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Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 20 de January de 2009 17:08

Quando temos problemas no trabalho deixamo-lo?

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Vera (IP registado)
Data: 20 de January de 2009 17:52

Muitas vezes sim! Quando esses problemas destroem a nossa sanidade mental!
E por mais que digamos nunca vamos estar de acordo. E como o meu objectivo não é mudar a opinião de ninguém, também não adianta estarmos aqui a ser repetitivos. Não tenho culpa se sou mar e não montanha...
O tema aqui era o divórcio na Igreja Católica. Ora, em jeito de conclusão, para quê discutirmos o que não existe? Isso sim é um facto. Não existe.
Quem não pode viver com isso acaba por se desenrascar, o caso da Isat, e faz muito bem. Quem puder continuar a manter a posição que a Igreja defende, e achar que está bem, para mim tudo bem também.
É a vantagem de nascermos LIVRES!

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 20 de January de 2009 18:07

Entao, se as pessoas escolhem o que querem, por que se queixam que a igreja isto a igreja aquilo? A igreja deixa de os aceitar, sao discriminados, nao podem comungar, nao podem participar, etc. A escolha e deles! Deixem de falar na igreja. So la vem quem quer...quem tem fe e acredita e cumpre com as leis.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 20 de January de 2009 18:09

Nascemos livres mas com responsabilidades!

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: teixeira (IP registado)
Data: 21 de January de 2009 23:12

Vera:

O horror do que descreves,..

Como é possível haver ainda pessoas que se submetem a ser vítimas de um crime sem reagirem?
Mais vale um bom dom divórcio que um mau casamento.

Ao contrário do que alguns católicos pensam, a Igreja Católica não obriga as pessoas a manterem uma relação conjugal quando são vítimas de abusos, violência ou adultério.

A Igreja Católica aceita perfeitamente a separação dos conjuges quando a vida conjugal se torma impossível ou indigna. `

È mesmo um dever moral da pessoa católica qundo vítima de abusos ou cujos filhos sofrem de abusos e indignidades, afastar-se e proteger-se do abusador sobretudo se for o seu conjuge.

Não é pelo facto das pessoas católicass de separarem ou divorciarem civilmente que ficam excomungadas ou afastadas da vida cristã..

Apenas os recasados sofrem essa sanção



Editado 1 vezes. Última edição em 21/01/2009 23:15 por teixeira.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 22 de January de 2009 04:09

teixeira

Nao e bem assim..
È mesmo um dever moral da pessoa católica qundo vítima de abusos ou cujos filhos sofrem de abusos e indignidades, afastar-se e proteger-se do abusador sobretudo se for o seu conjuge.
O abusador precisa de ajuda psicologica

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Vera (IP registado)
Data: 22 de January de 2009 11:02

Teixeira eu sei bem disso. Sei como funciona. Só quis mostrar o lado extremista de algumas pessoas. No caso da minha tia, ela acreditava piamente que era assim, e que nada deveria ser mudado. A tal história da cruz.
Nem mesmo a minha avó estava de acordo com isso, e disse-lho inclusive muitas vezes. Se ela tivesse dado ouvidos à mãe pelo menos... Mas não, além de só ouvir esse tipo de fanáticos, que nem dizem o que sabem, nem sabem o que dizem, pensava exactamente do mesmo modo. E quanto a ela, boa ou má foi uma opção, mas e os filhos? Acho que ela não tinha esse direito. Acho...
E com isto tudo quero lembrar que em tudo na vida temos que admitir excepções. A Igreja Católica defende, e bem, o valor da família. Defende que esta deve manter-se unida, apesar das contrariedades. Mas admite excepções, como tu mesmo referiste. E sem qualquer tipo de penalização nesses casos. E depois vem a contradição... Separar pode, mas há-de morrer sozinho/a! Já pensaram que essas pessoas, mesmo tendo filhos, acabam por mais tarde ou mais cedo, sentirem-se sozinhas? São pessoas, têm sentimentos. Apesar do sofrimento causado por uma relação, não perdem a capacidade de amar. Não há um botão dentro de nós que se desligue, para o caso de virmos a falhar um projecto de vida.
O infortúnio em si, não será já castigo suficiente?
Só porque é a posição da Igreja Católica, se somos Católicos temos que concordar com ela?

