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Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 12:49

O «vai e não tornes a pecar» é taxativo, é claríssimo, é uma grande lição: misericordiosos sim, traidores a Deus não, nunca, jamais.

Ninguém te condenou, nem eu te condeno. Naquela hora, na hora ainda da correcção, da conversão, da possibilidade de mudança, Jesus não condenava. Mas vai e não tornes a pecar.

Ou seja, não tornes a casar segunda vez, não tornes a adulterar, não tornes a trair a lei de Deus, não tornes a manchar o teu corpo – que é templo do Espírito Santo – pelo pecado e pela imoralidade, com uma relação não abençoada por Deus. E Deus abençoa através da sua Santa Igreja.

E o segundo mandamento da lei de Deus, segundo ensina a minha amada, perfeitíssima, pura e Santa Igreja, diz assim: e amarás o teu próximo, por amor de Deus.

Eis a caridade verdadeiramente cristã: o amor ao próximo tem de estar sempre, sempre, subordinado ao amor de Deus. Na medida em que um falso amor ao próximo prejudicar o amor que devemos a Deus, isso devia fazer-nos pensar que raio de amor é esse que estamos a dar aos nossos semelhantes à custa do desprezo de Deus e da sua santa lei. Primeiro Deus, em tudo Deus e sempre Deus; amemos o nosso próximo com amor verdadeiro, desejando-lhe, primeiramente, a união plena com Deus e só depois os bens relativos: vida, saúde, etc.

E, na medida em que algum destes bens prejudique o bem absoluto, a relação com Deus, devemos mesmo não os desejar para o nosso próximo, precisamente por amor verdadeiro, por um amor em Deus e tendo sempre Deus como base sólida, consistente, firme.

E nesta fé quero viver e morrer!

Senhor, fazei que vos ame sempre e cada vez mais; e aos meus irmãos por amor de Vós, e unicamente com vista a levá-los a Vós!

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Rui Vieira (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 13:05

"Perfeitissima" Igreja?

Era bom, só que essa perfeição, essa Igreja "perfeitissima", situa-se no eschaton, na escatologia futura.
Actualmente, só como primicia.
Se fosse perfeitissima, não era pecadora!

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 13:11

Olá Rui,
Nós somos imperfeitos, nós, os filhos da Igreja. Mas a Igreja, enquanto instituição divina, sociedade perfeita fundada por Nosso Senhor, é sim perfeita. Uma Igreja santa, imaculada, perfeita, constituída por homens pecadores, os seus filhos.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 13:13

Por isso, por tudo o que disse anteriormente, não aceito as fugas, não aceito ambiguidades, não aceito posições equívocas ou pouco claras: ou tudo ou nada. Deus não é um brinquedo nas mãos dos homens. Deus é o supremo bem, o absoluto, o transcendente; Deus exige uma resposta radical de nós. Ama-nos e quer ser amado com um amor exigente, que nos obriga a sair de nós mesmos, a encontrarmo-nos com Ele e a voltar a nós já transfigurados pela sua força regeneradora, transformadora, força essa que nos impulsiona de modo sempre novo a lutar por Ele e a levar os outros à nossa volta a Ele e a sentir o seu amor.

Mas Deus não é relativo, Deus não é um brinquedo para ser instrumentalizado nas mãos dos homens consoante as conveniências de cada um. Deus não é uma coisa, um objecto, para aplicarmos a uns a sua lei e a outros mostrarmos desprezo por ela, sem o consultarmos, sem que Deus seja tido nem achado nessas decisões que tomamos por falsa “humanidade”.

Portanto, eu não aceito ambiguidades, discursos pouco claros, vitimizações quando o tema – seríssimo – é a fé e moral católicas. Aceito, e respeito, quem tem posição clara, ainda que seja discordante da minha. Posso espernear, chamar tudo e mais alguma coisa, mas esses merecem respeito. Têm convicções, ainda que frontalmente em oposição ao magistério.

