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CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 23 de August de 2007 18:52

CATECISMO
DA IGREJA CATÓLICA (132)


A EUCARISTIA E O CORPO MÍSTICO ...
Diz o Catecismo da Igreja Católica :


1396 . - A Unidade do Cospo Místico: a Eucaristia faz a Igreja. Os que recebem a Eucaristia estão mais intimamente unidos a Cristo. Por ela, Cristo une todos os fiéis num só Corpo : a Igreja. A Comunhão renova, fortalece e aprofunda esta incorporação à Igreja já realizada pelo Baptismo. No Baptismo fomos chamados a formar um só Corpo. A Eucaristia realiza este apelo : "Não é o cálice da bênção, que nós abençoamos, uma comunhão com o Sangue de Cristo? Não é o pão que nós partimos uma comunhão com o Corpo de Cristo? Uma vez que existe um só pão, nós, que somos muitos, formamos um só corpo, visto participarmos desse único pão".(1 Cor.10,16-17)..

Num plano horizontal, nós devemos considerar a Comunhão com os nossos irmãos, isto é, com a Igreja-Corpo Místico de Cristo, como nos lembra S. Paulo, citado neste número do Catecismo. :

A palavra "corpo" aparece duas vezes, a primeira para designar o Corpo Real de Cristo e a segunda, o seu Corpo Místico, a Igreja.

Não se podia exprimir mais simplesmente e mais claramente que a Comunhão Eucarística é ao mesmo tempo uma Comunhão com Deus e uma comunhão de uns com os outros.

O Corpo Místico de Cristo, a Igreja, foi formado na imagem do pão eucarístico, o qual completa a unidade dos seus membros significando-a.

"Os fiéis, incorporados na Igreja pelo Baptismo, pela participação no sacrifício eucarístico de Cristo, fonte e centro de toda a vida cristã, oferecem a Deus a vítima divina e a si mesmos juntamente com ela".(LG,11).

Por outras palavras, o que o pão e o vinho visivelmente simbolizam - através da unidade dos grãos de trigo e da multiplicidade das uvas - completa-se o sacramento a um nível interior e espiritual.

Isto acontece, não automaticamente, mas sim com a nossa comparticipação e, portanto, cada um de nós não pode receber a Sagrada Comunhão sem nos sentirmos em íntima união com todos os nossos irmãos.

Quem pretender fazer uma boa Comunhão sacramental, de união a Cristo, estando separado ou dividido de algum dos seus irmãos, sem lhe pedir perdão ou ter a intenção de o fazer, não pode estar em boas relações com o Corpo de Cristo porque o não está também com o seu Corpo Místico, a Igreja

O Corpo de Cristo que eu recebo na Sagrada Comunhão, é o mesmo Cristo indivisível que recebe a pessoa que está ao meu lado; Ele une-nos um ao outro enquanto nos une a Si mesmo.

Era esta a realidade dos primeiros cristãos como o atesta o Livro dos Actos dos Apóstolos :

- "Eram assíduos, ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fracção do pão, e às orações".(Act.2,42).

Parece um paradoxo falar na unidade e no partir do pão, mas a verdade é que este partir do pão significa "partilhar o pão" que o mesmo é dizer "comer do mesmo pão".

Quando o ministro nos dá a Comunhão, diz "O Corpo de Cristo", a que nós respondemos "Amen", para significar "Sede bem-vindo".

Nós dizemos Amen ao Santíssimo Corpo de Cristo, nascido da Virgem Maria que morreu e ressuscitou por nós, mas também dizemos Amen ao seu Corpo Místico, a Igreja, isto é a todos aqueles que connosco se aproximam da mesma mesa.

Não podemos separar os dois "Corpos" e receber um sem receber o outro.

Talvez seja simples dizer "Amem" mas não será tão simples, pensar que sejam "bem-vindos" alguns dos nossos irmãos com quem temos alguns problemas e ficar indiferentes ao pensar em todos aqueles que sofrem ou a quem nós fizemos sofrer.

Quando nós queremos uma Comunhão mais íntima com Cristo, ou necessitamos d'Ele alguma graça especial o melhor meio de o fazer é dizer : "Sede bem-vindo (Amen) juntamento com algum irmão ou irmã em particular...

