INDICAÇÕES DO PAPA SÃO PARA CUMPRIR!
Este é o título de uma notícia da Agencia Ecclesia.pt que publicou hoje no seu sitio.
Trata-se de um título bastante enérgico e dirigido aos bispos que procurarm boicotar a vontade Papal, expressa na carta apostólica SUMMORUM PONTIFICUM, datada do passado dia 07 de Julho.

O Santo Padre Bento XVI, agastado e preocupado com a ”insurreição” provocada por muitos bispos (entre os mais notados, e aqui no nosso burgo, temos o Cardeal Patriarca de Lisboa) ao rejeitarem e boicotarem “in praxis” a já citada Summorum Pontificum, encarregou a Comissão Pontíficia Ecclesia Dei de publicar um documento que visa restringir os restringentes, de corrigir os desafiadores que colocaram a causa a aplicação da Summorum Pontificum. Trata-se no fundo, de um documento, que se dispõe a devolver à Summorum Pontificum o lugar que lhe é devida na vida da Igreja, por expressa determinação papal.

Entretanto, numa linguagem bem forte e dura, em total conformidade com o "sim, sim, não, não" dos Evangelhos e demonstrativa de que em Roma as coisas estão realmente a mudar, um Bispo, o Monsenhor Malcolm Ranjith, definiu os opositores do "Motu Proprio" - e com propriedade e coragem - como "instrumentos do demónio"! Eis aqui um verdadeiro homem de Igreja, bem merecedor do barrete vermelho cardinalício já no próximo consistório!

Como se vê, a “guerra” vai no seu auge agora!
Vamos ver como se seguirão os próximos capítulos desta inacreditável e insólita guerra eclesiástica, que a nós católicos nos deve cobrir a todos de vergonha!
È autenticamente INACEITÁVEL que em Portugal, depois de publicada a Carta Apostólica Summorum Pontificum em Julho, depois da sua entrada em vigor em Setembro, não exista uma ÙNICA diocese em portuguesa que tenha já posto em prática as instruções do Santo Padre! Vamos ver se a oposição teimosa vai continuar a partir daqui, ou se pelo contrário, os bispos desafiadores não alinharão num cisma aberto!

Esta atitude do Episcopado português és claramente de uma repugnante posição concertada do episcopado português em não acatar as instruções do Papa. Tão insólita e anómala, que nos faz a todos pensar, onde estão afinal os “cismáticos”? Os “desobedientes ao Papa”, dos que arrogantemente acusavam os seguidores do grande arcebispo católico Monsenhor Marcel Lefébvre.
É verdadeiramente inacreditável as surpresas que a História nos dá!

Pessoalmente, não tenho a mínima dúvida que o Santo Padre Bento XVI não veio a Portugal à dedicação da novíssima Igreja da Santíssima Trindade exactamente por esta razões. Não se sentiria bem acolhido entre um clero que lhe é desobediente.

Um documento brilhante como a Summorum Pontificum, que é motivo de uma verdadeira ALEGRIA para todos na Igreja, sinal de reconciliação e comunhão para todos os católicos, sinal de acolhimento para todos aqueles católicos que se conservam as tradições espirituais e litúrgicas pré-conciliares, é simplesmente banido da visibilidade eclesial em Portugal!
Inacreditável! Inconcebível! Inaceitável!

Temos todos de cerrar fileiras junto do Santo Padre, rezar pelas suas intenções, pois creio firmemente que o “bispo vestido de branco e mártir” das revelações de Lúcia no terceiro segredo de Fátima, seja afinal o Santo Padre Bento XVI!

Um abraço a todo do.

VMTH

STAT CRUX DUM VOLVITUR ORBIS!


