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Re: Cardeal Martini pede a reforma da Igreja
Escrito por: meira (IP registado)
Data: 23 de July de 2009 19:35

Palavras do Cardeal Martini, em 1995, no livro "Em que creem os que não creem?", escrito em parceira com Umberto Eco:
“A partir da concepção nasce, de fato, um ser novo. Novo significa diverso dos dois elementos que, unindo-se, o formaram. Tal ser inicia um processo de desenvolvimento que o levará a tornar-se aquela “criança, coisa maravilhosa, milagre natural ao qual se deve aderir”. É este o ser de que se trata, desde o início. Há uma continuidade na identidade.” (vv.aa., Em que crêem os que não crêem?, Ed. Record, 1ª. Ed., Brasil, pág. 39)
“Muitas vezes se pensa e se escreve que a vida humana é, para os católicos, o valor supremo. Tal modo de exprimir-se é, no mínimo, impreciso. Não corresponde aos Evangelhos, que dizem: “não fiqueis temerosos dos que matam o corpo, mas não podem matar a alma.” (Mateus, 10,28). A vida que tem valor supremo para os Evangelhos não é aquela física e sequer psíquica (para as quais os Evangelhos usam os termos gregos bios e psyché), mas a vida divina comunicada ao homem (para a qual é usado o termo zoé). Os três termos são acuradamente distinguidos no Novo Testamento e os dois primeiros são subordinados ao terceiro: “Quem ama a sua vida (psyché) a perde e quem odeia a sua vida (psyché), deste modo a conservará para a vida eterna (zoé)” (João 12,25). (...) Assim, o valor supremo é o homem vivente da vida divina.
Daí se depreende o valor da vida humana física na concepção cristã: é a vida de uma pessoa chamada a participar da vida do próprio Deus. Para um cristão o respeito da vida humana desde a primeira individuação não é um sentimento genérico (...) mas o encontro com uma responsabilidade precisa: a deste vivente humano concreto cuja dignidade não está confiada apenas a uma avaliação benevolente minha ou a um impulso humanitário, mas a um chamado divino.” (vv.aa., Em que crêem os que não crêem?, Ed. Record, 1ª. Ed., Brasil, pág. 37-38)

Re: Cardeal Martini pede a reforma da Igreja
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 26 de July de 2009 20:13

Desculpem lá, mas porque um tal cardeal, diz isto ou aquilo então lá vamos nós seguindo o Cardeal..., dar-lhe a palavra...
Será que esta atitude não é clericalista?
A mim, parece-me....

Re: Cardeal Martini pede a reforma da Igreja
Escrito por: Julio Cesar Simoes (IP registado)
Data: 04 de August de 2009 08:04

Algumas vezes parece-me que os ensinamentos da Igreja no Brasil são muito diferentes dos ensinamentos de Além Mar...
Padres casados no exercício do sacerdócio e, infelizmente, mulheres exercendo o sacerdócio é completamente incompatível ao tipo de serviço, se não, vejamos:

O serviço pedido pela Igreja (que o padre aceitou em sua ordenação) é sempre comparado ao de "pastor de ovelhas", assim deve conduzi-las e protegê-las, nunca pode tirar os olhos delas, pois sempre acontece que umas se perdem, outras ficam presas, outras adoençem, têm filhos, morrem, etc... um trabalho bastante árduo.

a) Primeiro exemplo: Um padre casado (e se casado espera-se que Deus o abençoe com filhos), na Missa de Páscoa, é chamado as pressas pois um filho de seu casamento está enfêrmo. Se vai ter com o filho e abandona a missa...; se fica na missa e abandona o filho... Em qualquer dos casos, infelizmente, acabará como um péssimo pai e um péssimo padre. O sacerdócio é inconpatível aos problemas mundanos do casamento. A Igreja de maneira magnífica coloca a vida do rebanho acima da vida do pastor (apenas um exemplo, quem é pai pode dar mais exemplos).

b) Segundo exemplo: A mulher exercendo o sacerdócio. Neste, o testemunho das mulheres se faz necessário para que seja evitado algum tipo de "maxismo" ou "racismo". Pergunte as mulheres se as Tensões Pré-Menstruais (TPM) não infrigem na maioria das mulheres modificações extremas de humor; se a cólicas menstruais não causam, na maioria das mulheres, dores insuportáveis; infelizmente elas vão concordar... Vamos tentar imaginar uma mulher exercendo o sacerdócio e seu período menstrual coincidirá (normalmente) com o fim do mês, na Missa de Natal... Agora some-se a isso se fosse permitido casar: "Não teremos missa hoje porque foi todo mundo para a maternidade..."

O celibato não pode ser tratado como uma questão que tem certo ou errado, mas deve ser visto como uma necessidade que os paroquianos têm. Os padres que se ordenarão no futuro dificilmente (acredito mesmo impossível) poderão casar; e os já ordenados, quem foi a uma ordenação viu e ouviu, a ÚNICA promessa que fazem é a do celibato, prostram-se diante de Deus e fazem uma promessa. Esse é o motivo que são afastados do serviço, prometeram a Deus e quebraram a promessa, tornam-se indígnos do serviço clérico visto que sua palavra de nada vale, acretido que têm sorte de não serem excomungados...
Ah! - diriam uns - mas um homem precisa respirar, precisa comer, precisa de sexo... faz parte da natureza do homem! Realmente faz, como faz parte da natureza do macaco, do cachorro, etc., se o homem (padre ou não) pensar primeiro em suas necessidades e depois em Deus não passaremos de animais...

