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Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 15 de July de 2008 14:49

ora aboboras, parece que não leu as mensagens que escrevi por aqui, nelas ficava bastante claro que o que era referido era o concubinato ou mancebia. Claro que como às pessoas dava jeito algo mais permissivo juntando a fome à vontade de comer é facil fazer pequeninas adulterações de sentido que dão nessas versões.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 18 de July de 2008 00:36

Lena
voce tem razão quando diz que Jesus queria proteger as mulheres tão injustiçadas na sociedade judaica da época.

Na questão do repudio, era um direito exclusivo do homem.

Repudiar uma mulher , não era uma questão afetiva nem ética, era uma questão econômica. Pois as mulheres eram compradas e vendidas no mundo semita.

Nesta questão havia 3 rabinos que legislam de maneira diferente .
Shammai era muito rigoroso e diz que um homem só pode dar cartas de repudio a sua mulher se ela o trair.
Um outro chamado Hillel mais tarde , foi um pouco mais brando.
Um homem pode dar libelo de repudio a sua mulher por qualquer motivo ( muito sal na sopa, esqueceu a vassoura atravessada na porta ), é neste caso que os discípulos perguntam a Jesus :
« Moisés mandou dar-lhe libelo de repúdio e despedi-la » (Mt 19, 7).

E tem um outro no período um pouco antes de Jesus chamado R. AKiba, e diz que o homem pode também dar a carta de repudio por questão de beleza, se ele tem uma de 50 em casa e na rua acha uma de 25 é só trocar .
Rabbi AKiba diz: inclusive porque encontrou outra mais formosa. que ela, já que está escrito: se não encontra graça aos seus olhos” (Git 9,10 )

então o casamento judaico era um questão economica ...
Tanto que o nono mandamento cristão foi desmembrado do décimo de Móisés que considerava a mulher parte do patrimonio do marido, pois a mulher era comprada pelo marido e vendida por seu pai, sendo assim ela era considerada uma mercadoria .
Por isso no décimo mandamento de Moíses , nao se deve cobiçar o patrimonio , e a mulher está incluida nisso junto com o jumento do marido....

O cristianismo tirou a mulher daí e colocou-a significando não a cobiça ao patrimonio , mais a cobiça a pessoa : nao desejarás a mulher do próximo.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 20 de July de 2008 23:03

Citação:
isat
Citação:

JoaoC

A questão que aqui se levanta é grave. Se até poderiamos perceber as razões de dois divorciados que se querem casar com outras pessoas, que culpa tem alguém que nunca se casou/separou e ama alguém que é divorciado?
Porque há-de essa pessoa ficar separada da Eucaristia?

João,

Também me custa entender, mas como um padre me disse, ao viver este amor estou a viver em adultério porque o meu namorado não me pertence, pertence à ex-mulher, o que Deus uniu... Não interessa ela tê-lo traído, e continuar a viver com o rapaz com quem o traiu... (Vítor, a história é mesmo essa, já a conhecia antes de conhecer o meu namorado, por fontes seguras...)
Mas sim, o que me revolta mais é eu ter de deixar de receber o corpo de Cristo semanalmente... se tivesse matado alguém poderia continuar a recebê-Lo pelo sacramento da Reconciliação... não faz sentido...

Saudações!

isat

Isa ainda bem. Embora não veja forma de te impedir de o fazeres e se a tua consciência não representa para ti um obstáculo, deixa-me também dizer em abono da verdade, que para mim não obstante tudo o que disse, não é para mim a situação que mais desejaria. Mas eu sou eu. Além disso por aquilo que disseste não me parece que esse rapaz se tenha desligado totalmente dessa rapariga. Ainda existe um sentimento.



Vejo a Igreja como mestra e embora possamos não concordar com ela, devemos sempre pensar que nós morremos e a igreja é que perpetua o nome de Cristo para toda a eternidade. Nenhum Santo, nenhum S.Paulo, nenhum S. Pedro, é mais importante que a Igreja. Os Santos sempre tiveram esse discernimento e não poderiam ser santos de outra forma.