Agora quem fica no meio – e aqui é que podemos contextualizar aquela frase que leste, Cassima, noutro lugar, essa frase dirigia-se aos do meio -, quem não aceita determinado princípio e daí tira uma natural consequência, é muito mais incoerente ainda que o subversivo e revolucionário que, pelo menos, assumem convictamente o que defendem.

Ambiguidades, comigo, não.

PS: Parece que não estou mesmo destinada a sair daqui.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 13:53

Oh rapariga...

Escreves, escreves e eu sem ter grande tempo para te responder.

Mas responderei.

O que digo desde já é que, a grande faceta que me atrai em Jesus é o Seu Amor, a sua tolerância com as nossas faltas, a importância que nós e o nosso bem lhe merecemos de tal forma que "violava" os preceitos da Lei da época e escandalizava os guardiões da moral, o seu cuidado para connosco que se revelava em máximas como "eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância". E isso não se coaduna com o manter de muito sofrimento evitável.

Como já te disse antes, a qualidade das pessoas aqui não entra em jogo. Nós não sabemos o que somos cada uma nem o que fazemos cada qual. E o que cada faz não pode ser medido em quantidades, porque não só isso que importa: olha a parábola dos trabalhadores.

Mas, como disse alguém, voltarei!

Cassima

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 14:39

Eu gosto muito de escrever, Cassima! Ou aqui ou noutros locais, nas paredes – rsrsss – em todo o lado! Adoro a escrita: acalma-me, dá-me outra visão das coisas, obriga-me a sair de mim, a pensar.

Portanto, se escrever demais, saltem, não liguem, ignorem! Adoro mesmo escrever.

Bem, vou martelar: Jesus não foi tolerante com as nossas faltas! Looool

Jesus foi respeitador da dignidade humana, que é algo diferente.

Se Jesus tivesse sido tolerante com as nossas faltas não nos mandava (na pessoa da adúltera que, naquele momento, nos representava a todos) não voltar a pecar.

Não gosto nada da palavra tolerância. Ela implica uma tácita concordância ou aceitação do erro. Prefiro «respeito», que se configura mais com pessoas e não com ideias. O erro não tem direitos, tal como as pessoas não têm qualquer direito a errar (ai o que esta frase vai dar pano para mangas!). O que as pessoas têm é direito a ser respeitadas, enquanto pessoas, mesmo estando no erro, mesmo no meio dos seus erros. O respeito à dignidade do ser humano impele-nos a atribuir direitos à pessoa, ainda que ela esteja no erro. Mas não respeito ao erro!

Jesus respeitava muito sim o ser humano, foi especial o trato dado aos pecadores, publicanos, prostitutas e mulheres em geral.

Mas não veio abolir a lei, veio dar-lhe pleno significado. Também disse que nem um só J seria alterado da lei.

A diferença é que, antes, as leis eram mecânicas, frias, humanas; e as leis que estamos aqui a discutir são leis de Cristo, dadas por quem, de direito, pode fazer leis em Seu nome: a Santa Igreja.

Um abraço, fica bem.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 16:06

Sobre pecados e santidade, veja-se ainda o que Santo Inácio diz das almas delicadas e das almas grosseiras. Não vou explicar aqui, fica à livre consideração: senão de cada um, ao menos de quem conheça do que falo.

A alma delicada pode errar, mas por boa causa; já a alma grosseira nem consciência tem do que é o erro...

E, assim, vai progredindo de erro em erro, de pecado venial ao mortal. Já a delicada erra por escrúpulo, por medo de errar!

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 17:26

Citação:
Miriam
Se Cristo for a prioridade da sua vida, uma mulher sabe que pode fazer muita, muita coisa na Igreja sem ser sacerdotisa;

Verdade. Uma mulher pode fazer muita coisa sem ser sacerdotisa e fez, senão pouco teria feito até hoje, correcto. Mas o facto de poder fazer muito numa determinada vertente é impeditivo que o faça noutra? Afinal Jesus podia fazer muita coisas pela humanidade sem vir à Terra encarnar. Deus já o tinha feito enquanto Pai na Aliança com Israel.

