Fóruns Paroquias.org
paroquias.org

  A participação no Fórum Paroquias.org está condicionada à aceitação das Regras de Funcionamento.
Inteligência Espiritual
Fóruns Paroquias.org : Geral

 

Ir para tópico de discussão: AnteriorPróximo
Ir para: Lista de fórunsLista de mensagensNovo tópicoPesquisarEntrar
Ir para a página: 123Próximo
Página actual: 1 de 3
Casar com muçulmanos pode ser um «monte de sarilhos»
Escrito por: Jorge Gomes (IP registado)
Data: 14 de January de 2009 13:06

Conselho às jovens portuguesas

Cardeal Patriarca adverte: "pensem duas vezes em casar com um muçulmano"
O Cardeal Patriarca de Lisboa surpreendeu na noite de terça-feira o auditório do Casino da Figueira da Foz ao advertir as jovens portuguesas para o "monte de sarilhos" de se casarem com muçulmanos.

Falando na tertúlia "125 minutos com Fátima Campos Ferreira", que decorreu no Casino da Figueira da Foz, D. José Policarpo deixou um conselho às jovens portuguesas quanto a eventuais relações amorosas com muçulmanos, afirmando: "Cautela com os amores. Pensem duas vezes em casar com um muçulmano, pensem muito seriamente, é meter-se num monte de sarilhos que nem Alá sabe onde é que acabam."

Questionado por Fátima Campos Ferreira se não estava a ser intolerante perante a questão do casamento das jovens com muçulmanos, D. José Policarpo disse que não.

"Se eu sei que uma jovem europeia de formação cristã, a primeira vez que vai para o país deles é sujeita ao regime das mulheres muçulmanas, imagine-se lá", ripostou D. José Policarpo à jornalista e anfitriã da tertúlia, manifestando conhecer "casos dramáticos" que, no entanto, não especificou.

Na sua intervenção, o Cardeal Patriarca de Lisboa considerou "muito difícil" o diálogo com os muçulmanos em Portugal, observando que o diálogo serve para a comunidade muçulmana demarcar os seus espaços num país maioritariamente católico.

"Só é possível dialogar com quem quer dialogar, por exemplo com os nossos irmãos muçulmanos o diálogo é muito difícil", disse D. José Policarpo durante a tertúlia.

Respondendo a uma pergunta da anfitriã sobre se o diálogo inter-religioso em Portugal tem estado bem acautelado, o Cardeal Patriarca sublinhou que, no caso da comunidade muçulmana, "estão-se a dar os primeiros passos".

"Mas é muito difícil porque eles não admitem sequer encarar a crítica de que pensam que a verdade deles é única e é toda", sustentou.

Sublinhou ainda que o diálogo serve para os muçulmanos, num país maioritariamente católico, "como fazem os lobos na floresta, demarcarem os seus espaços e terem os espaços que eu lhes respeito".

Mais tarde, quase no final de mais de duas horas de conversa e respondendo, na altura, a uma pergunta da assistência sobre a presença muçulmana na Europa, lembrou que a comunidade muçulmana de Lisboa representa cerca de 100 mil fiéis "centrados à volta de três grandes mesquitas" e definindo as relações com o Patriarcado como "habitualmente boas e muito simpáticas".

No entanto, e noutro registo, alertou para a necessidade de existir "respeito e conhecimento" sobre a religião muçulmana enquanto "primeira atitude fundamental" para o diálogo.

"Nós somos muito ignorantes, queremos dialogar com muçulmanos e não gastámos uma hora da nossa vida a perceber o que é que eles são. Quem é que em Portugal já leu o Alcorão?", inquiriu.

"Se queremos dialogar com muçulmanos temos de saber o bê-a-bá da sua compreensão da vida, da sua fé. Portanto, a primeira coisa é conhecer melhor, respeitar", acrescentou D. José Policarpo.

Outra atitude a praticar na relação com os muçulmanos, sublinhou o Cardeal Patriarca é "não ser ingénuo", afirmação que ilustrou com a visão que alegadamente possuem de que o sítio onde se reúnem para rezar "fica sempre deles".

"Os muçulmanos têm uma visão na sua religião que o sítio onde se reúnem para rezar fica na posse deles, é o sítio onde Alá se encontrou com eles portanto mais ninguém pode rezar naquele sítio", disse D. José Policarpo.

