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Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 29 de January de 2009 13:20

Como eu acho que a FSSPX deve declarar a aceitação do Concílio do Vaticano II, deixa-me parafrasear-te, Cristina: Se pensas que eu sou contra o entendimento com a FSSPX, vieste bater à porta errada.

Quanto à necessidade ou não desse reconhecimento, ou se ele está ou não implícito no reconhecimento do Magistério dos papas, sinto-me em boa companhia, visto que o Papa Bento XVI distinguiu de forma indiscutível as duas vertentes: "the Magisterium and authority of the Pope and of Vatican Council II"

Cassima

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 29 de January de 2009 14:44

Eu confesso não ercebi ainda quais os pontos concretos e reais que o Concilio aprovou e a Fraternidade S Pio X não aceita.

Há algum dogma, alguma coisa palpável concreta ?

Caso contrário estamos a falar de coisas abstractas.


Cristina

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: Onac (IP registado)
Data: 29 de January de 2009 15:15

Eles próprios explicam: [www.fsspx-brasil.com.br]

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: Onac (IP registado)
Data: 29 de January de 2009 15:41

Um Concílio Ecuménico é uma reunião de todos os bispos, convocado e presidido pelo Papa, destinado a dirimir questões de doutrina e disciplina de interesse para a Igreja universal.

Segundo o direito canónico, “os decretos do Concílio Ecuménico não têm força de obrigar, a não ser que, aprovados pelo Romano Pontífice junto com os Padres Conciliares, tenham sido por ele confirmados e por sua ordem promulgados”.

No caso do Vaticano II, os documentos promulgados foram estes:
Constituições
Lumen gentium, sobre a Igreja;
Dei Verbum, sobre a divina revelação;
Sacrosanctum Concilium, sobre a sagrada liturgia;
Gaudium et spes, sobre a Igreja no mundo actual.

Decretos
Christus Dominus, sobre o ministério pastoral dos bispos;
Presbyterorum Ordinis, sobre o ministério e a vida dos presbíteros;
Optatam totius, sobre a formação sacerdotal;
Per­fectae caritatis, sobre a renovação da vida religiosa;
Apostolicam actuositatem, sobre o apostolado dos leigos;
Orientalium Ecclesiarum, sobre as Igrejas orientais católicas;
Ad gentes sobre a actividade missionária da Igre­ja;
Unitatis redintegratio sobre o ecumenismo;
Inter mirífica, sobre os meios de comunicação social.

Declarações
Dignitatis humanae, sobre a liberdade religiosa;
Gravissimum educationis, sobre a educação cristã da juventude;
Nostra aetate, sobre a relação da Igreja com as religiões não cristãs.

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 30 de January de 2009 09:54

Onac

Os erros que apontam ao concilio eu conheco mas a questão de poder criticar o concilio já está ultrapassada.

Roma reconhece o direito à critica e não existe nenhum dogma de fé proclamado no concilio.

o que não sei é exactamente quais são os pontos que é incompatíveis entre a posição da FSSPX e a sua plena regularização.

Havia a Missa, Os Padres da FSSPX negam-se a rezar a nova Missa mas essa questão já está ultrapassada com o Motu Proprio.

Se aquestão da Missa está ultrapassada e se reconhece que o Concilio deve ser intrepertado segundo a tradição, pode ser criticado e não é dogmático.

O que há agora que impeça ?


Aliás a FSSPX viveu em comunhão até 1988, o que a impede de voltar ?

Cristina

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 30 de January de 2009 09:57

Falta «uma» coisa, Cristina: a «hermenêutica da continuidade»! Nota que neste ponto coincidem os grupos «Ecclesia Dei». A FSSPX continua a insistir na tese da ruptura.

Alef

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 30 de January de 2009 10:08

Alef

Já está ultrapassado.


Vê esta entrevista de Mons Fellay

Estas coisas demoram o seu tempo, mas se tudo correr bem até ao final do ano ou pelo menos em 2010 teremos a plena conunhão.

Interview granted by the Superior General of the Priestly Fraternity of Saint Pius X (FSSPX / SSPX), Bishop Bernard Fellay, to French Catholic Magazine Monde & Vie. The noticeable line is Fellay's declaration that not all doctrinal positions have to be exhaustively discussed with no end in sight - what is needed is a "sufficient clarification" of doctrinal issues.