Não resito, ainda, a deixar-vos um extrato de uma entrevista "caliente" com Mons. Camille Perl, nada mais nada menos que o Secretário da Comissão Pontificia Ecclesia Dei:
Cidade do Vaticano, 12 Outubro 2007

- "Es vedrad, estamos redactando un documento-instrucción sobre la justa interpretación del Motu Proprio Summorum Pontificum, que ha liberalizado la Misa según los libros liturgicos de San Pio V tal como fueron modificados por el Beato Juan XXIII. Aun no siendo una Congregation, hemos recibido la facultad de preparar esta nota para la definición de algunos aspectos del Motu Proprio papal entre los cuales, por ejemplo, aquello del grupo estable, cuantas personas precisamente deben pedir al proprio párroco el celebrar con el rito pre-conciliar.

-Mons. Perl, la instruccion se debe a las varias protestas elevadas por los obispos y sacerdotes contrarios a las nuevas normas sobre el acceso a la Misa con el rito Tridentino?
- La situación está a la vista de todos. En cualquier caso, después del Motu Proprio del Papa era lícito esperar reacciones contrastantes. Algunos han manifestado entusiasmo, otros no. Bastaría considerar que el Motu Proprio no ha caído del cielo, sino que es fruto de un largo camino.

- Entonces, pr qué algunos obispos y muchos sacerdotes no lo aceptan?
- Se necessita preguntarselo a ellos. Personalmente, creo que el problema sea de naturaleza general. Hoy, en todos los campos de la sociedad, se ha perdido el SENTIDO DE LA OBEDIENCIA Y EL RESPETO DE LA AUTORIDAD. Como se dice, muy pocos son de veras capaces de obedecer.

- Pero el Rito Tridentino de San Pío V, caracterizado por la belleza liturgica y la espiritualidad, no ha sido nunca abolido por la Iglesia...
- Absolutamente no, el Concilio Vaticano II no ha cancelado nunca el misal anterior. Sostengo que el Papa Benedicto XVI ha hecho bien al liberalizarlo, valorizando así un patrimonio y una joya de la Iglesia. No quiero hacer una comparación entre la Misa de Papa Paulo VI y la anterior, no sería justo. Pero no es historicamente sensato querer cancelar el valor de la tradición.

- Y en relación a los abusos liturgicos, definidos "al limite de lo soportable" por el mismo Benedicto XVI en el Motu Proprio Summorum Pontificum, cada vez son mayores...
- No me lo diga. Y nadie puede eliminarlos, precisamente porque, como lo he dicho, no existe el sentido del respeto de la autoridad. La liturgia no puede ser impuesta, pero me parece justo afirmar que después del Concilio Vaticano II, y con esto obviamente no quiero emitir ninguma sentencia condenatoria, la Misa algunas veces se ha transformado en algo emociaonal, como si su verdadero valor como sacrificio y don fueran dejados aparte. Se había pensado que el nuevo fuese mejor, que el nuevo es siempre mejor. Así pasa también en la vida de todos a diario, los zapatos nuevos son considerados mejor que los viejos...

- Por último, una aclaración: Los fieles en comunión con el Papa y la Iglesia de Roma, pueden asitir a la Misa Tridentina de la Fraternidad Sacedotal de San Pío X, o incurren en excumunión?
- No estan absolutamente excomulgados aquellos que assistan a una Misa de la Fraternidad Sacerdotal de San Pío X. La liturgia es valida, aunque ellos sean considerados cismaticos. Aún más, es válida para los Católicos tambien la liturgia de los Ortodoxos.

"Hoy, en todos los campos de la sociedad, se ha perdido el SENTIDO DE LA OBEDIENCIA Y EL RESPETO DE LA AUTORIDAD. Como se dice, muy pocos son de veras capaces de obedecer. "

Saudades da ditadura?
Se não é, parece.

Conhecem a história do casal que assistia ao juramento de bandeira do filho e em que a mãe dizia para o pai: já reparaste que no meio destes soldados todos só o nosso filho é que vai com o passo certo?

Se o Papa está contra os bispos em conjunto, talvez o problema não seja dos bispos.

pontosvista

"O rito tridentino nunca foi abrogado" e a Igreja é Apostólica, por isso...

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Caro Vitor

Confesso que não gostei do tom do teu texto.

O Patriarca não desobedeceu ao Papa. Apenas deu indicações aos Padres para estarem alerta para os pedidos.

