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Quando ir à missa é pecado...
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 21 de April de 2008 01:57

Uma perguntinha aos católicos praticantes: «Foram ontem à missa?»

Era uma pergunta retórica, não respondam. ;-)

Em todo o caso, este texto está pensado sobretudo para os católicos que participam habitualmente na Eucaristia dominical.

É que há quem não vá à missa celebrada segundo o «Novus Ordo», porque acha que... pecaria ou porque não aguenta os pecados que lá se fazem, porque a missa segundo o «Novus Ordo» é «heretizante e protestantizada»...

Não estou a gozar nem com a situação, nem com quem diz isto.

Vem isto a propósito do último «post» («Seis meses sem a missa nova!») do blogue «Tradição Católica», que há dias citei, a propósito de outro «post» («Bento XVI, o diálogo e o ecumenismo»), onde tenho mantido uma longa e intensa «conversa» com a autora do blogue.

Pois bem, no «post» «Seis meses sem a missa nova!» a autora manifesta uma «alegria imensa» que a invade por estar há seis meses sem ir à missa celebrada segundo o «Novus Ordo», a que ela chama «missa nova». Como não tem a possibilidade de ter uma missa tridentina, a autora, devota declarada de Dom Marcel Lefebvre (fundador da Fraternidade Sacerdotal S. Pio X) e defensora de Orlando Fedeli, prefere não ir à missa para salvaguardar a sua fé. Mesmo que diga reconhecer a validade da missa celebrada segundo o «Novus Ordo», não vai, porque não aguenta «tantas heresias e ofensas a Deus».

Faço notar que, apesar dos pontos de vista muito «polémicos», este texto é de tipo «testemunhal», pelo que merece, antes de mais, o respeito devido a quem de alguma forma «abre» a sua alma. Diante deste texto parece-me incorrecta toda a atitude apologética ou desvalorizadora mediante «etiquetas» depreciativas. É iso que me leva a não «rebater»; pelo contrário, apenas «oiço» (leio) e fico perplexo. Porquê? Que significa isto? O que é que está realmente aqui em jogo? Como acolho isto se me for contado por uma pessoa amiga? Como é que eu, que valorizo a Eucaristia tal como ela é celebrada e ali encontro sentido e alimento para a vida, recebo as palavras do citado «post»? Que fazer para ajudar estas pessoas a redescobrir a profundidade da Eucaristia, para lá da forma ritual?

Que misteriosos somos!

Alef

Re: Quando ir à missa é pecado...
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 21 de April de 2008 09:58

Ainda não terão percebido que a Eucaristia integra as ordens de Jesus:
"Fazei isto em memória de mim"
(de facto não disso quantas vezes, nem com que frequência- cada um sabe de si).

*=?.0

Re: Quando ir à missa é pecado...
Escrito por: anselmo alves (IP registado)
Data: 22 de April de 2008 11:13

Saudações cristãs para todos.
Não sendo especialista em matérias canónicas, parece-me que o essencial da missa se mantem, tanto no rito Tridentino, como no Novo: o mistério da consagração do pão e do vinho.
Portanto, não vejo como possa haver repulsa por qualquer um desses ritos.
Já agora...conhecem o rito Bracarense?
Procurem saber, porque é diferente dos restantes e muito interessante.
Um abraço

Re: Quando ir à missa é pecado...
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 26 de April de 2008 19:58

Uma nota sobre este «post»:

Ontem a autora do blogue reagiu da seguinte forma:

Citação:
Magdalia
«A prova de que o Alef de facto distorce o que lhe é dito encontra-se no site que ele modera. No paróquias, site modernista e herético, o Alef alega que eu terei dito que ir à missa Paulina é pecado.
Ora, pergunto, eu disse isso?

Disse que a missa nova é válida, embora não a legítima missa católica e, que por isso, não me sinto obrigada a assistir a um rito ambíguo e heretizante.

Em nenhum momento, disse que ir à ceia de Paulo VI é pecado.»


Ao que respondi:


Citação:
Alef
«Cara Magdalia:
1. Em lado nenhum alego que terás dito que ir à missa paulina é pecado. O título «Quando ir à missa é pecado» é uma forma paradoxal que chama a atenção para o problema que coloco, que, como explico a seguir, não se reduz ao teu «post».

Se notares bem, o texto estrutura-se em três partes. Na primeira parte, exponho um problema. Aí falo do pecado, sem te citar, porque não me referia apenas ao teu «post». Referia-me em concreto a uns textos de outros tradicionalistas, lidos há bastante tempo no «The Remnant». Depois de um «ou» cito uma expressão tua, que coloco entre aspas.

Começa então a segunda parte, com um caso concreto, onde apresento o texto que escreveste: «Vem isto a propósito de…». Aí descrevo algo do que escreves, com o «link» para que quem lê possa verificar.

E segue-se uma terceira parte, que «descola» do conteúdo concreto deste «post» para colocar o problema propriamente dito em várias vertentes: Como compreender? Como acolher? Como responder?