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 22 de January de 2009 11:43

Eu não pretendo julgar ninguém mas aqui ninguém está a ser compassivo para com a missão da Igreja. A missão da Igreja é levar o mais puro posível e com a maior fidelidade possível a palavra de Deus Jesus Cristo a toda a humanidade. Isso por vezes choca com os próprios interesses pessoais daqueles que a formam. Ora temos que compreender que e´dificil para a Igreja, não cumprir as palavras de Cristo quando diz:

7Eles, porém, objectaram: «Então, porque é que Moisés preceituou dar-lhe carta de divórcio, ao repudiá-la?» 8Respondeu Jesus: «Por causa da dureza do vosso coração, Moisés permitiu que repudiásseis as vossas mulheres; mas, ao princípio, não foi assim. 9Ora Eu digo-vos: Se alguém se divorciar da sua mulher - excepto em caso de união ilegal - e casar com outra, comete adultério.»

É que se Deus não fosse tão claro, se houvesse forma de ler as palavras de Cristo de uma forma não literal a Igreja já o teria feito, como o fez em abono do verdadeiro sentido da palavra de Deus em outras ocasiões e alguns padres da Igreja já o terão tentado fazer seguramente, mas não pode, porque elas são curtas e incisivas e renunciam qualquer motivo inclusivamente infedilidade para a solubilidade do casamento. Podemos dizer que Deus é amor, podemos dizer que Deus não quer que soframos, podemos dizer tudo isso, mas o que não podemos negar é as palavras de Cristo e quanto a isso não há volta a dar. O casamento, ou melhor o matrimónio, celebra uma aliança entre duas pessoas, na qual Deus pretende que o homem e mulher vivam um para o outro uma relação idêntica aquela que Deus viveu e continua a viver com o seu povo, uma aliança que passou no deserto e foi revificada na Cruz, porque este é o verdadeiro amor, aquele que perdoa todas as falhas e infedilidades. Quem não for capaz de o fazer então não se case.
Precisamos de ser compassivos com a Igreja, porque ela tem que se manter fiel às palavras de Cristo, sem estas a Igreja perde sentido e legitimidade para levar em diante a sua missão.

Não pretendo julgar ninguém, mas cuidado quando julgarem a Igreja...

Deixemos de pensar naquilo que a Igreja determina e meditemos nas palavras de Cristo e façamos uma análise justa e compassiva para com a Igreja e a sua missão.

Há outros caminhos para os recasados, dentro da Igreja, não há excomunhão, mas se pretendemos assumir esse caminho de nos unirmos a uma pessoa que já contraiu matrimónio, assumamo-lo e seguimos em frente, com toda a nossa inteira responsabilidade e não atiremos culpas das consequências do que fazemos, para cima de outros, neste caso a Igreja. Porque se eu torcer um pé, eu vou estar acamado e com o pé engessado. Eu sou inteiramente responsável pelas minhas escolhas e para todas elas existem consequências, mas não fatalismos.



Editado 2 vezes. Última edição em 22/01/2009 11:47 por vitor*.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Vera (IP registado)
Data: 22 de January de 2009 12:42

Vítor, com todo o respeito pela tua opinião, se alguma vez julguei a Igreja nunca fiz nada que a Igreja não faça comigo, por exemplo.

Se alguém se divorciar da sua mulher - excepto em caso de união ilegal - e casar com outra, comete adultério.

Porventura retiras destas palavras alguma consequência para a pessoa que foi abandonada?
Se leres as minhas mensagens anteriores, não sei se neste tópico ou no "Recasados", já referi que pelo menos a pessoa que é abandonada pele cônjuge deveria ser vista com maior humanismo quando decide refazer a sua vida.
Não deveriam estas palavras de Jesus ser interpretadas de uma forma menos linear? Será justo interpretá-las a gosto e usá-las para insensivelmente "meter tudo no mesmo saco"?
Se alguém é abandonado, trocado, "repudiado", deverá por isso chorar o resto da vida? O deve pedir ajuda aos pais, amigos e parentes para ir buscar o cônjuge, trazendo-o para casa atado com uma cordinha e assim manter o conceito de família absolutamente inabalável?

"Há outros caminhos para os recasados, dentro da Igreja, não há excomunhão, mas se pretendemos assumir esse caminho de nos unirmos a uma pessoa que já contraiu matrimónio, assumamo-lo e seguimos em frente, com toda a nossa inteira responsabilidade e não atiremos culpas das consequências do que fazemos, para cima de outros, neste caso a Igreja. Porque se eu torcer um pé, eu vou estar acamado e com o pé engessado. Eu sou inteiramente responsável pelas minhas escolhas e para todas elas existem consequências, mas não fatalismos."