Did you expect, Your Excellency, this removal of the excommunication concerning you?

[Fellay:] I expected it since 2005, after the first letter requesting the lifting of the excommunication which I had sent at the request of Rome itself. Because it is clear that Rome did not ask for this letter in order to refuse to lift the excommunication. As for the moment when it took place, I did not expect it. These past few months, after the ultimatum affair [link], even after it had been minimized, we were mostly cool [in the mutual relations]. Then, I wrote the letter of November 15, which is mentioned in the decree and in my letter to the faithful... [sic]


Is this decree a sign of the Pope's will?

I ascribe it first of all to the Holy Virgin. It is a manifest sign, with an almost immediate response. I had just decided to go to Rome to deliver the result of the Rosary bouquet we had launched at Lourdes with this explicit intention when I received a call from Rome inviting me to go there.


Is the satisfaction displayed by you today tempered by the remainder of the path to follow?

It is too early to tell. An act of the greatest relevance, for which we are truly grateful, has just taken place, but it is very difficult to assess it at this moment. We still do not view all its ramifications. There still is a lot of work, but we truly have great hope for a restoration of the Church.


From what moment dates this change in your relationship with Rome?

From the accession of the current pope. I first evoked the Holy Virgin but, at a human level, there should be no fear of ascribing to Benedict XVI what has just taken place. It is the beginning of something, which had already begun with the Motu proprio [Summorum Pontificum]. I think that the Pope appreciates the work that we do.


In this development, this movement, some have held that you departed too late. Do you believe today that others, especially inside the Fraternity of Saint Pius X, may hold that you are departing too soon?

I cannot rule out everything, but, in case there are separations, they will be extremely minimal.


Do you believe that your situation will be first settled at a practical level?

Up to now, our roadmap has been to clarify first the doctrinal problems - even if it does not mean settling everything, but obtaining a sufficient clarification - or we risk doing things incompletely. Or it may end up badly.


And do you believe that, beyond Rome, your contacts will intensify?

It is the goal, as I explained in Rome, by saying that the situation, as we propose it, is certainly temorary, but it is pacifying, and that it will allow all souls of good will to catch up. This will thus be done gradually. And this will also depend on the reaction on the other side. But there is no a priori, the only a priori is that of Truth and of Charity.

________
[Editado por Alef: formatei o texto, para facilitar a leitura.]



Editado 1 vezes. Última edição em 30/01/2009 11:39 por Alef.

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 30 de January de 2009 16:40

Podem tentar manchar a Fraternidade

Mas penso que esta entrevista dada ontem ao jornal Libero diz tudo sobre as intenções da FSSPX.

Vale a pena Ler

Cristina Dinis Saraiva


"Monsenhor, no dia 30 de Junho de 1988, o senhor era consagrado Bispo por Monsenhor Marcel Lefebvre, junto com outros três sacerdotes da Fraternidade São Pío X. Esse ato fez de V. Excias e do Bispo brasileiro Dom Antônio de Castro Mayer os primeiros excomungados depois do Concílio Vaticano II. Hoje V. Excia é o Superior Geral da Fraternidade, o que no apressado linguajar jornalístico é definido como “o chefe dos lefevristas”. Estamos em Menzingen, Suíça, na Casa Geral. Temos sobre a mesa o decreto da Santa Sé que levanta aquelas excomunhões. Que sente, V. Excia?

Dom Fellay: “Alegria, satisfação. Não são os sentimentos de uma pessoa que pensa ter vencido. O que a Fraternidade Sacerdotal de São Pío X fez desde sua fundação até hoje, e que continuará fazendo sempre, o fez e o fará só pelo bem da Igreja. Também as consagrações episcopais de 1988 foram realizadas com esse fim. Pelo bem da Igreja e por nossa sobrevivência. Monsenhor Lefebvre devia – repito: devia - assegurar a continuidade. Não somos mais que um pequeno bote de salvação em um mar tempestuoso. Nós sempre estivemos a serviço da Igreja e sempre o estaremos. O levantamento das excomunhões, junto ao Motu Proprio do Papa Bento XVI sobre a Missa antiga, é um sinal importante, realmente importante, para nosso pequeno bote. É por isso que falo de alegria e satisfação”.