Esta atitude será agradável a Jesus, porque ele morreu e ressuscitou por todos, e deixou-nos o seu "Corpo Total" para o alimento e santificação de todos.

Um dos Frutos da Eucaristia é que a Eucaristia faz a Igreja, como nos diz o Catecismo da Igreja Católica.

E Santo Agostinho escreveu :

"Se sois o Corpo de Cristo e seus membros, é o vosso sacramento que está colocado sobre a mesa do Senhor; vós recebeis o vosso sacramento. Vós respondeis «Amen» («sim, é verdade!») àquilo que recebeis e dais o vosso assentimento ao responder. Tu ouves esta palavra : «O Corpo de Cristo» - e respondes : «Amen». Então, sê um membro de Cristo, para que o teu «Amen» seja verdade".(Ser.277).

A Encíclica Ecclesia de Eucharistia de João Paulo II diz :

«O Concílio Vaticano II ensina que a celebração da Eucaristia é o centro do processo do crescimento da Igreja.

No pão do sacramento da Eucaristia, a unidade dos fiéis que forma um corpo em Cristo é simultaneamente expresso e realizado.

Pela participação no sacrifício eucarístico cada um de nós recebe Cristo e Cristo recebe cada um de nós.

A partir da perpetuação do sacrifício da cruz e da sua comunhão no Corpo e Sangue de Cristo na Eucaristia a Igreja obtém o poder espiritual necessário para o cumprimento da sua missão.

As sementes da desunião profundamente enraizadas na humanidade devido ao pecado, são contrariadas pelo poder unificador do Corpo de Cristo.

O culto da Eucaristia fora da Missa é de inestimável valor para a vida da Igreja.

Como é que nós não podemos sentir uma renovada necessidade de empregar tempo numa conversão espiritual, numa adoração silenciosa, num sincero amor a Cristo presente no Santíssimo Sacramento

Quantas vezes, amados irmãos e irmãs, eu tenho sentido esta experiência e obtido dela força, consolação e apoio».(Nº 21-25).

Se a Eucaristia faz a Igreja e os cristãos não obtêm uma renovação espiritual nas sua vidas da sua participação na Missa e da comunhão do Corpo e Sangue de Cristo, alguma coisa está errada, e a Igreja a que eles pertencem e que eles fazem, não é a verdadeira Igreja fundada por Cristo e vivificada pela Eucaristia.

Tema eucarístico óptimo para uma profunda reflexão de cada vez que participamos na Santa Missa e comungamos, para um programa de vida nova, renovada pela Eucaristia.

Re: CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 25 de August de 2007 23:06

ASPECTO SOCIAL DA ADORAÇÃO DA EUCARISTIA (11)


(11) . - Qual é o aspecto social da Adoração da Eucaristia?


"A devoção da Divina Eucaristia exerce uma grande influência na alma no sentido de alimentar o amor social" no qual nós pomos o Bem comum acima dos bens privados, defende as causas da comunidade, da paróquia, da Igreja Universal, e estende a nossa caridade a todo o mundo porque nós sabemos que somos membros de Cristo em toda a parte...

Este zelo e devoção a Deus para bem da unidade da Igreja é qualquer coisa que todos os religiosos consagrados, homens e mulheres, deviam ter em conta de modo especial, uma vez que eles são chamados de modo especial à adoração do SS. Sacramento, por virtude dos seus votos".(Mysterium Fidei,69-71).

A Eucaristia aparece-nos como um centro e como um Sol, não só de toda a Igreja, mas também de toda a humanidade e de todo o universo inanimado.

A única diferença é esta : A Igreja tem Jesus Cristo no centro e ela sabe isso; o Universo tem Jesus Cristo também no centro mas ele não sabe isso.

A relação Eucaristia-Igreja, como estamos agora a considerar, não é uma relação estática, mas dinâmica e activa.

Por isso não é suficiente dizer que a Eucaristia está no centro da Igreja, porque, actualmente, a Eucaristia faz a Igreja !

Edifica-a a partir de dentro e elabora-a à sua volta como uma manto.

É costume dizer que dois sacramentos em especial "edificam" a Igreja : O Baptismo e a Eucaristia.

Mas, enquanto o Baptismo faz a Igreja crescer quantitivamente, no que diz respeito ao número de membros, a Eucaristia faz a Igreja crescer qualitativamente, em valor ou poder, na medida em que a transforma cada vez mais profundamente na Imagem de Cristo, sua Cabeça.

