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Re: Violência sobre as mulheres - Exemplos do Islão e Judaísmo Ultra-Ortodoxo
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 25 de February de 2009 20:28

Vejam que a violencia e o medo é tanto que a vítima se assumiu culpada...e caso encerrado.

Minha filha foi por duas vezes xingada nesta mesma linha de trem , mas em Munique , porque estava falando portugues com sua amiga alemã que queria treinar nossa lingua.
Sua amiga alemã também foi insultada pois falava portugues.Ambas são muito brancas, com cabelos e olhos claros. O problema era a lingua que estavam falando.
Gritavam muito alto,em alemão é claro , que elas fediam e que lhe davam nojo.
Mulheres , não falem portugues nos países que se acham arianos. Correm muito risco!

Re: Violência sobre as mulheres - Exemplos do Islão e Judaísmo Ultra-Ortodoxo
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 02 de March de 2009 11:58

Uma boa notícia, ainda com ques e senões, mas definitivamente um passo em frente na situação da mulheres, principalmente porque acontece num país como a Arábia Saudita.

O texto é um bocado longo.

Cassima





Do Público...

Ministra-adjunta da Educação dá a sua primeira entrevista a um jornal ocidental

Norah Al Fayez: a mulher que entrou na história da Arábia Saudita
28.02.2009 - 01h19 Margarida Santos Lopes

Uma semana antes de 14 de Fevereiro, Dia de São Valentim, os pregadores nas mesquitas da Arábia Saudita relembram aos fiéis que é “pecado” celebrar este mártir cristão, decapitado em 270 por realizar casamentos proibidos pelo imperador romano Cláudio II. A polícia religiosa ou Comissão (Hai’a) para a Promoção da Virtude e Prevenção do Vício, não descansa enquanto não confiscar tudo o que de vermelho aparecer nas lojas, sejam rosas ou ursos de peluche. Comerciantes e clientes são multados, detidos e/ou chicoteados.

Este ano, porém, os temíveis "mutaww’in" tiveram uma inesperada prenda no Dia dos Namorados: o seu chefe foi demitido e uma mulher escolhida – pela primeira vez – para entrar no governo, assumindo uma pasta que pertencia ao “mais conservador e barbudo” zelota do reino.

Abdullah Bin Abdul Aziz, o octogenário monarca absoluto, surpreendeu os súbditos ao nomear Norah Al Fayez ministra-adjunta da Educação. Socióloga de 54 anos, formada nos Estados Unidos, ela será apenas responsável pelo “ensino de raparigas” (da pré-primária ao liceu), mas o simbolismo não esmorece. A sua tarefa era exclusiva de um departamento totalmente masculino – a maior promoção até agora era a supervisora ou reitora.

O assombro aumentou quando a foto da sorridente Norah Al Fayez foi publicada na primeira página do "Al Eqtisadiya" (versão saudita do "Financial Times"). De rosto maquilhado e descoberto, sem a "abaya" (túnica) negra que tapa o corpo da cabeça aos pés e apenas com um "hijab" (lenço) invulgarmente branco a ocultar o cabelo, ela aparece na mesma galeria do também recém-designado chefe da Hai’a, Abdul Aziz bin Humain.

Na primeira entrevista, ao diário árabe "Al Watan", Norah al-Fayez declarou-se indignada, “mas disposta a perdoar”, por terem ousado expor os seus bâton, blush, eyeliner e rímel sem autorização. “Fiquei profundamente perturbada, e nunca aceitaria que publicassem a minha foto em lado nenhum. Sou uma mulher saudita de Najd [a mais conservadora região, onde nasceu o rei e o fundador da doutrina wahabita] e uso o niqab [que apenas deixa ver os olhos]. Se tivesse instaurado um processo em tribunal, ganharia de certeza”, explicou. Disse ainda que não sabia onde o "Al Eqtisadiya" foi buscar a imagem mas, quando a contactámos (vários telefonemas, SMS, faxes e e-mails) para esta entrevista –, a primeira a um jornal ocidental – encaminhou-nos, sem qualquer restrição, para a mesma fonte: a edição digital de "Leaders of Saudi Arabia".

