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Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 07 de May de 2010 22:57

Citação:
Miriam
O preservativo é o contrário: aceitá-lo significa regredir consideravelmente na compreensão de dignidade humana, é mandar ladeira abaixo da promiscuidade as pessoas...

É reduzir o ser humano a lixo...

Que exagero!
A lixo... lixo é a neurose do Vaticano com o sexo.

Citação:
Miriam
Orgulho-me de ter trabalhado com prostitutas e, sempre que algum anormal lhes dava um preservativo, eu pura e simplesmente virava costas e ia-me embora para não ter de presenciar aquele triste espectáculo de nadificação do ser humano.

Aquele ser humano, único, irrepetível aos olhos de Deus, merecia ser tratado com dignidade, não como a lata do lixo...

Toma lá isto, tu não vales nada, faz com mil... mas não estragues a vida a ninguém...

What?!?!
É o uso do preservativo que lhes tira a dignidade?!?!

Nem sei como comentar isto e manter a compostura de tão desconexa foi este teu triste momento.

Quem dera a muitas que os clientes aceitassem o uso do preservativo.

Francamente, as barbaridades que as pessoas proferem só para defender uma regra maluca de... ai cala-te boca.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 08 de May de 2010 04:59

Citação:
Miriam
Se não existe nenhum meio intrinsecamente mau e devemos discernir entre tudo, só com base na nossa própria cabeça – consciência? -:
1 O que vc faria com uma arma de fogo? Pode dar-lhe um uso bom?
2 Servem para algo bom as armas nucleares?
3 Para que serve um instrumento de tortura?

Miriam,

se fosse responder rapidamente poderia escrever:
1) Atirar para afugentar um urso que iria atacar uma criança;
2) Uma "arma" nuclear pode gerar energia para aquecer e iluminar milhares de lares, ou pode ser utilizada na medicina; o princípio é semelhante, o que se faz é liberar a energia de modo controlado;
3) Para palitar os dentes (existe tortura feita com palitos) etc. Resumindo, qdo adjetivou um instrumento como "de tortura" vc já estava fazendo um julgamento moral.

Até estranhei qdo perguntou e escreveu "só com base na nossa própria cabeça – consciência?". Parece ter esquecido algo básico. Primeiro, não existe outro meio que a consciência! Mesmo qdo alguém decide obedecer a um guru, a um papa, ou mesmo a Deus, esse alguém é sempre responsável, pq ele teve que fazer a escolha de obedecer. Sobre isso, Sartre dizia que "estamos condenados a ser livres", e a "má fé" seria tentar fugir dessa responsabilidade ao buscar empurrar a culpa das minhas más escolhas para outro.

Outro ponto. Acho que alguns valores são tão internalizados que se tornam parte de nós. Acontece quando alguém age por impulso e se coloca em risco para ajudar um desconhecido em perigo, por exemplo. Isso diferencia aquelas pessoas que nos parecem "naturalmente boas", elas agem certo sem necessidade de pesar prós e contras ou longos discernimentos. Não julgo que elas não precisem de discernimento, mas que já o fizeram de tal modo "por antecipação" que agora encontram facilmente e rapidamente o caminho certo.

Respondendo sua pergunta: sim, devemos discernir sobre tudo. Isso inclui tudo, até mesmo se devo ou não seguir a Deus. Claro que algumas escolhas são tão simples que a resposta pode ser imediata, ou pq o valor é muito luminoso ou pq já fiz o discernimento antes.

Citação:
Miriam
O discernimento, daquilo que eu compreendi do que me ensinaram!, é ter sempre diante de nós os meios e o fim último a que se destinam e, entre meios indiferentes – que podem ser bons ou maus consoante o uso que lhes dermos -, escolher aqueles que mais nos aproximam do fim último: de Deus, do bom, do belo, do verdadeiro.

Essa explicação pareceu boa para mim.

Citação:
Miriam
Há meios inequivocamente bons; há meios intrinsecamente maus – preservativo, pílula, armas de fogo (não valem as de brincadeirinha viu?) – e há meios indiferentes.

