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SPES SALVI - a nova Encíclica do Papa Bento XVI
Escrito por: VMTH (IP registado)
Data: 16 de December de 2007 19:30

Caríssimos,


Fico estupecfacto que aqui neste Forum Paroquias, já quase um depois da publicação da Encíclica SPES SALVI, a mais recente EncÍCLICA do Papa, ainda não existisse um tópico a comentar este documento, sempre tão importante para a vida de todos os cristãos, os católicos em particular.

(Já agora, os MEUS renovados PARABÉNS ao Luis e à Susana pela criação e manutenção do Forum! Brilhante, pelo espaço de liberdade de discussão que proporcionam na nossa Santa Igreja! - Já agora, como vão?... E o vosso bébé?... Um abraço e um SANTO NATAL para vós!).

Regressando ao tema, e lendo a Spes Salvi, comecei a compreender o porque do tão inesperado silêncio aqui no Forum!
É que a Spes Salvi, outro documento Luminoso do actual Papa, é nada mais do que um inteligente e discreto "soco-no-estomago" dos Modernistas que pululam na Igreja. António Socci, um distinto e acima de toda a suspeita jornalista católico italiano, chamou corajosamnte à "Spes Salvi", a ANTI-"GAUDIAM ET SPES" (a tal do Concílio, que TODOS desde 1965, eram OBRIGADOS a ler!).

Como mote para o início deste novo tópico, deixo-vos para se deliciarem com um texto brilhante do blog "A Casa de Sarto":



Acabei de ler a nova encíclica escrita pelo Papa Bento XVI, "Spes Salvi": trata-se de um documento que está muito distante do estilo lacónico, incisivo e directo a que os Papas sociais pré-conciliares nos habituaram, dado ser bastante heterodoxo quanto à forma como se encontra redigido, porém absolutamente ortodoxo quanto à mensagem final que transmite.

Desta, saliento primeiramente a crítica que o Santo Padre faz da idade moderna e subsequentemente do Cristianismo moderno, afirmando a necessidade que este último tem de retornar às suas raízes para se reencontrar, o que não pode deixar de significar um regresso à tradição. Do ponto 22 da encíclica:

"É preciso que, na autocrítica da idade moderna, conflua também uma autocrítica do cristianismo moderno, que deve aprender sempre de novo a compreender-se a si mesmo a partir das próprias raízes".

Igualmente merecedor de grande realce, por colidir directa e frontalmente com o espírito do Vaticano-II e a hermenêutica de ruptura a ele associada, é o ensinamento de Sua Santidade de que o homem dito moderno, ao contrário do que se chegou a supor mesmo dentro da Igreja, não é ontológica e axiologicamente distinto dos homens de outras eras históricas, permanecendo antes um ser decaído, atingido pelo pecado original e eventualmente propenso à prática do mal. Do ponto 21, onde de permeio o totalitarismo comunista é explicitamente condenado:

"Com a sua vitória, porém, tornou-se evidente também o erro fundamental de Marx. Ele indicou com exactidão o modo como realizar o derrubamento. Mas, não nos disse, como as coisas deveriam proceder depois. Ele supunha simplesmente que, com a expropriação da classe dominante, a queda do poder político e a socialização dos meios de produção, ter-se-ia realizado a Nova Jerusalém. Com efeito, então ficariam anuladas todas as contradições; o homem e o mundo haveriam finalmente de ver claro em si próprios. Então tudo poderia proceder espontaneamente pelo recto caminho, porque tudo pertenceria a todos e todos haviam de querer o melhor um para o outro. Assim, depois de cumprida a revolução, Lenin deu-se conta de que, nos escritos do mestre, não se achava qualquer indicação sobre o modo como proceder. É verdade que ele tinha falado da fase intermédia da ditadura do proletariado como de uma necessidade que, porém, num segundo momento ela mesma se demonstraria caduca. Esta «fase intermédia» conhecêmo-la muito bem e sabemos também como depois evoluiu, não dando à luz o mundo sadio, mas deixando atrás de si uma destruição desoladora. Marx não falhou só ao deixar de idealizar os ordenamentos necessários para o mundo novo; com efeito, já não deveria haver mais necessidade deles. O facto de não dizer nada sobre isso é lógica consequência da sua perspectiva. O seu erro situa-se numa profundidade maior. Ele esqueceu que o homem permanece sempre homem. Esqueceu o homem e a sua liberdade. Esqueceu que a liberdade permanece sempre liberdade, inclusive para o mal. Pensava que, uma vez colocada em ordem a economia, tudo se arranjaria. O seu verdadeiro erro é o materialismo: de facto, o homem não é só o produto de condições económicas nem se pode curá-lo apenas do exterior criando condições económicas favoráveis".