Oriunda de uma das mais importantes tribos pré-islâmicas, os Bani Tamin, antepassados dos Qurayash, do profeta Maomé, compreende-se que Norah Al Fayez não quisesse ofender a sua base. Essa inquietude desapareceu, aparentemente, quando as perguntas chegaram do estrangeiro e ela viu aqui a oportunidade de passar uma imagem “moderna” do berço de Osama bin Laden.

Um momento sublime
Foi no dia 12 de Fevereiro, dois dias antes do decreto real, que Norah Al Fayez recebeu um telefonema da corte a convidá-la para entrar na história de um país onde as mulheres têm sido privadas dos seus direitos básicos com base na rígida teologia wahabita. “Foi um momento sublime, a nível pessoal”, disse ao PÚBLICO, por correio electrónico. “É uma honra assumir as grandes responsabilidades que Sua Majestade me conferiu. (…) É, definitivamente, um passo no sentido de dar às mulheres papéis de relevo que elas saberão desempenhar nos círculos onde se tomam decisões.”

“A minha nomeação reflecte a visão de Sua Majestade de que a educação é uma prioridade estratégica da nossa nação, que as mulheres e os homens sauditas podem ajudar a transformar o sistema educativo, para desenvolver os recursos humanos e ir ao encontro das exigências de um mundo cada vez mais competitivo”, explicou. “De início, fiquei intrigada com a questão ‘porquê eu?’, mas agora estou mais ocupada em obter respostas para o que pode ser feito, e como fazê-lo da maneira mais correcta e positiva.”

“Acredito que qualquer problema pode ser resolvido se formos até às suas raízes, e não nos limitarmos a um conserto rápido, nem nos centrarmos nos efeitos secundários. Homens e mulheres podem obter soluções duradouras para grandes problemas – e um deles é o analfabetismo [13,7 por cento em 27 milhões de habitantes]”.

O combate ao analfabetismo não é, porém, a razão número um para mudar o sistema educativo, mas sim o controlo deste por extremistas religiosos, sobretudo os salafistas, que em 1979 (ano da revolução islâmica no Irão) tentaram derrubar a Casa de Saud com um ataque à Grande Mesquita de Meca. São os salafistas, defensores da "jihad" (guerra santa), os mentores da Al-Qaeda, a rede que atacou primeiro nos EUA, em 11 de Setembro de 2001 (15 dos 19 suicidas eram sauditas), e depois em Riad, a capital do reino, em 2003.

Se a nomeação de Norah Al Fayez é histórica, igualmente memorável é o afastamento de Ibrahim al-Gaith, o anterior chefe da polícia religiosa, cuja brutalidade e poderes começaram a ser questionados, em Março de 2002, quando um incêndio deflagrou numa escola e os bombeiros foram impedidos pelos "mutaww’in" de socorrer as 835 alunas e 35 professoras. “Não estavam vestidas de acordo com o código islâmico”, e 15 crianças morreram queimadas.

Em 2007, mais um escândalo abalou a imagem da Casa de Saud: o “crime de Qatif”, cidade no Leste, onde a mais odiada instituição do país – os seus agentes vagueiam pelas ruas ou espreitam às esquinas, munidos de varapaus – condenaram a prisão e 200 chicotadas uma adolescente vítima de violação.

Outra decisão notável do rei foi a demissão de Saleh al-Lihedan, presidente do Supremo Conselho de Justiça, o mais importante tribunal do reino –, que em Setembro de 2008 emitiu uma "fatwa" (édito) legalizando o assassínio de quem possuísse antenas parabólicas para captar “programas de conteúdo imoral”. Na era da Al Jazira (com sede no Qatar) e da Al Arabiya (estação de capitais sauditas), a condenação foi geral.

Mudar o futuro dos jovens
A leitura que Norah Al Fayez faz do decreto real de 14 de Fevereiro é a de que a Arábia Saudita “quer mudar o futuro dos seus jovens, homens e mulheres”. E acrescenta: “O mercado de trabalho está a enviar os sinais certos de que como deve funcionar em paralelo com as reformas educativas. Ao longo da minha carreira como directora-geral da secção feminina do IPA [Instituto de Administração Pública], adquiri um sólido conhecimento de quais as profissões que o mundo do trabalho precisa e não precisa. Além disso, todos sabem que a taxa de desemprego é maior entre as mulheres. Ora, se a integração das mulheres for um valor acrescentado, irá equilibrar a balança, e estabelecer uma nova dinâmica de igualdade e importância de género no mercado de trabalho.”