Todas as coisas que aqui as pessoas combatem, como muitas vezes chamando de clausura(uma lástima esse bispo das forças armadas. Na igreja já ninguém lhe dá crédito, porque já se aperceberam da sua sede de protagonismo), não percebem que Jesus sabia mais a dormir, do que eles acordados. Sabia perfeitamente que um matrimónio fiel, indissolúbel, é a única forma de criar uma sociedade humanamente evoluída. É a única forma de dar aos filhos uma educação sã, que os possa preparar humanamente, num ninho de amor, de modo a fazê-los, encarar a vida, de uma forma determinada e bondosa. Para que eles possam também transportar para fora das portas da família, esse amor que recebem em casa.
Nos divórcios, quem fica sempre a perder são as crianças. Penso que a Isa também tem consciência disso mesmo.
No reino animal existem casos de animais que seguem os mesmos preceitos de indissolubilidade e fidelidade e nota-se que são socialmente mais evoluídos.

Por isso podemos até não concordar com a Igreja, mas não devemos achincalhá-la.

Na paz.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: isat (IP registado)
Data: 21 de July de 2008 09:09

Citação:
Vitor*

Além disso por aquilo que disseste não me parece que esse rapaz se tenha desligado totalmente dessa rapariga. Ainda existe um sentimento.

Vítor*,

Tenho consciência que haverá sempre um sentimento entre eles, eles geraram um filho... Haverá sempre uma ligação entre eles... Neste momento, eu sinto-me um pouco desanimada, o caminho da anulação do casamento deles é muito longo e dispendioso e pode não dar em nada... mas o meu namorado não quer desistir sem tentar, ele vai falar com o padre da paroquia dele, foi ele quem os casou, para ver o que este lhe diz, vamos aguardar para ver quais são os conselhos dele...

Em relação à minha consciência, sim é um obstáculo, sei que tenho de deixar de comungar... mas o meu coração não entende que eu tenha de deixar de o fazer... O que tenho de seguir a consciência ou o coração? :-(

Saudações!

isat

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 21 de July de 2008 15:01

Catolica

Tu esperas que um Bispo não seja contra o divorcio civil.

Eu esperaria que um Bispo fosse contra uma lei que facilita o divorcio reduzindo a qase nada o casamento civil ou catolico.

Com a nova lei o casamento (católico e civil) passam a ser um contrato com menos estabilidade que um contrato de trabalho. Mas o Senhor é a favor.

No contrato de trabalho uma empresa para despedir tem de ter uma justa causa no "contrato" de casamento basta que um dos conjuges diga que não quer mais e paciencia vamos às nossas continhas que se faz tarde. Mas o Senhor Bispo é a favor


Com a densificação das obrigações das uniões de factos e o aligeiramento das obrigações do casamento acabamos praticamnte as duas formas de confundem. Mas o senhor Bispo é a favor.

Mas por detrás esta mais um ataque à família. Mas o Senhor Bispo é a favor.


Cristina

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 21 de July de 2008 23:39

Isat

Estou contigo. Tenho estado ausente do fórum e hoje encontrei-te.

Em relação à Igreja Católica gostava que lesses o que procurei. Lembrava-me de ter lido e achei que talvez seja uma ajuda.
Está na Exortação Apostólica Familiaris Consortio

[www.vatican.va]

Aqui vai um excerto que talvez não estejas recordada :

" Juntamente com o Sínodo exorto vivamente os pastores e a inteira comunidade dos fiéis a ajudar os divorciados, promovendo com caridade solícita que eles não se considerem separados da Igreja, podendo, e melhor devendo, enquanto baptizados, participar na sua vida. Sejam exortados a ouvir a Palavra de Deus, a frequentar o Sacrifício da Missa, a perseverar na oração, a incrementar as obras de caridade e as iniciativas da comunidade em favor da justiça, a educar os filhos na fé cristã, a cultivar o espírito e as obras de penitência para assim implorarem, dia a dia, a graça de Deus. Reze por eles a Igreja, encoraje-os, mostre-se mãe misericordiosa e sustente-os na fé e na esperança.

A Igreja, contudo, reafirma a sua práxis, fundada na Sagrada Escritura, de não admitir à comunhão eucarística os divorciados que contraíram nova união. Não podem ser admitidos, do momento em que o seu estado e condições de vida contradizem objectivamente aquela união de amor entre Cristo e a Igreja, significada e actuada na Eucaristia. Há, além disso, um outro peculiar motivo pastoral: se se admitissem estas pessoas à Eucaristia, os fiéis seriam induzidos em erro e confusão acerca da doutrina da Igreja sobre a indissolubilidade do matrimónio.

