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A morte é o término da vida?
Escrito por: Jorge Gomes (IP registado)
Data: 01 de April de 2008 00:51

A morte tem-nos sido apresentada de uma forma paradoxal! Por um lado ela é o fim da vida uma vez que eu deixo de ver os que morrem e como não sei o que acontece depois da morte, dizem, eu não acredito que continuem. Estou assim "colado" aos meus sentidos: visão, tacto, audição, olfacto e gosto e sem saber "preso" na metodologia científica do nosso tempo. Esta só reconhece como real, como existente, o que é passível de ser sujeito à medicação, à observação, ao cálculo matemático. Tudo o que escape a esse controle não existe para a "velha ciência" uma vez que todo o facto observado tem que ser objecto de réplica. É este, quer consideremos quer não, o espírito que invadiu todo o nosso pensamento actual, desde os mais informados aos menos "letrados".
Por outro lado a nossa religião cristã assenta essencialmente na vida depois da morte. Cristo fala-nos que não vem falar deste Reino, mas de um outro, e que Ele -o Reino de Deus - não é semelhante ao existente da Terra. Refere ainda que nesse Reino "existem muitas moradas" e que só entra Nele os que estiverem na vibração do Amor; e muitos outros ensinamentos sobejamente conhecidos dos cristãos. Todos os Seus ensinamentos são em torno da forma como se deve viver na Terra para alcançar o Reino de Deus, o que acontecerá depois da nossa morte. O próprio Cristo provou esta verdade por Si enunciada, Ressuscitando, ou seja, voltando a adquirir o seu corpo físico depois deste já ter terminado na Terra, revelando assim que não morrem os que estão com Deus.
Mas a nova realidade, as grandes descobertas quer ao nível da Física, a ciência que sempre foi a "chave-mestra" da compreensão de todos os fenómenos, sejam eles do cosmos, da Terra ou dos Seres vivos, incluindo o homem e que produzem alterações progressivas em todo o conhecimento já adquirido, quer ao nível dos avanços da Psicologia têm sido interessantes. A nova Física, designada por Quântica ou das Partículas, vem revelar, vem mostrar que o invisível, o infinitamente pequeno existe, mais ainda, constitui a essência de todo o Universo e rege-se por leis e princípios estranhos e quase opostos aos conhecidos para a realidade até agora considerada e observada. A unidade constituinte desta "nova realidade" designa-se por "partícula". Estas partículas são pura energia, e através dos chamados "aceleradores de partículas" já é possível estudar e observar as consequências do seu manuseamento. A equipe de físicos dedicado a este campo, está não só a identificar estas partículas como a contribuir para a sua utilização, como já observamos, por ex., com a utilização do "código de barras" que invadiu todo o comércio.
Á medida que este conhecimento avança a visão que temos de nós mesmos - como o de uma máquina animada, ou seja, com alma cuja essência não sabemos definir - passa a ser substituída por o de uma portentosa orquestra, composta por triliões de partículas (feitas aos pares), organizadas em cordas que se sobrepõem ordenadamente vibrando de uma forma harmoniosa ou dissonante, sob a orientação do maestro que é a nossa mente. Estas cordas vibratórias são extensivas no espaço e no tempo, e vibram com as outras cordas existentes no mesmo comprimento de onda. Assim deixamos de estar sós e de considerar que morremos pois que o acto, o acontecimento da morte, é apenas a mudança de um nível vibratório para outro, do qual ainda não somos capazes de conhecer, mas que Cristo dominava em absoluto, quando via o passado das pessoas, as suas intenções e tudo aquilo que para nós é ainda objecto da vida privada.
A Psicanálise já tinha "tocado" nestas dimensões ao falar das leis que regem o inconsciente: o passado está presente e não só como memória descritiva mas se esse passado foi traumático (dizemos agora, dissonante - não de acordo com a minha vibração) ele vai distorcer e fazer adoecer o presente. Esta é uma das leis da Física Quântica que afirma que ao nível vibratório não existe tempo nem espaço e que poderei estar em várias dimensões ao mesmo tempo como nós observamos com os sonhos.
Também a Psicologia Analítica estudou que os chamados "arquétipos" - memórias colectivas existentes para além do homem - são passíveis de descer sobre este quando as vicissitudes da vida o deixam demasiado desamparado, ou ainda em estado semelhante ao existente no arquétipo.
Mas a grande mensagem que nos foi deixada por Cristo é que para entrar nesta nova dimensão é necessário apenas entrar na vibração do Amor. E este, o Amor, não é um conjunto de comportamentos, de actos, de sensações, mas uma nova vibração, que exige uma nova atitude e forma de viver que será objecto de conhecimento nos tempos próximos que se avizinha.
Resta-nos estar atentos e de "mente aberta" para o imenso conjunto de conhecimentos que estão a ocorrer entre nós e em todo o mundo.