Outros caminhos? Bem, assim por outras palavras que li algures, o recasado na Igreja é mais ou menos aquela pessoa que convidamos para a festa de aniversário, mas que à partida proibimos de comer o bolo. Claro que pode sempre comer outras coisas, mas não pode comer o bolo!
E se partires um pé podes ter a certeza que isso passa. O amor não passa! A menos que a outra pessoa nos faça mal, ou nos faça sofrer, o amor fica. Não a curto, nem a longo prazo. Apenas para a vida. Não faz sentido a comparação a um pé engessado no que respeita a consequências.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 22 de January de 2009 13:28

Citação:
vitor*
O casamento, ou melhor o matrimónio, celebra uma aliança entre duas pessoas, na qual Deus pretende que o homem e mulher vivam um para o outro uma relação idêntica aquela que Deus viveu e continua a viver com o seu povo, uma aliança que passou no deserto e foi revificada na Cruz, porque este é o verdadeiro amor, aquele que perdoa todas as falhas e infedilidades. Quem não for capaz de o fazer então não se case.

Vítor

Estás a ser mais papista que o papa. No meio da tua resposta, esqueceste-te de uma parte das palavras de Jesus que tu mesmo citaste:

Respondeu Jesus: «Por causa da dureza do vosso coração, Moisés permitiu que repudiásseis as vossas mulheres; mas, ao princípio, não foi assim. 9Ora Eu digo-vos: Se alguém se divorciar da sua mulher - excepto em caso de união ilegal - e casar com outra, comete adultério.»

A separação em si não é condenada.

Cassima



Editado 1 vezes. Última edição em 22/01/2009 13:28 por Cassima.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 22 de January de 2009 13:38

claro que não cassima! Eu não disse nada disso, a separação não é condenável, nem a minha intervenção foi em resposta a nenhuma intervenção dos foristas. Eu só expus o que penso do assunto no geral, sem dar nenhuma resposta a nada nem a ninguém.

E por favor cassima, poupa-me de frases feitas como "estás a ser mais papista que o papa".

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 22 de January de 2009 13:42

Citação:
vitor*
claro que não cassima! Eu não disse nada disso, a separação não é condenável, nem a minha intervenção foi em resposta a nenhuma intervenção dos foristas. Eu só expus o que penso do assunto no geral, sem dar nenhuma resposta a nada nem a ninguém.
E por favor cassima, poupa-me de frases feitas como "estás a ser mais papista que o papa".

Pronto, Vítor. Eu não te digo uma frase feita. Reescrevo-a da seguinte forma: estás a ser pouco tolerante com os casos e as situações. De que outra forma posso entender a tua frase: "Quem não for capaz de o fazer então não se case."

Cassima

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 22 de January de 2009 13:43

P.S. E eu também não me estou a referir a nenhum caso concreto, nem ao da Vera, nem ao de ninguém.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 22 de January de 2009 13:54

Citação:
Vera
Vítor, com todo o respeito pela tua opinião, se alguma vez julguei a Igreja nunca fiz nada que a Igreja não faça comigo, por exemplo.
Se alguém se divorciar da sua mulher - excepto em caso de união ilegal - e casar com outra, comete adultério.

Porventura retiras destas palavras alguma consequência para a pessoa que foi abandonada?
Se leres as minhas mensagens anteriores, não sei se neste tópico ou no "Recasados", já referi que pelo menos a pessoa que é abandonada pele cônjuge deveria ser vista com maior humanismo quando decide refazer a sua vida.
Não deveriam estas palavras de Jesus ser interpretadas de uma forma menos linear? Será justo interpretá-las a gosto e usá-las para insensivelmente "meter tudo no mesmo saco"?
Se alguém é abandonado, trocado, "repudiado", deverá por isso chorar o resto da vida? O deve pedir ajuda aos pais, amigos e parentes para ir buscar o cônjuge, trazendo-o para casa atado com uma cordinha e assim manter o conceito de família absolutamente inabalável?

"Há outros caminhos para os recasados, dentro da Igreja, não há excomunhão, mas se pretendemos assumir esse caminho de nos unirmos a uma pessoa que já contraiu matrimónio, assumamo-lo e seguimos em frente, com toda a nossa inteira responsabilidade e não atiremos culpas das consequências do que fazemos, para cima de outros, neste caso a Igreja. Porque se eu torcer um pé, eu vou estar acamado e com o pé engessado. Eu sou inteiramente responsável pelas minhas escolhas e para todas elas existem consequências, mas não fatalismos."