Mas notável, acima de tudo, é o tema de fundo que anima toda a "Spes Salvi": de forma de todo inédita na Igreja pós-conciliar, mas totalmente tradicional, o Papa Bento XVI recorda ao homem de hoje o seu destino último, afinal o destino do homem de sempre: morte, julgamento, céu (a esperança de todos os cristãos) ou inferno. Dos pontos 45, 46, 47 e 48:

"Com a morte, a opção de vida feita pelo homem torna-se definitiva; esta sua vida está diante do Juiz. A sua opção, que tomou forma ao longo de toda a vida, pode ter caracteres diversos. Pode haver pessoas que destruíram totalmente em si próprias o desejo da verdade e a disponibilidade para o amor; pessoas nas quais tudo se tornou mentira; pessoas que viveram para o ódio e espezinharam o amor em si mesmas. Trata-se de uma perspectiva terrível, mas algumas figuras da nossa mesma história deixam entrever, de forma assustadora, perfis deste género. Em tais indivíduos, não haveria nada de remediável e a destruição do bem seria irrevogável: é já isto que se indica com a palavra inferno.

(…)

Mas, segundo a nossa experiência, nem um nem outro são o caso normal da existência humana. Na maioria dos homens – como podemos supor – perdura no mais profundo da sua essência uma derradeira abertura interior para a verdade, para o amor, para Deus. Nas opções concretas da vida, porém, aquela é sepultada sob repetidos compromissos com o mal: muita sujeira cobre a pureza, da qual, contudo, permanece a sede e que, apesar de tudo, ressurge sempre de toda a abjecção e continua presente na alma. O que acontece a tais indivíduos quando comparecem diante do Juiz? Será que todas as coisas imundas que acumularam na sua vida se tornarão de repente irrelevantes? Ou acontecerá algo de diverso?

(…)

O encontro com Ele é o acto decisivo do Juízo. Ante o seu olhar, funde-se toda a falsidade. É o encontro com Ele que, queimando-nos, nos transforma e liberta para nos tornar verdadeiramente nós mesmos. As coisas edificadas durante a vida podem então revelar-se palha seca, pura fanfarronice e desmoronar-se. Porém, na dor deste encontro, em que o impuro e o nocivo do nosso ser se tornam evidentes, está a salvação. O seu olhar, o toque do seu coração cura-nos através de uma transformação certamente dolorosa «como pelo fogo». Contudo, é uma dor feliz, em que o poder santo do seu amor nos penetra como chama, consentindo-nos no final sermos totalmente nós mesmos e, por isso mesmo totalmente de Deus. Deste modo, torna-se evidente também a compenetração entre justiça e graça: o nosso modo de viver não é irrelevante, mas a nossa sujeira não nos mancha para sempre, se ao menos continuámos inclinados para Cristo, para a verdade e para o amor. (…) O Juízo de Deus é esperança quer porque é justiça, quer porque é graça. Se fosse somente graça que torna irrelevante tudo o que é terreno, Deus ficar-nos-ia devedor da resposta à pergunta acerca da justiça – pergunta que se nos apresenta decisiva diante da história e do mesmo Deus. E, se fosse pura justiça, o Juízo em definitivo poderia ser para todos nós só motivo de temor. A encarnação de Deus em Cristo uniu de tal modo um à outra, o juízo à graça, que a justiça ficou estabelecida com firmeza: todos nós cuidamos da nossa salvação «com temor e tremor» (Fil 2,12). Apesar de tudo, a graça permite-nos a todos nós esperar e caminhar cheios de confiança ao encontro do Juiz que conhecemos como nosso «advogado», parakletos (cf. 1 Jo 2,1).