Editado 1 vezes. Última edição em 01/04/2008 00:52 por Jorge Gomes.

Re: A morte é o término da vida?
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 01 de April de 2008 14:16

JEsus Cristo não sabia o passado e o futuro por conhecer ou não a fisica do Universo. A morte não é a "mudança de um nível vibratório para outro".
Aí ainda estariamos ao nivel da materia.

Estas tentativas de mistura entre pseudo-ciencia e religião são de evitar (e estou a tentar sem muito suave). Aliás há aí vários disparates cientificos.

Isto descredibiliza a religião entre quem tem formação cientifica e não tem formação religiosa.

Re: A morte é o término da vida?
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 06 de April de 2008 17:00

Aproveito este tópico para deixar um «link» para um surpreendente vídeo que dá que pensar: a Última Aula de Randy Pausch, um professor ainda novo, pai de três miúdos bem pequeninos, que vê aproximar-se do «último grande exame», a morte.

O «estilo americano» (com o seu irresistível toque moralista) talvez choque alguns, mas, mesmo assim, dá que pensar.

Pensar a morte é, afinal, pensar a vida e o seu sentido.

Aqui.

Alef

PS.: Update: O vídeo que indiquei em cima é do programa da Oprah. Ver a página de Randy Pausch, aqui, com vários vídeos e muitos outros dados.



Editado 1 vezes. Última edição em 06/04/2008 19:44 por Alef.

Re: A morte é o término da vida?
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 06 de April de 2008 20:40

Alef

Confesso que ia com um certo receio, mas como eras tu que o indicavas, arrisquei hehehe

É de facto muito bom e nada lamechas.
Gostei particularmente da forma como os sucessos, os obstáculos, os acasos desta vida são encarados por aquela família - a mãe dele é das que eu gosto.
Coisas são de facto coisas, e o importante é o que fazemos pelos outros - lugares comuns tão comummente esquecidos tornam-se raros e dignos de nota quando os vemos em prática.
Fez-me bem pois ando a atravessar já algum tempo um deserto e com pouca vontade de sair dele. O que me tem valido são os oásis que os instantes de amizade conseguem criar.

olha Alef o que te quero mesmo dizer é
Obrigada

Lena

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: A morte é o término da vida?
Escrito por: Jorge Gomes (IP registado)
Data: 06 de April de 2008 21:55

Citação:
Alef
Aproveito este tópico para deixar um «link» para um surpreendente vídeo que dá que pensar: a Última Aula de Randy Pausch, um professor ainda novo, pai de três miúdos bem pequeninos, que vê aproximar-se do «último grande exame», a morte.
O «estilo americano» (com o seu irresistível toque moralista) talvez choque alguns, mas, mesmo assim, dá que pensar.

Pensar a morte é, afinal, pensar a vida e o seu sentido.

Aqui.

Alef

PS.: Update: O vídeo que indiquei em cima é do programa da Oprah. Ver a página de Randy Pausch, aqui, com vários vídeos e muitos outros dados.

Espectacular e uma grande lição de vida, de força e de luta a deste homem, invejável até, não é pra todos, sei que no lugar dele não reagiria assim.

Re: A morte é o término da vida?
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 17 de April de 2008 11:34

Talvez nos devamos interrogar sobre o que são sementes de eternidade. A eternidade poderá ser um estado de consciência, do qual fará parte a compreensão de que somos parte do todo. Para o cristão Jesus cristo é a porta para este estado.