Outros caminhos? Bem, assim por outras palavras que li algures, o recasado na Igreja é mais ou menos aquela pessoa que convidamos para a festa de aniversário, mas que à partida proibimos de comer o bolo. Claro que pode sempre comer outras coisas, mas não pode comer o bolo!
E se partires um pé podes ter a certeza que isso passa. O amor não passa! A menos que a outra pessoa nos faça mal, ou nos faça sofrer, o amor fica. Não a curto, nem a longo prazo. Apenas para a vida. Não faz sentido a comparação a um pé engessado no que respeita a consequências.

Cara Vera
Eu não li tudo(vou ler mais tarde), mas se há coisa que a Igreja não faz hoje em dia é meter tudo no mesmo saco. Eu felizmente tive a oportunidade de ser ensinado na Doutrina Social da Igreja para a família, pelo responsável pastoral da diocese de Aveiro, para a família e uma das coisas que eu me lembro de ele dizer é que a Igreja hoje determina, que cada caso seja tratado individualmente e que senão me falha a memória ele inclusivamente disse que havia casos de recasados a serem acompanhados por ele e pela Diocese. Estavam a ter uma catequese especifica, por alguns deles serem abandonados pelo conjuge, ou outras situações. A Igreja sabe que na dissolução de um casamento há um que é mais culpado que o outro(isso ele também disse). Por isso tenhamos calma.

Quanto à interpretação das palavras de Jesus eu já respondi. Creio que a Igreja se o pudesse fazer, interepretar de outra forma tinha-o feito, como o fez em múltiplas passagens da biblia, não a interpretando literalmente(e nisso o catolicismo esta´centenas de anos à frente das outras religiões cristãs: outros foristas aqui poderão comprovar o que digo) mas as palavras em grego são tão claras que tentar distorcê-las seria desviar a Igreja do seu fundamento, da sua missão: ser fiel á mensagem de Cristo.

A grandeza deste sacramento do matrimónio é esta. É sem dúvida um sacramento especial.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 22 de January de 2009 13:57

Citação:
Cassima
Citação:
vitor*
claro que não cassima! Eu não disse nada disso, a separação não é condenável, nem a minha intervenção foi em resposta a nenhuma intervenção dos foristas. Eu só expus o que penso do assunto no geral, sem dar nenhuma resposta a nada nem a ninguém.
E por favor cassima, poupa-me de frases feitas como "estás a ser mais papista que o papa".

Pronto, Vítor. Eu não te digo uma frase feita. Reescrevo-a da seguinte forma: estás a ser pouco tolerante com os casos e as situações. De que outra forma posso entender a tua frase: "Quem não for capaz de o fazer então não se case."

Cassima

É pouco tolerante quem dá um conselho ? Repara eu não impus eu só expus. Descorri tematicamente sobre o tema falando da aliança e aconselhei, quem não for capaz de o fazer que não se case. Ou será melhor que se case?

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 22 de January de 2009 14:07

Citação:
vitor*
É pouco tolerante quem dá um conselho ? Repara eu não impus eu só expus. Descorri tematicamente sobre o tema falando da aliança e aconselhei, quem não for capaz de o fazer que não se case. Ou será melhor que se case?

Vítor

Suponho que as pessoas não casam contando, à partida, que não se vão esforçar para manter o casamento.

Duas coisas, porém:

1. Ninguém sabe o que poderá custar a manutenção dessa aliança. Mesmo a pessoa mais forte e mais resoluta poderá chegar a situações em que não consegue mais, humanamente falando. O que eu hoje acho que posso, amanhã se calhar não, e o que eu acho impossível para mim, amanhã poderá não o ser. Não revela fraqueza de carácter nem falta de palavra. Simplesmente a vida muda e nós também.

2. Há situações que não devem ser suportadas. O abuso e os maus tratos não devem ser suportados. Se não há, realisticamente falando, condições para que não aconteçam, então não serão os votos de casamento que deverão obrigar a mantê-lo.

