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Re: Educar «para» a homossexualidade
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 25 de October de 2008 10:50

Ainda gostava de saber como preferem ver abordadas temáticas que se situam num contexto histórico-cultural dominado por normas vindas de Roma, sem falar nesse poder... fazer uma análise sem contexto?!? Não admira que a LuLu ainda tenha adeptos...

Voltando ao tema,

é mentira que há uma parte da Igreja que considera a classificação da homossexualidade como pecado um erro?

É mentira que alguns teólogos católicos discutem a validade de algumas das traduções e interpretações oficiais dos textos bíblicos?

É mentira que nessa discussão a visão da homossexualidade é um dos temas?

....

Gregory Baum, conhecem?
Ele escreveu um artigo que pode ser lido aqui.

Tomo a liberdade de transcrever alguns pedaços, colocando a negrito afirmações que considero relevantes para o tema (todo o artigo é):

Citação:
"Há alguns decênios, a reflexão teológica sobre o amor homossexual se desenvolveu bastante. Dois fatores históricos provocaram este inesperado desenvolvimento.
Em primeiro lugar, as ciências psicológicas e antropológicas descobriram que a orientação homossexual não é nem uma doença, nem uma perversão da natureza, mas uma variante absolutamente natural que diz respeito a uma minoria de homens e mulheres.
(...)
Estas declarações científicas assinalaram uma virada cultural bastante notável. As grandes tradições religiosas haviam sempre condenado o amor homossexual como uma perversão da natureza. Os pensadores religiosos estavam convencidos que a orientação heterossexual fosse universal e que os atos homossexuais fossem comportamentos anormais, que transgrediam uma lei essencial da natureza humana. É por esta razão que alguns textos bíblicos denunciam o amor homossexual. No século 19 as sociedades modernas também decidiram criminalizar o comportamento homossexual.

Somente em fins do século 19 muitos pesquisadores reconheceram que a homossexualidade é uma orientação não escolhida e estável de algumas pessoas. Reagindo a esta descoberta, os moralistas, não podendo mais reconhecer nos homossexuais pecadores que podiam converter-se, começaram a considerá-los inferiores, enfermos, caracterizados por desordens e privados de equilíbrio psíquico.

A Igreja católica ainda permaneceu ligada a este ponto em seu ensinamento oficial. Segundo uma Declaração da Congregação para a doutrina da fé, “a condição homossexual é destituída de sua finalidade essencial e indispensável e é, portanto, intrinsecamente desordenada”. Uma declaração romana mais recente nos diz que os homossexuais não devem ser ordenados padres porque não são capazes de ter relações sadias com os homens e as mulheres da sua paróquia. Estes juízos oficiais, no entanto, indiferentes aos resultados da pesquisa científica, já não têm mais nenhuma credibilidade.

Dignity, uma associação de católicos gays e lésbicas, fundada em Los Angeles em 1973, apresentou a própria confissão de fé: “Cremos que os católicos gays são membros do corpo místico de Jesus e fazem parte do povo de Deus. Temos uma dignidade intrínseca, porque Deus nos criou, porque Cristo morreu por nós e porque o Espírito Santo nos santificou com o Batismo, fazendo de nós canais pelos quais o amor de Deus se expande no mundo... Nós cremos que os gays podem expressar sua sexualidade por um modo conforme ao ensinamento de Jesus”.

Desde então, nasceram associações de gays e lésbicas em diversos países. (...)Segundo eles, ter fé quer dizer aceitar a própria orientação sexual como um dom de Deus.
(...)
Muitos teólogos reconhecem hoje que a reflexão moral sobre o amor homossexual não é autêntica se não são lidos os escritos dos cristãos gays e se não é tomada a sério o testemunho de sua fé. Todavia, estes teólogos se dão conta que a posição defendida pelos católicos gays contradiz o ensinamento oficial da Igreja católica. Os teólogos sabem, ao mesmo tempo, que a Igreja, condicionada por novas experiências religiosas, por descobertas científicas e por uma releitura dos textos bíblicos, mudou, com freqüência, seu ensinamento. Nós não cremos mais no “fora da Igreja nenhuma salvação”, doutrina enunciada pelos concílios do passado, não aceitamos mais a existência do limbo, pregada por séculos, apoiamos a liberdade religiosa e os direitos humanos, embora estas idéias tenham sido severamente condenadas pelos papas do século 19; estamos conscientes que a Igreja mudou seu ensinamento sobre a tortura e a pena de morte, e assim por diante. É, pois, absolutamente razoável pensar que num destes dias a Igreja também mude sua ética sexual."