(…) nenhum homem é um nónada fechad em si mesm. As nossas vidas estão em profunda comunhão entre si; através de numerosas interacções, estão concatenadas uma com a outra. Ninguém vive só. Ninguém peca sozinho. Ninguém se salva sozinho. Continuamente entra na minha existência a vida dos outros: naquilo que penso, digo, faço e realizo. E, vice-versa, a minha vida entra na dos outros: tanto para o mal como para o bem. Deste modo, a minha intercessão pelo outro não é de forma alguma uma coisa que lhe é estranha, uma coisa exterior, nem mesmo após a morte. Na trama do ser, o meu agradecimento a ele, a minha oração por ele pode significar uma pequena etapa da sua purificação. E, para isso, não é preciso converter o tempo terreno no tempo de Deus: na comunhão das almas fica superado o simples tempo terreno. Nunca é tarde demais para tocar o coração do outro, nem é jamais inútil. Assim se esclarece melhor um elemento importante do conceito cristão de esperança. A nossa esperança é sempre essencialmente também esperança para os outros; só assim é verdadeiramente esperança também para mim. Como cristãos, não basta perguntarmo-nos: como posso salvar-me a mim mesmo? Deveremos antes perguntar-nos: o que posso fazer a fim de que os outros sejam salvos e nasça também para eles a estrela da esperança? Então terei feito também o máximo pela minha salvação pessoal".

Por todo o exposto, compartilho a opinião do reputado jornalista católico italiano António Socci,que a propósito de um artigo escrito sobre a "Spes Salvi", a chama chama com inteira propriedade a tal encíclica a anti-"Gaudim et Spes", por contraponto ao falso optimismo progressista da constituição pastoral aprovada pelo Concílio V-2.




Um abraço a todos, em Cristo, do

VMTH
O católico perseguido e que os Modernistas querem excomungar!

STAT CRUX DUM VOLVITUR ORBIS!
EXTRA ECCLESIAM NULLA SALLUS!

Re: SPES SALVI - a nova Encíclica do Papa Bento XVI
Escrito por: rmcf (IP registado)
Data: 16 de December de 2007 20:58

Confesso que não percebi o argumento. Podias explicar, ponto por ponto e concretamente, onde é que esta encíclica contradiz a Gaudium et Spes? Com citações de ambas. Francamente, dizê-lo e simplesmente citar partes da encíclica, não explica muito para os ignorantes como eu.

Abraço fraterno,

Miguel

Re: SPES SALVI - a nova Encíclica do Papa Bento XVI
Escrito por: Onac (IP registado)
Data: 17 de December de 2007 15:49

Não gosto de ver ofendida a inteligência de Bento XVI da maneira que tenho visto por aqui. O magistério do Papa é para TODOS os católicos e não uma arma de arremesso de algumas facções contra irmãos na fé.
Se a Spe salvi é para ser lida numa perspectiva anti-conciliar? Está tudo doido. Vai muito além do optimismo ingénuo de muitos, é certo, mas é a encíclica mais optimista de todas: a nossa esperança nunca falha.
À falta de textos italianos, fica cá o que conheço:

Esperança e salvação segundo o Papa
Bento XVI apresenta segunda encíclica, marcadamente teológica, para um mundo em crise


Spe salvi (Salvos na esperança) é o título da segunda encíclica de Bento XVI, dedicada ao tema da esperança cristã, num mundo dominado pela descrença e a desconfiança perante as questões relacionadas com o transcendente.
"O homem tem necessidade de Deus, de contrário fica privado de esperança", pode ler-se. O Deus em que os cristãos acreditam apresenta-se como verdadeira esperança para o mundo contemporâneo porque lhe abre uma perspectiva de salvação.