- "O Reino dos Céus é semelhante ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até que tudo esteja fermentado".(Mt.13,33).

Também a Eucaristia é como um fermento; Jesus colocou-a na massa do alimento, a Sua Igreja, de modo que ela deverá "levedar" para fazer com que o fermento se torne em "Pão", como ele é.

Se a Igreja é o fermento do mundo, a Eucaristia é o fermento da Igreja.

De várias maneiras ou em várias etapas a Eucaristia "edifica" a Igreja, transforma-a em Cristo, pela consagração, pela comunhão, pela contemplação e pela imitação.

A Eucaristia sem a Igreja não pode existir. A Igreja sem a Eucaristia, fica mais pobre; nós que somos membros do Corpo Místico de Cristo, fazemos a Igreja pela Eucaristia que se renova infinitamente sobre o Altar para nosso alimento espiritual.

Um dos Frutos da Eucaristia é que a Eucaristia faz a Igreja, como nos diz o Catecismo da Igreja Católica :

1396. - ...A Eucaristia faz a Igreja. Os que recebem a Eucaristia estão mais intimamente unidos a Cristo. Por ela Cristo une todos os fiéis num só Corpo : a Igreja. A Comunhão renova, fortalece e aprofunda esta incorporação à Igreja já realizada pelo Baptismo. No Baptismo fomos chamados a formar um só Corpo. A Eucaristia realiza este apelo : «Não é o cálice da bênção, que nós abençoamos, uma comunhão com o Sangue de Cristo ? Não é o pão que nós partimos uma comunhão com o Corpo de Cristo ? Uma vez que existe um só pão, nós, que somos muitos, formamos um só corpo, visto participarmos todos desse único pão»(1 Co.10,16-17).

A Encíclica Ecclesia de Eucharistia de João Paulo II diz :

-«O Concílio Vaticano II ensina que a celebração da Eucaristia é o centro do processo do crescimento da Igreja.

No pão do sacramento da Eucaristia, a unidade dos fiéis que forma um corpo em Cristo é simultaneamente expresso e realizado.

Pela participação no sacrifício eucarístico cada um de nós recebe Cristo e Cristo recebe cada um de nós.

A partir da perpetuação do sacrifício da cruz e da sua comunhão no Corpo e Sangue de Cristo na Eucaristia a Igreja obtém o poder espiritual necessário para o cumprimento da sua missão".

Se a Eucaristia faz a Igreja e os cristãos não obtêm uma renovação espiritual nas sua vidas da sua participação na Missa e da comunhão do Corpo e Sangue de Cristo, alguma coisa está errada, e a Igreja a que eles pertencem e que eles fazem, não é a verdadeira Igreja fundada por Cristo e vivificada pela Eucaristia.

E é neste sentido que podemos compreender e afirmar que a adoração da Eucaristia tem um profundo aspecto Social.

Re: CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 26 de August de 2007 16:52

TODOS TEMOS UMA DÍVIDA DE AMOR !


Aos olhos de Deus

todos somos pobres,

porque temos uma divida de amor

que, por não ter preço

A não podemos pagar



No entardecer da nossa vida

não é pelo sucesso,

pelos bens acumulados,

ou pelas capacidades desenvolvidas

que seremos julgados,

Mas tão só pelo amor.



Jesus confronta-nos com essa dívida

quando se identifica

com o mais pobres dos pobres:

a começar pelos sem abrigo,

pelos desafortunados

E pelos sem carinho.



Ele não teve na hospedaria

um lugar digno para nascer,

nem lugar onde reclinar a cabeça

quando entrou na vida pública,

e, injustamente, pelos condenados

Ele morreu humilhado numa cruz.



Este drama humano da pobreza

não se pode compreender

se não tivermos em conta

o universo da ressurreição,

a que nós todos temos acesso,

Porque Cristo morreu por todos.



Mas ninguém diga

que estamos a cair de novo

na religião há muito utilizada

como ópio daqueles

que nunca chegam a conhecer

A felicidade neste mundo.



Porque o universo da ressurreição

Nos toca já neste mundo,

quando nos faz usar de misericórdia

para com qualquer das formas

da triste pobreza

Em que podermos partilhar.