A reconciliação pelo sacramento da penitência - que abriria o caminho ao sacramento eucarístico - pode ser concedida só àqueles que, arrependidos de ter violado o sinal da Aliança e da fidelidade a Cristo, estão sinceramente dispostos a uma forma de vida não mais em contradição com a indissolubilidade do matrimónio. Isto tem como consequência, concretamente, que quando o homem e a mulher, por motivos sérios - quais, por exemplo, a educação dos filhos - não se podem separar, «assumem a obrigação de viver em plena continência, isto é, de abster-se dos actos próprios dos cônjuges»(180).

Igualmente o respeito devido quer ao sacramento do matrimónio quer aos próprios cônjuges e aos seus familiares, quer ainda à comunidade dos fiéis proíbe os pastores, por qualquer motivo ou pretexto mesmo pastoral, de fazer em favor dos divorciados que contraem uma nova união, cerimónias de qualquer género. Estas dariam a impressão de celebração de novas núpcias sacramentais válidas, e consequentemente induziriam em erro sobre a indissolubilidade do matrimónio contraído validamente.

Agindo de tal maneira, a Igreja professa a própria fidelidade a Cristo e à sua verdade; ao mesmo tempo comporta-se com espírito materno para com estes seus filhos, especialmente para com aqueles que sem culpa, foram abandonados pelo legítimo cônjuge.

Com firme confiança ela vê que, mesmo aqueles que se afastaram do mandamento do Senhor e vivem agora nesse estado, poderão obter de Deus a graça da conversão e da salvação, se perseverarem na oração, na penitência e na caridade.

Se puderes ler todo o documento acho que é de todo o interesse. Este tipo de documentos resultam de Sínodos.



Editado 1 vezes. Última edição em 21/07/2008 23:45 por Maria José Ribeiro.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 23 de July de 2008 03:53

Citação:
no "contrato" de casamento basta que um dos conjuges diga que não quer mais e paciencia vamos às nossas continhas que se faz tarde

Cristina:

Achas que o casamento civil é um contrato que deve ser imposto a uma pessoa contra sua vontade?

Basta a vontade de um dos conjuges para o casamento se manter?

A ideia parece-me tão absurda, que só posso concordar com una lei que permite o divórcio ( aruptura do contrato de casamento) no caso de uma das partes envolvida não querer manter o vínculo contratual.

Quanto à comparação com o contrato de trabalho, enquanto vínculo jurídico, a acomparação parece-me bastante absurda, porque são institutos jurídicos substancialmente diferentes.

Só posso compreender a comparação feita porque algumas pessoas acham que o casamento é uma espécie de contrato de trabalho doméstico para todo serviço e ainda por cima um contrato assalariado.

Ironia à parte, há dados que nos deveriam fazer reflectir.A ideia de querer manter casamentos pela força da lei e contra vontade da pessoa é especialmente perversa.

católica praticante

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 24 de July de 2008 02:48

Citação:
isat
Citação:
Vitor*

Além disso por aquilo que disseste não me parece que esse rapaz se tenha desligado totalmente dessa rapariga. Ainda existe um sentimento.

Vítor*,

Tenho consciência que haverá sempre um sentimento entre eles, eles geraram um filho... Haverá sempre uma ligação entre eles... Neste momento, eu sinto-me um pouco desanimada, o caminho da anulação do casamento deles é muito longo e dispendioso e pode não dar em nada... mas o meu namorado não quer desistir sem tentar, ele vai falar com o padre da paroquia dele, foi ele quem os casou, para ver o que este lhe diz, vamos aguardar para ver quais são os conselhos dele...

Em relação à minha consciência, sim é um obstáculo, sei que tenho de deixar de comungar... mas o meu coração não entende que eu tenha de deixar de o fazer... O que tenho de seguir a consciência ou o coração? :-(

Saudações!

isat

Isa já tinha lido a tua mensagem na 2ªfeira, no entanto porque não sei como te ajudar a não ser pela oração a Jesus Cristo Nosso Senhor, a quem me humilho cem mil vezes prostrando-me por terra e também porque não tenho uma resposta concreta para a tua tribulação, guardei a minha resposta para agora. Estava deitado na cama e lembrei-me de ti e resolvi levantar-me. Agora ao ler algo que me tinha escapado " estou desanimada", senti remorsos, pela resposta tardia.