Mas aqui me pareceu que vc fez confusão, pq o importante não é tanto um objeto, mas o uso que se faz dele. Nenhum objeto é mau em si, mas pode se tornar mal pelo mau uso ou pela má intenção.

Discordo do julgamento que vc fez acima, ainda falta alguém conseguir mostrar que preservativo seja "intrinsecamente mau". A arma de fogo já mostrei que pode ser utilizada como meio de defesa, e nada a diferencia de uma arma de corte ou de qualquer outro tipo no que diz respeito a um possível (?!) "julgamento moral".

Citação:
Miriam
É destes (indiferentes) é que devemos fazer bom uso. Se os usarmos mal, são maus; se os usarmos bem, são bons. Devemos usá-los sempre de modo ordenado. Na medida em que nos aproximam de Deus são bons, e na medida em que nos afastam de Deus são maus.

Vc não está de todo equivocada, mas esqueceu que é necessário discernimento para saber o que é indiferente. E novamente, os meios estão relacionados com os atos, não com os objetos. Isso é tão óbvio que já foi insinuado por vc mesma quando escreveu "Se os usarmos mal, são maus; se os usarmos bem, são bons". Isso que escreveu vale para todos objetos; caso contrário, vai ter que defender que alguém que fez uso de um preservativo para eliminar um vazamento numa pia pecou. A referência ao "intrinsecamente mau" é ao ato, não ao objeto.

A seu favor, entendo que Inácio ia desconsiderar como indiferente o uso de preservativos, pelo simples fato de que há uma norma da igreja sobre o assunto. Mas não sou Inácio e a época é outra. A meu favor, não vou dizer, rs.

Citação:
Miriam
Ahahahahah ainda conheço um pouquinho a espiritualidade – riquíssima, se for bem vivida e correctamente interpretada – de Santo Inácio!

Que bom!

PS: Tudo que queria desde o princípio é que alguém conseguisse explicar pq é "intrinsecamente mau" o uso de preservativo como meio contraceptivo e não o é o uso da tabelinha. Isso ninguém conseguiu até hoje. Se possível, queria um argumento que não recorresse a falácia de autoridade.

Paz e Bem.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 08 de May de 2010 12:46

Lena
se tu consideras triste momento tentar tirar alguém dessa vida enquanto outros vão lá dar-lhe uma embalagem de preservativos, estamos conversadas quanto ao teu conceito de dignidade humana.

Para mim, aquilo era mesmo nadificar o ser humano. Aquela pessoa não valia nada enquanto pessoa, ninguém se importava se ela sofria, se precisava de ajuda para se libertar daquilo... se queria ter uma família, se queria ser amada e respeitada... só interessava que não contaminasse ninguém... que não prejudicasse o resto da vida dos coitadinhos dos - muitos - homens com quem ia utilizar os preservativos.

Para mim, colocar as coisas nesses termos é reduzir o ser humano a lixo, é considerar que aquela pessoa não vale nada, só serve para satisfazer os mais baixos instintos dos - muitos - homens que por ela passassem.

Como respeito as pessoas e quero para elas a vivência da verdadeira dignidade dos filhos e filhas de Deus, jamais poderei aceitar que esse tipo de trabalho seja feito por supostos católicos com prostitutas.

Nisso, fazem melhor os protestantes que, além de não recorrerem a esses métodos, ainda tiram mulheres da vida...

É que é mesmo o «toma lá e não estragues a vida aos outros». É lançar a pessoa ainda mais ladeira abaixo da imoralidade, tratá-la como um objecto, como uma coisa, é «coisificá-la».

Suponho que, se tivesses uma filha nessas circunstâncias particularmente difíceis e dolorosas, acho eu que gostarias que alguém tentasse salvá-la desse tipo de vida. Ou será que preferias que a única coisa a fazer com ela fosse dá-la como caso perdido? Dar-lhe cinco ou seis embalagens de preservativos e agora vamos lá a isso... 10, 20, 100, 1000... não interessa quantos são, até porque ela é mesmo é uma máquina do sexo...