Lembrou, a propósito, um "problema sério" ocorrido na Catedral de Colónia, na Alemanha, cedida pelo Cardeal da cidade à comunidade muçulmana local para uma cerimónia no Ramadão.

"Depois consideravam a Catedral posse deles, foi preciso a intervenção da polícia para resolver aquilo (...) Não sejamos ingénuos na maneira de trabalhar com eles", argumentou.

Re: Casar com muçulmanos pode ser um «monte de sarilhos»
Escrito por: demis (IP registado)
Data: 14 de January de 2009 13:33

se eu não admirava o Sr Cardeal Patriarca então passei a admira-lo a partir do momento em que ouvi essas sábias declarações.
afinal ele afirmou aquilo que eu sempre disse!
sou contra o casamento entre portugueses e muçulmanos e africanos pois isso é contra-natura.Estou farto de dizer isso e sou bastante criticado...talvez por serem pessoas de curta inteligencia,não sei.
j´agora: sabem de algum membro de uma Casa Real europeia que case com um muçulmano ou africano?
não.Sabem porquê? porque isso é impossivel.

Re: Casar com muçulmanos pode ser um «monte de sarilhos»
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 14 de January de 2009 15:22

Demis

Acho que estás a misturar alhos com bugalhos.

O que o Sr. Cardeal Patriarca fez foi chamar a atenção para os problemas com dois sistemas de casamento e tratamento das mulheres muito diferentes.

Não tem nada a ver com nacionalidades, raças ou classes sociais.

pontosvista

Re: Casar com muçulmanos pode ser um «monte de sarilhos»
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 14 de January de 2009 16:46

Demis,

O alerta não tem a ver com questões raciais mas sim culturais e religiosas. Ainda existem muitos lugares do mundo onde a religião islâmica é um totalitarismo religioso.

Quero com isso significar regiões onde nada existe para além da sua própria interpretação do Corão e onde toda a vida, seja social, seja religiosa, seja política, seja a qualquer outro nível, está submetida a essa mesma interpretação do Corão.

Um bom livro sobre o tema é "Os novos pensadores do Islão".

Nesses regiões são produzidas maneiras de pensar a sociedade no seu todo que estão em total contradição com o Catolicismo (e que algumas delas, já agora, também estão em total contradição com o próprio Corão - é muito disso que também trata o livro que referi), donde a parcela mais importante tem a ver com aquilo que nós designamos por direitos humanos.

Nomeadamente, as mulheres não têm grandes direitos e são sobretudo "contabilizadas" como um bem do homem. Repito que esta interpretação do Corão é errada, mas bastante difundida. Ao ponto de haver mulheres islâmicas que se recusam a ir de viagem a certos países muçulmanos.

O que significa que existe um risco, real e muito complexo, de ocorrer um "monte de sarilhos" em casamentos entre cristãos e muçulmanos como muito bem referiu o Patriarca.

Mas aqui não se fala de raças, pois o problema que pode existir com o casamento com um árabe muçulmano, não se coloca no casamento com um egipcio copta, só para dar um exemplo.

João (JMA)

Re: Casar com muçulmanos pode ser um «monte de sarilhos»
Escrito por: demis (IP registado)
Data: 14 de January de 2009 17:22

mas eu quando afirmo que sou contra essas uniões,refiro-me á diferença de cultura!
um africano não tem a mesma cultura que nós!
um chinês também não!

Re: Casar com muçulmanos pode ser um «monte de sarilhos»
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 14 de January de 2009 17:46

Demis,

Percebi mal as tuas palavras, desculpa.

Mas faça-se notar que a advertência não tem a ver com a mera existência de uma diferença cultural, mas com uma diferença de tal modo profunda que possa constituir um sério risco para o casamento entre aquelas pessoas.