Comecei na cama a pensar como te ajudar, então veio-me à ideia de quando somos crianças e brincamos na rua. Todos os nossos pensamentos são bons e nada nos desanima. Aprendemos tudo com mais facilidade e temos resposta pronta para tudo. Essencialmente não estamos perturbados com problemas, como quando chegamos a adultos e esquecemos o nosso lado criança. Inclusivamente temos o ímpeto mau, para negar a nossa criancice, quando chegamos à pré-adolescência. Dizemos inclusivamente "eu já não sou criança". No fundo o Mundo empurra-nos para isso, a "crescer" mais rapidamente, porque o Mundo é tentador e Deus é bom. Creio sem provas de que com esta negação nos afastamos de Deus. Jesus disse: deixai vir a mim as criancinhas,... pois quem não for como uma destas criancinhas não entrará no reino dos céus(estou a dizer de cor, perdoem-me o relapso de memória). As crianças quando criadas num habitat saudável sem perturbações psicológicas graves, tendem a ter um forte sentido moral.

O que eu te quero dizer, é que quando andamos demasiado preocupados, com um problema, não conseguimos ver com clareza esse problema. Deixamos de ser como as crianças. A nossa consciência fica toldada e perturbada. A criança que tem resposta pronta para tudo, fica um adulto acabrunhado e confuso.
Para a isa ver mais claramente a sua consciência, que é onde Deus nos fala mais intimamente, tem que no fundo tentar ser como as crianças e não ser fatalista, nem entrar em desânimo. Ter a confiança segura de que Deus está, como estava quando a Isa era apenas uma criança e brincava com as bonecas, num quarto da casa. Porque DEUS DE FACTO EXISTE. Eu tenho a absoluta confiança (usaria certeza se o pudesse provar empiricamente, ou se fosse um tolo de um espírita. Ninguém pode afirmar ter certeza da existência de Deus, mesmo tendo intimamente essa certeza -como eu tenho- porque se arrisca na certa e justamente a ser chamado de tolo).Eu tenho a absolutíííííssíssíssíma confiança.

Não sei sinceramente como isto te pode ajudar, não sou curandeiro, não tenho respostas esotéricas, para te dar, só estas palavras. Se conseguir que isto te ajude, muito bem e ainda bem.



Penso que dizer isto é mais importante que dizer: faça isto, ou faça aquilo.
Não sinto a necessidade de julgar e não julgo.
Não assumo essa responsabilidade que me meteria em grandes sarilhos com Jesus Cristo Nosso Senhor. Já viu a imensidão de pecados que Jesus iria buscar ao meu baú para me acusar, caso eu julgasse? Por isso só a posso mandar para Deus. Só Ele tem a resposta. Eu não.

Tem confiança sê paciente, que tudo se resolve e no fim Deus estará. Isto vale para si e para o teu namorado. Eu acredito que vocês vão vencer.Vou rezar por ti.

Acrescento-lhe estas palavras enviadas por e-mail pelo meu querido amigo e irmão de fé Lucio(coração sagrado, aqui no fórum). Espero que ajude. TUDO PASSARÁ.

"Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão." Marcos 13:31

Havia num país distante, um rei poderoso que tinha como servo um homem bom e fiel, cuja eficiência era única em todo o reino.

Porém, o rei não podia acreditar que esse homem era perfeito.

Mil dúvidas povoavam sua mente.

E se num momento muito importante a eficiência deste servo falhasse?

Diante desta dúvida o rei resolveu colocar em prova a capacidade do homem. Chamou-o e disse:

-"Servo, cansei desta minha coroa. Quero uma outra, mas não mais em ouro e sim quero-a com pedras preciosas. As mais exóticas e brilhantes que houver. Portanto, ordeno-lhe que a confeccione para mim".

Como ele sabia que em seu reino não havia este tipo de mineração, achou que pela primeira vez seu servo lhe falharia.

Mas meses depois, o fiel empregado voltou trazendo uma coroa de beleza ímpar, com pedras espetaculares nunca antes vistas em reino algum.

Mas o rei ainda não aceitando totalmente a eficiência do escravo, depois de muito pensar e meditar chamou-o novamente ordenando: ...