Editado 1 vezes. Última edição em 08/05/2010 12:52 por Miriam.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 08 de May de 2010 13:50

Citação:
Miriam
Lena
se tu consideras triste momento tentar tirar alguém dessa vida enquanto outros vão lá dar-lhe uma embalagem de preservativos, estamos conversadas quanto ao teu conceito de dignidade humana.

Não falaste em retirar ninguém da prostituição. O teu texto anterior apenas falava do uso do preservativo.

Não vai ser o preservativo que a vai manter na prostituição.
Será que se fossem lá para cuidar dos filhos, para lhe dar uma refeição quente equilibrada, para lhe limpar a casa, distribuir medicamentos, também voltavas as costas?

Citação:
Miriam
Para mim, aquilo era mesmo nadificar o ser humano. Aquela pessoa não valia nada enquanto pessoa, ninguém se importava se ela sofria, se precisava de ajuda para se libertar daquilo... se queria ter uma família, se queria ser amada e respeitada... só interessava que não contaminasse ninguém... que não prejudicasse o resto da vida dos coitadinhos dos - muitos - homens com quem ia utilizar os preservativos.

Essa é a tua leitura, não é a minha.
O uso do preservativo protege cliente e prostituta. Partes do pressuposto que ela é doente só porque é prostituta. Na verdade se o é, é porque alguém antes a contaminou.
O resto que falas são os teus juízos de valor que estão longe de serem universais.

A prostituição enquanto actividade degradante não surge isolada - advém da pobreza extrema, da falta de formação, da dependência.
É uma actividade que nunca irá desaparecer, mas cujo lado negro pode ser minimizado com medidas de fundo.

Citação:
Miriam
Para mim, colocar as coisas nesses termos é reduzir o ser humano a lixo, é considerar que aquela pessoa não vale nada, só serve para satisfazer os mais baixos instintos dos - muitos - homens que por ela passassem.

O sexo é uma função básica de todo o organismo, não é por si um baixo instinto.
Há prostitutas por opção.
Gostar de sexo não reduz nada nem ninguém.

Citação:
Miriam
É que é mesmo o «toma lá e não estragues a vida aos outros». É lançar a pessoa ainda mais ladeira abaixo da imoralidade, tratá-la como um objecto, como uma coisa, é «coisificá-la».

É a tua leitura, não é nem a minha nem a de muitos voluntários que prestam apoio às prostitutas.

[www.cmjornal.xl.pt]

Citação:
Miriam
Suponho que, se tivesses uma filha nessas circunstâncias particularmente difíceis e dolorosas, acho eu que gostarias que alguém tentasse salvá-la desse tipo de vida. Ou será que preferias que a única coisa a fazer com ela fosse dá-la como caso perdido? Dar-lhe cinco ou seis embalagens de preservativos e agora vamos lá a isso... 10, 20, 100, 1000... não interessa quantos são, até porque ela é mesmo é uma máquina do sexo...

Ah! Já faltava o recurso ao caso particular.
A minha menor preocupação seria o número de clientes que ela pudesse ter. Teria mais medo do tipo de clientes. Pior que o acto sexual em si é ser vítima de espancamento, ser torturada.
Preocupar-me-ia mais se ela tinha que comer, de vestir, se estava assustada, se queria parar e não podia, se era ela ou algum saco de drogas. Sacos são mais fáceis de pegar e institucionalizar, nem que eu tivesse de me prostituir para pagar todas a curas de desintoxicação que ela necessitasse.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 08 de May de 2010 15:13

Bem, assim sendo...

Temos mesmo leituras muito diferentes do que é a sexualidade e de como ela pode elevar ou rebaixar um ser humano, dependendo do modo como é utilizada...

A sexualidade tal como Deus a quer eleva, enobrece o ser humano. Fora do plano de Deus, degrada-o...

Mas, claro, o facto de Deus estar presente em certas concepções faz toda a diferença.

Já vi muitas deixarem essa vida. Não por causa dos preservativos que os católicos lhes dão, mas por causa da Bíblia dos protestantes...