*
Onde e quando V.Excia soube do decreto?

Dom Fellay: “Soube dele poucos dias atrás em Roma, no escritório de um Cardeal, o Cardeal Castrillón Hoyos, presidente da Comissão Ecclesia Dei. Nós nos abraçamos. Em seguida, em primeiro lugar, dei graças à Virgem Maria, porque este é um presente dEla. Foi para obter sua intercessão que reunimos mais de um milhão e setecentos mil terços, rezados pelos fiéis que desejavam o levantamento das excomunhões”.

*
Quem trabalhou mais no Vaticano para chegar a essa solução?

Dom Fellay: “Seguramente o Cardeal Hoyos, que é o presidente de a Comissão encarregada das relações entre a Santa Sé e a Fraternidade de São Pío X. Porém, sobretudo, o Papa Bento XVI. Eu o compreendi desde a primeira audiência em que me encontrei com ele, pouco depois de sua eleição. Ainda quando nos repreendia, o Santo Padre tinha um tom doce, verdadeiramente paternal”.

*
No decreto se diz que o Santo Padre confia em vosso compromisso “de não poupar esforços para aprofundar as necessárias discussões com a Autoridade da Santa Sé nos assuntos que permanecem abertos”. Qu quer dizer isso?

Dom Fellay: “Quer dizer que, como todos os filhos da Igreja, somos chamados a discutir aquelas questões que consideramos fundamentais para a fé e para a vida da própria Igreja. Creio que isso reconhece, ao menos, a seriedade de nossa posição crítica sobre estes últimos quarenta anos. Nós não pedimos mais que clareza. O fato de que a vontade do Santo Padre vá nessa direção é realmente de grande consolo. O importante é que se entenda que, inclusive nos momentos em que fazemos críticas severas, nós não estamos nunca contra a Igreja ou contra o papado. E como poderíamos estar contra o Papado? À miúde nos acusaram de ser “lefevristas”, porém nós não somos “lefevristas”, ainda que esse nome continue sendo para nós um título de honra: nós somos católicos. O primeiro a não ser lefevrista foi nosso fundador, Monsenhor Lefebvre. Quando isso fique claro, se comprenderá melhor nossas posições. Levará algum tempo porém creio que, pouco a pouco, ficará claro que tudo o que fazemos é obra de Igreja”.

*

O levantamento das excomunhões é fruto de uma tratativa e de um acordo ou é um ato unilateral da Santa Sé?

Dom Fellay: “Nós pedimos em várias ocasiões a liberdade para a celebração da Missa antiga e o levantamento das excomunhões. Porém, o que aconteceu agora não é fruto de uma tratativa ou de um acordo. Foi um ato gratuito e unilateral que demonstra que Roma realmente nos quer bem. Um verdadeiro bem. Por muito tempo tivemos a impressão de que Roma não queria entrar no assunto. Logo depois tudo mudou e isso nós o devemos ao Papa”.

*
Por que Bento XVI quis tanto esse ato? Deu-se conta ele da complicação em que ele se colocou com o levantamento das excomunhões?

Dom Fellay: “Ah sim, creio que ele está bem consciente das reações mais diversas e mais desordenadas. Ademais, em várias ocasiões, antes e depois de sua eleição papal, ele falou da crise da Igreja em termos nada ambíguos. Quando mencionei sua doçura paternal eu me referia ao fato de que nele se manifestam, juntos, a consciência dos tempos em que vivemos, a firmeza para dar-lhes remédio e a atenção para com todos seus filhos. Isto faz que as reações mais ou menos inadequadas ante seus atos podem fazê-lo sofrer porém certamente não fazem com que ele mude de parecer. E aquí está também o motivo dessa decisão”.

*
Neste contexto, poder-se-ia sintetizar essa notícia diciendo que a Tradição já não está excomungada?

Dom Fellay: “Sim, ainda que se necessitará tempo antes de que isso se converta em moeda corrente dentro do mundo católico. Até hoje, em muitos ambientes temos sido considerados e tratados pior que o diabo. Tudo o que fazíamos e dizíamos era necessariamente algo mau. Não creio que a situação possa mudarr repentinamente. Porém, hoje existe um ato da Santa Sé que nos permite dizer que a Tradição não está excomungada”.