Bento XVI considera que só é possível viver e aceitar o presente se houver "uma esperança fidedigna" e destaca a importância da eternidade, não no mundo actual - "a eliminação da morte ou o seu adiamento quase ilimitado deixaria a terra e a humanidade numa condição impossível", aponta - mas como "um instante repleto de satisfação, onde a totalidade nos abraça e nós abraçamos a totalidade".

"Deus é o fundamento da esperança, não um deus qualquer, mas aquele Deus que possui um rosto humano e que nos amou até ao fim: cada indivíduo e a humanidade no seu conjunto", observa.

A carta do Papa, hoje divulgada pelo Vaticano, defende que só Deus é a "verdadeira esperança" e aborda por diversas vezes a questão da "vida eterna", frisando que "ninguém se salva sozinho".

O documento começa por apresentar um enquadramento teológico da esperança cristã, a partir dos textos bíblicos e dos testemunhos das primeiras comunidades eclesiais. O Papa apresenta ainda os ensinamentos de vários Santos da Igreja a respeito do tema da encíclica e escreve que "conhecer Deus" significa "receber esperança".

Depois de negar que Jesus tenha trazido uma mensagem "sócio-revolucionária", Bento XVI aborda a questão da evolução para afirmar que "a vida não é um simples produto das leis e da casualidade da matéria, mas em tudo e, contemporaneamente, acima de tudo há uma vontade pessoal, há um Espírito que em Jesus se revelou como amor".

O Papa cita, entre outros, Platão, Lutero, Kant, Bacon, Dostoievski, Engels e Marx para falar de esperança e de esperanças, de razão e liberdade, da construção de um mundo sem Deus que pretende responder aos anseios do ser humano. "Nenhuma estruturação positiva do mundo é possível nos lugares onde as almas se brutalizam", declara.


Construções ideológicas

Para além das reflexões teológicas e filosóficas, o texto aborda sistemas e ideologias. "O homem não é só o produto de condições económicas nem se pode curar apenas desde o exterior, criando condições económicas favoráveis", indica o texto papal, ao criticar o "materialismo" marxista.

Bento XVI diz mesmo que "não existirá jamais neste mundo o reino do bem definitivamente consolidado" e que mesmo as melhores estruturas "só funcionam se numa comunidade subsistem convicções que sejam capazes de motivar os homens para uma livre adesão ao ordenamento comunitário".

“Se não podemos esperar mais do que é realmente alcançável de cada vez e de quanto nos seja possível oferecerem as autoridades políticas e económicas, a nossa vida arrisca-se bem depressa a ficar sem esperança”.

Quanto ao progresso científico, a encíclica alerta para as "possibilidades abissais de mal" que se têm aberto e pede uma "formação ética do homem" para que este progresso não se transforme numa "ameaça para o homem e para o mundo".


"Não é a ciência que redime o homem. O homem é redimido pelo amor", assinala, numa crítica às pretensões do pensamento moderno.

Numa linha de continuidade com a sua primeira encíclica, Bento XVI sublinha a dimensão comunitária da esperança e refuta as críticas de que a salvação proposta pela fé cristã seja "fuga da responsabilidade geral". "O amor de Deus revela-se na responsabilidade pelo outro", destaca.

A segunda parte deste documento teológico apresenta uma série de lições, considerações mais práticas sobre a vivência da esperança.

O Papa indica que rezar “não é retirar-se para o canto da própria felicidade e que “o nosso agir não é indiferente diante de Deus” nem para “o desenrolar da história”. “A capacidade de sofrer por amor da verdade é medida de humanidade”, sentencia.

Neste ponto, Bento XVI adverte quem optou pela indiferença perante o amor, a verdade ou o bem, assinalando que “não é a fuga diante da dor” que cura o homem. “A capacidade de sofrer por amor da verdade é medida de humanidade”, sentencia.

A nova encíclica acaba por fazer referência ao ateísmo e a quantos querem “um mundo que deve criar a justiça por sua conta”, esquecendo que “Deus sabe criar a justiça”.