João (JMA)

Re: Casar com muçulmanos pode ser um «monte de sarilhos»
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 14 de January de 2009 17:58

Os casamentos não dão mesmo os portugueses com portugueses ai. Aqui os jovens já fazem uma salada russa. Casam com árabes, africanos, filipinos e outras raças. Os jovens lá querem eles saber da religião? Ate jovens criados na igreja pelos pais a participarem na liturgia, um medico português jovem casou com uma indiana da Índia Outra jovem portuguesa enfermeira também da nossa igreja casou com outro da Índia...esses ate adoram a vaca.
Sabem o que os jovens fazem? Mudam para outra cidade e casam por lá, os pais nem assistem ao casamento...o mundo anda todo variado:-)

Re: Casar com muçulmanos pode ser um «monte de sarilhos»
Escrito por: demis (IP registado)
Data: 14 de January de 2009 18:14

sabem de algum principe ou princesa que tenha casado com uma pessoa de etnia/cultura diferente?

Re: Casar com muçulmanos pode ser um «monte de sarilhos»
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 14 de January de 2009 18:25

O príncipe Joaquim da Dinamarca que casou com uma chinesa de Hong-Kong.

Re: Casar com muçulmanos pode ser um «monte de sarilhos»
Escrito por: jxb99 (IP registado)
Data: 14 de January de 2009 18:43

O Cardeal Patriarca já anda neste mundo há muito tempo e deveria saber que as palavras dele vão ser usadas pelos "fazedores de opinião anti-católicos primários" para atacar a Igreja Católica, ainda por cima, numa tertúlia organizada pela senhora que organiza a "peixeirada-mor da TV portuguesa".


Depois deste reparo importante, podemos falar sobre as declarações.
É preciso separar as duas vertentes da questão:

1) Intolerância ou não das práticas Muçulmanas na questão do casamento.
2) A ignorância geral da população portuguesa sobre o mundo Muçulmano.

Quanto à questão do casamento, é sabido que em alguns países árabes ou no mundo dos talibans por exemplo, a mulher tem que se sujeitar ao homem, tem restrições à liberdade pessoal e a lei não as protege e as castiga. Há alguns relatos, em livros e filmes.
No que diz respeito à ignorância, ela infelizmente é valida para a maioria das coisas que se passam em Portugal, incluindo a nossa religião Católica. É um dos campos, onde a Igreja pode actuar mais. Os nossos jovens são muito mal ensinados na Catequese.

Re: Casar com muçulmanos pode ser um «monte de sarilhos»
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 14 de January de 2009 18:55

Os jovens são muito mal ensinados na catequese ou os pais não os ensinam em casa! Vemos garotas a ensinar catequese só para terem um óptimo Curriculum para serem professoras ou adquirirem certos empregos, como acontece aqui no Canadá. Como não há melhor sujeitam-se a tudo. Mas porque tem um curso de professora ou anda na faculdade para Prof.. E boa...

Re: Casar com muçulmanos pode ser um «monte de sarilhos»
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 14 de January de 2009 20:36

O que o Patriarca disse foi bem dito...ja enviei aos padres todos da minha lista. Por vezes os jovens, nao ouvem os pais, podera ser que oicam os outros!

Re: Casar com muçulmanos pode ser um «monte de sarilhos»
Escrito por: demis (IP registado)
Data: 14 de January de 2009 21:08

ainda há pouco vi uma reportagem na Sic em que uma mulher portuguesa casou com um marroquino.
sinceramente até tive vómitos.uma mulher tão gira com um tipo daqueles e ainda por cima muçulmano...
isto tá tudo parvo.

Re: Casar com muçulmanos pode ser um «monte de sarilhos»
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 14 de January de 2009 21:45

[g1.globo.com]
Este caso teve muita repercussao no Brasil.

“Ele não deixava eu sair para lugar nenhum, não podia ver minha irmã, que está aqui. Eu fiquei apavorada, não podia fazer nada. Ele sempre me ameaça com faca. Levanta a faca para cima de mim tentando me matar, mas eu colocava meu filho na frente, meu filho começava a chorar”, relatou Narinam, durante a entrevista.

Nariman contou também que Ahmed rasgou os passaportes dela e do filho. Ela conseguiu tirar novos documentos e tentou embarcar para o Brasil, mas foi impedida por ordem do marido. O “Fantástico”, então, procurou o cônsul brasileiro em Beirute.

“Mulher libanesa não tem o menor direito”, disse o cônsul brasileiro no Líbano, Michael Francis



Editado 1 vezes. Última edição em 14/01/2009 21:46 por Chris Luz BR.

