovelhas, desprovidos de ideias, projectos e vontade, muito menos à condição de papagaios, prontos a repetir incessantemente fórmulas, que um qualquer burocrata achou por bem ditar à urbe. Jesus chama-nos, sim, a sermos seus amigos e discípulos, na condição de acrescentarmos à rutilante natureza do HOMO SAPIENS a consciência de uma origem e um destino comum em Deus Pai. Ainda bem que a acção dos leigos na cidade se designa por Apostolado e, com este Apostolado dos Leigos, vai todo o apoio`ao desenvolvimento, ao progresso e aos direitos humanos entre os Povos.

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Mas há mais e mais treva.

Mateus 24;29
«Logo após a aflição daqueles dias,
o Sol irá escurecer-se,
a Lua não dará a sua luz,
as estrelas cairão do céu
e os poderes dos céus serão abalados.

Mc 13,24-25
Mas nesses dias, depois daquela aflição, o Sol vai escurecer-se e a Lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do céu e as forças que estão no céu serão abaladas.

Quem escreveu estas passagens não sabia que qualquer estrela de médio tamanho é incomensuravelmente maior do que a Terra. Imaginava sim que as estrelas são uns pontos luminosos presos na abóbada celeste, que rodava em torno da incomensurável Terra.
Também se admite hoje que o no ponto crítico da sua existência o sol passará por uma abrasadora expansão que tornará impossível a vida na Terra.
Ademais, tudo quanto existe faz, tem uma missão, tem uma função.
Mas, quando os astrónomos começaram a fazer descobertas inquietantes que decididamente punham em questão o dogmático "por Ele todas as coisas foram feitas", os hierarcas lançaram o anátema contra a novidade. De facto os poderes intituidos lidam sempre mal com a verdade, preferem sempre impôr as suas conveniências.

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Resumindo:
Pastoralismo não. Sim à Missão e ao Apostolado.
Inquisição (sob qualquer forma) não. Sim à verdade sobre os telhados.

Outra fonte de crispação é a mariologia. Maria tem lugar próprio na mesa da Palavra: é a Mãe de Jesus, a Cheia de Graça, a Humilde Serva do Senhor. Mais do que isto é devaneio, que ninguém tem direito de impôr aos outros. Se temos por mãe universal a natureza, e se por trás da natureza está a mão protectora e misteriosa do Pai, não precisamos de chupetas.

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Não ao mariquismo. Celebremos sim a Senhora da Humildade.

Também deveria ser revista a atitude relativamente às crianças. A coisa começa mal, com confissões que têm o aspecto nauseabundo do devassar da sua intimidade. Como sabem, importante é educar as crianças no sentir do que é bem e do que é mal. Do que elas precisam é de apoio.
Aliás o grande pecado nunca passa pelos confessionários...

Pedofilia larvar não... Presença libertadora sim

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No cérebro há milhões de neurónios, que funcionam (indo além da bioquímica), segundo o Espírito que os une. Também os cientistas trabalham segundo o Espírito que os une. Pretender pôr toda a gente a pensar pela cabeça de um homem só,definido como cabeça da Igreja é redutor. Trabalhemos em Igreja, segundo o espírito que nos une, para nos potenciarmos mutuamente, na função executiva que cabe a cada um, e acabarmos com os vestígios de lesmismo que possa haver.
Não ao papismo. Sim à colegialidade, sim à corresponsabilidade.

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sim a alteridade - )