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Educar «para» a homossexualidade
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 07 de December de 2008 14:00

Mais um momento fantástico do Vaticano...

[www.google.com]

comentar para quê? :(

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Educar «para» a homossexualidade
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 07 de December de 2008 16:26

A igreja fica atras do mundo...tudo avanca e a igreja fica. Ficamos sem saber qual o lado melhor ou quem esta errado!!! Como jovens viverem juntos, o sexo antes do casamento. Quem esta certo o Mundo ou a Igreja.???
Se todos fizemos o que a igreja recomenda, o Mundo seria melhor, presumo. Conheco aqui jovens filhos de pais catolicos, licenciados e vao para outras cidades para viverem uma vida moderna onde os pais nao os vejam...para estarem a vontade. Os pais nao sabem nada sao ignorantes por nao concordarem com o que os filhos querem... O mundo anda desta maneira. "What is next?"

Re: Educar «para» a homossexualidade
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 08 de December de 2008 01:48

Ana

Imagine que havia leis que consideravam que era crime ter sexo fora do casamento. Imagine que dois jovens apaixonados que tivessem sexo fossem levados a tribunal e condenados a pesadas penas de prisão ou à morte por terem sexo antes do casamento.

É a criminalização do que as pessoas fazem entre si, de forma consensual, que o Vaticano defende.

Acho que estas posições do Vaticano são um gravíssimo atentado ao Evangelho de Cristo.

pontosvista

Re: Educar «para» a homossexualidade
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 08 de December de 2008 02:33

Mas se o sexo fora do casamento e pecado por que as pessoas o fazem? Por que nao levam uma vida digna? E sao catolicos...Ha dias uma jovem Italina disse, o mundo mudou.
-Eu respondi-lhe, mas a igreja ainda nao mudou...e e catequista!:-)

Um dia fazia uma viagem entre o Fundao e Castelo Branco com um casal jovem casado de meses. Eu disse-lhes; hoje os jovens quase todos fazem sexo antes do casamento. Ela muito orgulhosa respondeu; Eu nao!!!;-)

Re: Educar «para» a homossexualidade
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 08 de December de 2008 10:00

Ana

tu nem deves medir o alcance das tuas declarações.

Concordas com a lapidação de mulheres adulteras?
Concordas com a execução de homossexuais?

O que é mais chocante para ti: um casal que faz sexo antes de casar ou alguém que é morto por amar de modo considerado errado?

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Educar «para» a homossexualidade
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 09 de December de 2008 13:51

Quando ouvi pela primeira vez esta notícia, tive duas reacções:

1) Pareceu-me mal o Vaticano ter rejeitado uma declaração que descriminalize os homossexuais.

2) Achei estranha a notícia. Assim e tão só, pareceu-me que faltava algo.

Fui à procura de notícias sobre isso. Encontrei muitas com os títulos bombásticos de "Vaticano é contra a descriminalização da homossexualidade" e outros afins, mas com pouca informação. Porém, lá achei algumas mais informativas. Uma delas, aqui e outra aqui.

As coisas não são bem assim como estão a ser ditas, nem se pode concluir como o pontosvista fez de que "É a criminalização do que as pessoas fazem entre si, de forma consensual, que o Vaticano defende."

Pelo contrário, ""A Santa Sé está contra as injustas discriminações a homossexuais, declarou o porta-voz Vaticano." e "O director da Sala de Imprensa da Santa Sé declarou que “ninguém quer defender a pena de morte para os homossexuais, como alguns querem dar a entender”.

O que está em causa não é a descriminalização, mas a forma como o texto é redigido e as implicações, para além daquela, que pode ter. Parece-me um pouco como a lei do aborto que foi referendada. A forma como estava redigida, conduziu a âmbitos que não apenas a descriminalização.

