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Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 26 de January de 2009 10:34

Nota de imprensa publicada pela FSSPX como reação à revogação da excomunhão.





The excommunication of the bishops consecrated by His Grace Archbishop Marcel Lefebvre, on June 30, 1988, which had been declared by the Congregation for Bishops in a decree dated July 1, 1988, and which we had always contested, has been withdrawn by another decree mandated by Benedict XVI and issued by the same Congregation on January 21, 2009.

We express our filial gratitude to the Holy Father for this gesture which, beyond the Priestly Society of Saint Pius X, will benefit the whole Church. Our Society wishes to be always more able to help the pope to remedy the unprecedented crisis which presently shakes the Catholic world, and which Pope John Paul II had designated as a state of “silent apostasy.”

Besides our gratitude towards the Holy Father and towards all those who helped him to make this courageous act, we are pleased that the decree of January 21 considers as necessary “talks” with the Holy See, talks which will enable the Priestly Society of Saint Pius X to explain the fundamental doctrinal reasons which it believes to be at the origin of the present difficulties of the Church.

In this new atmosphere, we have the firm hope to obtain soon the recognition of the rights of Catholic Tradition

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 26 de January de 2009 12:00

Caros Leitores do Forum Paroquias.

Depois do "press release" da Fratarnidade em reacção ao levantamento deixo-vos a tradução Português da carta aos fieis da Fratarnidade publicada por Mons Fellay já sem qualquer excomunhão.

Para que não existam duvida a Fraternidade reconhece a autoridade do Papa, e todos os concilios.



Caríssimos fiéis,

Como anunciei no comunicado em anexo, “a excomunhão dos bispos sagrados pro S.E.R. Dom Marcel Lefebvre no dia 30 de junho de 1988 que tinha sido declarada pela Sagrada Congregação para os Bispos por um decreto do dia 1 de julho de 1988 e que nós sempre contestamos, foi retirada por outro decreto da mesma Sagrada Congregação no dia 21 de janeiro de 2009, por mandato do Papa Bento XVI”.

Era a intenção de orações que eu lhes tinha confiado em Lourdes, no dia da festa de Cristo Rei de 2008. Os senhores responderam muito bem além de nossas esperanças, pois que um milhão setecentos e três mil terços foram recitados para obter pela intercessão de Nossa Senhora o fim do opróbrio que pesava, nas pessoas dos bispos da Fraternidade, sobre todos aqueles que estão unidos de perto ou de longe à Tradição.

Saibamos agradecer à Santíssima Virgem que inspirou ao Santo Padre este ato unilateral, bondoso, corajoso. Asseguremos-lhe nossa fervente oração.


Graças a este gesto, os católicos do mundo inteiro unidos à Tradição não serão mais injustamente estigmatizados e condenados por ter mantido a Fé de seus pais.


A Tradição católica não está mais excomungada. Apesar de que ela nunca o esteve em si, ela muito freqüentemente e cruelmente o esteve de fato. Do mesmo modo que a missa tridentina jamais esteve ab-rogada em si, como foi felizmente lembrado pelo santo Padre pelo Motu Proprio Summorum Pontificum do dia 7 de julho de 2007.



O decreto do dia 21 de janeiro cita a carta do dia 15 de dezembro passado ao Cardeal Castrillón Hoyos na qual eu expressava nosso apego “à Igreja de N.S. Jesus Cristo que é a Igreja Católica” e reafirmando nossa aceitação de seu ensinamento e nossa Fé na primazia de Pedro.

Eu recordava como sofremos pela situação atual da Igreja onde este ensinamento e esta primazia são humilhados, e acrescentava: “Estamos prontos para escreve com nosso sangue o Credo, para assinar o juramento anti-modernista, a profissão de Fé de Pio IV, nós aceitamos e fazemos nossos todos os concílios até o Vaticano II, a respeito do qual temos nossas reservas”.

Em tudo isso, temos a convicção de permanecer fiéis à linha de conduta traçada por nosso fundador, Dom Marcel Lefebvre, de quem esperamos uma próxima reabilitação.


Também desejamos abordar estas “conversações” que o decreto reconhecia como necessárias sobre as questões doutrinais que se opõem ao magistério de sempre.

