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Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: nick (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 22:29

É. Também é por isso que eu tenho sérias dúvidas se este forum faz mais mal que bem.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 22:33

Lena, quanto ao que disse do choque e etc, estava a pensar alto. Não era nada com vocês, mas com outra situação que não vos diz respeito a vocês.

Bem, desculpem, a sério que não queria dar a impressão de superioridade. Quando me ponho a abordar questões de fé extravaso um pouco os limites, mas não me julgo superior a ninguém. Perco a paciência com o que me parece intolerável a católicos, mas não acho que sou melhor do que os outros.

E sim, rezo por mim principalmente, que sou quem mais precisa de orações!

Se se lembrarem de mim nas vossas, não me importo de que “hereges”, “relativistas”, rezem por mim. Até me sentia honrada de ser merecedora de tal, dado que Jesus Cristo veio para os que mais precisavam d’Ele. Se for como tu dizes e eu for como me julgas, então Cristo veio para vocês e não para mim. Se for uma grande pecadora, veio para todos!

Só tento seguir a Igreja. O que pode isso ter de tão errado?

Não queria mesmo dar a sensação de superioridade, de grandeza, porque não sou assim e nem penso assim.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 22:52

A sério, agora senti-me mal. Falamos linguagens diferentes, mas vi alguma dor na mensagem da Lena. Não me julgo melhor do que ninguém e, se dou essa impressão, peço sinceramente desculpas. Acho que nunca me senti tão próxima de vocês como agora, não sei bem porquê mas a mensagem da Lena mexeu comigo.

Há uns meses atrás, eu odiava este fórum. A Lena, a Cassima e outros saberão disso. Hoje, e quase sem ter nenhum contacto com vocês fora dos tópicos, já não tenho essa opinião.

Ou seja, penso o mesmo do fórum e do que aqui se defende; mas as pessoas têm um nome, uma identidade, uma história que, sem me aperceber, me foi merecendo respeito e, nalguns casos, mesmo estima.

Tenho medo de ficar aqui e acabar por gostar de vocês. A verdade é essa.


Coisa nada difícil de acontecer...

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 22:55

Quem me dera ter desses medos, rendia-me sempre, sem luta.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 22:55

Citação:
Miriam
Sobre a ordenação das mulheres, teria muitos e melhores argumentos que os dois citados. E olha que eu sou uma grande defensora da dignidade da mulher!
Mas não quero discutir as leis da minha Igreja!

Para concluir:
Tu, o Firefox e outros ficam com as vossas opiniões, a que eu chamaria delírios; eu fico com a doutrina, moral e disciplina da Igreja, com todos os documentos do sagrado magistério a abordar as várias questões aqui discutidas e com toda a lei vigente e, creio, imutável.

Tenho o Papa do meu lado, isto, por enquanto, basta-me para dormir descansada todos os dias.

As portas do Inferno jamais prevalecerão!

Longa vida ao Papa Bento!

Fazes as perguntas, pões as questões, as pessoas respondem e tu metes a viola no saco e vais de partida. O que pretendias? Que as pessoas, depois de lerem o que escreveste, dissessem sim, senhora, tens razão?! Então num fórum não é para debater?

Mas se é isso que pretendes, fica bem, fica feliz e tenta não rotular os outros.

Quanto ao Inferno subscrevo e quanto ao papa eu diria ainda mais: Longa vida ao Papa Bento XVI!

Cassima

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 23:11

Não ponho a viola no saco, simplesmente não espero dar 500 argumentos contra a ordenação das mulheres para depois nenhum deles ser levado em conta!

Depois, também não quero que me dêem razão, queria que dessem razão à Igreja, sem necessidade de argumentos e ginásticas para justificar as opções da Igreja.

Realmente um fórum serve para debater. Mas debater leis da Igreja? Bem eu daria argumentos contra, vocês a favor e isso não serviria de nada, a Igreja não vai mudar de posição.