- "Servo, agora quero que acrescente nesta linda coroa, uma frase que quando eu estiver triste eu me alegre, e quando eu estiver feliz, eu me entristeça".

O servo saiu de lá desesperado.

Como faria isso?

Tudo na vida já tinha feito para provar sua fidelidade ao rei, mas agora ele lhe pedia algo que parecia impossível.

Chegou em casa entristecido, sabendo que perderia seu cargo e que mais do que isso perderia a confiança do rei.

Mas a esposa, consternada com a tristeza do marido depois de muito pensar teve uma grande idéia e a executou.

Depois de pronta, o servo pegou a coroa e a levou ao rei que de imediato a colocou na cabeça e foi para frente do espelho para ver o que nela estava escrito.

Espantado então viu a breve frase:

VAI PASSAR!

E assim é a nossa realidade.

Não importa o momento que estejamos vivendo, temos que ter sempre a certeza de que seja o que for, PASSARÁ.

Se a dor, a tristeza, o desânimo, estiverem presentes em sua vida, não se entregue pois em breve tudo PASSARÁ.

se por outro lado, você estiver vivendo um grande momento, aproveita-o não o estrague por coisas pequenas, saboreie-o com calma, pois ele também PASSARÁ!




Editado 2 vezes. Última edição em 24/07/2008 02:58 por vitor*.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: lcarlos (IP registado)
Data: 24 de July de 2008 13:01

Olá a todos,

Fala-se de divórcio e pensa-se logo no divórcio do casal, e nas consequências que advém para a sua participação na Eucaristia e na forma como são tratados os divorciados como se fossem uns proscritos.
Convém lembrar que há padres que desistem de serem padres, e isso também devia ser considerado como divórcio, pelos vistos acarreta menos consequências, podem participar de maneira activa e sem restrições na Eucaristia. Porquê?

Eu acho muito estranho esta diferenciação de consequências para o mesmo acto.

Obriga-se um casal a estarem juntos para resto da vida, mas o padre pode quebrar as promessas que fez a qualquer altura.

Até já,

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 24 de July de 2008 13:21

Boa observação.

católica praticante

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: silvina (IP registado)
Data: 24 de July de 2008 14:39

Já tinha lido alguns comentários há algum tempo, mas hoje não resisti a "meter a colher". Não estou aqui para criticar ninguem e muito menos para julgar, apenas para comentar.Há aqui duas coisas distintas, uma o casamento a outra o divorcio.
Segundo a Religião Católica o matrimonio é por instituição Dívina, perpétuo e indissoluvel - A Igreja declara que o matrimónio não é obra dos homens mas sim de Deus e portanto as suas leis não estão sejeitas ao arbítrio humano (PioXI).

Perguntas se o casamento e um contrato que deve ser imposto a uma pessoa contra sua vontade. É claro que não é, nem a Igreja ou o Civil aceitam tal imposição, por isso algures durante a cerimonia de se pergunta se "é de tua livre vontade contrair matrimónio..."Não podemos é de forma alguma mudar a lei só porque agora não nos serve.


Quando o teu namorado se casou, sabia de certeza tudo isto e mais ainda de certeza que também aceitou "amar e respeitar a esposa ao longo de toda a vida" etc.etc.., mas o que me é dado perceber é que foi ela quem rompeu com esta promessa e que vivecom outro homem.

A verdade é que muitos casais hoje me dia decidem casar já com a convição que se não der certo... separamo-nos... e mais, apenas vão á Igreja "porque é bonito" ou "porque é tradição" não pensam e não têm de certeza consciencia que é um acto para a vida.
Vivemos num mundo descartavel, em que usamos e quando já não serve deitamos fora, o problema é que isto não acontece só com "coisas" mas também com sentimentos e cada vez mais com os valores.

Mas bem o teu verdadeiro problema é que amas um homem casado.
E por tudo isto deves reflectir muito bem:
Não sendo o teu namorado o causador do divórcio, que tipo de sentimentos ainda nutre pela mulher?
Há um filho em comum, logo um ligação/união. Se por acaso ela decidir que já não lhe apetece viver com quem actualmente vive e voltar para o marido?
Qual é a tua posição


Vou por aqui um texto sobre este tema para reflectir:

"" Uma pessoa divorciada que tenha vida conjugal com outra pessoa está para todos os efeitos eclesiásticos em situação de [[adultério]] razão pela qual não pode receber a absolvição sacramental nem se aproximar da comunhão eucarística enquanto perdurar esta situação (Compêndio n.349). Diversa pode vir a ser a situação do cônjuge "inocente" que não pediu e que não consentiu ilegitimamente com o divórcio e que se mantém célibe, neste caso pode vir a ser exemplo de fidelidade e coerência cristã (''Familiaris consortio'', n. 83).