Quando estendemos a mão a um pobre

ou quando assumimos diante de Deus

a nossa própria pobreza,

estamos a actualizar e a reviver

a parábola da ovelha perdida

E a solicitude do Bom Pastor.



Talvez que até a nossa pobreza

ou a falta de generosidade

para com os que são pobres

constitua para nós

aquela porta estreita

pla qual não podemos

Ou não quermos passar.



Finalmente

é por essa solicitude misericordiosa

que todos nos temos de tornar

sinal e sacramento,

assumindo com generosidade

a dívida de amor

Que gostaríamos de pagar.



(Correio de amigos"

Re: CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 06 de September de 2007 17:38

CATECISMO
DA IGREJA CATÓLICA ! (134)
**********

A EUCARISTIA PENHOR DA GLÓRIA FUTURA !...

Diz o Catecismo da Igreja Católica :

1402 . – Numa antiga oração, a Igreja aclama assim o mistério da Eucaristia : «Ó sagrado banquete, em que se recebe Cristo e se comemora a sua Paixão; a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da futura glória» Se a Eucaristia é memorial da Páscoa do Senhor, se pela nossa comunhão no altar nós somos cumulados da plenitude «das bênçãos e graças do Céu» (MR, Cânone Romano 96 : «Suplices Te rogamus»), a Eucaristia é também a antecipação da glória celeste. Na continuação dos Frutos da Missa, temos que reflectir no que ela deve significar para nós em ordem à Vida Eterna, pois que a renovação perpétua e incruenta do Mistério do Calvário, se celebra em cada Missa para nos convidar e ajudar a alcançá-la.

Eis o que diz ainda o Catecismo da Igreja Católica, sobre a Eucaristia como «Penhor da glória futura» :

1403. – Na Última Ceia, o próprio Senhor chamou a atenção dos seus discípulos para o cumprimento da Páscoa no Reino de Deus: «Eu vos digo que não beberei mais deste fruto da videira, até ao dia em que beberei convosco o vinho no Reino de meu Pai»(Mt.26,29). Sempre que a Igreja celebra a Eucaristia, lembra-se desta promessa, e o seu olhar volta-se para «Aquele que vem»(Ap.1,4). Na sua oração, ela clama pela sua vinda : «Maranatha»(1 Cor.16,22, «Vem, Senhor Jesus !» (Ap.22,20), «que a Tua graça venha e que este mundo passe!» (Didaké 10,6).

Jesus está no meio de nós, na Eucaristia, de maneira velada.

E é por isso que nós celebramos a Eucaristia «enquanto esperamos a vinda gloriosa de Jesus Cristo, nosso Salvador» (Embolismo depois do Pai Nosso), pedindo a graça «de ser acolhidos com bondade no vosso Reino»...onde «se realiza a obra da nossa redenção»(LG 3) e nós «partimos o mesmo pão, que é remédio de imortalidade».

Esta é doutrina da Igreja, proclamada através do Catecismo da Igreja Católica, em ordem à Vida Eterna do ser humano, pela participação activa e completa na Missa.

Contra certas doutrinas menos ortodoxas de algumas facções religiosas, não basta que Cristo se tenha imolado no Calvário uma vez por todas, mas é necessário, como diz S. Paulo, «completar em nós o que falta à paixão de Cristo», e isso podemos fazê-lo especialmente através da nossa participação activa na celebração da Eucaristia, sempre que nos for possível e, obrigatoriamente, nos Domingos e dias de Festas de Preceito, mas devemos fazê-lo em estado de graça para podermos usufruir o mais possível dos Frutos da Missa.

Presentemente, em toda a Igreja Católica a celebração da Eucaristia processa-se assim :

Com Cristo para o Pai. Sobre o altar, Jesus, que esteve presente na assembleia, no sacerdote e na Liturgia da Palavra, irá ficar presente sob as espécies do pão e do vinho.

A nossa oferta. O pão e o vinho são frutos da terra, que Deus confiou ao homem, com todas as suas riquezas.

Oferecendo-os ao Senhor é a nós mesmos, é a nossa vida inteira que oferecemos ao Pai.

Se toda a nossa actividade física, moral e espiritual não tem como fim a posse da Vida eterna, andamos por caminhos errados e tornamos errada toda a nossa vida.