Enfim, é isto. Eles vão sempre à frente. Se calhar porque têm mais fé do que nós...

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 08 de May de 2010 15:35

Então tu não achas nada de anormal uma pessoa ser usada como objecto de prazer por uma infinidade de outras pessoas... como uma coisa sem valor... por quem se paga...?

Depois chegam lá outros, hipócritas, fingindo preocupar-se... e o único que fazem é distribuir preservativos. Assim até já dormem descansados à noite... fizeram a sua "missão" E ela agora que se lixe... se é usada, se é humilhada na sua dignidade, se é pisada pela vida... isso não importa nada... o que interessa é que o faça com segurança... para os outros.

É como disse antes: sejam dez, vinte ou mil, é indiferente... aquele ser humano não é coisificado, não é nadificado, não é reduzido a uma máquina de sexo, a um objecto de prazer, a um serviço de compra e venda...

Isso não é nada contrário à dignidade daquela pessoa única aos olhos de Deus, é lá agora...

Estou chocada, Lena!

Que realismo implacável... prefiro ser idealista, optimista e acreditar que é possível mudar, com as nossas atitudes, o pequenino mundo que nos rodeia!

Se eu não lhes distribuir preservativos e fizer qualquer outra coisa por elas, já estou a tentar mudar o pequeno mundo que me rodeia. Amanhã, outros farão o mesmo.

Como dizia a madre Teresa: "Como é que se chega a um milhão? é contando um+um+um+um...até lá chegar"

Quero estar do lado destes, dos que tentam mudar o mundo. E não é com lançá-las ladeira abaixo da degradação moral é que vou conseguir isso.

Tu optas pela solução realista e imediata; eu, pela ideal e exigente... por aquela a que Deus nos chama a servi-lo de modo radical..

Ad maiorem Dei gloriam!

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 08 de May de 2010 15:51

Não uses o nome de Deus nisto.
Não é Deus que quer assim. A tua visão de igreja é que assim pensa. Mas como é sabido nem mesmo na igreja todos pensam como tu. Depois, sistematicamente, são taxados de hereges e mais uma série de coisas agradáveis.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 08 de May de 2010 16:16

Citação:
Miriam
Então tu não achas nada de anormal uma pessoa ser usada como objecto de prazer por uma infinidade de outras pessoas... como uma coisa sem valor... por quem se paga...?

Eu disse isso?!? Não.
Não faço o teu escarcéu até porque há diferentes tipos de prostituição. Para ti pode ser tudo igual, para mim não é.
No meu ponto de vista é mais moralmente sã uma prostituta assumida que uma mulher que se mantém casada por causa do status social.

Citação:
Miriam
Depois chegam lá outros, hipócritas, fingindo preocupar-se... e o único que fazem é distribuir preservativos. Assim até já dormem descansados à noite... fizeram a sua "missão" E ela agora que se lixe... se é usada, se é humilhada na sua dignidade, se é pisada pela vida... isso não importa nada... o que interessa é que o faça com segurança... para os outros.

Tu sabes lá. Para ti é hipocrisia, é fingimento, é como os teus olhos vêem. Mas até à data estás longe de poder ler o que vai na mente e no coração dessas pessoas. Também eles te podem chamar de hipócrita e fingida, só preocupada em salvar alminhas do inferno, mas nas tintas se elas vão ser contaminadas ou se os clientes vão voltar para casa e contaminar as esposas católicas que não usam o preservativo pq o papa diz q não pode.
Qualquer dos julgamentos é abusivo e tem grandes chances de estar incorrecto.

Citação:
Miriam
É como disse antes: sejam dez, vinte ou mil, é indiferente... aquele ser humano não é coisificado, não é nadificado, não é reduzido a uma máquina de sexo, a um objecto de prazer, a um serviço de compra e venda...

Ser usado, contra vontade, é sempre mau. Seja uma prostituta, um emigrante ilegal, um empregado fabril com salários em atraso, um escravo, ou apenas um cidadão-número que é explorado pela especulação económica.


Citação:
Miriam
Isso não é nada contrário à dignidade daquela pessoa única aos olhos de Deus, é lá agora...