*
E que se sente viver como excomungado?

Dom Fellay: “Sente-se dor pelo uso malicioso e instrumentalizado de uma marca de infâmia. A respeito de nossa situação, em troca, devo dizer que nunca nos sentimos excomungados, nunca nos sentimos cismáticos. Sempre nos sentimos como parte da Igreja e a notícia da qual estamos falando demonstra que tínhamos razão”.
*
Chegados a este ponto nos perguntamos por que essa situação se prolongou tanto. E, sobretudo, de que natureza são as questões que o documento da Santa Sé e V. Excias mesmo dizem que devem ser ainda discutidas?

Dom Fellay:”Eu o resumo brevemente. Num momento, dentro da Igreja vimos que se tomava um caminho novo, segundo nós um caminho que levaria a grandes problemas. Nós não fizemos mais do que pensar, ensinar e praticar o que a Igreja havia feito sempre até aquele momento: nada mais e nada menos. Não inventamos nada. Seguimos, de fato, a Tradição. E hoje a Tradição já não está excomungada.

***
Fonte: Jornal Libero

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 30 de January de 2009 19:45

Cristina:

Não sei se já leste a carta aberta do P. Basilio Méramo a Msr. Fellay. É uma carta violentíssima, contra o bispo e contra Roma. Aí se lê, por exemplo (destaque meu):

Citação:
Es un acto de meliflua y disimulada claudicación el ramo de flores (un millón de rosarios) entregado a Roma modernista y apóstata (la Gran Ramera escarlata cabalgando sobre la bestia, o sea, la religión prostituída, corrompida y adulterada como diría el Padre Castellani).

Aqui está um dos sinais de que a FSSPX está com graves problemas internos que impedirão esse acordo próximo que tanto esperas. Isto é, se tal acordo se levasse a termo ainda este ano ou no próximo, isso teria graves consequências em termos de divisões dentro da FSSPX.

Alef

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 02 de February de 2009 09:42

Alef

Nem sei se essa Radio Cristandad tem alguna coisa a ver com a FSSPX.

É um site feio esse.

O que seu é que o Superior Geral da Fraternidade está a dar sinais muito bons que indicam que a linha justa está a vencer na Fraternidade.

Se alguns sectores querem ficar de fora pois que fiquem e não ponham em causa a plena comunhão que está em marcha.

Esta entrevista do fim de semana é sintpmática.

Cristina


Fellay: "The Jews are 'our elder brothers'."
"Antisemitism has no place in our ranks."
Strong words of the Superior General of the Priestly Fraternity of Saint Pius X (FSSPX / SSPX), Bishop Bernard Fellay, against any suspicion of Antisemitism.



1. First, in a declaration made yesterday to Famille Chrétienne, the French Catholic weekly, as reported by La Croix this Sunday:



Bishop Bernard Fellay welcomed "Famille Chrétienne" [French Catholic weekly] on January 31, in his General House of Menzingen, Switzerland. He responded in particular to the accusations of Antisemitism cast at the Fraternity of Saint Pius X.

"We evidently condemn every act of murder of the innocent. It is a crime that cries to heaven! Even more so when it is related to a people. We reject every accusation of Antisemitism. Completely and absolutely. We reject every form of approval of what happened under Hitler. This is something abominable. Christianity places Charity at a supreme level. Saint Paul, speaking of the Jews, proclaims, 'I wished myself to be an anathema [from Christ], for my brethren!" (Rom. 9, 3). The Jews are "our elder brothers" in the sense that we have something in common, that is, the old Covenant. It is true that the acknowledgment of the coming of the Messiah separates us.

"It is very interesting to notice that the Church did not await for the Council to prescribe courses of action regarding the Jews. Since the 30s, even during the war, several texts of Rome provide a very just position: the abominations of the Hitlerist regime must be condemned! 'Spiritually, we all Semites', Pope Pius XI had said. It is a truth which comes from Sacred Scripture itself, 'we are sons of Abraham,' Saint Paul also affirms."