Não podemos senão verificar a crise sem precedentes que sacode a Igreja de hoje: crise de vocações, crise de prática religiosa, do catecismo, e da freqüência dos sacramentos… Antes de nós, Paulo VI falava de uma infiltração da “fumaça de Satanás”, e de uma “auto demolição” da Igreja. João Paulo II não hesitou em dizer que o catolicismo na Europa estava em estado de uma “apostasia silenciosa”. Pouco antes de sua eleição ao Soberano Pontificado, Bento XVI, ele mesmo, comparava a Igreja a “uma barca na que entrava água por todos os lados”. Também nós queremos, nestas “conversações” com as autoridades romanas, examinar as causas profundas da situação presente e de apresentando o remédio adequado, chegar a uma restação sólida da Igreja.

Queridos fiéis, a Igreja está nas mãos de nossa Mãe, a Santíssima Virgem Maria. Nós nos confiamos a Ela. Nós lhe pedimos a liberdade da missa de sempre, em todos os lugares e para todos. Nós lhe pedimos o levantamento do decreto de excomunhão. Nós lhe pedimos em nossas orações, a Ela que é a Sede da Sabedoria, estes necessários esclarecimentos dotrinais que as almas atribuladas têm tanta necessidade.


Menzinger, 24 de janeiro de 2009.
Bernard Fellay

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 26 de January de 2009 13:17

Publicado na Agencia Ecclesia.



Superior da Fraternidade São Pio X saúda levantamento das excomunhões


O superior da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, D. Bernard Fellay, reagiu em comunicado à publicação do decreto da Congregação para os Bispos, assinado no dia 21 de Janeiro pelo Cardeal Giovanni Battista Re, com o qual Bento XVI acolheu o pedido de levantar a excomunhão dos quatro bispos ordenados em 1988 por Dom Marcel Lefebvre. O prelado fala num “novo clima”.

“Expressamos a nossa gratidão filial ao Santo Padre por este acto que, além da mesma Fraternidade, será um bem para toda a Igreja. A nossa Fraternidade deseja poder ajudar cada vez mais o Papa a remediar esta crise sem precedentes que atinge actualmente o mundo católico, e que o Papa João Paulo II tinha designado como um estado de «apostasia silenciosa»”.


D. Fellay saúda ainda o facto de o decreto prever a necessidade de “conversações” com a Santa Sé, “conversações que permitirão à Fraternidade Sacerdotal São Pio X de expor as suas razões doutrinais de fundo, que ela considera como a origem das dificuldades actuais da Igreja”.


Este responsável manifesta ainda a “firme esperança de chegar em breve a um reconhecimento dos direitos da Tradição católica”.

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 26 de January de 2009 14:06

Ainda bem para eles!

Alguns pontos que eu gostava de chamar a atenção:

- Foram anuladas as excomunhões dos 4 bispos e não declarada a sua nulidade, que eu acharia sempre muito difícil de justificar.

- Os passos em direcção à reconciliação continuam a ser todos do Papa. A FSSPX não teve nenhum gesto nesse sentido. Vejam, aliás, as declarações de Monsenhor Fellay na mensagem colocada pela Cristina:

Citação:
Monsenhor Fellay
Saibamos agradecer à Santíssima Virgem que inspirou ao Santo Padre este ato unilateral, bondoso, corajoso. Asseguremos-lhe nossa fervente oração.

- A questão do concílio do Vaticano II não está clarificada e não acho que, como diz a Cristina, não exista "duvida [que] a Fraternidade reconhece (...) todos os concilios". Segundo o mesmo Monsenhor Fellay:

Citação:
Monsenhor Fellay
“Estamos prontos para escreve com nosso sangue o Credo, para assinar o juramento anti-modernista, a profissão de Fé de Pio IV, nós aceitamos e fazemos nossos todos os concílios até o Vaticano II, a respeito do qual temos nossas reservas”

Eles só aceitam completamente os concílios ATÉ o do Vaticano II. E sobre este, acham porventura que aquilo que os textos que eles têm nas suas páginas oficiais e dos quais eu citei alguns, manifestam "reservas"? Reservas?!...

- Continuo a achar que, enquanto a FSSPX não declarar pública e inequivocamente a validade do Concílio do Vaticano II, não acredito nas suas boas intenções. Aliás, para responder à Cristina numa mensagem anterior, fui pesquisar as páginas oficiais da FSSPX. E fiquei mal impressionada com o que li. A minha opinião sobre eles mudou para pior (sem falar nas declarações de Monsenhor Williamson sobre o Holocausto, cujos disparates só envergonham a Igreja.)