Re: Cardeal Martini pede a reforma da Igreja
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 04 de August de 2009 11:51

Julio

O teu ponto b) é a todos os níveis lamentável, carregadinho de estereótipos de péssimo gosto. Uma pena.

Repara que a tua argumentação seria comparável a dizer que os homens, devido à sua territorialidade apoiada biologicamente pela testosterona, tendem a comportamentos agressivos incompatíveis com o papel de zelar pelo rebanho. Que um padre não pode conduzir pois pode ficar preso no trânsito. Que nem sequer devia ser humano pois pode ficar doente.

Caso não houvesse Missa de Natal por o sacerdote estar em trabalho de parto, não seria isso antes motivo de júbilo? Estou certa que os paroquianos se deslocariam para outra igreja ou comemorariam naquele ano de forma diferente, até com outra alegria. Quem sabe até com mais significado.

Meu caro, não há justificação para o injustificável, por mais que se invente.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Cardeal Martini pede a reforma da Igreja
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 04 de August de 2009 23:26

Lena,

O ponto a) do rapaz também foi de mau gosto.

Na proposição disparatada do sujeito é bastante substituir "filho" por "pai" e, tivesse algum sentido ela, os sacerdotes estariam proibidos de ter família; e o mesmo se pode dizer de ter amigos ou laços de caridade. O Julio foi tão infeliz na sua tentativa de argumentação que acabou por lançar ao lixo a parábola do bom samaritano, colocando outra vez os "serviços do templo" antes do cuidado com as pessoas. Queria o Julio que o padre passasse adiante "para celebrar missa" e deixasse o próximo jogado no chão... uma pena que ainda não entendeu que socorrer o próximo também é "celebrar missa".

Até quando Senhor?

Re: Cardeal Martini pede a reforma da Igreja
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 05 de August de 2009 00:04

Tens razão amigo.
A a) também foi muito má.
Gostei da expressão socorrer o próximo também é "celebrar missa"

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Cardeal Martini pede a reforma da Igreja
Escrito por: Julio Cesar Simoes (IP registado)
Data: 05 de August de 2009 06:12

Citação:
Lena
Repara que a tua argumentação seria comparável a dizer que os homens, devido à sua territorialidade apoiada biologicamente pela testosterona, tendem a comportamentos agressivos incompatíveis com o papel de zelar pelo rebanho. Que um padre não pode conduzir pois pode ficar preso no trânsito. Que nem sequer devia ser humano pois pode ficar doente.

Lena, se você reparar o meu mêdo na argumentação éra justamente que alguém acha-se isso que você escreveu, que se entrasse em discussão "quem é melhor, o homem ou a mulher?" Discussão inútil, ambos maravilhosos, não faço distinções, mas devo reconhecer que, pela mulher carregar o filho no ventre e trazer-lhe a luz da vida, acredito que a mulher seja o sêr mais maravilhoso que Deus pôs no mundo. Porém, sem que você fique brava, a de se pensar que na estrutura da Igreja Católica existem muito mais mulheres do que homens (irmãs, freiras, madres, etc.), então não pedirei a você que consulte seu Padre neste assunto, pedirei que consulte uma Freira que fôr sua conhecida para dar esclarecimentos a nossa discussão.
Quanto ao Firefox, seu exemplo do socorro é perfeito, foi isso que eu disse, a tarefa principal do padre é o seu rebanho, todas as horas do dia e todas os dias de sua vida, converse com seu padre sobre isso, leve o texto de discussão do fórum e pergunte o que ele acha e traga para nós o que ele disser, será também esclarecedor.

O texto que deu início a discussão fala, com grande propriedade, que no início da Igreja (lá nos tempos de São Pedro), as mulheres tinham papel importante, possuindo até Diáconas. Isso já é extraordinário se você lembrar que os "Pilares do Cristianismo" foram construídos por homens de formação judaica e naquela época a leitura das escrituras era proibido às mulheres judias (ainda é para judeus ortodoxos), e ainda hoje o Templo Judeu é construído com locais especiais para as mulheres. Nós católicos sempre tivemos uma participação igual para homens e mulheres, a admiração pelo trabalho das mulheres pode-se notar pela quantidade de Santas nomeadas pela Santa Sé (acredito que teremos a última nomeada Madre Theresa).
Homens e mulheres maravilhosos que abandonaram suas vidas em pról do serviço do Senhor, cada um com seus deveres, ocupando uma posição determinada; perguntamos o motivo de não misturá-los... É hora de perguntar para eles!

Re: Cardeal Martini pede a reforma da Igreja
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 05 de August de 2009 09:45

Meu caro, mas aquilo que não querias que fosse feito, foi exactamente o que fizeste ao dar aqueles exemplos.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

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