Se um grupo não aceita o concilio eu acho que não deve ter o direito a aceder a uma Missa do Motu Propio.

O mnal do Patriarca é que parte do principio que todos os dfensores da Missa Tridentina são anti-concilio.

Essa é a grande falha do aciocinio do Patriarca. Mas que com o tempo irá perceber que não é assim.

As coisas estão em andamento e todos os que se sentem dentro da Igreja e pretedem ter acesso à Missa Tridentina terão essa possibilidade.

Cristina

Citação:

cristina dinis saraiva
O mnal do Patriarca é que parte do principio que todos os dfensores da Missa Tridentina são anti-concilio.

De tudo o que li sobre o assunto aqui e fora deste espaço, nada me leva a tirar tal conclusão.
Este é o velho problema de colocar nas palavras dos outras as intenções que nos agradam/desagradam por causa das ideologias que seguimos.
O modo como criticamos diz mais sobre nós do que sobre os outros.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Lena

Estás enganada. O Cardeal Patriarca já afirmou aos seus colaboradores que tinha duvidas se em Lisboa existiria algum grupo que procurasse a Missa Tridentina e que não fosse anti-concilio.

Cristina

O modo como criticamos diz mais sobre nós do que sobre os outros.[/quote]
Dá que pensar

Lá está, Cristina, o que eu disse.
Desde quando mostrar dúvida e algum grau de cepticismo é o mesmo que ter uma ideia pré-feita?
Não será antes um sinal de prudência de quem não vai em modas por ver andar os outros?
Até S. Tomé duvidava e não foi menos santo por isso.


Aliás ele faz muito bem em ser prudente nesta questão, pois como vimos há quem queira ver nisto uma vitória anti-concíliar. Até já cantam de galo.... taditos... sinal que não entenderam patavina,

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.



Editado 2 vezes. Última edição em 16/10/2007 19:23 por Lena.

Lá está Lena.

Pode não ter a ideia pré-feita mas parte do principio que.

Uma coisa é ter uma ideia pré-feita outra é partir do principio.

A Carta do Senhor Patriarca dá abertura e isso é bem (eu nem achei a carta má).

Mas utiliza um tom algo "proibitivo" que não era desnecessário e intimida.

Eu pessoalmente conheço uma situação concreta de um jovem Padre de Lisboa que estava entusiasmado e, no espirito do documento Papal, e pretendia aprender a Missa Tridenina.

Com a carta do Senhor Patriarca ficou inibido e com receio.

E foi o tom e não tanto o conteudo que eu critico.

Cristina

Citação:

cristina dinis saraiva

Pode não ter a ideia pré-feita mas parte do principio que.

Uma coisa é ter uma ideia pré-feita outra é partir do principio.

Bem, não vamos agora aqui discutir nem Português nem Filosofia...mas não concordo contigo.
Uma coisa é dizer "partindo do principio que tal(o) e couves", num exercício de criar possíveis cenários. Outra coisa bem diferente é dizer-se "que se parte de um princípio". Este princípio é uma ideia pré-feita restrita e redutora e não um abrir um leque de possibilidades.

Quando falas que ele parte do princípio que todos os simpatizantes da Missa Tridentna são anti-concilio, estás a afirmar que é essa a opinião dele, aquilo que ele considera mais certo que sem dúvida e daí ter escrito a tal carta.
Não vejo na dita carta nada desse estilo.
Aqui está ela para relembrar.
[www.patriarcado-lisboa.pt]

Citação:

cristina dinis saraiva
A Carta do Senhor Patriarca dá abertura e isso é bem (eu nem achei a carta má).

Mas utiliza um tom algo "proibitivo" que não era desnecessário e intimida.

Eu pessoalmente conheço uma situação concreta de um jovem Padre de Lisboa que estava entusiasmado e, no espirito do documento Papal, e pretendia aprender a Missa Tridenina.

Com a carta do Senhor Patriarca ficou inibido e com receio.

E foi o tom e não tanto o conteudo que eu critico.