Também gostava de tentar entender por que é que ficam tão ofendidos, magoados, não sei, quando uso a palavra relativista ou herege. De qualquer modo, se aqui ficar, vou tentar não recorrer mais a esses termos, quando falar de vocês. Há outros modos de dizer as coisas, de facto.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 23:16

Citação:
Miriam
Tenho medo de ficar aqui e acabar por gostar de vocês. A verdade é essa.

Coisa nada difícil de acontecer...

Oh Miriam... Que coisa mais sem nexo... Gostar de nós tira pedaço? Gostar de nós força-te a partilhar as nossas convicções? Olha a Lena... Há tanto tempo por aqui e ninguém a tentou converter... Nem ela tentou converter ninguém (desculpa lá Lena, ter-te usado como exemplo).

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 23:21

Citação:
Miriam
Não ponho a viola no saco, simplesmente não espero dar 500 argumentos contra a ordenação das mulheres para depois nenhum deles ser levado em conta!
Depois, também não quero que me dêem razão, queria que dessem razão à Igreja, sem necessidade de argumentos e ginásticas para justificar as opções da Igreja.

Realmente um fórum serve para debater. Mas debater leis da Igreja? Bem eu daria argumentos contra, vocês a favor e isso não serviria de nada, a Igreja não vai mudar de posição.

Também gostava de tentar entender por que é que ficam tão ofendidos, magoados, não sei, quando uso a palavra relativista ou herege. De qualquer modo, se aqui ficar, vou tentar não recorrer mais a esses termos, quando falar de vocês. Há outros modos de dizer as coisas, de facto.

Mas em discussão estava mais, muito mais que a ordenação das mulheres.

Não é uma questão de mágoa ou ofensa, Miriam. Mas lembra-te de que também não gostas de ser chamada de fundamentalista nem de puritana. Deve dar para perceber, não?

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 23:29

A única pessoa de quem aprendi a gostar, e muito, muito neste fórum mudou completamente a minha vida! O meu modo de olhar para a espiritualidade, a minha forma de ver as pessoas, tudo.

Já viram se a moda pega? Loool

Tenho sempre muito medo de gostar das pessoas que pensam de modo diferente, porque tenho receio de começar a não ser tão inflexível nos princípios como sempre fui. A proximidade com os outros muda as pessoas, quer elas queiram quer não. A menos que sejam impassíveis, empedernidas, duras de coração, o que, definitivamente, não é o meu caso...

Mas, vá, esqueçam lá estas parvoíces de final de noite e prossigamos as argumentações. Amanhã regresso, sem rótulos. Vou tentar...

Também estou aqui para aprender. Não em doutrina, que julgo que estou certa; mas no resto: no trato humano, na humildade, na caridade, como tão bem disse a Lena.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Alpha (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 23:29

Olá Miriam,

Seguir o que a Igreja diz nada tem de errado. Muito do que a Igreja diz, a grande maioria das coisas, é um farol fundamental para a nossa salvação. Mas a medida é esta, «muito do que diz» e não «tudo o que diz».

Ainda que batas na tecla da heresia e do relativismo e insistas na tese do «verdadeiro catolicismo», a Igreja admite a discordância e a discussão. Como em tudo, exige bom-senso e caridade. Ao ler-te, fiquei curioso sobre qual a tua opinião acerca de algumas pessoas da Igreja: Papa Alexandre VI, Papa João XXIII e Lefevre, por exemplo.


Também gostava que me dissesses em que vou contra a doutrina da Igreja ao achar que o matrimónio dos sacerdotes é admissível e ao achar que a contracepção artificial não é incompatível com o amor cristão. São discussões em aberto e das quais não nos devemos alhear.

Cumprimentos

Alpha

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 23:50

Não tenho muito tempo mas a contracepção artificial é contrária à lei de Deus e à moral católica. Veja este belíssimo artigo do padre Lodi, um dos maiores consagrados nesta matéria:
[a-dignidade-da-mulher-catolica.blogspot.com]

É em perguntas e respostas, mas é bom na mesma. Explica bem a doutrina da Igreja e a sua moral.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 30 de April de 2010 09:59

Miriam,

Citação:
Miriam
Sou católica.

Não precisa ficar repetindo isso sempre. Acho que ninguém aqui disse o contrário.