2. Also by an e-mail message sent this Sunday to the Rev. Dr. Alcuin Reid (forwarded to several blogs):



Statement by Dr Alcuin Reid:

On Friday BBC Radio asked me to discuss recent events concerning the SSPX on 'The Sunday Programme' this morning. Following that request I asked the SSPX for comment on the issues to be discussed. Unfortunately Bishop Fellay's reply reached me only after the programme aired. His reply, wriiten for publication, states:

"The position of Bishop Williamson is clearly not the position of our Society. Antisemitism has no place in our ranks. We follow fully God's commandments on justice and charity and the constant teaching of the Church. Antisemitism has been condemned by the Church. So do we condemn it. I fully agree with Fr Schmidberger's statement about Bishop Williamson's words. (www.fsspx.info)"

God bless you

+Bernard Fellay

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 02 de February de 2009 14:16

Citação:
Alef
Cristina:
Não sei se já leste a carta aberta do P. Basilio Méramo a Msr. Fellay. É uma carta violentíssima, contra o bispo e contra Roma. Aí se lê, por exemplo (destaque meu):

Citação:
Es un acto de meliflua y disimulada claudicación el ramo de flores (un millón de rosarios) entregado a Roma modernista y apóstata (la Gran Ramera escarlata cabalgando sobre la bestia, o sea, la religión prostituída, corrompida y adulterada como diría el Padre Castellani).

Aqui está um dos sinais de que a FSSPX está com graves problemas internos que impedirão esse acordo próximo que tanto esperas. Isto é, se tal acordo se levasse a termo ainda este ano ou no próximo, isso teria graves consequências em termos de divisões dentro da FSSPX.

Alef

Não consigo perceber essa posição desse padre. Um evangélico não faria tão mal.
Também não consigo dar valor a cartas abertas, parece-me mais sede de protagonismo, do que o tentar sanar os problemas.

Espero sinceramente, que o levantamento deste decreto de excomunhão tenha os fins a que se propôs.

A igreja dispõe-se à abertura, quem quer ficar de fora pois então que fique. Podemos conviver com todos os carismas.

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 03 de February de 2009 21:53

Porque é importante darmos o nosso contributo a esta causa, venho convidar-vos a assinarem a petição on-line, organizada por católicos, leigos, sacerdotes e religiosos, sobretudo da Alemanha, Suíça e Áustria.

O que está em causa é a defesa do Concílio Vaticano II.

Citação:
Petição segundo o original e primeiros assinantes:

“Exige-se um reconhecimento irrestrito das decisões do Concílio Vaticano II”

A anulação papal da excomunhão de bispos da Fraternidade tradicionalista Pio X, vinda a público em 24 de janeiro de 2009, significa para os assinantes desta petição a reabilitação de pessoas que abertamente se apresentaram como adversárias das reformas iniciadas com o Concilio Vaticano II e continuam de agir da mesma forma.

Tendo em vista as manifestações anti-semíticas e a negação do extermínio de judeus pelos nacional-socialistas do bispo auxiliar Richard Williamson e dos seus seguidores, partilhamos da indignação de nossas irmãs e irmãos de fé judaica. Além disso, afirmamos que a atitude geral da Fraternidade Pio X em relação ao judaísmo não condiz com as exigências relativas ao diálogo judeu-cristão do Concilio. Aplaudimos as afirmações da Conferência Nacional dos Bispos Alemães e do Comitê Central dos Católicos Alemães a tal respeito, bem como as claras posições da Conferência Nacional dos Bispos Franceses e de outros bispos.

Os assinantes desta petição avaliam o cancelamento da excomunhão como um indicador de que o Papa Bento XVI o efetuou intencionalmente em data próxima a um acontecimento carregado de simbolismo, o quinquagésimo aniversário do anúncio da convocação de um concílio pelo Papa João XXIII. Esta volta a trás faz temer o regresso de partes da Igreja romano-católica a um exclave antimodernista.

Com este retrocesso admite-se que partes da Igreja romano-católica, a par de muitas outras coisas, possam rejeitar abertamente o espírito e a letra de importantes documentos do Concílio Vaticano II, como o Decreto “Unitatis Redintegratio” sobre o Ecumenismo, a Declaração “Nostra Aetate”, sobre as relações da Igreja com as Religiões Não-cristãs, a Declaração “Dignitatis Humanae” sobre a Liberdade Religiosa como também a Constituição Pastoral “Gaudium et Spes” sobre a Igreja no Mundo de Hoje. É no momento impossível prever, em toda a sua extensão, os resultados funestos que isso trará à credibilidade da Igreja romano-católica. O preço é insofismavelmente alto demais!