O desafio, adianta a técnica que desde 1984 tem estado ligada a escolas públicas e privadas, “é formar cidadãos que não sejam obrigados a pôr em prática reformas, mas que sejam verdadeiros crentes nas reformas (ou nos méritos que estas têm)”. As universidades sauditas “mantêm um compromisso intocável com os valores islâmicos, mas precisamos de melhorar a qualidade dos nossos eruditos” – implícita alusão aos que fazem uma retrógrada interpretação dos textos religiosos.

Quem encorajou a abertura das primeiras escolas para meninas na Arábia Saudita foi Iffat al-Thunayan, a terceira e favorita mulher do rei Faisal, em 1956. Enfrentou tribos e imãs para introduzir uma educação secular que não fosse apenas a das madrassas (seminários islâmicos). Em 1963, Faisal chegou a mobilizar as forças de segurança para reprimir uma revolta de beduínos que recusavam enviar as filhas às aulas. Hoje, diz Norah Al Fayez, “há 12 mil escolas só para raparigas e o número de alunas ultrapassa os 2,5 milhões”.

Segundo a UNESCO, são mulheres 70 por cento dos alunos inscritos nas universidades sauditas, 56 por cento dos licenciados e 40 por cento dos que concluem o doutoramento. No mercado de trabalho, porém, elas representam apenas 5 por cento da força activa – a mais baixa taxa em todo o mundo.

Wajeha al-Huwaidar, a mais loquaz das fundadoras da Associação para a Protecção e Defesa dos Direitos das Mulheres na Arábia Saudita, relata ao PÚBLICO, por telefone, que “as mulheres são encorajadas a estudar nas universidades sauditas para serem médicas, enfermeiras, professoras e até banqueiras, mas se quiserem ser engenheiras, geólogas, arqueólogas ou jornalistas terão de se formar no estrangeiro”. Quando regressam, “terão dificuldades em encontrar emprego, com raras excepções na indústria do petróleo”, de que o reino é o maior produtor mundial. “Todo o sistema está concebido para perpetuar a segregação. Cerca de 90 por cento dos empregos estão reservados aos homens – porque eles têm medo das capacidades das mulheres. Os homens sauditas são mimados. Sem competição, não precisam de se esforçar para realizar sonhos.”

Revogar a lei do guardião
A activista que, desde 1990, lidera a campanha para que as mulheres possam conduzir (seja automóveis ou bicicletas) no único país do mundo onde estão proibidas de o fazer saudou a nomeação de Norah Al Fayez como “uma coisa boa”, motivada pela tomada de consciência de que “a Arábia Saudita já não é vista apenas como a terra do petróleo mas também de terroristas”.

No entanto, ressalva Wajeha, “fazer parte do governo não significa que Norah venha a ter margem de manobra para grandes mudanças”. E uma das mudanças mais prementes “é revogar a lei do mahram ou guardião masculino que nos retira o controlo da nossa vida. Não temos qualquer poder de decisão, sobre estudos, trabalho, casamento, sair de casa ou viajar, nem sequer sobre tratamentos médicos, sem a aprovação de pai, irmão, marido, filho.”

“É um paradoxo que, sob o pretexto de não haver mistura entre homens e mulheres, não podermos guiar mas sermos forçadas a contratar estranhos para motoristas”, lastima-se Wajeha, 47 anos, divorciada e mãe de dois jovens (os seus tutores). “Outra aberração é só os homens terem autorização para vender lingerie [muitos risos]. A nossa luta é pela mudança das leis, incluindo a que permite o casamento de meninas de 8 ou 9 anos.”