Cassima

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 22 de January de 2009 14:57

Repara eu também não acredito muito nisso, que as pessoas se casem pensando em dar em divórcio. Mas aí está a chave, porque se se conseguisse provar que essas pessoas casam-se sem o seu livre consentimento, porque muitas vezes casam-se pela Igreja porque é mais bonito e pela pressão da família, não tenho dúvidas que muitos casamentos seriam considerados nulos, porque quando o padre lhes diz durante as sessões preparatórias para o matrimónio, quais são as implicações de se casar pela Igreja, muitos interrogam-se se serão capazes de as cumprir e muitos sem dúvida não teriam casado, teriam escolhido o casamento civil.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 22 de January de 2009 16:07

Conheco em Portugal uma solteirona que anda amigada com o patrao. Perguntaram a mulher. Entao, porque nao deixas o teu marido? Ela disse; o que a amante queria era que eu o deixasse! Eu e que me casei com ele!

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Vera (IP registado)
Data: 23 de January de 2009 13:55

"Eu felizmente tive a oportunidade de ser ensinado na Doutrina Social da Igreja para a família, pelo responsável pastoral da diocese de Aveiro, para a família e uma das coisas que eu me lembro de ele dizer é que a Igreja hoje determina, que cada caso seja tratado individualmente e que senão me falha a memória ele inclusivamente disse que havia casos de recasados a serem acompanhados por ele e pela Diocese. Estavam a ter uma catequese especifica, por alguns deles serem abandonados pelo conjuge, ou outras situações. A Igreja sabe que na dissolução de um casamento há um que é mais culpado que o outro(isso ele também disse). Por isso tenhamos calma."

Peço desculpa se estiver enganada, mas o que referes como determinado pela Igreja não é o correcto. Até o actual papa já escreveu sobre isso, e não se refere a esse tipo de tratamento. Se há alguns grupos dentro da Igreja Católica que agem de outras formas, fazendo, por exemplo, o tal acompanhamento que referes ou catequese específica (que não entendo o porquê de específica de outro modo senão como um colocar à parte), só me mostras mais uma vez que não sou a única a discordar da posição da Igreja. Dentro da Própria Igreja Católica há cada vez mais vozes dissonantes.
Quanto a ter calma, tenho-a toda. Não tenho pressa.

Além disto, subscrevo as palavras da Cassima, que me abstenho de repetir.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Vera (IP registado)
Data: 23 de January de 2009 14:56

Vítor, e estava realmente enganada em relação ao que disse no post anterior, de facto há essa orientação também por parte de Bento XVI. E como quando não tenho razão, não tenho, passo a citar uma parte da EXORTAÇÃO APOSTÓLICA PÓS-SINODAL SACRAMENTUM CARITATIS DE SUA SANTIDADE BENTO XVI:

"Eucaristia e indissolubilidade do Matrimónio

29. Se a Eucaristia exprime a irreversibilidade do amor de Deus em Cristo pela sua Igreja, compreende-se por que motivo a mesma implique, relativamente ao sacramento do Matrimónio, aquela indissolubilidade a que todo o amor verdadeiro não pode deixar de anelar.(91) Por isso, é mais que justificada a atenção pastoral que o Sínodo reservou às dolorosas situações em que se encontram não poucos fiéis que, depois de ter celebrado o sacramento do Matrimónio, se divorciaram e contraíram novas núpcias. Trata-se dum problema pastoral espinhoso e complexo, uma verdadeira praga do ambiente social contemporâneo que vai progressivamente corroendo os próprios ambientes católicos. Os pastores, por amor da verdade, são obrigados a discernir bem as diferentes situações, para ajudar espiritualmente e de modo adequado os fiéis implicados.(92) O Sínodo dos Bispos confirmou a prática da Igreja, fundada na Sagrada Escritura (Mc 10, 2-12), de não admitir aos sacramentos os divorciados re-casados, porque o seu estado e condição de vida contradizem objectivamente aquela união de amor entre Cristo e a Igreja que é significada e realizada na Eucaristia. Todavia os divorciados re-casados, não obstante a sua situação, continuam a pertencer à Igreja, que os acompanha com especial solicitude na esperança de que cultivem, quanto possível, um estilo cristão de vida, através da participação na Santa Missa ainda que sem receber a comunhão, da escuta da palavra de Deus, da adoração eucarística, da oração, da cooperação na vida comunitária, do diálogo franco com um sacerdote ou um mestre de vida espiritual, da dedicação ao serviço da caridade, das obras de penitência, do empenho na educação dos filhos."


Tinha-me ficado da leitura desta exortação a parte em que ele refere a "verdadeira praga do ambiente social contemporâneo".
Optei por não alterar o post anterior e assumir o meu erro, explicando-o.

Ainda assim, a marginalização destes fieis, está aqui reafirmada.

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