O que é impeditivo de uma mulher poder assumir o sacerdócio (ser ser as leis actuais, claro!)? Segundo ouvi um dia destes, eram principalmente duas:
- Jesus não escolheu nenhuma mulher para os 12 apóstolos
- Não havia mulheres na última ceia, quando foi instituída a Eucaristia.
Ora, estes dois argumentos não parecem ter muita base. O número de 12 é essencialmente simbólico, e a escolha de homens era mais que compreensível tendo em conta o meio e a época.
Depois, a última ceia. Então é crível que, andando o grupo de Jesus acompanhado por mulheres, como vem em vários pontos do Evangelho, resolvesse fazer a festa da Páscoa e as mandasse embora? O facto de elas não serem mencionadas pode justificar-se com o facto de não ser habitual contar com elas e as crianças. Em muitos lados, quando se contam pessoas, é habitual ler-se "e sem contar as mulheres e as crianças". Basta ver os milagres da multiplicação do pão e dos peixes.

Se as características físicas que Jesus assumiu ao encarnar (homem de raça semita) forem importantes de forma a excluir as mulheres, então também aqueles que não reunirem todas elas não deverão ser aceites. Ou seja, ou os padres são todos homens de raça semita ou então não está correcto.

Citação:
Miriam
Se Cristo for a prioridade da sua vida, um homem casado sabe que pode santificar-se com a sua esposa numa vida laical sem aceder ao sacerdócio ministerial;
Se Cristo for a prioridade da sua vida, um padre que se apaixone – pode acontecer e pode até ser amor verdadeiro mesmo – sabe que deve abandonar o sacerdócio definitivamente para se santificar num matrimónio católico como se deve e sem pecados prévios. Se, por outro lado, apenas se tratar de uma tentação, deve reprimi-la e combatê-la, para se manter fiel a Cristo e à Igreja no seu sacerdócio;

Claro que um homem casado pode santificar-se com a sua esposa numa vida laical. Mas o facto de poder fazê-lo é impeditivo de também o fazer como sacerdote? (Nota: nem discuto a questão de que um sacerdote deve deixar de sê-lo antes de se entregar a um amor terreno.) Fala-se tanto do sacrifício necessário para manter o celibato e a força para viver um sacerdócio digno sem sucumbir às dificuldades de o manter. Então porque não há-de esse esforço ser igualmente valorizado para manter uma família e uma vocação sacerdotal (que é o argumento usualmente esgrimido).

Aliás, acho que só o facto de aceitarem anglicanos casados (que eu acho muito bem) e aceitarem os padres casados do rito oriental, devia ser razão mais do que suficiente para acabar com o celibato obrigatório. Se uma razão é válida para uns, deverá ser válida para todos. Porque senão, parece que os ex-anglicanos e os orientais são uma espécie de padres de segunda categoria.

Citação:
Miriam
Se alguém que quer limitar o número de filhos tiver Cristo como prioridade da sua vida, há-de considerar que não se deve retirar Deus do matrimónio; Ele é a terceira pessoa da relação; a relação não se constrói a dois, mas a três: o casal e Deus. Logo, o casal deve estar aberto à vida e deixar os seus naturais egoísmos. Se, por motivo grave, for necessário espaçar ou mesmo limitar definitivamente o número de nascimentos (questões de saúde, questões económicas graves), isso há-de ser feito com respeito à lei moral, isto é, recorrendo-se à continência periódica e não a meios imorais e condenados pela Igreja. Isto, claro, se o amor a Deus estiver acima de todo e qualquer amor; se Cristo e a Igreja forem a prioridade absoluta.

Eu acho que Deus num casamento é essencial. Mas, dito isto, porque é que a sexualidade, vivida com amor, dentro do casamento, tem de ser restringida, contida? Porque é que o uso de produtos artificiais há-de ser imoral? Se houver amor no casal, porque é que a sexualidade é luxúria? O ritual do casamento pergunta: "Estais dispostos a receber amorosamente os filhos como dom de Deus e a educá-los segundo a lei de Cristo e da sua Igreja?" Onde é que aqui está que cada vez que se fizer amor tem de se gerar um filho (exagero de linguagem, claro...)? Estar aberto à vida no casamento não é obrigatório de ter de gerar todos os filhos possíveis e manter Deus no casamento não é obrigatório de considerar o sexo egoísmo ou luxúria.