Wajeha não desvaloriza o decreto de Abdullah – o monarca que ascendeu ao trono em 2005 e em quem deposita “grandes esperanças” desde que era príncipe herdeiro. As pessoas escolhidas para o governo, entre eles, os novos ministros da Saúde, um cirurgião especialista em separar gémeos siameses, e o da Educação, príncipe Faisal bin Abdullah, cunhado do soberano, “são moderados que têm convivido com outras culturas e trouxeram novas ideias”, sublinhou.

Uma nação, uma família
Isso não significa, porém, que Norah Al Fayez vá ter uma relação de trabalho com Faisal como se vivesse no Utah, onde concluiu um mestrado em técnicas de educação na universidade estadual, em 1982, ou em Oxford, Bruxelas e Amesterdão, onde tem participado em palestras e seminários. Se quiser falar com o príncipe ou com subordinados masculinos será – disse ela ao jornal "Al Watan", “naturalmente, através de um circuito fechado de televisão”.

A experiência de ter ido para os EUA, logo após o casamento com o engenheiro Suleiman Al Suwlai e a licenciatura em Sociologia numa universidade de Riad, “foi um marco na carreira”, realça Norah Al Fayez. “Aprendi com os livros, com os amigos e com os professores que a procura do saber é uma viagem de uma vida. Desde o primeiro trabalho na função pública, nunca mais deixei de desenvolver as minhas capacidades. Ao seguir a via do autoconhecimento, contribuo para a prosperidade do meu país”.

E qual o impacto das suas frequentes viagens pela Europa? “Tive a oportunidade de interagir e comunicar com pessoas de culturas diferentes. Apresentei-me como mensageira das mulheres sauditas, e mostrei que a nossa posição e estatuto têm sido muitas vezes denegridos por estereótipos negativos. Também aprendi a não olhar para as outras culturas a preto e branco, mas como um arco-íris.”

Sair do país, ao contrário do que acontece com a maioria das compatriotas, não parece ser um obstáculo para Norah. “A minha família adaptou-se ao meu estilo de vida. Aprendi a gerir o tempo, e acho que é possível construir uma grande carreira e manter um extraordinário equilíbrio em casa. O sucesso não depende das circunstâncias. Requer devoção, disciplina e definição de prioridades profissionais. Começo o dia às 7h30, no meu gabinete. Às 14h30, almoço com a família e, as horas restantes, dedico-as a reuniões de trabalho ou a instituições de caridade a que estou ligada.”

“Tenho três filhos”, prossegue. “O mais velho, Bader, licenciou-se em marketing; o segundo, Shadi, é engenheiro aeronáutico; o terceiro, Mohammad, estuda Informática na América. Tenho duas filhas: Sarah está no 11º ano e Mashael está no 10º. Partilho com eles as minhas ambições. Recentemente, fui abençoada com a chegada de dois netos.”

Norah Al Fayez nasceu, em 1955, numa pequena vila nas proximidades de Riad, num lar de classe média. “Não tenho qualquer relação com a família real”, esclarece, desfazendo rumores a esse respeito. “Mas tenho orgulho em pertencer a esta amada nação onde todos os sauditas são uma família.”

Re: Violência sobre as mulheres - Exemplos do Islão e Judaísmo Ultra-Ortodoxo
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 17 de March de 2009 13:58

Uma mulher que não se limita a observar, mas que luta para mudar a situação...

Cassima




Esta é apenas parte da notícia, a notícia completa está aqui:

Os "crimes de honra"
Para a rainha jordana, a educação é fundamental para acabar com as desigualdades. "No que diz respeito às mulheres, não posso dizer que o mundo árabe é perfeito. As mulheres não têm direitos iguais - ainda! Mas há países que têm feito progressos excelentes. A violência contra mulheres não é exclusiva da nossa região. Em todo o mundo, uma em cada três mulheres é vítima de abusos. É uma vergonha mundial e nenhum país venceu essa batalha."
Entre os maiores abusos estão os "crimes de honra", que Rania admite serem cometidos a uma média de "20 por ano" só na Jordânia. "É horrífico, indesculpável e não têm nada de honra", sublinha a rainha em mais um dos seus vídeos. "Não é uma prática generalizada. Não tem nada a ver com o islão. Não é um indicador do estatuto da mulher na nossa cultura - e estamos a desafiá-lo."
Tem sido, porém, um confronto inglório. O rei bem tentou que os deputados proibissem tais crimes - raparigas assassinadas barbaramente por pais, irmãos ou primos para "limpar a honra" da família -, mas a maioria do parlamento, dominada pelos "tradicionalistas", que devem o poder às tribos beduínas, impede a punição dos que matam. No mínimo, serão sentenciados a uns meses de prisão.
A luta contra os "crimes de honra" deixou Rania numa rota de colisão com os sectores mais conservadores da sociedade. Os que acham que ela interfere demasiado na política. Muitos na Jordânia ainda se lembram de um incidente em 2002, durante um jogo de futebol, quando uma multidão gritou ao rei: "Divorcia-te dela! Divorcia-te dela." Nada disso perturba Abdullah II, que confessa continuar a pedir e a escutar os conselhos da mulher. Talvez por valorizar a sua opinião, a tenha "promovido" à patente de coronel das Forças Armadas (um pilar do regime).
Rania também é criticada pelos que acham que deveria ser mais activa. Entre eles estão os palestinianos, como ela - nascida, por ironia do destino, no mesmo ano (1970) em que a Jordânia cometeu o massacre do Setembro Negro: a expulsão de milhares de palestinianos (ainda hoje são metade da população) depois de Yasser Arafat ter tentado derrubar o então rei Hussein, pai de Abdullah II.
Em 2001, quando Israel desencadeava uma brutal ofensiva na Cisjordânia, os palestinianos do Reino Hachemita não compreenderam por que motivo a filha de Faisal Sedki Al-Yassin, um médico de Tulkarm, se ausentou do país quando a cidade dos seus pais estava a ser atacada. "Tenho consciência de que, para uns, nunca serei suficientemente jordana e, para outros, nunca serei suficientemente palestiniana", reconheceu a rainha.
Entre as mais poderosas
Há também os que censuram a sua quase obsessão pela indumentária e acessórios de luxo (entre os seus estilistas favoritos está o israelita Albert Elbaz), e por ter um avião particular (a Jordânia não tem recursos e é pobre). Não aceitam essa ostentação, mesmo depois de Rania ter feito alarido da decisão de pedir emprestada, a uma cunhada, a tiara que ostentou no dia da sua coroação em 1999. Era "um desperdício gastar dois milhões de dólares para um dia", alegou na altura.
Os que a compreendem são figuras como Giorgio Armani que sobre ela disse: "Tem um corpo de modelo e o porte de rainha que é - que mais se pode pedir?" A Harpers & Queen concordou, pois proclamou-a "a terceira mulher mais bela do mundo", em 2005. No mesmo ano, a revista Forbes incluiu-a entre as "100 mulheres mais poderosas do mundo", não pela formosura, mas pela sua participação em instituições como o Fórum Económico Mundial, a Unicef ou o Fundo para as Vítimas do Tribunal Criminal Internacional. E pelo seu trabalho em prol das mulheres, a Time retratou-a como "o novo rosto do feminismo árabe do século XXI".
"Ainda temos muito que andar, mas não nos podemos esquecer de quão longe já chegámos." A frase é de Rania e aplica-se a ela na perfeição. Oriunda de uma família abastada que imigrou de Tulkarm para o Kuwait, ela foi obrigada a deixar o emirado onde nasceu quando Saddam Hussein para aí enviou as suas tropas, em 1990.
De menina rica passou a refugiada, mas não foi para um dos muitos campos de palestinianos que a Jordânia acolhe. Formada na New English School do Kuwait, terminou em 1991 a licenciatura em Administração de Empresas na Universidade Americana do Cairo. Foi logo trabalhar para o City Bank e depois para a Apple Computer, em Amã. Foi aqui, em Janeiro de 1993, num jantar oferecido pelo príncipe Abdullah (ainda não era herdeiro do trono), que ambos se "apaixonaram à primeira vista". Dois meses depois anunciaram o noivado e a 10 de Junho casaram-se. Entre 1994 e 2005, tiveram quatro filhos: Hussein, Iman, Salma e Hashem.
O momento mais inesperado aconteceu em Fevereiro de 1999, quando o rei Hussein deserdou o seu irmão Hassan e escolheu como sucessor o filho primogénito. Abdullah e Rania, que até então levavam uma vida discreta, imediatamente se tornaram no centro das atenções. Hoje, dez anos depois, os súbditos ainda não parecem habituados ao ritmo da nova rainha, que viaja sozinha no seu blindado SUV, aparecendo sem aviso, vestida de YSL ou Chanel e com saltos altos, nas áreas mais remotas para dar "aulas de direitos humanos".