Cassima

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 26 de January de 2009 15:05

Cassima

Começando pelo fim é obvio que as declarações do Bispo que falas são um desastre e envergonham a Igreija. De qualquer modo a FSSPX já se veio distanciar das declarações. N

Quanto às declarações da FSSPX acho-as muito positivas. Aceitam todos os concilios até ao CVII (se ainda sei português até significa inclusive).

No entanto são claros ao declarar aceitação de todo o ensinamento da Igreja na primazia de Pedro. Aliás se reparares o Papa decide em resposta a um pedido da FSSPX.

Por todo o mundo os movimentos da tradição festejam a decisão do Papa.

Finalmente é extraordinário a importancia da oração. mais de 1.700.000 de rosários foram rezados por esta intenção e o que parecia impossível aconteceu.

Cristina

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 26 de January de 2009 15:26

Ainda é cedo para concluir mas um dos grandes vitoriosos é Mons Fellay


Durante todos estes anos Mons Fellay conduziu as negociações tendo por objectivo levar a Fraernidade "inteira" para a plena comunhão.

Cedo percebeu que a mesma acolhe várias sensibilidades. Os Padres mmais moderados que foram adeptos de um entendimento com Roma liderados por Mons Fellay e Mons Gallareta e os Padres mais novos que nunca conheceram o sabor da plena comunhão liderados por Wiliamson e Tissier de Malerais.

A divisão da obra de Mons Lefevre esteve em cima da mesa mas Mons Fellay evitou.

Claro que os problemas não estão resolvidos e a unidade da Fraternidade mas sejamos claros.

Hoje a grande maioria das reacções da FSSPX são de grande alegria e entusiasmo e apenas alguns mais radicais (que mais cedo ou mais tarde sairão) não demonstram grande alegira.

Cristina

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 26 de January de 2009 15:49

Citação:
cristina dinis saraiva
Quanto às declarações da FSSPX acho-as muito positivas. Aceitam todos os concilios até ao CVII (se ainda sei português até significa inclusive).

Cara Cristina

Eu também vou sabendo um pouco de português e, da forma como a frase está construída, para mim o "até" é exclusivo.

Aliás, se D. Fellay quisesse mesmo dizer que aceitavam como seus todos os concílios, não era necessário acrescentar o "até", visto que o do Vaticano II foi o último que houve. Ele sentiu necessidade de marcar essa fronteira, esse "até".

Sabendo a recusa que a FSSPX tem tido do Vaticano II era natural que se esperasse dele uma frase clara, sem ambiguidades. Poderia ter dito, por exemplo: "nós aceitamos e fazemos nossos todos os concílios, incluindo o do Vaticano II, a respeito do qual temos nossas reservas." Mas não disse...

Portanto, continuo na minha, a dúvida mantém-se.

E reparo que não comentaste as citações que eu fiz das páginas da FSSPX...

Cassima



Editado 1 vezes. Última edição em 26/01/2009 15:51 por Cassima.

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 26 de January de 2009 16:56

Cassima

Não comentei nem acho que deva comentar.

Se achas que sou uma "fiel" da FSSPX bateste a uma porta errada.

Sempre estive em plena comunhão e muito critiquei muitas das posições da FSSPX.

Outra coisa é ficar contente pelo seu regresso (vamos a ver) à plena comunhão.

Acho que é uma optima notícia para a Igreija. Com a sua regularização vai ser possível, também em Portugal e em Lisboa ter acesso à Missa de Sempre de forma totalmente licita.

O estigma da excomunhão terminou.


Seja bem vinda FSSPX à plena comunhão.

Obrigado Mons Lefevbre pelo seu exemplo de coragem e resistência.

Cristina

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 26 de January de 2009 17:02

Primeira entrevista de Monsenhor Fellay após a anulação da excomunhão

Cristina



- Do you condemn the negationist declarations of Bishop Williamson?

- [Fellay:] It does not belong to me to condemn them. I do not have the competence for his. But I deplore that a Bishop may have given the impression of involving the Fraternity with a view that is not ours.

- According to observers, the Pope's decision could create divisions within the Fraternity. All the faithful and priests would not be ready for unity.