Citação:
Miriam
Se um casal falhou, se por algum motivo – e aqui há tantos – alguém não teve um matrimónio como Deus sonhou para ele, então mantenha-se sozinho e santifique-se no respeito pela moral e pela santidade a que Deus o chama.

Porquê? Se até a própria Igreja encontra motivos para "anular" casamentos? E porquê ficar só, se até Deus disse que não era conveniente que o homem estivesse só? E porquê não permitir o divórcio, se até Jesus reconheceu haver uma excepção à indissolubilidade do casamento? Não defendo a separação por separação. Mas há tantos casamentos desfeitos que seriam declarados nulos, se a Igreja não fosse tão burocrática e o processo penoso, demorado e caro. Assim, a abordagem dos ortodoxos é para mim uma boa solução. Aceitam o divórcio e os segundos casamentos assumem uma forma penitencial porque o divórcio não é desejável.

Citação:
Miriam
Querem ser santos sem sacrifícios? Querem uma vida de mar de rosas? Um homossexual, um divorciado, uma pessoa que já fez um aborto, pode, desde que o queira, ser um grande santo! E eu, que estou para aqui a falar, se calhar nunca lá chegarei. Deus chama-nos à santidade, na situação em que estamos, com os problemas com que estamos. É preciso é que nós queiramos responder com amor, fidelidade e generosidade ao chamamento! Agora se queremos tudo à nossa maneira, passando por cima da lei de Deus, que é sobretudo uma lei de amor e de felicidade futura – e não imediata – para nós, assim nunca lá chegaremos. Estamos a trair o potencial que Deus nos deu para sermos grandes santos e muito agradáveis aos Seus olhos!
Cada um, na sua situação concreta, tem grandes possibilidades de dar um grandioso testemunho cristão, católico, de santidade.

É verdade. Qualquer um pode ser santo. E, se calhar, mais depressa são aqueles que menos esperamos. A vida nunca foi um mar de rosas e temos de ter fortaleza para a gerir e superar. Mas não há razão para não minorarmos os sofrimentos, não há razão para os procurarmos nem de os provocarmos. Jesus disse que veio para termos vida e a termos em abundância. Vejo aqui um apelo, não ao facilitismo, mas a uma vivência plena, com os problemas que não pudermos resolver, mas sem os sofrimentos que conseguirmos eliminar. Jesus disse que o Reino de Deus já está connosco, por isso porque é que a felicidade tem de ser futura? Deverá começar já e prolongar-se até à eternidade.


Citação:
Miriam
Mas, se Cristo não é a prioridade e o maior amor das suas vidas, nada do que foi dito acima faz qualquer sentido.

E tudo isto deve ser feito com Jesus como o nosso maior amor e o centro das nossas vidas. E tudo terá sentido.


Pequenos apontamentos...

Sobre as nossas limitações, os nossos problemas: Todos temos. E todos temos de viver com eles ou eliminá-los se possível.

Exemplo dos santos, há tantos e para tantos gostos: Tu pareces gostar da inflexibilidade, eu gosto da tolerância. Gosto do facto da Madre Teresa de Calcutá ter tido água do Ganges para aliviar os doentes hindus, mesmo que isso fosse "contra" a Doutrina, gosto do facto do Padre Damião ter ido tratar dos leprosos sem os "obrigar" a ser católicos, ou seja, gosto do facto de de um santo (de altar ou não) ajudar o próximo dando-lhe o alívio da forma mais humana possível, de acordo com as sua crenças, se possível.

E não acredito que o sofrimento "agrade a Deus". Se isso fosse verdade, então o maior torcionário era uns instrumento de Deus, porque possibilitava aos outros serem verdadeiros cristãos (!). Mas concordo que as dores sofridas com Deus ao lado se tornam mais leves.