Sobre esta matéria, [[Bento XVI]], recolhendo o Magistério da Igreja (''[[Sacramentum Caritatis]]'', 29, Exortação Apostólica Pós-Sinodal) afirma:

:"''Todavia os divorciados recasados, não obstante a sua situação, continuam a pertencer à Igreja, que os acompanha com especial solicitude na esperança de que cultivem, quanto possível, um estilo cristão de vida, através da participação na Santa Missa, ainda que sem receber a comunhão, da escuta da Palavra de Deus, da adoração eucarística, da oração, da cooperação na vida comunitária, do diálogo franco com um sacerdote ou um mestre de vida esperitual, da dedicação ao serviço da caridade, das obras de penitência, do empenho na educação dos filhos.''"

E ainda:

:"''Enfim, caso não seja reconhecida a nulidade do vínculo matrimonial e se verifiquem condições objetivas que tornam realmente irreversível a convivência, a Igreja encoraja esses fiéis a esforçarem-se por viver a sua relação segundo as exigências da lei de Deus, como amigos, como irmão e irmã; desse modo poderão novamente abeirar-se da mesa eucarística, com os cuidados previstos por uma comprovada prática eclesial"... "evitando, em todo o caso, de abençoar essas relações para que não surjam entre os fiéis confusões acerca do valor do Matrimônio.''"


Rezo para que Deus te ilume e te mostre o caminho a seguir.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 24 de July de 2008 14:51

Catolica

Eu quando me casei perguntaram-me se aceitava o meu marido na saude e na doença até que a morte nos separe.

Respondi que sim não por tradição mas convicta da declaração que estava a fazer.

Mesmo no casamento civil o Estado porque considera que o casamento é uma forma estável de vida e que a familia é uma celula importante das sociedade e do seu desenvolvimento disciplina as suas formas de cessação do contrato civil.

Parece-me perfeitamente uma solução civil em que não baste a vontade de um para o divorcio ser automático.

Há uma estabilidade a ter em conta na família e uma responsabilização do casal.

Obviamente que em causa de mutuo consentimento ou de incumprimento das obrigações do casamento o conjugue pode pedir o divorcio civil.

Dai a passar-se para um regime de divorcio a pedido sem qualquer limitação vai um mundo.

Quanto ao matrimónio esse é indissolúvel e para toda a vida. Não separe o homem aquilo que Deus uniu.

Cristina

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 24 de July de 2008 15:50

Cristina:

A imensa maioria ia das pessoas casa com a mesma convicção que tu e com o objactivo d eter um projecto de vida.

Mas, como em todos os contratos pode haver alteração superveniente das circunstãncias.

O casamento baseia-se numa relação de amor.

Ora o amor é como o tango, só se pode dançar a dois.

SE um não quer dançar, o outro não pode obrigá-lo.
Se uma das partes não quiser manter o vínculo matrimonial, não faz sentido manter um casamento formal legalmente imposto, quando o matrimónio já deixou de existir.

Andam para aí alguns muito preocupados com “os valores morais da família”, o que me lembra vagamente discursos de outros tempos...

Sobre as famílias, mais que os discursos moralistóides, há que falar de felicidade.

católica praticante



Editado 1 vezes. Última edição em 24/07/2008 15:51 por catolicapraticante.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 24 de July de 2008 16:19

CP

“os valores morais da família”,

Há crianças que nem conhecem os pais; outras nem pai tem. Agora diz-me se esta gente tem família. Os casais não discutam mesmo os que nunca tiveram nenhum obstaculo? Todos discutem. Há mais respeito nuns do que noutros. Alguns homens coitadinhos em casa não têm voz! Alguns nem sabem abrir a boca; eu conheço alguns ai em Portugal. Isto e ser feliz? Só a mulher mandar?

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 24 de July de 2008 17:19

Catolica

Confundes matrimónio com casamento.

Matrimónio é um sacramento que entre nós equivale ao casamento católico.