- [Fellay:] I do not fear it. There may always be a dissonant voice here or there. But the zeal with which the faithful prayed the Rosary to ask for the removal of the excommunications says a lot about our union; 1 700 000 rosaries were said in two and a half months.

- In your letter to the faithful of January 24 [PDF], you display your desire to examine, with Rome, the deeper causes of the "unprecedented crisis which afflicts the Church today". What are these causes?

- [Fellay:] In the essence, this crisis is caused by a new approach to the world, a new view of man, that is, an anthropocentrism which consists of an exaltation of man and a forgetfulness of God. The arrival of modern philosophies, with their less precise language, has led to confusion in theology.

- Is the Second Vatican Council also responsible for the Church crisis, in your opinion?

- [Fellay:] Not all comes from the Church. But it is true that we reject a part of the Council. Benedict XVI himself condemned those who claim the Spirit of Vatican II to demand an evolution of the Church in a break with its past.

- Ecumenism and religious liberty are at the center of the criticisms you make of Vatican II

- [Fellay:] The quest for unity of all in the Mystical Body of the Church is our dearest desire. Nonetheless, the method that is used is not appropriate. Today, there is such a focus on the points which unite us to other Christian confessions that those which separate us are forgotten. We believe that those who have left the Catholic Church, that is, the Orthodox and the Protestants, should come back to it. We conceive ecumenism as a return to the unity of Truth.

Regarding religious liberty, it is necessary to distinguish two situations: the religious liberty of the person, and the relations between Church and State. Religious liberty implies liberty of conscience. We agree with the fact that there is not a right to force anyone to accept a religion. As for our reflection on the relations between Church and State, it is based on the principle of tolerance. It seems clear to us that there where there are multiple religions, the State should be watchful of their good coexistence and peace. Nevertheless, there is but one religion that is true, and the others are not. But we tolerate this situation for the good of all.

- What will happen if the negotiations fail?

- [Fellay:] I am confident. If the Church says today anything that is in contradiction with what it taught yesterday, and if it forced us to accept this change, then it must explain the reason for it. I believe in the infallibility of the Church, and I think that we will reach a true solution

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 26 de January de 2009 17:08

Citação:
cristina dinis saraiva
Não comentei nem acho que deva comentar.
Se achas que sou uma "fiel" da FSSPX bateste a uma porta errada.

Sempre estive em plena comunhão e muito critiquei muitas das posições da FSSPX.

Outra coisa é ficar contente pelo seu regresso (vamos a ver) à plena comunhão.

Cara Cristina

Eu sei, por afirmações tuas em outras mensagens, que não és "fiel" da FSSPX.

Porém, dada a tua afirmação de que eles aceitavam o concílio do Vaticano II (e por inerência, a Missa Nova) e tendo eles oficialmente afirmações contrárias a isso, era normal esperar de ti alguma reacção nesse sentido.

Quanto ao resto, vamos esperar para ver.

Cassima

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: IAmDudum (IP registado)
Data: 26 de January de 2009 17:36

O que interessa do documento emitido pela Congregação do Cardeal Re é que, finalmente, 20 anos depois, foi feita justiça. Dizem uns que incompleta, dizem outros que demasiada, digo eu que agora o mais importante é que assim acaba-se com o 'estigma' do 'cisma' (não de imediato, é certo) e tudo se tornará mais fácil (e a partir daqui tudo começará, de facto)!

Espero que pelo menos agora o Patriarcado de Lisboa ceda uma Igreja à FSSPX. Outro dia li num jornal que há 8 igrejas cedidas aos ortodoxos. Apesar das questões pessoais que o Cardeal tem com a Fraternidade (e que remontam ao próprio Monsenhor Lefebvre), espero que tudo se resolva rapidamente para os lados da capital (que não é a minha diocese, mas a sua importância é vital, até porque o espaço onde agora estão já é bastante pequeno, para o número de fiéis que lá costumam ir). Evidentemente que espero que o mesmo aconteça em Fátima (e já agora no resto do país, mas um passo de cada vez, Lisboa é que é crucial, pois não há lugares para os fiéis na capela actual - que até fica mal situada, demasiado escondida).

Posto isto, como também já tenho dito, não sou 'fiel' da FSSPX. Mas não dispensarei de lá dar 'um saltinho', assim que puder!

Já agora, convido-vos a passarem por lá qualquer dia!