Citação:
Miriam
Tudo, tudo, tudo da fé católica é aqui atacado. Até a noção do sofrimento humano?

Noção do sofrimento humano... ?!

Citação:
Miriam
Todo o magistério é posto de lado, só valem aqui opiniões pessoais e eu é que estou errada e sou arrogante?

Opinião pessoal... !?

Citação:
Miriam
Até o sofrimento humano? Não purifica, não redime?

Não.

Citação:
Miriam
Isso é a negação de todo o Cristianismo! É a negação da teologia da cruz!
Nunca disse que sou melhor do que vocês, só estou a repetir o que a Igreja ensina! A Igreja é melhor do que eu, do que vocês e do que tudo.

Será? Se apressa demais em julgar, faz pouco caso dos outros, ofende. Vejamos se o que defende é mesmo o correto e o que a igreja ensina.

Pega-se um criminoso perverso, tortura-se o infeliz, e depois canoniza-se o santo produzido pela purificação, remissão e santificação que resulta da dor e do sofrimento.

Se o simples exemplo for suficiente para mostrar o absurdo da tese, volte ao que escrevi, leia de novo, e depois diga onde está o erro tão terrível que te fez me lançar as pedras. Colo aqui para facilitar:

o sofrimento NÃO agrada a Deus, o sofrimento NÃO redime, o sofrimento NÃO purifica, o sofrimento NÃO tem valor, e NÃO foi o sofrimento de Jesus que nos salvou. O que agrada a Deus, que redime, que purifica, que tem valor é o amor. Foi o amor de Jesus que nos salvou e não seu sofrimento. Sofrer por sofrer é puro masoquismo, e bem sabemos que exemplos de dolorismo de alguns santos no passado devem ser interpretados dentro de um contexto de uma época


Citação:
Miriam
Mas desculpem, eu já tinha dito que me ia embora. Vocês é que insistiram, eu sabia que não ia dar certo.

Vc é capaz de fazer melhor, experimente contar até 10 antes de sair atacando os outros. Pode crescer mais se não fugir das dificuldades.

Paz e Bem.



Editado 1 vezes. Última edição em 30/04/2010 10:06 por firefox.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 30 de April de 2010 11:29

Firefox,
Bom dia.

Acho duas coisas curiosas na sua argumentação:
1 Vc acha errado e precipitado o meu julgamento, mas repete o que tinha dito anteriormente – o sofrimento não redime, não purifica. Ora, eu não fiz qualquer julgamento, tirei só a conclusão da sua frase! Vc é que faz pouco caso do magistério – apresentei-lhe uma encíclica papal a defender que o sofrimento purifica, redime. Vc diz que eu faço pouco caso do que vcs dizem, mas não é verdade. Eu li bem a sua frase – que vc agora ainda repetiu – e apresentei-lhe magistério a fundamentar a minha posição. Vc desconsiderou o magistério que lhe apresentei – e que seria só um de muitíssimos exemplos de magistério e teologia no mesmo sentido – e, além de o descartar, ainda voltou a repetir a mesma opinião, sem a fundamentar devidamente com teologia católica ou outro magistério que a legitimasse. A ascética faz parte da religião católica e é muito louvável pelo Magistério da Igreja.
Ou seja, não me deu uma sólida razão para fundamentar a sua opinião, a não ser as posições saídas... da sua cabeça! O que querem que vos diga se esta é a verdade?
Nunca defendi o sofrimento só porque sim, mas sim defendo a mortificação e a ascética – práticas de sempre da Igreja. Será o aluno maior que o mestre? Serei eu melhor que os santos que me precederam na fé? Até a madre Teresa, que a Cassima diz que admira muito, ficaria horrorizada com o que vocês aqui defendem: ela era terminantemente contrária à contracepção; ela praticava mortificação corporal, como de resto João Paulo II e Paulo VI também praticavam.
2 Os santos na sua época: Padre Pio de Pietrelcina, São Josemaría Escrivá, madre Teresa de Calcutá, papa João Paulo II, Papa Paulo VI, não foram santos da sua – e nossa - época?

