Citação:

Ana
Cada um vê o mundo como quer

Não é a isto que o Papa chama relativismo?

pontosvista

O Cardeal Martini é deveras um grande homem.

Que entende bem os problemas do nosso tempo e faz os possíveis por encaminhar a Igreja para o caminho do Evangelho.

As questões que coloca são da maior importância e representam o pensamento da maioria dos Católicos.

A Igreja, por natureza, deve estar sempre em processo de reforma para melhor transmitir o Evangelho, como é sua obrigação.

Concordo totalmente com as posições referidas no artigo do "El Pais". É um roteiro para as mudanças dos próximos anos.

João (JMA)

Ena pá, tanta comentário!

Ora bem, o Firefox acusa-me de ser defensor "da ditadura do medievo" (calculo que a crítica seja para mim, embora não me sirva o capote, mas como sou o único que neste tópico tem escrito "contra-a-corrente", suponho que seja para mim). Actualmente as igrejas protestantes podem ter mulheres como celebrantes, há homossexuais assumidos entre as suas fileiras, etc,etc,etc. e as igrejas estão às moscas, vazias, tristes e velhas.
Quando fui a Inglaterra (e isto não é só para dizer que fui a Inglaterra...) fui a uma missa dominical anglicana (como é quase óbvio). Para além das parecenças evidentes, reparei que só eu e o meu grupo fazíamos a maior parte dos fiéis presentes. Éramos 8.
Mudar para fazer marketing e conquistar mais fiéis? I don't think so, até porque se fosse só para propaganda mais valia estar quieto.
A Igreja sempre saiu porta fora, extra-muros, criticando quando tinha que criticar, actuando onde tinha de o fazer.
A maior parte dos portugueses é contra o casamento entre homossexuais. Na maior parte do mundo o aborto é proibido. São mais alegres os brasileiros com famílias numerosas mesmo com dificuldades do que os portugueses, sempre queixosos e resmungões.

Defendo isso e nada mais. Uma evolução na continuidade, se quiserem. Se o mundo sempre esteve assim, se a maior parte do mundo quer continuar assim, se assim se 'está bem', porque é que haveremos de ser nós a querer mudar (logo nós, católicos, sabendo que é contra a Lei Natural algumas destas coisas), porque é que haveríamos querer fingir estar na crista da onda, ser um grupo de gente com mente aberta e avançada nas ideias?
Se nem o mundo é, porquê nós?

Quando, há cerca de 2 anos, estalou a polémica (mais uma...) dos crucifixos nas escolas, quase todos os católicos (e todos os que eu conheço) defendiam que, para não serem ofendidos crentes de outras religiões, deveriam ser retirados os crucifixos das paredes escolares. O Imã de Lisboa classificou a atitude como disparatada e outros religiosas (como a responsável pela comunidade judaica) mostraram-se desagradados com a atitude dos católicos em seu nome.

Muitas vezes é das próprias fileiras da Igreja que saem os maiores ataques, as mais violentas críticas, tudo em nome da 'liberdade dos outros'?

Se querer perceber e defender a Igreja é ser medievo, digo-te só...

Quanto ao manancial de ordinarices e perversidades indicados pela Lena, apesar de dar a outra face e não comentar, alerto apenas os leitores mais incautos para a falta de rigor histórico-religioso.

Curioso é também o facto de quase todos defenderem que eu devo pensar pela minha cabeça e deixar de seguir a carneirada (embora, como é óbvio, cada um à sua maneira, uns mais educadamente, outros nem tanto) e, porém, sou o único a defender posições contrárias às veiculadas aqui.

creio que todos os cardeais, ou quase todos, todos os bispos, enfim todos os cristãos sinceros fazem "os possíveis por encaminhar a Igreja para o caminho do Evangelho".
Pensar que não é assim é uma ilusão maniquista. Têm é opiniões diferentes de qual seja o caminho evangelico.

Em inglaterra e na escocia a igreja com maior nº de praticantes já é a catolica.
Na europa a pratica religiosa dentro protestantismo é muito baixa, bem mais baixa que dentro do catolicismo. Para piorar o panorama é entre os protestantes que a fé religiosa mais diminui.

A maioria dos portugueses acha que é roubada e sistematicamente enganada pelos políticos.
A maioria dos portugueses não gosta de Matemática.
A maioria das pessoa no mundo recusa aquilo que não entende.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

não sei se deste conta mas isso foi um tiro no pé.

No meu pé não foi de certeza.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Usar a comparação com a Igreja Anglicana é mais um sinal de falta de argumentos profundos.

1 - As Igrejas cristãs devem ser fiéis ao Evangelho do Amor e não à popularidade. Logo a popularidade, só por si, não é argumento.

2 - Mesmo que a Igreja Católica ordene homens casados e mulheres, não fica igual à Igreja Anglicana. A Igreja Anglicana é chefiada pela Raínha e será chefiada pelo Príncipe Carlos. Ora mesmo aqueles que não apreciam os Papas que vamos tendo concordam que é mais razoável que a Igreja seja chefiada por um bispo do que por um rei.