O que é contrário à dignidade é a exploração, a sujeição a algo desagradável e não o sexo em si.

Citação:
Miriam
Estou chocada, Lena!

Que realismo implacável... prefiro ser idealista, optimista e acreditar que é possível mudar, com as nossas atitudes, o pequenino mundo que nos rodeia!

Se eu não lhes distribuir preservativos e fizer qualquer outra coisa por elas, já estou a tentar mudar o pequeno mundo que me rodeia. Amanhã, outros farão o mesmo.

Como dizia a madre Teresa: "Como é que se chega a um milhão? é contando um+um+um+um...até lá chegar"

Quero estar do lado destes, dos que tentam mudar o mundo. E não é com lançá-las ladeira abaixo da degradação moral é que vou conseguir isso.

Tu optas pela solução realista e imediata; eu, pela ideal e exigente... por aquela a que Deus nos chama a servi-lo de modo radical..

Ad maiorem Dei gloriam!

A mim choca-me que te arvores em julgadora de consciências com base em análises superficiais. Choca-me o discurso inflamado pro-político. Choca-me a deturpação, a mentira.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 08 de May de 2010 16:18

Miriam,

Vc não pode fazer a equação "preservativo = prostituição", isso é no mínimo fazer generalização apressada para não falar em outra coisa, em falácias piores. E isso acabou se tornando mais um bom exemplo do problema da falta de argumentos da igreja nessa área.

Entre muitas outras razões para o uso do preservativo podem estar: planejamento familiar, prevenção contra doenças etc. Se disser que para ser católica é preciso que uma família tenha mais que 10 filhos vou me assustar.

De novo. Não são todas as mulheres prostitutas e nem todos os homens clientes de prostitutas, e a norma da igreja é geral, para todos. Continuo esperando, faz mais de anos, que alguém na igreja apresente um argumento válido para justificar a regra doida que diz que "uso de preservativo é intrinsecamente mau". Realmente não dá para entender e não desejo explicar a regra de algum modo desagradável.

Qdo Pedro falou sobre "dar as razões de sua fé" decerto não devia ter em mente o argumento "tem que ser assim porque eu mandei". (Ele foi o primeiro papa. Sorte nossa, se tivesse sido João Paulo II sabe-se lá...)

Paz e Bem.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 08 de May de 2010 16:48

Miriam,

Se te interessar posso fazer depois um apanhado sobre o pensamento do magistério sobre a questão da contracepção hoje. Não tenho nenhum problema com isso, digo, posso te mostrar o que encontrei. Não estou aqui para "vencer" nenhuma discussão. E assim vc poderá tb julgar por si mesma se procurei me informar ou se apenas reclamo por reclamar.

Paz e Bem.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 08 de May de 2010 17:00

Bem, Lena, para mim - apoiada na palavra de Deus - o nosso corpo é templo do Espírito Santo...

Qualquer forma de manchar esse templo sagrado é ofensa a Deus...

Logo, a minha preocupação, antes de ser tirar almas do Inferno - que é muito muito importante e hoje já nem os padres dão importância a isso com a tal história de que Deus não manda ninguém para o Inferno -, mas, muito mais importante do que isso, numa primeira fase, será restituir àquela pessoa a sua dignidade de filha de Deus e restituir ao Espírito Santo o seu templo sagrado, a sua morada, o corpo degradado daquela mulher....

A sexualidade é algo grandioso, se for bem vivida. Pode até chegar a ser uma vivência quase espiritual de união física...

Bem, mas estas minhas considerações mais ou menos místicas da sexualidade, vou reservá-las para mim! rsrsrsss

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 08 de May de 2010 18:53

O que degrada é o sexo fora do matrimónio, agravado pelo uso do preservativo.

É esta a linha de pensamento que queres que se aceite?