Tu vês a misericórdia de Jesus duma forma, eu vejo-a doutra. Foi duma extrema caridade com a adúltera, claro que lhe recomendou que não pecasse, mas repara, que sim, ele não cumpriu com a lei, porque não só não apedrejou como impediu o apedrejamento.

Repara nos pequeninos, no pobre pecador que falava baixinho com Deus, com Zaqueu, com os episódios com os gentios. Jesus nunca foi exclusivo. Foi sim inclusivo. E quando achares que devem sair da igreja, aconselho-te a ler Romanos 14,1.

Traidores a Deus? Depende do conceito que lhe dás... S. Pedro foi traidor? Claro que foi. E arrependeu-se. Mas podia tê-lo feito em qualquer momento até ao final da sua vida. Tu tê-lo-ias posto na rua? Tê-lo-ias deixado voltar? Não tenhas pressa tu.

E nessa questão do amor a Deus e do amor ao próximo, pode haver um sem o outro? E porquê uma dureza que Ele não tem?

E Jesus foi duma tolerância... Não só nos mandou perdoar aos irmãos sete vezes, como mandou fazê-lo setenta vezes sete. Queres maior tolerância do que isto? Não vais dizer agora que Ele tinha uma "tácita concordância ou aceitação do erro". E não é o mesmo que respeito, que Ele também tinha por nós, sim.

As leis da Igreja são de Cristo, sim, mas definidas e aplicadas pela Igreja, da mesma forma que antes as leis eram de Deus, definidas e aplicadas pela Igreja de Israel. Porque é que agora não poderá haver leis que sejam "mecânicas, frias, humanas"?

Abraços

Cassima

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 18:29

Sobre a ordenação das mulheres, teria muitos e melhores argumentos que os dois citados. E olha que eu sou uma grande defensora da dignidade da mulher!

Mas não quero discutir as leis da minha Igreja!

Para concluir:
Tu, o Firefox e outros ficam com as vossas opiniões, a que eu chamaria delírios; eu fico com a doutrina, moral e disciplina da Igreja, com todos os documentos do sagrado magistério a abordar as várias questões aqui discutidas e com toda a lei vigente e, creio, imutável.

Tenho o Papa do meu lado, isto, por enquanto, basta-me para dormir descansada todos os dias.

As portas do Inferno jamais prevalecerão!

Longa vida ao Papa Bento!

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 19:04

Subscrevo, na íntegra, o mais belo texto que já li sobre a Santa Mãe Igreja:
[pt.escrivaworks.org]

Se o lerem, leiam até ao fim, muitíssimo bom!

É grande, mas leiam até ao fim.

Não vim aqui para fazer proselitismo. Há corações empedernidos e obstinados no erro, no orgulho, na desobediência, na heresia, no relativismo, na falta de amor à Santa Igreja e na rebeldia.

Em boa verdade, se algum dia desejei mudar aqui alguém – não vocês – hoje deixo isso nas mãos de Deus. Eu sou só um instrumento e um instrumento fraco, de poucas capacidades e ainda de menos méritos. Pretender mudar alguém, sendo o que sou, é realmente muita pretensão.

Rezo por todos! Principalmente pelos que, um dia, ainda terei a alegria de ver totalmente católicos! E que grande alegria isso me daria.

Pela Santa Igreja de Deus, lutar, sempre!


A mim, resta-me somente rezar.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 19:41

A segunda parte – esta ainda merece ser lida com mais atenção, é belíssima! -:
[pt.escrivaworks.org]

Que grandes verdades ditas aqui! Todas grandes verdades, do início ao fim!

Esta merece ser lida, relida, saboreada. Principalmente a parte da autoridade da Igreja, igreja democrática e heresias.