Com todo o respeito pelo esforço do Papa em favor de união da Igreja, nos parece particularmente chocante que a renovada aproximação do Vaticano ao movimento cismático traditionalista se tenha realizado, ao que parece, sem condições prévias. Ainda em junho de 2008, no vigésimo aniversário da excomunhão de Lefebvre a Fraternidade Sacerdotal recusou o convite da Santa Sé a uma reconciliação teólogica e político-eclesial e não satisfez o pedido de Roma de assinar uma declaração de cinco pontos com as condições para uma possível reincorporação na Igreja romana.

O regresso à plena comunhão com a Igreja Católica só pode ser possível se as decisões do Concílio Vaticano II forem absolutamente aceitas de palavra e de fato, como também é exigido no Motu Proprio “Summorum Pontificum” em relação ao Rito Tridentino.

Enquanto o Vaticano se preocupar apenas do retorno das “ovelhas perdidas” da borda eclesial tradicionalista, mas não anular também outras excomunhões, não rever os processos de objeção às doutrinas de teólogas e teólogos de tendência renovadora e não estiver disposto ao diálogo internacional com círculos de reforma, o barco da Igreja romano-católica adernará perigosamente.

Essen, em 28 de Janeiro de 2009

Eu já assinei. Não hesitem em divulgar esta iniciativa: [www.petition-vaticanum2.org].

Obrigado,
Luís Gonzaga

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: IAmDudum (IP registado)
Data: 04 de February de 2009 02:50

Bem, essa petição, Luís...

Só o primeiro parágrafo é esclarecedor: nem uma palavra sobre o pedido de desculpas, ou a posição de D. Fellay ou mesmo o comunicado da FSSPX da Alemanha. Enfim...

E então a terminação da petição é extraordinária: faz um apelo ao diálogo com todas as 'correntes de opinião' da Igreja menos com... os Tradicionalistas!

Sobre este assunto reitero uma pergunta que lancei quando outro dia me disseram qualquer coisa como "e os padres excomungados por defenderem a teologia da libertação e outras ideias mais liberais, porque é que também não lhes levanta a excomunhão?": Mas já alguma vez algum foi excomungado?

De petições prefiro esta: http://www.soutienabenoitxvi.org/index.php?lang=pt.

Mas enfim, isso não constitui qualquer novidade...

Não é preciso agradecer.

Christus Vincit! Christus Regnat! Christus Imperat!

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 04 de February de 2009 12:18

A forma como a petição está apresentada é uma vergonha e só evidencia a má fé dos subscritores.

Como é sabido a FSSPX condenou fortemente as declarações do Bispo, pediu desculpas e fez um comunicado a evidenciar a posição da FSSPX.

Nem uma palavra sobre isso.

Enfim é sempe bom saber-se com quem contamos no site paróquias.

Estão contra a decisão do Papa. E não querem a plena comunhão da FSSPX com Roma.

Seria prefierível que este mensagem fosse colocada

Eu, ao invés, curvo-me perante a decisão do Papa.

Cristina


ps

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 04 de February de 2009 13:29

Eu não vou assinar, não sou tradicionalista e sou a favor do Concílio Vaticano II e de todos os concílios.

Ao levantar a excomunhão o Papa não está a renunciar ao Concílio Vaticano II, pois até foi um dos grandes impulsionadores do mesmo sendo um dos proponentes da nova missa.

Essa petição só serve para criar confusão, para levantar problemas, onde eles dificilmente existem.

Tenho a confiança que Fellay também aceita o Concílio Vaticano II só quer viver em Igreja de uma maneira diferente, o que me parece legítimo e até saudável.

Não percebo estas quezílias e sinceramente deixam-me triste.

O Papa tem-me surpreendido e mais que isso tem feito cumprir o concílio vaticano II, elevando o diálogo inter-religioso, tentando eliminar cismas seculares(o reconhecimento da primazia do papa pela Igreja Ortodoxa) e não seculares, como o da FPSSX.
A quando da visita dos bispos portugueses a roma, sublinhou a importância de uma igreja portuguesa ao ritmo do Concílio Vaticano II. Não sei de onde pode vir esse medo anti-modernista. Sò se for da má fé. E por isso não assino nada dessas...coisas.