Desculpa, mas é impossível aceitar.
O que degrada é o que leva uma pessoa a prostituir-se. A prostituição é a ponta do iceberg, é a face visível de uma longa lista de falhas sociais.
Havendo procura, haverá sempre quem ofereça.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Desconhecido (IP registado)
Data: 08 de May de 2010 19:56

Olá a todos

Citação:
"O que degrada é o que leva uma pessoa a prostituir-se. A prostituição é a ponta do iceberg, é a face visível de uma longa lista de falhas sociais.
Havendo procura, haverá sempre quem ofereça." por Lena

Não poderia estar mais de acordo.

Miriam, as coisas não podem ser assim tão rígidas. Muitas que se prostituem fazem-no a custo, e outras até gostam! Há quem seja prostituta e tenha dignidade portanto. Há quem goste de o fazer por gostar de sexo e pelo dinheiro que se ganha.
Pode ser uma crise de valores? Talvez...

Até acho bom que sejas idealista! Também o sou
Mas para tirar juízos de valor das coisas... acho melhor que seja só do que se conhece mesmo!

Imagina hipoteticamente que ias viver 2 meses com umas prostitutas, ou com ladrões, etc...
Verias que não podes meter tudo no mesmo saco.

Eu acredito que se Deus nos viesse falar diria que se poderia usar o preservativo, para nosso bem. Tem salvo muitas vidas... e o sexo por diversão vai haver sempre, com preservativo ou sem ele. Penso que não condiciona em nada uma vivência espiritual ao mais alto nível. Sexo por diversão será sempre e apenas diversão. Sexo com quem se ama será sempre especial, com preservativo ou sem ele.

Portanto, se existem doenças por aí, porque não andar protegido?

E termino a dizer que, se quiser-mos tirar uma prostituta da rua, nada nos impede de a tirar de la e de lhe dar preservativos enquanto não sai.

Quanto ao divórcio na Igreja católica bem...acho que não o permitir é continuar a tapar o sol com a peneira. Quando duas pessoas deixam de se amar, deixam e pronto, seja por que motivo for. Insistir para que fiquem ligadas só acaba por trazer problemas muitas vezes.


Cumps a todos

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 08 de May de 2010 21:11

Citação:
Desconhecido
Penso que não condiciona em nada uma vivência espiritual ao mais alto nível. Sexo por diversão será sempre e apenas diversão. Sexo com quem se ama será sempre especial, com preservativo ou sem ele.
Portanto, se existem doenças por aí, porque não andar protegido?

Daqui a pouco começo a concordar com a Miriam. Essa linha de argumentação não ajuda muito aqui, pq a igreja não deve mudar seu padrão para atender a quem faz "sexo por diversão". E de repente já concordo com a Miriam. Um que se diga "católico" e sai fazendo sexo "por aí" não tem do que se queixar das normas da igreja, pois parece que não se importa mesmo com nenhuma delas. Se não teve preocupação para desobedecer aos princípios maiores, é de duvidar que terá alguma para com aqueles ditos menores.

As normas da igreja são para os da igreja, e qdo se falou da generalidade da norma isso estava implícito.

Paz e Vento.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 08 de May de 2010 22:06

O meu herói, adoro tudo o que ele escreve e todas as entrevistas dele na EWTN – contra retórica, verdadeiros testemunhos de vida:
[es.wikipedia.org]

Adoro este homem! Não exagero quando digo que é o meu herói.

Devoro, simplesmente devoro, tudo o que ele diz e escreve – fã número 1!!!

Este deve ter visto muuuuuitos preservativos na vida...

Os mais fiéis ao magistério e os que amam imensamente histórias de conversão e a santa Igreja, pesquisem sobre ele, vão adorar.

Quem me dera conhecer. É que ainda por cima é lindo... rsrsrsrsrsrsss!

No youtube tem imensas coisas dele como católico.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Desconhecido (IP registado)
Data: 08 de May de 2010 22:15

Bem, és livre de concordar com quem quiseres!

O que apenas queria dizer nessa passagem é que o sexo, seja por diversão ou não, sempre houve e vai haver, com preservativo ou não. É lógico pensar que com a sua utilização até façam sexo mais vezes mas... caso seja contra os preceitos da igreja, se faz uma vez ou faz 10, em ambos os casos cometeu o tal "delito".