Segundo uma das notícias há 150 estados-membros da ONU que não subscrevem a declaração, e não acredito que todos eles integrem o grupo daqueles que condenam os homossexuais à cadeia ou à morte.

Não conheço o texto da declaração francesa, mas se calhar pode-se atingir o mesmo objectivo - descriminalização da homossexualidade - sem abrir caminho para outros conceitos que não estão nesse âmbito.

Cassima

Re: Educar «para» a homossexualidade
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 09 de December de 2008 16:06

Li os links da Cassima mas continuo com muitas dúvidas sobre o que o Vaticano quer ou não.

Dizer que o Vaticano não quer criminalizar os homossexuais é irrelevante, já que ser homossexual nem sequer é pecado. Obviamente o Vaticano não iria pedir a sua criminalização. Outra coisa bem diferente é a criminalização de adultos envolvidos em actos homossexuais consensuais. Isto para o Vaticano é pecado e não é óbvio, das declarações nos links, que o Vaticano ache que estes actos não devem ser criminalizados. Outra coisa ainda é o Vaticano dizer que não quer a pena de morte nem legislações penais violentas. Hoje o Vaticano já não considera aceitável a pena de morte (como até há muito pouco tempo). Mas considera aceitáveis penas de prisão ou multas para penalizar actos homossexuais?

Por mim as coisas ficariam claras se no texto apresentado pelos franceses o Vaticano apontasse as partes que levariam à pressão sobre os estado para aceitarem o casamento homossexual. Como não o fazem e como não deixam claro que os actos homossexuais devem ser descriminalizados em todo o mundo, receio bem que o que parece seja mesmo. Mas fico a aguardar mais informações.

Mas mantenho um aspecto: criminalizar actos homossexuais consensuais entre adultos parece-me um atentado ao Evangelho.

pontosvista

Re: Educar «para» a homossexualidade
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 09 de December de 2008 16:40

Citação:
pontosvista
Outra coisa bem diferente é a criminalização de adultos envolvidos em actos homossexuais consensuais. Isto para o Vaticano é pecado e não é óbvio, das declarações nos links, que o Vaticano ache que estes actos não devem ser criminalizados. Outra coisa ainda é o Vaticano dizer que não quer a pena de morte nem legislações penais violentas.

Citação:
Pe. Lombardi, director da Sala de Imprensa da Santa Sé
Os conhecidos princípios do respeito dos direitos fundamentais da pessoa e da rejeição de toda injusta discriminação – reconhecidos claramente pelo próprio Catecismo da Igreja Católica – excluem evidentemente não só a pena de morte, mas todas as legislações penais violentas ou discriminatórias em relação aos homossexuais

Pontosvista

Eu tenho uma leitura diferente da afirmação do Pe. Lombardi. Para mim, das palavras dele, é obvio que o Vaticano não concorda com a criminalização de adultos envolvidos em actos homossexuais consensuais, mesmo sendo pecado.

Mas também acho que a informação é pouca e concordo perfeitamente com a última frase da tua mensagem.

Cassima

Re: Educar «para» a homossexualidade
Escrito por: (IP registado)
Data: 11 de December de 2008 12:27

Parece-me que como sempre há algum diálogo de surdos. A Igreja não quer que avancem os casamentos gay, por isso é contra a resolução. Mas também não faz nada pelas pessoas que são executadas e perseguidas e criminalizadas simplesmente por serem homossexuais ou por terem relações com pessoas do mesmo sexo. Por parte da Igreja há apenas umas declarações dúbias. Quer isto dizer que a Igreja é a favor que se criminalizem as relações homossexuais? Não, apenas que se cala sobre o assunto. O problema é que quem cala consente. Pode até nem ser a favor, mas não está para se incomodar com isso.

O que me choca mais nisto tudo é a Igreja dizer que defende princípios mas depois entrar no mesmo joguinho de todos os outros. O de fazer declarações dúbias e depois atirar areia para os olhos que não que não disse, que o que os outros na realidade queriam apesar de não o dizerem era isto e aquilo.

Re: Educar «para» a homossexualidade
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 11 de December de 2008 14:09

Olá Zé

Não ando muito informada sobre a questão da Igreja Católica e os homossexuais, a não ser estas notícias que saltam para a rua. De certeza que saberás muito melhor do que eu o que é feito.