Desculpem mas, se em 40 anos se pode decidir suprimir a ascética e mortificação de séculos, então estamos nos quarenta anos do deserto. Mas, nem isso foi feito: sabemos que este santos citados acima praticavam a chamada «mortificação dos sentidos».

E, quando falei em sofrimento, nem sequer me referia a isto: mas no suportar resignada e pacientemente as pequenas cruzes e contrariedades que a vida se encarregar de nos trazer, sem murmurar, sem nos queixarmos e sem rebeldias contra a Igreja, autoridade instituída para o supremo bem das almas. O sofrimento sim redime, sim purifica, se a nossa dor estiver unida à dor e redenção operada por Nosso Senhor Jesus Cristo.

A Igreja, na sua santa e imutável doutrina, até nos chama co-redentores com Cristo na dor.

O problema é que, hoje, surgiram novas teologias que obscurecem a sã teologia da cruz. É a teologia da libertação, é a do pare de sofrer – parece coisa de seita isso – é a da prosperidade, é a da vitória, é a teologia materialista do tudo aqui e agora, do ter e do prazer. E o sofrimento humano, que nos transfigura em outros Cristos, que nos aproxima da co-redenção, foi obnubilada e esquecida.


Ah, e quanto aos santos,não esquecer Santa Faustina, da divina misericórdia, outra santa dos nossos obscuros tempos.

PS: Obrigada pela paciência. Vou tentar retribuir.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 30 de April de 2010 11:45

Quanto a uma pergunta que me fez lá atrás – vcs desculpem mas eu n gosto nada de fazer as citações rsrsss – o catecismo é imutável em matéria doutrinal e moral. Em matéria de fé e moral, a Igreja não pode errar nunca, nem sequer no seu magistério ordinário universal.

Pode sim, adaptar-se às diversas circunstâncias do tempo e do espaço, em matérias não doutrinais e não concernentes à lei moral.

Por exemplo, estou a lembrar-me de duas que, os meus amigos mais trads radicais, me atiram à cara:
-o papel da mulher católica na sociedade, a noção de submissão no matrimónio e a chamada teologia feminista;
-a questão da pena de morte.

Cada uma destas duas questões encerraria um sem número de outras questões dentro delas, como por exemplo, o caso da aplicabilidade da pena capital por parte de estados não católicos e as flutuações que daí poderiam advir para a doutrina católica acerca da legítima defesa dos indivíduos e das sociedades.

Ora bem, questões assim, que não dizem directamente respeito aos direitos da Igreja, esposa imaculada de Cristo, foram e serão alteradas nos catecismos. Lembrei-me agora de outra: a excomunhão de quem gosta de touradas.

Há sim coisas reformáveis, adaptações, que não se constituem propriamente como erros do sagrado magistério, já que o único em que o sagrado magistério – extraordinário e ordinário universal - não pode errar é em matéria de fé e moral: dogmática e de costumes e leis subordinadas à lei moral universal da Igreja.

Nessas, não houve jamais e não haverá jamais mudanças nos catecismos católicos. Isso seria admitir que as portas do Inferno prevaleceram, que Cristo nos mentiu, que a Igreja não é a depositária infalível da verdade divinamente revelada, que a santa mãe Igreja não é indefectível e que o Espírito Santo se contradiz consoante os tempos e as circunstâncias.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 30 de April de 2010 12:07

E reparem que, à excepção de vos chamar hereges irreflectidamente, tenho sido bastante correcta na argumentação: para a ordenação de mulheres há magistério bastante solene e definitivo pós-conciliar; para o celibato dos padres, dei magistério pós-conciliar; para a contracepção, se quiserem, também há magistério pós-conciliar; e para a questão do sofrimento humano, magistério pós-conciliar.

Porque se formos a encíclicas pré-conciliares então, há muito magistério mesmo. E a Igreja tem dois mil anos, não nasceu em 1962. Mas pronto, enquanto houver magistério pós-conciliar, e só para não me atacarem desonestamente com o Concílio, fornecerei sempre argumentação com base no magistério actual – que merece obediência e obsequioso assentimento da inteligência e da vontade.