Gostava também que dissesses o que consideras como princípio menor e princípio maior para me situar melhor na tua linha de raciocínio, se puder ser.

Outra coisa. No que disse a respeito da prostituição e ao sexo, nem mencionei o nome da igreja, nem tão pouco que ela deva mudar nesse assunto só porque alguns fazem barulho. Tal como a mim mesmo, não considero católico cujos princípios não se revejam na sua maioria com os da igreja católico. Se esse católico viola os princípios básicos da igreja, católico não é certamente por mais que o diga.

Mas já que tocaste na relação entre "sexo por diversão" com a igreja, eu até compreendo em parte a posição da igreja, porque o sexo por diversão vai um bocado contra aquela que deve ser segundo a igreja, a verdadeira função do sexo! É natural que no mínimo o desaconselhe. Se concordo ou não com esse ponto de vista, é outra conversa. Mas que eficácia terá a Igreja na sua "cruzada" não autorizando o preservativo?

Vou recorrer a outro exemplo para tentar ser mais claro na ideia que quero expor:
Eu concordo com a liberalização do Aborto (Embora não da maneira como foi feito em Portugal) pelo seguinte:
-Seja ele proibido ou não, ocorre na mesma, por isso, a sua proibição não é eficaz.
-uma mãe que queira o filho, não vai abortar mesmo que o aborto seja legal. A que não o quer acaba por o fazer qualquer das maneiras, ou então abandona-o.
-Liberalizando não existe o medo de serem condenadas legalmente. Se essas pessoas recorrerem a um hospital ou outro local autorizado para o efeito, é possível apresentar alternativas ao aborto. Arrumar com os tabus e garantir apoios àquela mãe se o problema dela for económico por exemplo.

Não quero que isto seja o tema de conversa, apenas quis traçar com este paralelismo a postura que na minha opinião deveria ser tomada pela igreja em relação ao preservativo.

Mas numa coisa concordo contigo. Quem é católico, ou melhor, quem decidiu considerar-se católico, não pode queixar-se das normas já instituídas.

Cumps

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: luísa (IP registado)
Data: 08 de May de 2010 22:18

Citação:
M
O preservativo é o contrário: aceitá-lo significa regredir consideravelmente na compreensão de dignidade humana, é mandar ladeira abaixo da promiscuidade as pessoas...
É reduzir o ser humano a lixo

Esta afirmação infantil é bastante disparatada e sem fundamento.
Muitas pessoas usam o preservativo como método contraceptivo no seio de uma relação conjugal monogâmica.
Associar o preservativo à promiscuidado è tão ridìculo como associar o celibato à masturbação.


Semepre me pareceu bastante caricatural esta "diabolização" do preservativo...

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 08 de May de 2010 22:43

Eu evito falar dele pura e simplesmente porque nunca mais paro!!!

[www.youtube.com]

[www.youtube.com]

[www.youtube.com]

E muito mais, no Youtube.

Este homem combate a contracepção, os preservativos, a imoralidade; defende com unhas e dentes a moral sexual da Igreja, a castidade, a santidade.

E antes vivia de modo contrário...

Em suma, é o meu herói.

PS: Atenção à primeira parte do primeiro vídeo.



Editado 2 vezes. Última edição em 08/05/2010 22:48 por Miriam.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: luísa (IP registado)
Data: 08 de May de 2010 22:53

Nota adicional - compreendo a excitação que provoca o Eduardo Verástegui nas jovenzinhas mais carentes. Parece-me uma excitação bastante contrária ás conversas que o rapazola agora prega.

Digamos que a excitação que suscita è a antítese dos pensamentos católicos mais castos... sobretudo porque o referido modelo é gay.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Anori (IP registado)
Data: 08 de May de 2010 22:59

O auto-conhecimento deveria ser a realidade incontestável...se o sexo não fosse tabu...

Porque está tudo baralhado...o prazer está equivocadamente associado ao orgasmo vs. ejaculação.
Podia poupar-se no látex, e principalmente na pílula, na minha opinião pior que o preservativo, pelo facto de interferir com a natureza da mulher.

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