Mas que países executam homossexuais hoje em dia? No site da OpusGay são identificados os seguintes: Irão, Mauritânia, Arábia Saudita, Sudão, Emirados Árabes Unidos, Iémen e Nigéria (na Nigéria a pena de morte aplica-se em 12 províncias do Norte daquele País).

Achas que o Papa terá alguma influência sobre eles? Já terá muita sorte se conseguir que não persigam os cristãos em geral...

Cassima

Re: Educar «para» a homossexualidade
Escrito por: (IP registado)
Data: 11 de December de 2008 17:37

Olá Cassima,

não existe apenas a pena de morte, também há a prisão perpétua, ou apenas prisão ou outros castigos. Não sei se este mapa é o mais recente, mas mostra a situação legal da homossexualidade: [img263.imageshack.us]

Nalguns destes países o Papa terá alguma influência, noutros nem tanto. Nem o papel do Papa será fazer política.

A questão, para mim, é que houve uma proposta política na forma de uma declaração rejeitando a criminalização de adultos envolvidos em actos homossexuais consensuais. O Vaticano diz que é contra, porque isso pode levar ao encorajamento dessas relações. Ou seja, o Vaticano faz política sendo contra uma tal declaração. Mas é inimaginável o Vaticano apresentar uma declaração política contra a pena de cadeia para homossexuais. Nunca o fez (a menos que eu esteja redondamente enganado) e não o fará no futuro próximo. E, na política, não interessa apenas o que se diz e faz, mas também o que não se diz nem se faz.

Para mim, o grande problema é as questões serem cinicamente a preto e branco. Quando o Vaticano dá o sinal de ser contra esta declaração, na prática está a apoiar a repressão a homossexuais, mesmo nunca ter dito que o pretendia fazer. Pode não ser por culpa própria, mas a passividade política também tem leitura. A verdade é que ao Vaticano não interessa defender os homossexuais: da pena de morte, da prisão, seja do que for. Nesse aspecto, a Igreja trabalha no mesmo quadro estupidamente a preto e branco que as outras pessoas. Se se falar de homossexualidade, é contra. Apenas quando alguém da outra cor política grita homofobia, alguém dirá (no que soa quase uma nota de rodapé): "ah, mas não dissemos nunca que somos a favor que matem os gays, achamos que eles não devem ser discriminados".

Que pediria eu então ao Papa (aliás, ao Vaticano)? Que fosse pedagógico, que declarasse ser contra a pena de morte e também contra a pena de cadeia para as pessoas homossexuais. Depois, naturalmente, que expusesse a sua oposição a relacionamentos gay.

Re: Educar «para» a homossexualidade
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 12 de December de 2008 15:04

Olá Zé

Analisando o mapa que indicaste, sabes o que salta à vista? Que a situação dos homossexuais nos países cristãos está muito bem. E seria nesses onde o Papa poderá influenciar algo. Na maioria dos países em que a situação dos homossexuais é má, é-o também para outras camadas discriminadas da população. O que me aconteceria nesses países se eu resolvesse meter-me na cama com um homem que não seja meu marido?

Creio que mesmo nos países desse grupo onde o Papa possa ter alguma influência, uma declaração nesse sentido em nada resultaria. Olha as várias declarações que têm sido feitas a condenar a violência contra os cristãos na Índia, e o pouco que as autoridades indianas lhes ligam...

Mas compreendo a tua frustração. E nada a opor ao pedido que exprimes no teu último parágrafo.

Abraços

Cassima

Re: Educar «para» a homossexualidade
Escrito por: (IP registado)
Data: 12 de December de 2008 17:17

Concordo com a análise que fazes, Cassima. :)
Apenas é como dizes, fico um pouco frustrado. ;)

Re: Educar «para» a homossexualidade
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 12 de December de 2008 18:42

No nosso pais não há pena de morte para nenhum crime, nem por isso cada um de nós fica "dispensado" de tomar uma posição.