O Papa Paulo VI foi valente em algumas questões como a contracepção e o celibato. Muitas vezes os meus amigos mais radicais criticam muito o pontificado de Paulo VI mas, para mim, ele foi até bastante corajoso, tendo-se em linha de conta todas as heresias que atacavam a barca de Pedro. Ele, tal como João Paulo II – de Bento XVI então já nem se diga nada – soube manter-se sempre firme na verdade e não transigir com o erro.

Este fórum está a tornar-se um vício, não consigo sair daqui. Que desgraça!

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 30 de April de 2010 12:28

169 A dor abate-te porque a recebes com cobardia. - Recebe-a, valente, com espírito cristão e estimá-la-ás como um tesouro.

194 Vou dizer-te quais são os tesouros do homem na Terra, para que os não desperdices: fome, sede, calor, frio, dor, desonra, pobreza, solidão, traição, calúnia, cárcere...

203 A alegria dos pobrezitos dos homens, ainda que tenha um motivo sobrenatural, deixa sempre um ressaibo de amargura. - Que julgavas? - Aqui em baixo, a dor é o sal da nossa vida.

Agora vem a minha passagem favorita, a que choca os mais progressistas, a que só um santo verdadeiramente católico poderia escrever! Um hino à dor:
208 Bendita seja a dor. - Amada seja a dor. Santificada seja a dor... - Glorificada seja a dor!

S. Josemaría Escrivá, o meu santo favorito dos tempos modernos!

Ver o resto das citações, aqui:
[pt.escrivaworks.org]

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 30 de April de 2010 12:37

A leitura do dia! Adoro o professor Felipe Aquino. O carácter divino da Igreja:
[www.cancaonova.com:80]

Estou a ler um livro belíssimo de Felipe Aquino, muito melhor que os do Carreira das Neves: “200 razões por que sou católico”. Lindo! O nome de católica é algo que me traz um orgulho, uma honra, difícil de descrever!

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 30 de April de 2010 12:57

Porquê o celibato sacerdotal?
[blog.cancaonova.com]

Faço isto assim porque, além de agora dispor de pouquíssimo tempo, não vale a pena escrever e escrever, em cima do que outros, maiores do que eu, já escreveram!

Por outro lado, não busco aqui mudar ninguém, apenas, e como disse o Omega, esclarecer outros que aqui venham, que ainda não tenham opinião bem formada e queiram, em tudo e sempre, obedecer à Santa Igreja de Deus.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 30 de April de 2010 13:17

O mais forte argumento teológico contra a ordenação das mulheres, além de outros de ordem mais prática, é o de o sacerdote actuar, na Santa Missa, in persona Christi. Cristo empresta ao sacerdote a sua voz para ensinar a santa doutrina da salvação, as suas mãos para consagrar o pão eucarístico. No santo sacrifício da Missa – se soubessem que a missa é essencialmente, e acima de tudo, sacrifício, não tinham tanto horror ao sofrimento humano redentor -, o sacerdote actua em pessoa de Cristo. Cristo, ao mesmo tempo sacerdote e vítima, é quem oferece ao Pai eterno o sacrifício nos nossos altares, sacrifício de propiciação por vivos e defuntos. Eis a doutrina católica sobre a Santa Missa, expressa em todos os documentos do Sagrado Magistério: pré e pós-conciliares.

Claro que a missa é mais do que sacrifício, aprofundou-se a teologia; mas é, sobretudo, e essencialmente, na sua essência, na sua definição, a renovação, sem derramamento de sangue, do santo sacrifício do calvário.

Logo, o sacerdote, outro Cristo, perfeitamente configurado a Cristo para oferecer o santo sacrifício, não pode ser uma mulher.

Não foi por acaso que Cristo, que tanto amou as mulheres, que tinha por elas uma predilecção extraordinária, que se fazia acompanhar das mais pecadoras entre as pecadoras, jamais deu a alguma cargo de autoridade na Igreja que fundou. Amava e compreendia as mulheres, deu-nos um estatuto de dignidade e de igualdade – na ordem da graça – que antes não tínhamos; mas não nos deu cargos de autoridade na Sua Igreja. E aqui entenda-se autoridade hierárquica. Jamais uma mulher terá poder para consagrar, porque esse poder não nos foi dado do alto, de Cristo Senhor.