Como podes verificar, faço questão de não fazer qualquer juízo de valor, nem sobre o texto, nem sobre ti. Procurei expor o problema com a apresentação do teu texto com delicadeza, sem mostrar qualquer dúvida sobre as tuas intenções, sem te «etiquetar», procurando evitar que alguém o fizesse. Porque, como disse ali e depois repeti aqui, este texto merece-me respeito, mesmo que seja muito problemático.

Sinceramente, não creio ter distorcido o que escreveste. Porque, repito, o tópico não é sobre o que tu escreveste, mas sobre um problema geral, que a tua mensagem levou-me a explicitar naquele momento de «choque», e daquela forma.»


Apesar da minha explicação, é possível que o título induza em erro, como se a autora tivesse dito isso «ipsis verbis». Como expliquei, o meu «post» não é sobre o da autora do blogue, pelo que o título me parece justificado. Mas pode realmente levar a pensar que a exressão é dela. Não é. É verdade que classicamente se diz que se se pode faltar à missa se houver uma razão suficientemente forte (por exemplo, acompanhar um doente ao hospital) ou se ir à missa constituir para a consciência da pessoa um pecado ou ocasião de pecado. Embora se possa ler o referido «post» nesse sentido, é claro que a autora não o diz claramente. Disse-lhe que poria aqui esta nota, e aqui está. O centro do «post» não é propriamente o que ela tenha dito ou escrito, mas o modo como encaramos estas atitudes.

Alef

Re: Quando ir à missa é pecado...
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 26 de April de 2008 21:13

(suspiros)

Na verdade a culpa é das reformas de ensino mal feitas que temos tido que levam a quadros como este, onde algo tão básico como a estrutura de um texto tem de ser explicado quase virgula a virgula.
Quando esta inépcia é aliada da rigidez de análise desemboca nos discursos cegos, surdos, obcecados. O diálogo morre e resta um pobre solilóquio.
É triste pela aridez.
É revoltante por ser cada vez mais comum.
Arrepiante pensar no futuro.

argh!

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.



Editado 1 vezes. Última edição em 26/04/2008 21:14 por Lena.

Re: Quando ir à missa é pecado...
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 26 de April de 2008 21:43

Denunciar como heresia o quer que seja é apostar no abominável, porque tanto quanto aprendi na história, o pronunciador pretensamente anti-herético não se preocupa com a verdade. O que pretende é simplesmente eliminar física, mental, psicologica e espiritualmente toda e qualquer pessoa que se atreva a questionar de forma incómoda o pensar ou agir predominante num determinado grupo. Aliás, quantas verdades hoje irrefutáveis foram consideradas heresias? Argumentar é o que é preciso, mesmo quando se está errado, até que a verdade venha ao de cima.

*=?.0

Re: Quando ir à missa é pecado...
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 27 de April de 2008 00:05

Albino

Despóticos há em todo lado, mas cabe a nós dar-lhes poder ou virar as costas.
O problema não surge tanto por se dizer que isto ou aquilo é heresia mas por se recusar a analise da questão - por desinteresse, por facilitismo ou, eventualmente, por incapacidade.

Se se procedesse à eliminação de todos os dogmas, de todas as regras, rituais, de toda a norma com que muitos sempre se orientaram íamos criar um enorme problema, pois muitos sentir-se-iam perdidos e até traídos. Seria muita crueldade, seria mesmo um tremendo desrespeito, uma violação do direito à crença.

Eu estou a escrever isto e a lembrar-me destas crianças.
Estas questões não são fáceis.

Os nossos neurónios não são sectores de um disco que se formata para meter um novo sistema operativo, quando a coisa não está como queremos. E até para instalar novos drivers há muita resistência. A lista de conflitos é imensa.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Quando ir à missa é pecado...
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 27 de April de 2008 01:00

Não acho que a missa nova seja herética. Às vezes as pessoas é que podem fazer dela uma missa herética, com certas práticas.

6 meses sem ir à missa? Epá, deixem-se de coisas. Tantas birrinhas. É só guerras por todo o lado. Uns porque não gostam da missa, outros porque as velas estão tortas, outros porque o padre é giro, outras porque todos querem mandar. Confiem ne Igreja. Deixem que a Igreja nos guie.

Citação:
Disse que a missa nova é válida, embora não a legítima missa católica
Epá, então é válida mas não é válida ao mesmo tempo?? É herética mas não é pecado assistir a uma missa herética? Tanta contradição. Digam logo o que acham sem rodeios. Odeiam a missa nova e pronto. Acham que é pecado ir. Para quê tanta volta e reviravolta.

Acabei de ir ao blog e trasanda a guerra. Aquele é modernista, o outro é tradicionalista. Não há pachorra para isto.

Em vez de se amarem uns aos outros, armam-se uns contra os outros. Bah!

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: Quando ir à missa é pecado...
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 27 de April de 2008 22:56

Lena,

Concerteza que todas as pessoas têm direito a dar razões da sua Fé. Para isso é que somos dotados de jubilosa racionalidade.

*=?.0



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