Re: Casar com muçulmanos pode ser um «monte de sarilhos»
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 15 de January de 2009 00:34

Demis

O tom da tua última mensagem não me parece nada feliz.

As pessoas não se avaliam pela nacionalidade, pelo aspecto experior ou pela religião. É normalíssimo que uma mulher portuguesa case com quem muito bem entender. Se é bonita, tanto melhor para ela e para o marido.

Como já li algures, o Patriarca apenas informou as raparigas cristãs que o conceito de casamento para os muçulmanos é diferente e que não devem avançar sem estarem bem informadas e conscientes do que vão fazer.

pontosvista

Re: Casar com muçulmanos pode ser um «monte de sarilhos»
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 15 de January de 2009 08:03

Lá fora devem também dizer que casar com portugueses, responsáveis por inúmeras mortes anuais no feminino, pode ser um monte de sarilhos.
Mais uma vez o perigo das generalizações.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Casar com muçulmanos pode ser um «monte de sarilhos»
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 15 de January de 2009 10:27

Nada do que o Cardeal disse é novidade: basta ler os jornais, ver os noticiários, basta ir a uma livraria e ver a variedade de livros existentes com testemunhos de mulheres que sentiram na pele essa realidade.

Na grande maioria dos países islâmicos, as mulheres são seres com poucos direitos. Aí, uma mulher ocidental e cristã ou, educada nessa matriz, será tratada como todas as outras, o que será no mínimo, um grande choque cultural. No pior dos cenários, podem acontecer esses casos de que todos temos conhecimento e para os quais D. José Policarpo alertou.

Como sempre, os fazedores de polémica pegam numa frase fora do contexto e "Aqui d'el Rei que o Patriarca está a discriminar os muçulmanos e a ser intolerante".

Nesta polémica, resolveram também só olhar para esta frase em concreto. Passaram um pano em branco sobre todas as outras afirmações do Patriarca...

Não me parece, Lena, que o exemplo que dás seja comparável. Porque os homens que maltratam e matam mulheres na nossa cultura são criminosos e serão condenados por isso se forem apanhados e se se provar a culpa.

O tratamento dado às mulheres nas sociedades islâmicas não é crime e não é sancionado e pouco censurado (apenas por algumas almas corajosas que muitas vezes têm de pagar por essa frontalidade e "dissidência"). E é esse choque cultural e religioso que está em causa. Não os criminosos que existem em ambas as culturas.

Cassima



Editado 1 vezes. Última edição em 15/01/2009 10:50 por Cassima.

Re: Casar com muçulmanos pode ser um «monte de sarilhos»
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 15 de January de 2009 11:54

A mensagem de D. Policarpo só faz sentido junto das mulheres que estão em condições de escolher, o que não é o caso do exemplo que a Chris aqui mostrou.
Quem escolhe deve fazê-lo de forma consciente e madura. Novamente só nesses casos a mensagem de Cardeal fará sentido; quem se move por paixões sem qualquer reflexão vai fazer o mesmo de antes.

Assim não me venham falar que antes não tinham notado o evidente choque cultural.
Ele existe é um facto e aquilo que nos é estranho tenderá sempre a ser avaliado como errado.
O modo como as mulheres são tratadas em alguns países islâmicos é legal lá, e se é legal é legitimo. Pode não nos agradar, tal como não nos agrada a pena de morte em países ocidentais desenvolvidos e democráticos, mas à luz da Lei desses países eles têm o direito.

Também a nossa condescendência social pela violência doméstica que vitimiza mulheres pode ser apontada como um traço cultural português( e é de facto).
Legal ou ilegal para quem é espancado pouco resolve no momento da pancada. É um risco para quem casa com portugueses e vem para Portugal.

Podem dizer que mesmo assim é uma minoria da população, ou que a muitos homens nem sonham em levantar a mão às suas esposas/namoradas. Pois é... também no islão há maridos que respeitam as mulheres. Mas quem está de fora só vê esteriótipos.


Outro aspecto a meu ver pouco conseguido foi este:
Citação:
"Mas é muito difícil porque eles não admitem sequer encarar a crítica de que pensam que a verdade deles é única e é toda", sustentou.
E o Vaticano não faz o mesmo?!?!