Afinal, de que serve ao homem possuir todo o mundo se perder a sua alma por toda a eternidade.

O Magistério da Igreja Católica tem as suas leis, ditadas pela Revelação e pela Tradição e dispõe do tesouro de todos méritos ganhos por Cristo e pelos Santos, que nos permitem, se forem bem cumpridas, caminhar seguramente para a Vida Eterna, em cumprimento da História da Salvação.

Nisso consiste o Penhor da Glória Futura.



"Correio de amigos"

Re: CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 08 de September de 2007 15:26

ANA E JOAQUIM (Pais de Maria)



Não consta dos Livros canónicos, mas apenas dos Livros Apócrifos que não são reconhecidos pela Igreja como canónicos e, portanto, não constam da Bíblia católica.

Mas sendo eles dos primeiros séculos da Igreja, reflectem-lhes tradições e pensamentos.

Alguns dos seus relatos, na aparência apenas fantasiosos, revelam todavia, a um exame profundo, significados importantes e precisas motivações doutrinais.

No século XVI foi descoberto no Oriente um texto a que foi dado muito crédito e, portanto, recebido com entusiasmo, nessa data, como sendo o Protoevangelho de Tiago.

Mais tarde não se acreditou na sua autenticidade, por parecer que era demasiado católico.

Mas, em 1958, com a publicação do papiro catalogado como Bodmer V, resultou que o texto descoberto em 1500 era realmente antigo, mas já fora conhecido de S. Justino, (martirizado em 165) e por outros escritores cristãos da época.

Só o que não estava certo era o título que se julgava ser Protoevangelho de Tiago quando afinal era o de Natividade de Maria.

Ora consta desse escrito Apócrifo que as ofertas de Joaquim no Templo não eram aceites por ele não ter descendência em Israel.

Joaquim entristeceu-se e retirou-se para o deserto para orar e jejuar.

Ao fim de algum tempo um anjo disse a Joaquim :

- "O Senhor escutou a tua insistente oração. Desce daqui, Ana, tua mulher conceberá no seu ventre."

Por seu lado Ana, erguia duas lamentações e prorrompia em dois prantos, dizendo :

-"Chorarei a minha viuvez e lamentarei a minha esterilidade".

Olhando fixamente para o céu viu no loureiro um ninho de pássaros e compôs para si esta lamentação :

- “Ai de mim!

A quem me assemelho eu afinal ?

Não me assemelho às aves do céu,

Pois as aves do céu são fecundas diante de Ti, Senhor!

Ai de mim !

A quem me assemelho eu, afinal ?

Não me assemelho aos animais terrestres

Pois também os animais terrestres

São fecundos diante de Ti, Senhor.

Ai de mim l

A quem me assemelho eu, afinal ?

Não me assemelho a estas águas

Pois estas águas

São fecundas diante de Ti, Senhor.

Ai de mim !

A quem me assemelho eu, afinal” ?...

Mas eis que o Senhor atendeu as suas preces : nasceu-lhe uma filhinha e ela chamou-lhe Maria, e depois consagrou-a ao Senhor».



Esta é a história de Joaquim e Ana, contada pelos Livros Apócrifos.

Segundo algumas opiniões, colhidas na Internet, Ana era filha de Mathan, um sacerdote que vivia em Belém, e tinha outras duas irmãs, Sobe que foi mãe de Santa Isabel e Maria, mãe de Salomé, daí os parentescos de Maria, mãe de Jesus, com Santa Isabel e com Salomé.


A festa de Santa Ana é em 26 de Julho.

" Correio de amigos"

Re: CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 06 de October de 2007 15:59

Quantos os católicos chamados intelectuais conhecem, porque leram, o catecismo da Igreja Católica ?

Não estou a menosprezar ninguém mas considero que há pessoas que não têm o hábito da leitura. Ainda há , também, quem não saiba ler...infelizmente...nem tenha acesso aos livros.

Foi por isso que restringi a pergunta ao universo dos intelectuais católicos.

Gostaria também de aumentar o universo: quantos são aqueles que falam com todo o à vontade de religião católica e leram o catecismo? Nomeadamente jornalistas, comentadores de religião, responsáveis...