;)


P.S.: a carta aos fiéis da Fraternidade escrita por D. Fellay é diferente em português e francês... justamente na parte fulcral! Ora vejam: "«Nous sommes prêts à écrire avec notre sang le Credo, à signer le serment anti-moderniste, la profession de foi de Pie IV, nous acceptons et faisons nôtres tous les conciles jusqu'à Vaitcan I [e não II]. Mais nous ne pouvons qu'émettre des réserves au sujet du Concile Vatican II, qui s'est voulu un concile différent des autres(cf. discours des Papes Jean XXIII et Paul VI).». En tout cela, nous avons la conviction de rester fidèles à la ligne de conduite tracée par notre fondateur, dont nous espérons la prompte réhabilitation." - ou seja, até ao CVI aceitam-nos integralmente, o do CVII levantam as mesmas reservas de sempre (mas aceitam-no).

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 26 de January de 2009 18:12

IAmDudum

Neste documento PDF, para onde remete a SSPX está "Second Vatican Council".

Não quero estar aqui a bater mais na mesma tecla. Se o aceitem, digam-no sem sombra de dúvidas e retirem aqueles textos das suas páginas ou alterem-nos.

Cassima

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 26 de January de 2009 20:34

Nem por acaso, aqui na Polónia saiu um número inteiro dedicado à questão da Missa Tridentina e Vaticana (é assim que eles chamam à missa nova).

Quer deixar aqui os meus parabéns a todos aqueles que lutaram e continuam a lutar para que as ex-comunhões fossem anuladas. Apesar de estar longe das ideias tradicionalistas não deixo de me sentir um pouco alegre por ver que o diálogo ecuménico dá os seus frutos.

Realmente o Papa Bento XVI está a fazer os possíveis por reforçar os laços com os nossos irmãos que se perderam da Igreja fazendo por aplicar o Concílio em especial o Decreto «Unitatis redintegratio». Como dizia hoje na homilia da celebração ecuménica em Roma, para concluir a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos,

“A atitude de conversão interior em Cristo, de renovação espiritual, de caridade acrescentada perante os demais cristãos deu lugar a uma nova situação nas relações ecuménicas”

Se este passo foi dado, e apesar das declarações muito infelizes do Bispo Williamson, acredito que em alguma a FSPX está disposta em mudar. Numa mensagem que a meu ver foi directamente pensada para os Tradicionalistas, diz o Papa que a conversão “implica duas dimensões. No primeiro passo conhecem-se e reconhecem-se à luz de Cristo as culpas e este reconhecimento converte-se em dor e arrependimento, desejo de um novo começo. No segundo passo reconhece-se que este novo caminho não pode vir de nós mesmos”, explicou o Papa.

Não deixa de ser irónico que é graças ao ecumenismo e na semana da unidade dos Cristãos que tantas vezes é criticado e desprezado pelo tradicionlistas que este passo é dado.

Um outro comentário é que o Papa revela mais uma vez o inteligência muito grande e um apurado sentido diplomacatico.

Com este decreto Bento XVI dá uma mostra para dentro da Igreja como tinha já feito ao reunir-se com teólogos afastados ou disciplinados que não está em busca de conversões musculadas, do estilo só o Papa é que tem razão. Por outro lado é um teste bastante importante para a flexibilidade e recepção da Igreja para procurar acabar com outros cismas mais antigos e mais dolorosos.

Acho que podemos ver como um fantástico sinal de esperança para todos aqueles rezam pela unidade e o ecumenismo.

Vamos esperar pelos próximos desenvolvimentos.

Em comunhão

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: nick (IP registado)
Data: 27 de January de 2009 11:57