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 04 de February de 2009 16:02

Eu também não vou assinar nada. Mais não só aho que estas petições são ridículas como não se inserem em nada no espírito ecuménico e do Concílio Vaticano II.

Podemos pensar diferente, até considerar insultuosas muitas das posições dos tradicionalistas mas petições destas só criam mais divisões e cismas desnecessários.

Alguém sabe quem são os promotores da petição que o Luís apresentou? Gostava de lhes perguntar de quê tem eles medo? Será que não lêm o Evangelho e onde diz que a Verdade vos libertará?

Não tenho medo da diferença. Assim não só dão razão aos tradicionalistas em muitas das críticas que apresentam como também estão a ter uma posição pior ou igual à deles.


"Esta volta a trás faz temer o regresso de partes da Igreja romano-católica a um exclave antimodernista."
Não será também necessário ter vozes que destoam da carneirada? Já agora condenamos também os teólogos da libertação, cancelamos o diálogo com o King, com os Ortodoxos e com os Anglicanos. Aliás fazemos um questionário do pré conciliar e expulsamos da Igreja todos aqueles que pensem diferente.

Acho que eu vou estar de fora...

"Com este retrocesso admite-se que partes da Igreja romano-católica, a par de muitas outras coisas, possam rejeitar abertamente o espírito e a letra de importantes documentos do Concílio Vaticano II, como o Decreto “Unitatis Redintegratio” sobre o Ecumenismo, a Declaração “Nostra Aetate”, sobre as relações da Igreja com as Religiões Não-cristãs, a Declaração “Dignitatis Humanae” sobre a Liberdade Religiosa como também a Constituição Pastoral “Gaudium et Spes” sobre a Igreja no Mundo de Hoje."
Oh meuzzz amigozzzz como dizia o outro. Então nós podemos pôr tudo em causa menos o Concílio Vaticano II? Então andamos a criticar os tradicionalistas que aceitam todos os concílios menos o CVII e depois estes alminha fazem o mesmo mas ao contrário... pode-se recusar, criticar e rever tudo menos o Concílio Vaticano II. Ora venha lá a lógica disto?

Eu entendo que a ideia é manter a porta aberta ao diálogo mas não é assim que se faz. Coerência...

"O regresso à plena comunhão com a Igreja Católica só pode ser possível se as decisões do Concílio Vaticano II forem absolutamente aceitas de palavra e de fato, como também é exigido no Motu Proprio “Summorum Pontificum” em relação ao Rito Tridentino."
Mas porque razão se pode recusar muitos dos decretos de outros concílios e não se pode recusar os do CVII? Será que o CVII é mais dogmático ou mais perfeito que os outros todos? Não estava o Espírito Santo presente em todos?

"Enquanto o Vaticano se preocupar apenas do retorno das “ovelhas perdidas” da borda eclesial tradicionalista, mas não anular também outras excomunhões, não rever os processos de objeção às doutrinas de teólogas e teólogos de tendência renovadora e não estiver disposto ao diálogo internacional com círculos de reforma, o barco da Igreja romano-católica adernará perigosamente."
E aqui o gato mostra a cauda. Então não anda o Papa a regularizar situações dos mais diversos quadrantes? Não queiram pôr o Bento XVI tradicionalista que é coisa que ele não é. Então ele regulariza a missa dos Kikos, os estatutos da Canção Nova, janta e conversa com o Kung, impôe alguma discilina na questão das relações da política com a Igreja na Polónia e ele só se preocupa com borda eclesial tradicionalista?

A última frase deveria ser assim:
(...)mas senão anular também outras excomunhões, (se)não rever os processos de objeção às doutrinas de teólogas e teólogos de tendência renovadora e conservadora e não estiver disposto ao diálogo internacional com círculos de reforma ou não, o barco da Igreja romano-católica adernará perigosamente."

O diálogo deve ser com todos não só com aqueles que falam a mesma língua que nós mas sobretudo com aqueles que pensam diferente.

Em comunhão

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 05 de February de 2009 07:43

Eu assinei.