Re: CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 14 de October de 2007 19:01

REGULAMENTO DA EXPOSIÇÃO PERPÉTUA(18)





(18) . – Quem regula a prática da Exposição Perpétua ?



O Bispo de cada Diocese é que tem a responsabilidade da regulamentação da Exposição Perpétua do SS. Sacramento.

Ele determina quando isso é possível e estabelece o respectivo regulamento.

Falando, no 45º Congresso Eucarístico, realizado em Sevilha – Espanha, em Junho de 1993, o Papa João Paulo II expressou a sua esperança de que “em todas as Paróquias e comunidades Religiosas fosse estabelecida alguma forma de Adoração do SS. Sacramento”.

Portanto, no que diz respeito à Adoração Perpétua do SS. Sacramento, a regulamentação fica sob a responsabilidade e à discrição do bispo diocesano.



Adoração do SS. Sacramento. Nos primeiros séculos da existência da Igreja, os Cristãos consideravam a Eucaristia como um Sacrifício.

Eles não tinham outras devoções que manifestassem exteriormente a sua fé na presença real de Cristo no Pão consagrado usado como sacrifício.

Mas sempre acreditaram que os elementos consagrados do pão e do vinho continham a Presença Real de Cristo.

Assim :

* Levavam a comunhão aos doentes que não podiam estar presentes na Missa.

* Os Eremitas, que não podiam estar presentes na Missa, também tinham a permissão de possuir consigo o Pão consagrado e assim podiam comungar.

* As religiosas, ainda hoje, em retiro solitário depois das profissões, também têm a permissão de guardar a Eucaristia com a mesma finalidade.

* Na chamada Missa dos Pré-santifícados de Sexta-Feira Santa, como não há celebração, a comunhão é dada com as hóstias consagradas na véspera.

* Depois do século X o SS. Sacramento começou a ficar de "Reserva" nos Sacrários, em atenção aos doentes e também para se poder dar a comunhão fora da Missa.

Todavia a Adoração do SS. Sacramento, tal como a temos ainda hoje, tornou-se popular como reacção contra certos grupos de Protestantes que negavam a Presença Real de Cristo no Pão consagrado.

Como actos de Adoração ao SS. Sacramento, temos, portanto :

* - A Exposição e Bênção do SS. Sacramento, que se faz apenas durante alguns curtos espaços de tempo.

* A Hora Santa, que é costume fazer publicamente diante do SS. Sacramento exposto durante uma hora, normalmente na devoção das Primeiras Sextas-Feiras.

* - A Adoração das Quarenta Horas. Começou esta devoção no século XVI e tem por fim uma Adoração de desagravo que em muitos casos funciona também de maneira interparoquial, por tempo determinado.

Esta devoção foi permitida e consta do Direito Canónico Con.942.

* A Adoração Perpétua.(Laus Perene). Assim se chama, quando o SS. Sacramento está permanentemente exposto para a Adoração dos fiéis em circunstâncias em que se pode garantir que haja permanentemente alguém que faça Adoração.

Acontece normalmente nas Casas Religiosas, mas já há também um movimento de Adoração Perpétua interparoquial ou interdiocesano em que determinadas freguesias se comprometem a fazer por grupos a sua Adoração todos os meses no mesmo dia, durante 24 horas.

Durante o Ano da Eucaristia celebrado recentemente, por toda a parte têm aparecido práticas de Adoração ao SS. Sacramento que é preciso começar por compreender para se poderem praticar eficazmente.



"Correio de Amigos"

Re: CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 19 de October de 2007 14:26

O senhor que me manda este correio era padre e casou...mas ele nao se cansa de evangelizar, como podem ver...Espero que ele nao passe por aqui;-)



A PENITÊNCIA E A JUSTIFICAÇÃO ! Diz o Catecismo da Igreja Católica :

1446 . – Cristo instituiu o Sacramento da Penitência para todos os membros pecadores da sua Igreja, antes de mais para aqueles que, depois do Baptismo, caíram em pecado grave e assim perderam a graça baptismal e feriram a comunhão eclesial. É a eles que o sacramento da Penitência oferece uma nova possibildade de se converterem e reencontrarem a graça da justificação. Os Padres da Igreja apresentam este sacramento como a “segunda tábua (de salvação), depois do naufrágio que é a perda da graça”(Tertuliano, Paen.4,2).