Re: Violência sobre as mulheres - Exemplos do Islão e Judaísmo Ultra-Ortodoxo
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 03 de April de 2009 17:36

Do Público...

"Matem-me ou parem”, grita a rapariga de 17 anos
Vídeo mostra taliban paquistaneses a chicotearem adolescente
03.04.2009 - 13h56 Sofia Lorena

As imagens são claras: há uma rapariga, que se sabe ter 17 anos, e ela está deitada no chão, há três homens que a seguram e mantêm quieta, e um terceiro que a chicoteia. Os homens são taliban paquistaneses e o espancamento aconteceu há cerca de duas semanas na região de Swat, no noroeste do Paquistão.

Chand – escreve o jornal “Daily Telegraph” que é esse o seu nome – foi considerada culpada por adultério e condenada a ser chicoteada. As ordens foram dadas por um comandante taliban de Matta, um bastião dos “estudantes de teologia” nos arredores da capital de Swat, Mingora.

“Por favor! Basta! Basta!”, grita Chand num dialecto do pashtu, escreve o site da BBC. O pashtu é a língua das tribos que dominam esta região paquistanesa e que é também a etnia maioritária no Afeganistão. Chand tem uma burqa (túnica que cobre corpo e rosto) por cima de umas calças e no vídeo voltará a gritar: “Por favor, parem. Matem-me ou parem”, implora. “Estou arrependida, o meu pai tem vergonha do que eu fiz, a minha avó tem vergonha do que eu fiz.”

Vêem-se pernas de muitos homens em redor, que assistem. O vídeo, de cerca de um minuto, continua. A certa altura o castigo pára e ela pode levantar-se. Há depois um homem – um dos que esteve a segurá-la – que a leva dali. Um dos homens entre a assistência, o que parece estar a coordenar o castigo, fica zangado. Segundo a BBC, ele não terá gostado que os outros a deixassem erguer-se entre os homens, algo que os taliban não aprovam.

Ao que é possível apurar-se, as imagens, gravadas por um telemóvel, são posteriores ao acordo de paz alcançado entre o Governo de Islamabad e os líderes taliban de Swat. Um porta-voz taliban garante que, pelo contrário, Chand cumpriu a sua pena antes do acordo de paz com o Governo, escreve o correspondente do Paquistão do jornal britânico “The Telegraph”.

Taliban moderados

O acordo que permitiu uma trégua na região abriu caminho à instauração da sharia (lei islâmica) na zona, mas o Executivo do Presidente Asif Ali Zardari insistiu sempre que a trégua tinha sido negociada com os “moderados” da região. No vizinho Afeganistão, onde os taliban foram expulsos do poder em 2001 mas têm cada vez mais força, é a Administração Obama que defende a necessidade de dialogar com os “taliban moderados” – segundo o vice-presidente, Joe Biden, só cinco por cento serão “incorrigíveis”.

A autorização de uma forma organizada de sharia visava impedir que os taliban impusessem a sua própria interpretação duríssima da lei islâmica. Antes do acordo, recorda a BBC, sucediam-se os casos de dissidentes decapitados e houve mulheres mortas por acusações de comportamento não islâmico. E mais de 200 escolas de raparigas foram atacadas e incendiadas no último ano.

“Não é claro se esta adolescente foi espancada antes ou depois do acordo de paz mas isso demonstra que o perigo claro e presente da militância taliban para os cidadãos paquistaneses”, disse ao “Telegraph” uma diplomata ocidental.