A nossa Mãe Santa Maria, Santa Teresinha do Menino Jesus e outras, todas as santas de Deus, nunca almejaram o sacerdócio ministerial – conformaram-se com tudo o que nós temos pelo baptismo: o sacerdócio comum de todos os fiéis configurados com Cristo. Porque o sacerdote actua in persona Christi, é outro Cristo, é o próprio Cristo enquanto celebra a santa Missa.

Claro, o rito novo da Missa, com todas as suas ambiguidades, não permite aos fiéis terem consciência desta recta doutrina do sacrifício.

Estive há pouco tempo no México e assisti à missa nova, à missa do Papa Paulo VI, ou forma ordinária do rito romano, como queiram. Pois, ali estava presente o santo sacrifício, aquelas missas eram inequivocamente válidas e nelas transparecia com clareza e esplendor os dogmas católicos do sacrifício, do sacerdócio hierárquico e da presença real de Cristo na hóstia consagrada. Aqui em Portugal, infelizmente, dificilmente encontro uma missa bem celebrada, com fervor e piedade, com obediência às rubricas e prescrições da sagrada liturgia – ou se calhar sou eu que tenho azar, não sei. Depois, naturalmente, a teologia do sacrifício não está bem presente na mente dos fiéis menos esclarecidos na fé.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 30 de April de 2010 13:20

Bom dia, Miriam.

Virei a noite trabalhando, tenho que ir dormir, rs. Vou tentar ser breve.

Citação:
Miriam
Acho duas coisas curiosas na sua argumentação:
1 Vc acha errado e precipitado o meu julgamento, mas repete o que tinha dito anteriormente – o sofrimento não redime, não purifica. Ora, eu não fiz qualquer julgamento, tirei só a conclusão da sua frase!

Queria saber se prestou atenção ao (contra-)exemplo. Deixa estar. Sim, Miriam, repeti e ainda insisto na mesma tecla. Não é questão de opinião, nem de fazer pouco caso do magistério, é um simples caso de lógica. Tenho esse defeito de querer que as coisas façam sentido. Mas continuemos, ainda tenho esperanças que vai entender o que estou tentando dizer, e que se perceber não vai te escandalizar tanto.

Citação:
Miriam
Vc é que faz pouco caso do magistério – apresentei-lhe uma encíclica papal a defender que o sofrimento purifica, redime. Vc diz que eu faço pouco caso do que vcs dizem, mas não é verdade. Eu li bem a sua frase – que vc agora ainda repetiu – e apresentei-lhe magistério a fundamentar a minha posição. Vc desconsiderou o magistério que lhe apresentei – e que seria só um de muitíssimos exemplos de magistério e teologia no mesmo sentido – e, além de o descartar, ainda voltou a repetir a mesma opinião, sem a fundamentar devidamente com teologia católica ou outro magistério que a legitimasse.

Como não fundamentei? Fundamentei com um magistério bem valioso por sinal, a razão. Vou repetir: se o sofrimento pelo sofrimento redime e santifica, um criminoso torturado se tornará santo. Por favor, não me acene nesse caso com a fé como se essa invalidasse a razão.

Citação:
Miriam
A ascética faz parte da religião católica e é muito louvável pelo Magistério da Igreja.

Mas onde foi que eu disse o contrário???

Citação:
Miriam
Ou seja, não me deu uma sólida razão para fundamentar a sua opinião, a não ser as posições saídas... da sua cabeça! O que querem que vos diga se esta é a verdade?

E vc não deixa de ter razão aí, que minha cabeça raciocina. Vou ter que insistir, perdoe-me a insistência, mas está tentando forçar um sentido para muito além do que estava nas minhas afirmações. Assim faço o quê? Repito até vc perceber?

O sofrimento não redime nem santifica, o que redime e santifica é o amor.

Citação:
Miriam
Nunca defendi o sofrimento só porque sim

Então não entendo o motivo pq ficou tão escandalizada com o que eu disse, algo que considero tão básico.