*=?.0

Re: A morte é o término da vida?
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 01 de May de 2008 22:49

Albino, a Consciencia universal não irá apagar a nossa consciencia individual, a sua história pessoal, seu caminho no processo de humanização ou desumanização.
Mesmo sabendo que estamos Nela.
Jesus é a porta , é o único mediador pois sem seu Espirito ( Agape ) não conseguimos alcançar o conhecimento do Amor necessário para essa humanização. Nossa natureza egoista e orgulhosa nos impede. Só Nele, com Ele, e por Ele podemos ultrapassar nossa natureza e fazer o salto na transcendencia.

Re: A morte é o término da vida?
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 09 de June de 2008 14:40

Na História há a tendência de não ver as pessoas como reais. Quão mais longínquas mais impessoais se tornam. Não costumamos vê-las como gentes que sofreram e amaram...

Concretamente no que respeita ao tema do tópico, não estamos habituados a pensar na dor que poderão ter sentido ao perderem os seus familiares e amigos. Por isso achei comovente o texto incrito numa lápide funerária que vi no Núcleo Visigótico de Beja, localizado na antiga igreja de S. Amaro, salvo erro e datada de 665 AD:

Citação:
Aproximai-vos vós todos, igualmente lamentai comigo, porque morrer não é coisa nova!
Chorai comigo todos quantos a causa da dor e a aflição da morte profundamente atingem!
Recordai com lamentações e com actos sagrados a Maura, que foi minha sobrinha!
De olhos muito belos e formosa de feições, criou-a a mãe em castidade, a terra recebeu-a virgem, e sem mácula foi deposta na sepultura.
Ai de mim, desgraçado, que perdi flor tão rara que mal fizera quinze anos! Ai de mim, desgraçado, que até recobrar alegria, viverei entretanto desolado e por grande mágoa ferido por tua causa! "Mocego" Calandronio; peço ao Senhor te conceda descanso eterno.
Descansou na paz do Senhor aos 29 de Julho de 665.


Fiquem bem

Cassima

Re: A morte é o término da vida?
Escrito por: RapazinhoAteu (IP registado)
Data: 10 de June de 2008 01:28

Olá a todos! Para já queria apresentar-me neste fórum. Decidi registar-me pois nunca tive a oportunidade de ler a Bíblia, e gostava, pois faz parte da cultura geral de todos, mesmo para os ateus, que é o meu caso, e gostava de partilhar opiniões. Tenho 18 anos e vivo no Litoral de Portugal. Deixo o meu anonimato pois puderei escrever/Dizer algo que vos ofenda e não me apetce lá muito ter complicações na minha vida por causa de algo que disse num simples fórum ;)


Em relação à morte, para mim é um ciclo natural da vida, Nascemos, crescemos, morremos. Isso acontece em todos os seres vivos e porque é que em nós deveria ser diferente? Só porque somos mais inteligentes? Se calhar é mesmo pela inteligência a mais que acabamos por "inventar" coisas. Também se pensa na vida depois da morte como objectivo da continuação da felicidade, ou começo da mesma. Eu penso da seguinte forma: Mais vale aproveitarmos a vida do que pensar que pudemos ter um lugar melhor depois da morte.

Gostava que dessem a vossa opinião em relação à minha.

Obrigado :)

Re: A morte é o término da vida?
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 10 de June de 2008 04:09

Se nao acreditassemos no Ressuscitado, mais valeria aproveitar a vidinha aqui como se não houve um sentido maior na vida : A Vida verdadeira, plena , feliz, bela , boa . O Bem .
Nem sempre se tem um lugar melhor depois da morte , pois estamos construindo nessa vidinha a Vida que teremos , a que nao se acaba .
Aproveitar a vida é aprender o sentido dela no aqui e agora. É passar por ela fazendo sempre o bem, nunca o mal. Ai sim sua vida terá tido proveito , pois ela se perpetuará na solidariedade e amor ( agápe).



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