“Eles cometeram tantas atrocidades desde o acordo de paz. Tomaram completamente o controlo da região. Ninguém os controla, eles decidem as disputas de acordo com os seus caprichos”, disse ao mesmo jornal Sher Muhammad Khan, responsável em Swat da Comissão dos Direitos Humanos do Paquistão.

A maioria dos 160 milhões de paquistaneses são conservadores, mas muçulmanos moderados. E muitos estão consternados com a radicalização crescente dos taliban, escreve a Reuters.

A agência foi a Minallah ouvir residentes sobre o caso de Chand. “É desumano. Se este é o islão deles, lamento mas não o quero”, afirmou Abdul Kabir, dono de uma loja. Para o mecânico Nasir Khan, as autoridades devem fazer alguma coisa: “Porque é que eles não agem contra quem fez isto? É um silêncio criminoso”.

Re: Violência sobre as mulheres - Exemplos do Islão e Judaísmo Ultra-Ortodoxo
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 06 de May de 2009 10:11

Parece que aquele caso da menina de 8 anos casada com um fulano de 50 anos teve finalmente uma conclusão...

Cassima





Da BBC Brasil...


Casamento de menina saudita de 8 anos teria terminado


A imprensa da Arábia Saudita informou que o casamento de uma menina de oito anos com um homem de 50 foi anulado.

O jornal Saudi Gazette afirmou que a anulação do casamento foi conseguida por meio de um acordo entre as duas partes.

O caso atraiu críticas do mundo todo e levou o Ministério da Justiça saudita a afirmar que vai aplicar regulamentos para o casamento de meninas.

Grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que algumas famílias sauditas casam suas filhas ainda na infância em troca de dinheiro.

Puberdade

O primeiro juiz a cuidar do caso na cidade de Unaiza se recusou a conceder o divórcio, pedido pela mãe da criança. Mas, ele estipulou que o noivo não poderia manter relações sexuais com a menina até que ela chegasse à puberdade.

O pai da menina teria casado a criança com um amigo para conseguir pagar uma dívida.

Um novo juiz foi então apontado para o caso e a anulação do casamento finalmente teria sido divulgada depois de o marido desistir das alegações de que o matrimônio era legal.

A Arábia Saudita aplica uma forma mais severa do islamismo sunita, que proíbe a associação livre entre os sexos e dá aos pais o direito de casar seus filhos com quem eles escolherem.

Analistas sauditas afirmaram que o casamento entre a menina de oito anos e o homem de 50 ocorreu na província de Qaseem, uma província no centro da Arábia Saudita que é conhecida por ser uma região de fundamentalistas.

No começo de 2009 a mais importante autoridade religiosa da Arábia Saudita, o grande Mufti Sheikh Abdul Aziz al-Shaikh, afirmou que não é desrespeito às leis islâmicas o casamento de meninas de 15 anos ou menos.

No dia 15 e abril, depois deste caso ter gerado muita publicidade negativa para o país, o ministro da Justiça Muhammad Issa afirmou que queria encerrar a forma "arbitrária" como os pais e responsáveis podiam arrumar casamentos para meninas.

No entanto, ele não chegou a afirmar se a prática seria proibida.

Re: Violência sobre as mulheres - Exemplos do Islão e Judaísmo Ultra-Ortodoxo
Escrito por: José Luís de Carvalho (IP registado)
Data: 08 de May de 2009 15:22

Os arabes são uns primitivos, assim como a religião deles. Vivem nas trevas, na Idade Média. Estas coisas não podem acontecer num país civilizado.
Isto é pedofilia, uma vergonha.
Esse sheik devia ser preso, o pedófilo!

Re: Violência sobre as mulheres - Exemplos do Islão e Judaísmo Ultra-Ortodoxo
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 24 de June de 2009 09:39

Não posso deixar passar em branco os acontecimentos do Irão.

Não são um movimento pró-direitos das mulheres, é mais amplo.

Mas as mulheres têm estado na linha da frente, de cara destapada, a dizer que também têm algo a dizer e sabem lutar.

Independentemente de como as coisas terminem, não voltará a ser o mesmo no Irão.