Cristina

Ora bem... tom proibitivo...
A carta é um longo repetir de ter cuidado com as intenções dos interessados, tudo a bem dos fieis. Tá lá bem escrito isso.
Proibições?!?
1- Fica proibida qualquer tentativa de alterações dos espaços, sobretudo do altar e do presbitério, por causa da possibilidade de celebrar o ritual de 1962, que aliás já previa a celebração “versus populum”.

É a única e tem toda a razão de ser.
O resto é a pedir cuidado, prudência, para evitar precipitações. Desde quando isto é errado e ameaçador?

Esse padre, que não conheço, possivelmente foi dos tais todos entusiasmados já prontinhos para se meter em que algo para o qual não está preparado.
Ora a coisa é para ser bem feita e não toda às 3 pancadas... remendos é palhaçada e não traria nada de bom, seria um numero pitoresco de folclore local.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Ola a todos

Voltamos ao mesmo, se o Papa não faz é um "contra tradição" se ele faz agora sim temos um Papa ao nosso estilo.
É bom não esquecer que foram os tradicionalistas que se afastaram da doutrina conciliar...

Cumprimentos

Sérgio Lopes

Caro Lopes Sergio

Nunca percebi o que é isso da doutrina Conciliar.

O que é a Doutrina Conciliar.

O que conheço é a doutrina da Santa Igreja Católica Apostolica Romana.

O problema esse mesmo.


Cristina

Ola a todos

Doutrina conciliar é mensagem deixada pelos Concilios, a Igreja em Concilio é capaz de fazer doutrina. Dos Concilio surgiram os dogmas e as formas de actuar da Igreja, como seria natural do Concilio Vaticano II surgiram muitos documentos que veem actualizar quer o modos operandi da Igreja quer completar a doutrina da Tradição da Igreja.

Cumprimentos

Sérgio Lopes

É conveniente lembrar que o Concílio Vaticano II não foi considerado infalível. O que não quer dizer que tenha menos valor. No entanto, não faz doutrina.

[se estiver errado, façam o favor de me corrigir]

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

É conveniente lembrar que o Concílio Vaticano II não foi considerado infalível.

O que faz este ou aquele concílio mais ou menos falível que os outros?

Em comunhão

Penso eu ser uma deliberação dos Padres Conciliares.

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

A Humildade é uma virtude que emparelha lindamente com a Liberdade. As duas juntas fazem maravilha.

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Às vezes, o Papa é como o Presidente da República. Cada um interpreta o que ele diz conforme lhe dá jeito. É o relativismo da interpretação. :) É pena, porque mesmo discordando dele nalgumas coisas, reconheço que ele tem outras muito interessantes a dizer.

Lopes Sergio

O Papa já veio esclarecer que o Concilio Vaticano II não consagrou qualquer ruptura com a tradição da Igreja.

Não há uma Igreja pre-conciliar e uma Igreja pos conciliar.

Sectores progressistas dentro da Igreja procuram encontrar pontos de oposição e de ruptura mas eles não existem.

Finalmente o concilio Vaticano II não definiu qualquer dogma e foi essencialmente aquilo que se chama um concilio pastoral.

Não que estas realidades retirem qualquer importancia ao concilio Vaticano II.

Foi um concilio extremamente importante mas, tal como os outros deve ser interpretado à luz da época.

O perigo é que alguns exageram na importancia do concilio como se a historia da Igreja terminasse no mesmo.

Podemos mesmo afirmar que muitos dos "alegados" defensores do "espirito do concilio" correm o risco de ficar agarrados ao passado.

As oposições desporprocionadas que apresentam à celebração de uma forma extraordinária do rito romano é em certos casos preocupantes. Assistimos a ataques desproporcionados ao Motu Proprio do Papa que são preocupantes.

A História não pára e os que há 30 ou 40 anos pareciam os mais progressistas hoje sã os mais conservadores. Agarrando-se como lapas ao alegado "espitito do concilio".

Há mais Igreja para lá do Concilio.


Cristina