*=?.0

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 09 de February de 2009 09:53

As boas notícias continuam.

Os Bispos da FSSPX enviaram uma carta ao Papa a agradecer o levantamento das excomunhões e a reconhecer o seu megistério.

O Bispo Wiliamnson foi destituído pelo superior geral de responsável pela América Latina e deve dedicar-se ao estudo e à oração.

Cristina

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 09 de February de 2009 10:01

Entretanto os nossos Bispos Polacos emitiram um comunicado.

Na Polónia ao contrario de outros locais há Bispos que viram o levantamento das excomunhões com bons olhos.

Cristina

Warsaw, February 6, 2009.

Beloved Holy Father,

On behalf of the bishops of the Polish Episcopal Conference, I wish to express to Your Holiness words of gratitude for the latest gestures and steps, which have shown the concern of the Successor of St. Peter for the unity of the Church of Christ.

Opening the door of dialogue in view of the healing of a painful split is an act of great courage and genuine pastoral charity, ... .

We trust that this paternal gesture will be greeted with a similar willingness and openness on the part of the bishops and the faithful of the Fraternity of Saint Pius X and will lead them to accept without reservations the whole teaching and discipline of the Church, including the Second Vatican Council and the Magisterium of the recent Popes.

In response to the call to prayer, rest assured, Holy Father, that the Church in Poland is constantly supporting the Successor of St. Peter in his concern for all the Churches and prays to the Lord that every step towards the reconciliation of the Christian faithful may bring forth fruit.
...

† Józef Michalik
Metropolitan Archbishop of Przemyśl
President of the Polish Episcopal Conference

† Stanisław Gądecki
Vice President
Polish Episcopal Conference

† Stanisław Budzik
Secretary-General
Polish Episcopal Conference

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: meira (IP registado)
Data: 06 de March de 2009 19:17

Notícia da Agência Ecclesia:

Lefebvrianos reafirmam ao Papa recusa do Vaticano II


O Superior Geral da Fraternidade São Pio X, Bernard Fellay, negou a disposição de reconhecer o Concílio Vaticano II, como pede a Santa Sé. A Fraternidade que reúne os seguidores de Mons. Lefèbvre não goza de nenhum reconhecimento canónico na Igreja Católica.

Numa entrevista ao jornal “Le Courrier”, de Genebra, D. Fellay, sucessor do fundador da comunidade, respondeu "não” à pergunta sobre se "a Fraternidade está disposta a reconhecer o Concílio Vaticano II".


"O Vaticano reconheceu a necessidade de reuniões para questões procedentes, justamente, do Concílio Vaticano II. Fazer do reconhecimento do Concílio uma condição prévia é pôr o carro à frente dos bois", acrescentou.


D. Fellay falou também da esperança de que a Igreja católica reveja as “aquisições” do Vaticano II, que classificou como “puras perdas”. "Os frutos do Concílio esvaziaram seminários, noviciados e igrejas", insistiu, frisando que “a crença dos fiéis foi desvirtuada”.


Uma nota da Secretaria de Estado do Vaticano, de 4 de Fevereiro passado, precisou que "o pleno reconhecimento do Concílio Vaticano II e do magistério dos Papas João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II e Bento XVI é condição indispensável para o reconhecimento da Fraternidade São Pio X".

No que respeita à liberdade de consciência em religião, ao ecumenismo e ao diálogo inter-religioso, D. Bernard Fellay assinalou na referida entrevista que “existe uma grande confusão nos espíritos a este respeito”.


“No plano religioso, desejamos responder com ardor ao desejo de Nosso Senhor: «Que todos sejam um», a fim de que não haja senão «um só rebanho e um só pastor». Se por ecumenismo se entender a procura deste tão nobre objectivo, nós estamos evidentemente a favor”, disse.


“Se, em contrapartida, se vir aí um caminho que não visa esta unidade fundamental, unidade que passa forçosamente por um olhar de verdade - aquele de que a Igreja Católica se considera ainda hoje a única detentora, em toda a sua integralidade - então aí nós protestamos. De facto, aquilo que actualmente se vê é que o ecumenismo permanece num nível muito superficial de entendimento e de vida em sociedade, mas sem ir ao fundo das coisas", defendeu o Superior Geral da Fraternidade.

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