Cassima

Re: Violência sobre as mulheres - Exemplos do Islão e Judaísmo Ultra-Ortodoxo
Escrito por: Desconhecido (IP registado)
Data: 24 de June de 2009 12:14

Isto é como uma torrente de água.
Por mais que se nade contra, acaba-se arrastado por ela.

Um dia o mundo Islâmico (e outras culturas que inferiorizam as mulheres) será arrastado pelo resto do mundo. Só é pena que esse dia não tenha sido já "ontem", e que muitas ainda continuem a sofrer na pele essa discriminação.

cumps

Re: Violência sobre as mulheres - Exemplos do Islão e Judaísmo Ultra-Ortodoxo
Escrito por: nilton (IP registado)
Data: 24 de June de 2009 16:02

e qual é o problema de maltratarem as mulheres?
no mundo ocidental as mulheres têm demasiados direitos.Não pode ser.
sou totalmente contra que as mulheres tenham os mesmos direitos que têm os homens.

Re: Violência sobre as mulheres - Exemplos do Islão e Judaísmo Ultra-Ortodoxo
Escrito por: Desconhecido (IP registado)
Data: 24 de June de 2009 17:19

Citação:
nilton
e qual é o problema de maltratarem as mulheres?
no mundo ocidental as mulheres têm demasiados direitos.Não pode ser.
sou totalmente contra que as mulheres tenham os mesmos direitos que têm os homens.

Oh meu Deus...
Não concordo. Penso que devem ter os mesmos direitos e deveres. Nem vale a pena detalhar sobre isso... é óbvio!

Qualquer das maneiras, acho que o numero de páginas deste tópico vai aumentar substancialmente nas próximas horas! lol

Re: Violência sobre as mulheres - Exemplos do Islão e Judaísmo Ultra-Ortodoxo
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 24 de June de 2009 18:25

Não alimentem o Troll

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Violência sobre as mulheres - Exemplos do Islão e Judaísmo Ultra-Ortodoxo
Escrito por: Anori (IP registado)
Data: 24 de June de 2009 22:52

Assim vai ser bastante complicado conseguires que alguém te compreenda!

Qual o problema de maltratarem as mulheres?!

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Então qual o problema de maltratarem o demis?

Até eu que achei que algumas das vezes estavam a ser demasiado cruéis contigo, começo a deixar de conseguir ignorar as tuas opiniões moralmente, humanamente descontroladas!!

Re: Violência sobre as mulheres - Exemplos do Islão e Judaísmo Ultra-Ortodoxo
Escrito por: Desconhecido (IP registado)
Data: 26 de June de 2009 16:28

EDIT: Mil desculpas

Enganei-me no topico.



Editado 1 vezes. Última edição em 26/06/2009 16:34 por Desconhecido.

Re: Violência sobre as mulheres - Exemplos do Islão e Judaísmo Ultra-Ortodoxo
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 26 de June de 2009 16:30

Mas que tem isso a ver com o tópico????

Re: Violência sobre as mulheres - Exemplos do Islão e Judaísmo Ultra-Ortodoxo
Escrito por: Cristo Salva (IP registado)
Data: 27 de June de 2009 16:30

Nãoa dmira que no Islão homens casem com meninas. Se o próprio Maomé o fez ao casar com Aisha, de 10 anos de idade. :(

"Cristo salva! Eu creio" - Flor

Paz do Senhor para Todos!

Re: Violência sobre as mulheres - Exemplos do Islão e Judaísmo Ultra-Ortodoxo
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 09 de July de 2010 15:53

Qualquer coisa que eu fosse escrever sobre o Islã agora, depois de ler essa repostagem Irã condena à morte mãe de dois filhos por adultério não seria agradável.

Em pleno século XXI... :( Suponho que dirão que não se deve julgar todos pelos erros de um, e o Irã não é o porta voz de toda comunidade islâmica, mas não sei se algum país islâmico levantou sua voz, junto com a comunidade internacional, para tentar "sensibilizar" os juízes iranianos. (Coloquei as aspas pq, infelizmente, acho que são insensíveis e somente vão "sentir algo" sob a pressão político-econômica internacional).

Quem for orar, não esqueça de uma prece por aquele povo, particularmente por aquela família: a mãe e os filhos.

Deus nos ilumine a todos.

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