Este é para toda a vida e indissoluvel.

Quando me perguntam se aceito o meu parido para sempre e digo que sim, essa declaração é séria.

Se uma pessoa aso casar-se vai com o pensamento que posso deixar de gostar da pessoa e portanto admito que não seja para toda a vida entã é melhor avisar o padre dessa realidade e não contrir o matrimónio.


Coisa diferente é o casamento meramente civil.

É um contrato e aos olhos de Deus um mero papel.

De qualquer modo o há contratos mais precários que outros e uns que a estabilidade é imposta pela sua natureza.


E porquê é assim no casamento? Porque o casamento está ligado à família e uma sociedade com familias estáveis tem mehores condições para o desenvolvimento.

Éstá bonito uma ordem jurídico que é mais facil acabar com um cntrato de casamento do que com um comntrato de trabalho.

Cristina

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 24 de July de 2008 17:34

Citação:
"Se uma pessoa aso casar-se vai com o pensamento que posso deixar de gostar da pessoa e portanto admito que não seja para toda a vida entã é melhor avisar o padre dessa realidade e não contrir o matrimónio."

A mior parte das pessoas casa com o pressuposto de que é para toda a vida.

Mas isso não é uma garantia de que possa ser...

"Éstá bonito uma ordem jurídico que é mais facil acabar com um cntrato de casamento do que com um comntrato de trabalho. "

É bem que assim seja.

Acabar com um mau casamento não deve ser dificultado.
O casamento não é um contrato de trabalho e deve basear-see numa relação de paridade e reciprocidade de afctos entre os contraentes.

O que não acontece nas relações laborais e no contrato que é algo de substancialmente diferente.

Nãp percebo porque comparas o casamento ao contrato de trabalho.
Porque não o comparas a uam contrato de arrendamento ?

católica praticante

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 24 de July de 2008 17:34

Citação:
"Se uma pessoa aso casar-se vai com o pensamento que posso deixar de gostar da pessoa e portanto admito que não seja para toda a vida entã é melhor avisar o padre dessa realidade e não contrir o matrimónio."

A mior parte das pessoas casa com o pressuposto de que é para toda a vida.

Mas isso não é uma garantia de que possa ser...

"Éstá bonito uma ordem jurídico que é mais facil acabar com um cntrato de casamento do que com um comntrato de trabalho. "

É bem que assim seja.

Acabar com um mau casamento não deve ser dificultado.
O casamento não é um contrato de trabalho e deve basear-see numa relação de paridade e reciprocidade de afctos entre os contraentes.

O que não acontece nas relações laborais e no contrato de trabalho que é algo de substancialmente diferente.

Nãp percebo porque comparas o casamento ao contrato de trabalho.
Porque não o comparas a um contrato de arrendamento ?

católica praticante



Editado 1 vezes. Última edição em 24/07/2008 17:54 por catolicapraticante.

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 24 de July de 2008 17:39

Catolica

Não achas estranho que um ordenamento jurídico dêm mais estabilidade ao contrato de trabalho do que ao contrato de casamento ?

Estranho.

Cristina

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 24 de July de 2008 17:47

Há alguns dias ouvia na TSF um programa onde várias prostitutas davam o seu depoimento Aí as senhoras consideravam que alugavam o seu corpo, aos clientes.

Como sabemos confunde-se muito o "arrendar" com o "alugar". Será que alguém acha que o casamento é algo semelhante ao que se passa na prostituição?

Re: O divórcio na Igreja Católica
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 24 de July de 2008 17:52

Bem, se as pessoas mantiverem um casamento sem amor a troco de estabilidade material, institucional ou status social ou dos bons costumes morais, parece-me claramente uma forma de prostituição.

Pessoalmente não considero que o corpo da mulheres seja um bem móvel que se possa alugar e nem as relações conjugais são relações de trabalho, com um empregador e um empregado.

Quanto à tua ideia peregrina de que o contrato de trabalho é mais estável, só pode resultar de um grande desfasamento da realidade. Até porque há contratos de trabalho a termo certo - é aliás a forma mais comum.

Em que te baseias para comparar o contrato civil de casamento com um contrato de trabalho?

Por que não o comparas a um contrato de arrendamento ou de prestação de serviços?

católica praticante



Editado 2 vezes. Última edição em 24/07/2008 17:58 por catolicapraticante.

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