A Justificação é o processo pelo qual o pecador se torna reabilitado, puro e santo perante Deus.

Primária e simplesmente a Justificação, no conceito teológico cristão é a posse da graça santificante.

Todavia antes desta posse se completar, é necessário o Baptismo, o qual supõe a fé e a aceitação das consequências dessa mesma fé.

Assim o disse o Concílio de Trento :

- A fé é o princípio da salvação do homem, o fundamento e a raiz de toda a Justificação; sem ela (a fé) é impossível agradar a Deus e obter a amizade de Deus com os Seus filhos. (Ses.III-8).

Na Tradição Católica a Justificação considera-se como vinda da fé em Cristo e das boas obras da vida, vivida em resposta ao convite de Deus para crer.

Contra a doutrina clássica de Lutero, a Fé Católica mantém que a fé sem obras não é suficiente para obter o mérito da Justificação, porque as boas obras mostram o nosso desejo de cooperar com as iniciativas da graça.

A doutrina Católica rejeita qualquer noção de que a Justificação nos venha por um simples acto interior ou uma disposição íntima, mas também objecta que seja uma mera acção praticada sem uma disposição interior de fé, esperança e caridade.

O que é necessário para a salvação é a fé que se manifesta por actos exteriores que significam a fé interior.

Desde que uma pessoa exista concretamente no Universo, torna-se necessário para a salvação que ocorreu objectiva e historicamente, que essa pessoa responda histórica e objectivamente a esse dom da salvação.

Uma vez que a pessoa humana é um corpo com uma alma tem que haver uma relação dialógica entre a pessoa e o mundo.

As obras são necessárias para a fé simplesmente porque elas realizam um acto pelo qual aceitam o dom da salvação que é necessário para a Justificação.

Essas obras são claramente exigidas no Novo Testamento para a união com Cristo, segundo as Suas parábolas, como a do Bom Samaritano, a do pobre Lázaro e o rico avarento, e outras.

O verdadeiro discípulo de Jesus é aquele que trabalha na vinha, o que cava a terra e o que prega a Boa Nova.

O Novo Testamento fala de Justificação em muitos sentidos, mas especialmente da Justificação pelas obras :

- “Mas a sabedoria foi justificada pelas suas obras”. (Mt.11,19).

- “Porque pelas tuas palavras serás justificado”. (Mt.12,37).

- É que, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar (Rom.4,2).

A Justificação está, portanto, intimamente relacionada com a graça, como diz noutro lugar o Catecismo da Igreja Católica

1996. - A nossa justificação vem da graça de Deus. A Graça é um favor, o socorro gratuito que Deus nos dá, a fim de respondermos ao seu chamamento para nos tomarmos filhos de Deus, filhos adoptivos, participantes da natureza divina, e da vida eterna.

Chama-se Graça habitual, também chamada "Graça Santificante", e é um Dom do Espírito Santo infundido na alma da pessoa.

A Graça Habitual dá à pessoa a constante capacidade de agir de harmonia com as exigências da fé, da esperança e da caridade.

Esta Graça permanece na pessoa até que ela cometa um pecado actual.

Todavia pode recuperar-se pelo arrependimento e a confissão sacramental.

Esta Graça introduz os hábitos da fé, da esperança e da caridade e facilita a prática das boas acções.

O ideal da vida moral é o desenvolvimento da capacidade de praticar acções exigidas pela Lei moral e pela Lei do Amor, com maior facilidade; a infusão da Graça Habitual, torna tudo isto possível.

A Graça Habitual inclui as virtudes e os dons do Espírito Santo.

Assim o afirma S. Paulo:

- “A esperança não nos deixa confundidos, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações, pelo Espirito Santo”... (Rom.5,5).

E o Concílio de Trento (1545-1563), declarou :

- Se alguém afirmar que os homens são justificados só pela imputação da justiça de Cristo ou só pela remissão dos pecados, excluindo a graça e a caridade que são difundidas nos seus corações pelo Espírito Santo e que habitam neles, ou que aquela graça pela qual são justificados, é apenas um favor de Deus, seja anátema. (Sess. Vl.c.ll).

Portanto, o sacramento da Penitência, é abslutamente necesário, fora dos casos de emergência e de impossibilidade, para se readquirir a justificação para quem cometeu algum pecado grave.



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