http://blogs.publico.pt/darussia/

Clero da Igreja Ortodoxa Russa (IOR) reuniu-se hoje de manhã na capital russa, no Templo de Cristo Redentor, para eleger aquele que irá substituir Alexis II, falecido em Dezembro passado, no cargo de Patriarca da mais numerosa confissão religiosa da Rússia.
Os bispos terão de escolher três candidatos ao cargo de Patriarca e um deles, no Concílio Local, reunião onde participam representantes leigos e religiosos das dioceses e mosteiros e que deverá realizar-se a 27, será entronizado.
As cerimónias mais importantes têm honras de transmissão directa no canal público televisivo “Rossia”, cujo sinal chega a todo o país e a numerosas regiões do globo.
O novo Patriarca será eleito no Concílio Local, que reúne clérigos e leigos que representam 30 mil paróquias e mais de 800 mosteiros da Igreja Ortodoxa Russa não só na Rússia, mas também no estrangeiro. Os delegados das dioceses e mosteiros foram eleitos em reuniões feitas a nível local e regional.
Segundo os estatutos da IOR, pode ser eleito Patriarca “qualquer clérigo com mais de 40 anos de idade, formação teológica superior e experiência diocesal”. O Concílio Local poderá fazer avançar amanhã um número ilimitado de candidatos ao cargo de Patriarca, mas, se não surgirem surpresas, a final deverá ser disputada entre o metropolita de Smolenski e Kalinninegrado Kirill (foto da esquerda), nomeado Patriarca interino pelo Concílio Episcopal, o metropolita de Kalujski e Borovski, Kliment (foto da direita) e o metropolita de Krutitski e Kolominsk, Iuvenal (foto do centro).
A “campanha eleitoral” foi dura e ficou marcada por fortes ataques lançados pelos sectores ortodoxos mais conservadores contra o principal pretendente ao cargo, Kirill, nomeadamente na Internet.
Kirill foi acusado de continuar a colaborar com o Conselho Mundial das Igrejas e a participar no movimento ecumenista com igrejas protestantes que defendem “casamentos homossexuais”, de “cripto-catolicismo” e de “ganhar dinheiro com a importação, sem pagamento de impostos, de vodka e cigarros”, privilégio dado à IOR pelo antigo Presidente russo, Boris Ieltsin, nos anos 90 do séc. XX, para conseguir meios financeiros para reconstruir as centenas de templos e mosteiros deixadas em ruínas pelos comunistas.
Igor Vijanov, porta-voz da Secção Internacional da Igreja Ortodoxa Russa, departamento também dirigido por Kirill, refuta todas as acusações e, no caso das relações com o Vaticano, em que Kirill é também acusado de “não travar a expansão católica na Rússia”afirma: “se neste campo foram obtidos êxitos, ouso atribuí-los aos nossos humildes esforços sob a direcção do actual Patriarca interino”.
Além disso, Kirill conta com o apoio do Kremlin, o que leva o deputado Serguei Markov, vice-presidente do Comité da Duma para Questões das Organizações Sociais e Religiosas, a dizer que “só um milagre” será capaz de evitar a eleição de Kirill.
“Só um milagre poderá impedir a eleição de Kiriil, pois trata-se do clérigo ortodoxo com maior apoio no interior da Igreja, tem realizado um excelente trabalho à frente da Secção Internacional da IOR”, declarou Markov à agência Lusa.
Uma votação organizada na Internet: www.zapatriarha.ru, dá também a vitória ao metropolita Kirill com 40,9 pc dos votos, seguindo do metropolita de Tóquio e do Japão, Daniil, com 39,5 pc.
Mas para evitar surpresas, Kirill fez reverências aos sectores conservadores que apoiam Kliment, desmentindo qualquer intenção sua de realizar reformas no seio da IOR, manifestando-se também contra a introdução do russo moderno como língua litúrgica.

Está tudo ligado.

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 27 de January de 2009 21:22

Para os que andam a utilizar as infelizes declarações negacionistas aqui vai a reacção da Fraternidade.

Pedem desculpa ao Papa e mandam calar o Bispo.

Cristina


Superior General of the SSPX:
Bishop Williamson forbidden to speak
on political or historical matters
Communiqué of the Superior General of the Society of St. Pius X,

Bishop Bernard Fellay


It has come to our attention that Bishop Richard Williamson, a member of our Society, granted an interview to a Swedish network. In this interview, he also commented on historical issues, especially on the genocide of Jews by the National-Socialist regime. It is obvious that a bishop speaks with religious authority solely on matters of faith and morals. Our Society claims no authority over historical or other secular matters.



The mission of the Society is the offering and restoration of authentic Catholic teaching, as handed down in the dogmas. We are known, accepted, and appreciated worldwide for this.



We view this matter with great concern, as this exorbitance has caused severe damage to our religious mission. We apologize to the Holy Father and to all people of good will for the trouble it has caused.



It must remain clear that those comments do not reflect in any way the attitude of our community. That is why I have forbidden Bishop Williamson to issue any public opinion on any political or historical matter until further notice.