Isto, é amar e defender a Santa Igreja Católica

PS: Escrito depois do Vaticano II, é do nosso tempo.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 20:03

Miriam,

Uma pena que não esteja com muito tempo disponível no momento, mas vou tentar responder algumas questões com o que me resta: Pelo que escreve sobre "igreja perfeitíssima" e "magistério imutável" e "obediência cega", só posso concluir que ainda não estudou muito a história da igreja. Não são um nem dois, mas muitos os pontos da doutrina que chegaram hoje à forma que seguimos pela ação de católicos que não fizeram obediência cega considerando que o status quo era imutável e acharam que a igreja podia mudar para se aproximar mais da perfeição. Chega até a ironia dizerem isso - "igreja perfeitíssima", "magistério imutável", "obediência cega"- os que antes reclamavam de um concílio (ainda reclamam) e até chegaram às portas de um cisma.

Citação:
Miriam
Se eu vos perguntar, a todos em geral e a cada um individualmente, se são: a favor da ordenação de mulheres, a favor da contracepção artificial, a favor da ordenação de homens casados, a favor do fim do celibato obrigatório, a favor do divórcio católico (o que é isto?), a minha pergunta está mal feita?

Sim, está.

Citação:
Miriam
Amo Bento XVI!!! Com ele a Igreja regressará ao caminho correcto. Bendito Santo Padre.

As palavras te traem. Se acha que Igreja vai regressar ao caminho correto é pq pensa que antes Ela seguia pelo caminho errado, portanto o "magistério infalível" falhou.

Citação:
Miriam
E o sofrimento e sensibilidades humanas não podem servir de desculpa para se trair a Igreja e os seus ensinamentos.

Se a igreja não presta atenção ao sofrimento humano ela já traiu seus objetivos. Far-te-ia bem ler menos documentos e mais o evangelho, é lá que está a fonte, e é sempre boa leitura

Citação:
Miriam
A minha religião chama-se Cristianismo, não humanismo.

Ser menos humano não torna ninguém mais cristão, o primeiro é condição de possibilidade para o segundo. Vc mesma notou que existe um humanismo cristão.

Citação:
Miriam
Ou se aceita com radicalidade – que não se confunde com radicalismo – a proposta cristã, ou saia-se da Igreja.

Esse discurso... Gosto mais de ouvir Jesus.

Citação:
Miriam
Para ter compaixão e misericórdia das sensibilidades e sofrimentos humanos, havemos de trair a moral cristã e os ensinamentos de Cristo e da Igreja? Mas afinal o que é a prioridade das nossas vidas: Cristo ou os irmãos?

Nunca vi pergunta tão mal colocada. Leia as Escrituras: "aquele que não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê".

Citação:
Miriam
Havemos de amar os irmãos como a nós mesmos, sofrer com eles, chorar com eles, sentir a sua dor; mas não havemos, sobretudo e primeiramente, de amar a Deus acima de tudo e todos, até deles?

Talvez esteja aí a razão do problema, isso de se imaginar que seja possível separar o amor a Deus do amor ao próximo. Assim, em nome de um amor a "Deus", alguém pode-se fechar tranquilamente (ou mesmo com muita pena, mas a vida é assim, ele vai ter que entender e superar) ao sofrimento do próximo e passar direto para servir antes a "Deus" no Templo.

Citação:
Miriam
eu detesto recorrer a este tipo de discursos, principalmente aqui onde ninguém me conhece; sinto-me mal, parece que me venho para aqui vangloriar. Mas, sabes lá tu da minha humanidade ou humanismo, sabes lá tu do meu modo de tratar os outros fora de um fórum supostamente católico da net.

Miriam, o que escreveu devia ser lido por vc. Certamente que tb não conhece as outras pessoas para afirmar que essa ou aquela tem que sair da igreja. Pimenta no olho dos outros é refresco! É muito cômodo mandar a outro que suporte a dor qdo ela não é nossa, e mais ainda qdo se espera que o outro o faça apenas para não ferir nossas sensibilidades. Depois, para fechar ainda sobra aquele: "se não gostou saia da igreja".