3 - Posto isto, é possível que se a Igreja Anglicana não ordenasse homens casados tivesse ainda menos fiéis.

pontosvista

Um brinde ao Martini, a propósito aprecio.



Editado 1 vezes. Última edição em 02/06/2008 22:06 por Jorge Gomes.

Citação:

Lena
No meu pé não foi de certeza.

Então foi no do Luis Gonzaga

Citação:

camilo

Citação:

Lena
No meu pé não foi de certeza.

Então foi no do Luis Gonzaga

Astuto e manhoso o lobo dise:
"Então se nao foste tu, foi o teu pai. Por isso vou ter que te comer."

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Luís:

Foste atingido pela elevação desta [url=http://[www.youtube.com]]argumentação de far west??[/url]

católica praticante



Editado 1 vezes. Última edição em 02/06/2008 23:17 por catolicapraticante.

Se há sintoma da falta de adaptaçáo da Igreja aos nossos dias é a "agenda"

pseudo - progressista.

O casamento dos Padres
A homosexualidade dos padres
A ordenação das mulheres


Tanta coisa nova para debater tantos novos desafos deste século XXI e continuam agarrados às lutas dos anos 60 do século passado.

Será que o "progressismo" da Igreja ainda não chegou à era da TV a cores e tem de ser a preto e branco???

Cristina

Para os que na linha Martini reclamam a ordenação de mulheres deixo-vos um decreto da Congregação para a Doutrina da Fé que é claro e cristalino.

Posso sossegar a linha "Nós Somos Igreja" do forum que não se trata de um decreto da Idade Média.

Foi publicado na sexta feira passada.

Cristina

General Decree

On the delict of attempted sacred ordination of a woman


The Congregation for the Doctrine of the Faith, in virtue of the special faculty granted to it by the Supreme Authority of the Church (cf. Can. 30, Code of Canon Law), in order to safeguard the nature and validity of the sacrament of Holy Orders, decreed, in the Ordinary Session of December 19, 2007:

In accordance with what is disposed by Can. 1378 of the Code of Canon Law, he who shall have attempted to confer holy orders on a woman, as well as the woman who may have attempted to receive Holy Orders, incurs in a latae sententiae excommunication, reserved to the Apostolic See.

If he who shall have attempted to confer Holy Orders on a woman or if the woman who shall have attempted to received Holy Orders is a faithful bound to the Code of Canons of the Oriental Churches, he is to be punished with the major excommunication, whose remission remains reserved to the Apostolic See, in accordance with can. 1443 of the same Code (cf. can. 1423, Code of Canons of the Oriental Churches).

The present decree enters in force immediately after its publication in L'Osservatore Romano.



William Cardinal Levada
Prefect
Angelo Amato, s.d.b.
Titular Archbishop of Sila
Secretary



(Published in L'Osservatore Romano of May 29, 2008 - permanent link)



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Nao sei se esta mensagem fica aqui bem, se nao podem mudar...

Cardeal Martini: Inveja, vaidade, calúnia e carreirismo existem também na Igreja - 06/06/2008 - 13:22

A inveja é o “vício clerical, por excelência”, e os outros pecados capitais mais presentes na Igreja são a vaidade e a calúnia. Quem o afirma é o cardeal Carlo Maria Martini, arcebispo emérito de Milão, 81 anos, um dos nomes mais respeitados da Igreja católica no mundo.
O cardeal Martini, que ao completar 75 anos, trocou Milão por Jerusalém, está dirigindo os exercícios espirituais em andamento na sede dos jesuítas na localidade de Ariccia, próximo de Roma.
Segundo ele, muitos, dentro da Igreja estão ‘consumidos’ pela inveja. Alguns não aceitam nomeações de outros para bispo, e este não é o único pecado capital entre os homens da Igreja. O cardeal contou que costumam chegar às dioceses cartas anônimas, desacreditando seus membros. Quando estava em Milão, mandava destruir todas as cartas com calúnias.
Dom Carlo Maria Martini denunciou também o vício da vaidade, precisando que na Igreja ‘é muito grande’. “Continuamente – disse – a Igreja se desnuda e se reveste de ornamentos inúteis, numa tendência à ostentação, ao alarde”. O cardeal citou ainda o ‘carreirismo’ na Igreja, e especialmente, na Cúria Romana, onde “cada um quer ser mais que o outro”.



Última Alteração: 13:22:00

Fonte: Radio Vaticano
Local:Roma (Itália)

www.catolicanet.com.br

Não creio que todos bispos façam "os possíveis por encaminhar a Igreja para o caminho do Evangelho".

Estou-me a lembrar concretamente daqueles que provocam a desunião da Igreja com atitudes cismáticas.

Esse será o caminho do Evangelho?