The constant accusations against the Society have also apparently served the purpose of discrediting our mission. We will not allow this, but will continue to preach Catholic doctrine and to offer the Sacraments in the ancient rite.

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: Onac (IP registado)
Data: 28 de January de 2009 12:52

Bento XVI explicou hoje a sua decisão de levantar as excomunhões aos quatro Bispos ordenados em 1988 por mons. Lefebvre, sem mandato pontifício, falando num “acto de misericórdia paterna”.

O Papa revelou na audiência geral desta Quarta-feira que espera agora, da parte dos destinatários desta decisão, “posteriores passos necessários para realizar a plena comunhão com a Igreja”.

Em particular, Bento XVI falou na necessidade de testemunharem “verdadeira fidelidade e verdadeiro reconhecimento pelo magistério e a autoridade do Papa e do Concílio Vaticano II”.

Os Bispos em causa são D. Bernard Fellay, D. Bernard Tissier de Mallerais, D. Richard Williamson e D. Alfonso de Galarreta.

O Papa lembrou as palavras pronunciadas na Missa do seu início de ministério, em Abril de 2005, na qual falava do chamamento à unidade: “Alegremo-nos pela tua promessa, que não desilude, e façamos o possível para percorrer o caminho rumo à unidade, que tu prometeste. (...) Não permitas que a tua rede se rompa e ajuda-nos a ser servos da unidade”, repetiu hoje Bento XVI.

No “cumprimento específico deste ministério”, frisou o Papa, decidiu levantar as excomunhões porque “estes prelados manifestaram, repetidamente, o seu vivo sofrimento pela situação em que encontravam”.
(Agência ECCLESIA, 28.01.2009)

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 28 de January de 2009 13:30

O Para é de facto Grande.

A Fraternidade de S Pio X pode agora escolher o seu caminho.

De regresso à plena comunhão ou de exclusão.

Rezeos para que regressem à plena comunhão a bem da Igreija e da Fraternidade

Cristina

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: Onac (IP registado)
Data: 28 de January de 2009 16:50

O Papa conhece este dossier como ninguém e, efectivamente, o levantamento das excomunhões não é tanto uma cedência, mas uma espécie de "ultimato", do género: já fiz tudo o que podia fazer, agora decidam-se...

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 28 de January de 2009 16:51

A notícia da Santa Sé:

_______________________________________________________________________________

TAKING THE STEPS NECESSARY FOR FULL COMMUNION

VATICAN CITY, 28 JAN 2009 (VIS) - At the end of his general audience today, the Pope mentioned his recent decision to revoke the excommunication on "the four bishops ordained without pontifical mandate by Archbishop Marcel Lefebvre in 1988".

"I have undertaken this act of paternal benevolence because those same bishops have repeatedly expressed to me their profound suffering at the situation in which they found themselves.

"I hope that this gesture of mine will be followed by a prompt commitment on their part to take the further steps necessary to achieve full communion with the Church, thus showing true faithfulness to, and true recognition of, the Magisterium and authority of the Pope and of Vatican Council II".
AG/FULL COMMUNION/LEFEBVRE VIS 090128 (130)


João (JMA)

Re: Fraternidade de Sao Pio X chega a acordo com Roma
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 29 de January de 2009 10:42

Estas declarações do Papa dizem tudo. Nem mais nem menos.

Entretando as notícias que chegam da Fratrnidade não podem ser melhores:

- Agradecem o gesto do Papa e reconhecem o seu magistério como vigário de Cristo.
- O FSSPX da Alemanha pediu desculpas pelas declarações da Wilianson e recorda que o Pai de Mons Lefevre foi vitima do holocausto
- Mons Wiliamson escreveu para Roma a pedir perdão pelas declarações mal intrepretadas e reconheceu o holocausto.

Agora os que são contra um entendimento agarram-se à necessidade da FSSPX declarar o reconhecimento da validade do CVII.

Quem pensar que é por aqui que o acordo de rompe pode tivar o cavalo da chuva.

- Ao aceitar o magistério de todos os Papas já se está a reconhecer o CVII.

- O CVII em si não é um dogma de fé.

- Pode ser interpretado correctivamente, de acordo com a Magistério de todos os Papas.

- Roma dará o direito da FSSPX de criticar certos documentos do concilio como aliás já fex em relação ao Instituto do Bom Pastor.


Enfim tenho para meim que antes do fim do ano está tudo regularizado.

Cristina

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