Citação:
Miriam
Os santos, ao contrário de um humanismo anti-cristão – porque também há o humanismo cristão, cfr. São Francisco de Sales – não lutaram contra o sofrimento, porque sabiam perfeitamente que o sofrimento purifica, o sofrimento redime, o sofrimento torna-nos co-redentores com Cristo na santificação das almas. O sofrimento agrada a Deus, na medida em que for para sua maior glória e suportado com amor, paciência, resignação e santa alegria.

Isso não tem nada de humanismo, nem anti nem cristão, isso tem outro nome, chama-se dolorismo. Mas o sofrimento NÃO agrada a Deus, o sofrimento NÃO redime, o sofrimento NÃO purifica, o sofrimento NÃO tem valor, e NÃO foi o sofrimento de Jesus que nos salvou. O que agrada a Deus, que redime, que purifica, que tem valor é o amor. Foi o amor de Jesus que nos salvou e não seu sofrimento. Sofrer por sofrer é puro masoquismo, e bem sabemos que exemplos de dolorismo de alguns santos no passado devem ser interpretados dentro de um contexto de uma época. Oxalá não saia recomendando a prática do cilício, do chicote (disciplina) e dos cintos de castidade. Deus nos proteja!

Citação:
Miriam
eu, a puritana cá do fórum, conheço muito bem a miséria humana: já chorei e sofri muito com gente que chorava e sofria. Sei muito bem compreender o pecado e a miséria em estado mais puro, a grande pobreza moral e espiritual de muitos. Só que, à semelhança dos santos, o meu grande amor a quem sofre não pode - e jamais me levará – a transigir naquilo que é o meu maior e mais entranhável amor: a santa Igreja e os seus princípios, leis, que não são meras leis farisaicas, mas leis de amor, de felicidade futura, de supremo bem para as almas e, principalmente, leis de Deus e que agradam a Deus. O contrário delas é que desagrada.

Miriam, em alguns parágrafos seus reconheço o que me fez ter respeito por ti (noutros dá vontade de te dar uns cascudos, rs). Todavia, ainda não entendeu que as tais questões "fracturantes" não são quaisquer umas, nem se pretende abrir mão de princípios, mas ao contrário atender justamente ao princípio maior. Um exemplo: diz que todas (todas?) as leis são de amor, felicidade, não meras "leis farisaicas" (coitados dos fariseus); devem ter então (espero) algum sentido e alguma coerência interna, segundo Cristo.

Poderia me mostrar, por favor, a coerência por trás de afirmar, por um lado, que o celibato obrigatório é condição necessária para o exercício do sacerdócio (afinal, não fosse necessário não seria obrigatório) e, por outro, admitir o ingresso de sacerdotes anglicanos casados? Se possível tb queria entender a coerência interna de dizer, por um lado, que o celibato é condição necessária para o exercício do sacerdócio pq é o que permite uma dedicação maior a Deus, e, por outro lado, existir no Direito Canônico um artigo que diz que não pode ser ordenado padre um homem que for sexualmente impotente. Gostaria que me mostrasse, por favor, que o que motiva o celibato não é uma concepção dolorista, a idéia de imolar a si mesmo, mas um desejo de servir ao próximo. Deus não quer sofrimento de ninguém, (coitados dos católicos.) Ele quer amor.

Se tiver algum tempo e puder, gostaria ainda que mostrasse a coerência interna de conter o catecismo um artigo que admite a pena de morte, qdo a igreja diz que defende a vida em todas as circunstâncias.

Mais um pergunta só, se não for abusar da sua boa vontade. Considera que o catecismo é imutável?

Paz e Bem.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 20:14

Essas duas leituras (releituras) e esta que vos indicarei nesta mensagem, foram a minha leitura espiritual de hoje.

A terceira parte, sobre o sagrado sacerdócio ministerial e a dignidade e grandeza dos sacerdotes do Altíssimo:
[pt.escrivaworks.org]

Que textos lindos! É nesta – e nunca noutra – fé que quero viver e morrer!

Como os santos, a quem quero e devo imitar.

Viva a Santa Igreja Católica, esposa imaculada do Cordeiro sem mancha!