Citação:
Miriam
(...) mas sim defendo a mortificação e a ascética – práticas de sempre da Igreja. Será o aluno maior que o mestre? Serei eu melhor que os santos que me precederam na fé?

Santidade é uma coisa e conhecimento é outra. Podemos perfeitamente, por exemplo, ter acesso a uma melhor exegese e uma melhor compreensão teológica sobre algum tema hoje que aquela que tinha algum santo na época passada. Não é questão de ser melhor ou pior, essas comparações nem me agradam, que se sabemos mais hoje foi porque tivemos bons mestres, como vc bem lembrou. Só quero que me explique uma coisa: onde leu isso de que neguei o valor da mortificação e da ascética? Foi por causa dessa frase?

exemplos de dolorismo de alguns santos no passado devem ser interpretados dentro de um contexto de uma época

Se foi, por favor tente ser paciente, pq vou insistir nela de novo. Não é pq existiu algum santo estilita que isso torna-se recomendável hoje, ou vamos aconselhar que alguém macere a própria carne pq algum santo se auto-flagelava muito nas disciplinas.

Citação:
Miriam
Até a madre Teresa, que a Cassima diz que admira muito, ficaria horrorizada com o que vocês aqui defendem: ela era terminantemente contrária à contracepção; ela praticava mortificação corporal, como de resto João Paulo II e Paulo VI também praticavam.

Bem, se está me dizendo que esses praticavam auto-flagelação, isso é lá com eles. É um exemplo que não vou seguir, nem recomendo. Até os entendo, não vou criticá-los por isso, mas... Há outros tipos de mortificação que valorizo mais. Antes que venha dizer sobre desrespeito e opiniões não justificadas, te recomendo a leitura da autobiografia de Sto Inácio. Ele mesmo que tentou imitar todos os santos nas penitências, depois recomendou que nenhum jesuíta fizesse de novo aquilo que ele fez. A conclusão a que ele chegou deixo para vc ler da letra dele.


Citação:
Miriam
Desculpem mas, se em 40 anos se pode decidir suprimir a ascética e mortificação de séculos, então estamos nos quarenta anos do deserto. Mas, nem isso foi feito: sabemos que este santos citados acima praticavam a chamada «mortificação dos sentidos».

Há muitas formas de mortificar os sentidos, através de jejuns ou outro tipo de exercício espiritual. Tomemos o caso do jejum como exemplo. Se o jejum não te faz crescer no amor pelos irmãos então é inútil e se torna ainda caso de orgulho. O valor, portanto, não está no jejum. Ele não é fim, é meio.

Citação:
Miriam
O sofrimento sim redime, sim purifica, se a nossa dor estiver unida à dor e redenção operada por Nosso Senhor Jesus Cristo.

O valor então está na união de corações e não na dor. Não é o sofrimento que redime, é o amor. Há um SE de todo tamanho na sua frase: "o sofrimento redime SE...". O problema é se confundem o meio com o fim. Talvez ache isso preciosismo da minha parte, mas é um problema sério e costuma acontecer muito. Infelizmente. Essa confusão é que leva a muitos ao pecado do orgulho espiritual. Sobre isso, se te interessar, recomendo a leitura de "Vida Feliz" de Sto Agostinho.

Citação:
Miriam
A Igreja, na sua santa e imutável doutrina, até nos chama co-redentores com Cristo na dor.

Desde que se entenda o que se está querendo dizer.

Citação:
Miriam
O problema é que, hoje, surgiram novas teologias que obscurecem a sã teologia da cruz. É a teologia da libertação, é a do pare de sofrer – parece coisa de seita isso – é a da prosperidade, é a da vitória, é a teologia materialista do tudo aqui e agora, do ter e do prazer. E o sofrimento humano, que nos transfigura em outros Cristos, que nos aproxima da co-redenção, foi obnubilada e esquecida.

Reconheço a teologia da cruz e a teologia da libertação, já as outras que citou... Deus me livre e guarde! Quanto a sua última frase, já sabe o que eu diria dela.

Fica com Deus.

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