D. Policarpo não é ingénuo, sabe o que pode acontecer com palavras ditas mesmo em momentos menos formais. O tom do discurso aqui mostrado é pouco elegante.

Citação:
Não sejamos ingénuos na maneira de trabalhar com eles", argumentou.

Se "eles" não gostarem e reagirem formalmente não se admirem.

O que se ganhou com isto?
Nada.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Casar com muçulmanos pode ser um «monte de sarilhos»
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 15 de January de 2009 13:59

Lamento, Lena, mas não concordo. O facto de ser legal, não o torna legítimo, nem moral, nem ético, muito menos humano e justo. Se assim fosse, não se teria abolido a escravatura, nem se lutaria por aboli-la nos países onde ainda existe. Não se teriam mudado as leis que discriminavam as mulheres, nem se teria lutado pela democracia. Porque tudo isso era legal, nos regimes jurídicos das respectivas épocas.

Quer as mulheres que agem sob o domínio da paixão e não analisam bem a realidade quer aquelas que não tiveram muita hipótese de escolha por condicionalismos relacionados pela cultura de origem, mesmo criadas no ocidente, não merecem o castigo de ter de sofrer a situação até à morte. Por isso o aviso será bem aplicado, qualquer que seja a mulher, pode ser que a leve a estudar bem o mundo onde vai entrar.

Depois há aquelas situações em que o meio transforma a pessoa. São os casos descritos em muita dessa literatura (e onde até o caso da Chris pode ser integrado), em que o homem no Ocidente tem um determinado comportamento e depois, na terra de origem, por influência do meio, da família, dos amigos, "sofre" uma transformação brusca na forma de tratar a esposa.

A condescendência social perante a violência doméstica ("entre marido e mulher, ninguém mete a colher") já não é o que era. Houve mudanças. As pessoas já não pensam tanto como o provérbio diz. E a própria lei tratou de mudar essa realidade ao transformar o crime de privado em público. As instituições têm vindo a melhorar o tratamento dado às vítimas no momento da queixa (a própria PSP tem um serviço dedicado, se não me engano).

Por isso não acho que casar com portugueses e vir para Portugal seja um risco relativamente à violência doméstica. Mesmo que o meio não ajude muito (e vai ajudando!) a Lei ajuda. E há várias instituições que ajudam.

O Vaticano faz o mesmo relativamente à questão de quem tem a verdade? Não sei verdadeiramente. Mas a grande diferença que eu vejo é que se um muçulmano quiser ir a Roma ou a Jerusalém ver os lugares sagrados do Cristianismo ninguém o impede. Porém um cristão não pode ir aos lugares sagrados do Islão. Creio mesmo que pode ser condenado à morte se for apanhado em Meca.

Não creio que a forma de falar do Patriarca de Lisboa tenha a ver com elegância ou falta dela. Tem mais a ver com o decorrer normal de uma conversa. A oralidade é diferente da escrita. Está num contexto, num tempo. A escrita pode ser pensada e refeita. E eles têm todo os direito de não gostarem. Assim como eu não gosto de coisas que são ditas e feitas por eles.

Mas pelo que eu li e vi, a Comunidade Islâmica Portuguesa e outros tiveram uma leitura muito mais correcta e menos polemicista.

O que se ganhou, além vendas de jornais e audiências de canais de televisão, talvez seja uma oportunidade para nos conhecermos melhor, como também dizia D. José Policarpo.

Cassima



Editado 4 vezes. Última edição em 15/01/2009 14:03 por Cassima.

Re: Casar com muçulmanos pode ser um «monte de sarilhos»
Escrito por: Jorge Gomes (IP registado)
Data: 15 de January de 2009 15:48

Hehe ganda baile, já fostes. Cassima, prazer em lê-la!!!

Ir para a página: 123Próximo
Página actual: 1 de 3


Desculpe, apenas utilizadores registados podem escrever mensagens neste fórum.
Por favor, introduza a sua identificação no Fórum aqui.
Se ainda não se registou, visite a página de Registo.

Nota: As participações do Fórum de Discussão são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, pelo que o Paroquias.org não se responsabiliza pelo seu conteúdo, nem por este estar ou não de acordo com a Doutrina e Tradição da Igreja Católica.