Católica, até ao meu último suspiro de vida. Tirem-me a paz, a saúde, a vida, mas a fé católica imaculada permanecerá!


O resto é sofística herética que jamais abraçarei. Deus me guarde de tanta heresia. Nunca vi tanta heresia junta num só lugar!

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 20:28

Firefox,
A todas as suas falácias sobre o sofrimento humano, saídas não-sei-de-onde, a não ser da sua cabeça, respondo-lhe unicamente com isto:
[www.vatican.va]

Em cisma, está quem nega frontalmente e de modo explícito quase todo o magistério da Igreja! Se a Igreja não fosse de origem divina, os seus inimigos internos já a tinham destruído. Mas, paradoxo, se assim fosse, não sobraria nada nem para vcs criticarem...

Leia esse esclarecedor documento do Sagrado Magistério.

Quando eu quiser ler o Evangelho sem a recta interpretação que só a Santa Igreja pode dar dele, mudo-me para uma igrejola de fundo de quintal.

Nossa, que vcs são mesmo hereges! Em tudo tudo tudo!

O melhor seria perguntar: que coisa ortodoxa e de boa doutrina defendem vcs aqui?...

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 20:35

Olhando para tudo isto que tenho aqui visto, não sei se não terei cometido uma injustiça monumental com alguém!

É difícil – pouco provável – cair mais baixo na doutrina!

Realmente, se foi isso que aconteceu, o choque está explicado.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 21:02

Citação:
Miriam
Olhando para tudo isto que tenho aqui visto, não sei se não terei cometido uma injustiça monumental com alguém!

Não duvides.

Citação:
Miriam
É difícil – pouco provável – cair mais baixo na doutrina!

Não te apoquentes, Jesus é compreensivo e será capaz de perdoar as tuas falhas doutrinais, pois provêm de quem está a aprender a amar os seus irmãos.

Citação:
Miriam
Realmente, se foi isso que aconteceu, o choque está explicado.

Sim, sofremos um choque. Não é todos os dias que se assiste a tão triste espectáculo. Mas também nós estamos a caminhar na aprendizagem do Amor.

Até aqui, as pessoas fizeram um esforço para te tratar bem e para responder às tuas perguntas. A paga delas são os teus posts de auto elogio. Já sabemos que tu és super e o resto uma merda.
Num dia em que a humildade e a caridade cristã finalmente brotarem no teu coração, volta e suja-te connosco.

Reza muito, bem precisas.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Anori (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 21:16

Como as coisas mudam...o que as perspectivas fazem...temos todos um cogumelo no bolso...

;) ahah ah ahahaha






P.S.: educação!

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 21:29

Melhor nem comentar.
Conseguiu o que queria, acho que agora ela vai.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 21:38

Vai lá Anori, doe alguns cogumelos e a convença da reencarnação.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 29 de April de 2010 22:18

Lena,
Sou católica.

Se isso te faz confusão a ti e aos outros – que dizem ser também – paciência.

Nunca me julguei melhor do que ninguém. Caramba, mas é difícil não perder a paciência. Tudo, tudo, tudo da fé católica é aqui atacado. Até a noção do sofrimento humano?

Tudo é relativizado, o sagrado magistério desrespeitado, tudo tudo? E somos todos católicos?

Não dá! Não consigo! Desculpem!

Todo o magistério é posto de lado, só valem aqui opiniões pessoais e eu é que estou errada e sou arrogante?

Desculpem, não tinha intenção de ofender ninguém. Mas a palavrinha que utilizei é consagrada pela Igreja – não por mim – para quem defende o que aqui se defende.

Até o sofrimento humano? Não purifica, não redime?

Isso é a negação de todo o Cristianismo! É a negação da teologia da cruz!

Nunca disse que sou melhor do que vocês, só estou a repetir o que a Igreja ensina! A Igreja é melhor do que eu, do que vocês e do que tudo.

Mas desculpem, eu já tinha dito que me ia embora. Vocês é que insistiram, eu sabia que não ia dar certo.

Desculpem...

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