Injustiça é sempre injustiça. Deve ser condenada e devemos apoiar medidas que reduzam os crimes contra a humanidade. Dizer que está mal mas não subscreve com medo do que pode ser feito com isso é, no meu entender, tudo menos prudência.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Educar «para» a homossexualidade
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 12 de December de 2008 21:18



Deixa passar a crise da economia mundial, depois logo virão dias melhores, verás:-)
A crise é mundial está a chegar a esta cidade também. Vão fechar empresas e diminuir os salários...uff. E pela Holanda?

Re: Educar «para» a homossexualidade
Escrito por: (IP registado)
Data: 12 de December de 2008 22:19

Na Holanda o estado já teve de despejar camiões de dinheiro para salvar algumas das maiores empresas... :)

Re: Educar «para» a homossexualidade
Escrito por: Jorge Gomes (IP registado)
Data: 23 de December de 2008 04:51

Eu andava um bocado triste com o Bento porque ele há muito que não vinha com uma das dele, mas ele ta ai pra durar graças a Deus, o papa vem propor educação ambiental.

Papa compara defesa da heterossexualidade à protecção das florestas tropicais

O Papa Bento XVI indicou hoje que salvar a humanidade de comportamentos homossexuais ou transexuais é tão importante como salvar as florestas tropicais da destruição. “[A Igreja] deverá proteger o homem de se destruir a ele mesmo. É preciso uma espécie de ecologia do Homem”, disse o Sumo Pontífice num discurso perante a Cúria Romana, a administração central do Vaticano.

“As florestas tropicais merecem a nossa protecção. Mas o homem, enquanto criatura, também a merece”.

Para a Igreja Católica, a homossexualidade em si não é pecado, mas os actos homossexuais são-no. O Vaticano opõe-se aos casamentos gay e, em Outubro, um alto responsável da Igreja indicou que a homossexualidade é “um desvio, uma irregularidade, uma ferida”.

O Papa disse ainda que a humanidade precisa de “escutar a linguagem da Criação” para entender os papéis do homem e da mulher e comparou as relações diferentes das heterossexuais como “a destruição do trabalho de Deus”.

“Aqui trata-se da fé no Criador e da escuta da linguagem da Criação, cujo desprezo significaria uma autodestruição do homem e, portanto, da própria obra de Deus”, alertou o Papa.

O Papa chamou ainda a atenção para a “nossa responsabilidade para com a Terra”, frisando que a mesma “não é uma propriedade nossa que podemos explorar segundo os nosso interesses e desejos”, indica a agência Ecclesia.

Papa demarca-se do estatuto de “estrela rock”

No mesmo discurso, um dos mais importantes do ano religioso, o Papa aproveitou ainda para se demarcar da imagem de “estrela rock” que se colou à pele do seu antecessor, João Paulo II, durante as Jornadas Mundiais da Juventude.

O Papa evocou “as análises em voga” que “tendem a considerar essas jornadas como uma variante da cultura jovem moderna, como uma espécie de festival rock modificado, num sentido eclesiástico, com o Papa como estrela”.

As aparições do Papa João Paulo II, que morreu em 2005, nessas Jornadas suscitavam um entusiasmo próximo da histeria. O Papa polaco, que cultivava os contactos directos com as multidões, nunca combateu o fenómeno de adulação que causava alguma indisposição no seio da Igreja Católica.

Bento XVI admitiu, porém, que há vozes católicas que vêm nestas iniciativas um “grande espectáculo, belo, mas de pouco significado para a questão sobre a fé e a presença do Evangelho no nosso tempo”.

“Seriam momentos de um êxtase festivo, que no fim de contas, contudo, deixariam tudo como dantes, sem influênciar de forma profunda a vida”, indicou.

Re: Educar «para» a homossexualidade
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 23 de December de 2008 15:02

Eu não acho mal o Papa comparar os heterossexuais com as florestas. Até acho óptimo. Livrar as florestas do fogo, por exemplo....e livrar os jovens do sexo livre! Por que não?

Re: Educar «para» a homossexualidade
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 23 de December de 2008 23:01

Mais uma tirada profundamente infeliz de Bento XVI. A visão vaticana sobre a sexualidade já estava bastante poluída mas é sempre possível fazer ainda pior. Tal como as florestas tropicais, o espírito evangélico no Vaticano está em risco de extinção. É preciso evitar que o Vaticano continue a desbaratar a credibilidade da Igreja Católica.

pontosvista

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