João (JMA)

Um texto do Pe. Anselmo Borges, sobre esta belíssima figura da Igreja contemporânea, que é o Cardeal Martini.
Retirado daqui

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CONVERSAS NOCTURNAS EM JERUSALÉM


Acaba de aparecer, com o título Jerusalemer Nachtgespräche ("Conversas Nocturnas em Jerusalém"), uma série de diálogos entre dois jesuítas, em Jerusalém, noite dentro: o padre G. Sporschill, austríaco, e o cardeal Carlo Martini, antigo arcebispo de Milão e um dos nomes mais famosos da Igreja, durante anos considerado papabilis (possível Papa), que aos 75 anos se retirou para Jerusalém: "Jerusalém é a minha pátria. Antes da pátria eterna."

"Houve um tempo em que sonhava com uma Igreja que segue o seu caminho na pobreza e na humildade, uma Igreja que não depende dos poderes deste mundo. Sonhei com o extermínio da desconfiança. Com um Igreja que dá espaço às pessoas que pensam mais longe. Com uma Igreja que anima sobretudo aqueles que se sentem pequenos e pecadores. Sonhei com uma Igreja jovem. Hoje já não tenho esses sonhos. Aos 75 anos, decidi-me por rezar pela Igreja. Olho para o futuro. Quando o Reino de Deus chegar, como será? Como será, depois da minha morte, o meu encontro com Cristo, o Ressuscitado?"

Significa esta confissão desânimo? De modo nenhum. É certo que o que lhe causa preocupação é "a falta de coragem". Aliás, a palavra "Mut" (coragem, ânimo) e, consequentemente, "animar", "ter coragem" são expressões constantes e recorrentes. "A Igreja deve ter a coragem de se reformar." "A Igreja precisa permanentemente de reformas." "Porque eu próprio sou tímido, digo a mim mesmo na dúvida: coragem!"

A situação da Igreja, sobretudo na Europa, "exige hoje decisões". E lá vem a questão da sexualidade e da comunhão dos divorciados recasados e da ordenação das mulheres e da lei do celibato. Questão essencial são os jovens, apresentando-se, neste domínio, um novo princípio pastoral: "Deixar-se ensinar pela juventude."

Critica a encíclica Humanae Vitae, de 1968, com a proibição da chamada "pílula contraceptiva". "O mais triste é que a encíclica é co-responsável pelo facto de muitos já não tomarem a sério a Igreja como parceira de diálogo e mestra." Confessa que a encíclica Humanae Vitae foi negativa. "Muitos afastaram-se da Igreja e a Igreja afastou-se de muitos. Foi um grande estrago." Mas, após quarenta anos, "poderíamos ter uma nova perspectiva". "Estou perfeitamente convicto de que a direcção da Igreja pode mostrar um caminho melhor do que o da encíclica." Procuramos "um novo caminho" para falar sobre a sexualidade, o casamento, a regulação da natalidade, a procriação medicamente assistida.

Quanto ao preservativo e atendendo à sida, ele próprio diz que acabou por tornar-se o "cardeal da camisinha", como lhe confessou a sorrir um padre do Brasil.

Sobre a juventude e a sexualidade, vai avisando: "Nestas questões profundamente humanas, não se trata de receitas, mas de caminhos." A direcção da Igreja fará melhor ouvir e "familiarizar-se com o diálogo".

Quanto à homossexualidade: "No meu círculo de conhecidos há casais homossexuais, pessoas muito respeitadas e sociais. Nunca ninguém me fez perguntas e também nunca me teria ocorrido condená-las."

É verdade que não poucas mulheres criticam justamente a Igreja porque se sentem discriminadas. Martini reconhece que "a nossa Igreja é um pouco tímida" e que o Novo Testamento trata melhor as mulheres do que a Igreja. A direcção de comunidades por mulheres é bíblica e não pode excluir-se o debate sobre a sua ordenação.

O celibato exige uma verdadeira vocação. Ora, "talvez nem todos os que são chamados ao sacerdócio tenham este carisma." Depois, hoje, com a falta de padres, são confiadas cada vez mais paróquias a um sacerdote ou então dioceses importam padres do exterior. Mas isto, a longo prazo, não é solução. De qualquer modo, é preciso "debater a possibilidade" de ordenar homens casados, de fé reconhecida e provados no trato com os outros.

A Igreja de Cristo é a favor do Homem, da justiça e do Deus vivo. Mas não tem o monopólio de Deus. "Não podes tornar Deus católico." Por isso, a Igreja dialoga com os crentes das outras religiões e igualmente com os não crentes, também para conhecer as suas razões.|

Citação:

Sonhei com o extermínio da desconfiança.

era bom era

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

O Cardeal Martini volta a ser notícia, agora por uma nova entrevista, no «El País».

Alef

Ola a todos

Antes da reforma da Igreja, teremos todos nós de nos reformar...

Cumprimentos

Sérgio Lopes