O chamado “juízo final” surge, assim, como um “apelo à responsabilidade e como um resposta “à impossibilidade de a injustiça da história ter a última palavra”. Por isso afasta a ideia de uma restauração universal e fala de inferno e purgatório, porque “com a morte a opção de vida feita pelo homem torna-se definitiva”.

“Como cristãos, não basta perguntarmo-nos como posso salvar-me, devemos antes perguntar: o que posso fazer para que os outros sejam salvos e nasça, também para eles a estrela da esperança? Então, terei feito também o máximo pela minha salvação pessoal”, conclui o Papa.

Re: SPES SALVI - a nova Encíclica do Papa Bento XVI
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 20 de December de 2007 22:46

Já li a encíclica e estou a relê-la para aprofundar mais.

Neste momento apenas vou citar.

Aqui vai: "A transformação da fé-esperança cristã no tempo moderno

16. Como pôde desenvolver-se a ideia de que a mensagem de Jesus é estritamente individualista e visa apenas o indivíduo? Como é que se chegou a interpretar a « salvação da alma » como fuga da responsabilidade geral e, consequentemente, a considerar o programa do cristianismo como busca egoísta da salvação que se recusa a servir os outros? Para encontrar uma resposta à questão, devemos lançar um olhar sobre as componentes fundamentais do tempo moderno. Estas aparecem, com particular clareza, em Francisco Bacon. Que uma nova época tenha surgido – graças à descoberta da América e às novas conquistas técnicas que permitiram este desenvolvimento – é um dado fora de discussão. Mas, sobre o que é que se baseia esta mudança epocal? É a nova correlação de experiência e método que coloca o homem em condições de chegar a uma interpretação da natureza conforme às suas leis e, deste modo, conseguir finalmente « a vitória da arte sobre a natureza » (victoria cursus artis super naturam).[14] A novidade – conforme a visão de Bacon – está numa nova correlação entre ciência e prática. Isto foi depois aplicado também teologicamente: esta nova correlação entre ciência e prática significaria que o domínio sobre a criação, dado ao homem por Deus e perdido no pecado original, ficaria restabelecido.[15]

17. Quem lê estas afirmações e nelas reflecte com atenção, reconhece uma transição desconcertante: até então a recuperação daquilo que o homem, expulso do paraíso terrestre, tinha perdido esperava-se da fé em Jesus Cristo, e nisto se via a « redenção ». Agora, esta « redenção », a restauração do « paraíso » perdido, já não se espera da fé, mas da ligação recém-descoberta entre ciência e prática. Com isto, não é que se negue simplesmente a fé; mas, esta acaba deslocada para outro nível – o das coisas somente privadas e ultraterrestres – e, simultaneamente, torna-se de algum modo irrelevante para o mundo. Esta visão programática determinou o caminho dos tempos modernos, e influencia inclusive a actual crise da fé que, concretamente, é sobretudo uma crise da esperança cristã. Assim também a esperança, segundo Bacon, ganha uma nova forma. Agora chama-se fé no progresso. Com efeito, para Bacon, resulta claro que os descobrimentos e as recentes invenções são apenas um começo e que, graças à sinergia entre ciência e prática, seguir-se-ão descobertas completamente novas, surgirá um mundo totalmente novo, o reino do homem. [16] Nesta linha, apresentou um panorama das invenções previsíveis, chegando ao avião e ao submarino. Ao longo do sucessivo desenvolvimento da ideologia do progresso, a alegria pelos avanços palpáveis das potencialidades humanas permanece uma confirmação constante da fé no progresso enquanto tal.

Re: SPES SALVI - a nova Encíclica do Papa Bento XVI
Escrito por: Maria Lisboa (IP registado)
Data: 30 de December de 2007 10:18

O regresso às pedrarias e pompas esfriam a mensagem e afligem os corações de quem continua fiel, mas doridamente ,porque o Evangelho para ser anunciado no imperativo de Cristo, aos pobres, tem q o ser em simplicidade e despojamento de sinais exteriores de ostentação..



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