Olá boa tarde,

Alguém me pode informar se existe algum impedimento para os pais de uma criança que vai ser baptizada escolherem como padrinhos duas pessoas do mesmo sexo? tanto o pai como a mãe desejam escolher uma irmã sua como madrinhas da criança...

Desde já muito obrigada pela atenção.
Carolina

Carolina:

A situação não é permitida pelo Código do Direito Canónico.

Podes ver neste tópico a resposta a esta questão.

O que penso:

É muito mais enriquecedor ter um padrinho e uma madrinha (o modo como os indico dizem, claramente, que são duas pessoas de sexo diferentes)

A personalidade feminina e a personalidade masculina são diferentes... e complementam-se.

O padrinho e a madrinha desempenham a sua função, junto do afilhado, de um modo distinto. Deste modo o afilhado tem muito a ganhar.

Penso, também, Carolina, que o ser padrinho não é um direito...infelizmente parece "jogar-se" com o bem do afilhado.

O que é mais importante para o afilhado?
É essa a pergunta que te deixo.

Adeus
Maria José Ribeiro

Espero que o que escrevo a seguir seja já do seu conhecimento:

Os padrinhos são pais em Deus. Ou seja, desempenham um primeiro papel de pai espiritual, e têm como função primária a educação da criança nos valores cristãos, além do auxílio aos pais em tudo o resto.

Nos primórdios da era cristã, os padrinhos eram cristãos já iniciados e confirmados na Fé (por isso creio que os padrinhos tenham de ser crismados), que se tornavam uma ajuda parecida com a do director espiritual actual.


Acrescento só que os meus padrinhos cumpriram precisamente isto que descrevi, e sinto-me muito feliz com isso.

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Acho que a Maria fez uma pergunta pertinente: "O que é mais importante para o afilhado?"

Na minha modesta opinião acho que o mais importante é que o afilhado tenha um companheiro(a) mais velho(a) que o guie na fé, que lhe proporcione uma agradável caminhada ecuménica e que o ajude a superar as crises normais de uma vida no seio da Assembleia.

A relação entre um padrinho e um afilhado não é só um relação religiosa, mas também uma relação de Amor, de carinho e de partilha.

O código canónico restringe a possibilidade de termos dois padrinhos do mesmo sexo, mesmo que entre eles não exista uma relação intima. Não me parece que seja necessário ter dois padrinhos ou que ter dois padrinhos de sexos diferentes facilite o caminho a precorrer ou que o afilhado tenha uma vantagem sobre os que só têm um padrinho. Até porque o facto de termos elementos só de um sexo no decorrrer da nossa formação não nos prejudica, nem nos ajuda. Inclusivamente, Jesus iniciou o seu ministério e procurou rodear-se de homens. Isso exclui a mulher...? não! Jesus fez isso por uma questão cultural. Isso prova que uma educação no meio de homens é melhor do que uma educação no meio de uma comunidade mista...? não!

O importante é que o novo membro da Assembleia tenho como padrinhos elementos activos da comunidade, que o ajudem e o amem como um próprio filho.

No entanto, minha cara Carolina, terás de respeitar o código canónico. Mas o facto de só uma delas poder ser madrinha de facto, nada impede que ambas sejam na realidade suas madrinhas e que ambas ajudem o novo membro na sua caminhada. Até melhor, porque na educação e no amor toda a ajuda e participação é pouca.

Obrigado pela vossa atenção.

"palavras amáveis multiplicam os amigos, a linguagem afável atrai muitas respostas agradáveis." (Sir 6, 5)

Creio que a solução será escolher agora uma das irmãs, e mais tarde, para outro filho, a outra.

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Agradeço desde ja a todos os que responderam a minha duvida, encontro-me presentemenete em ferias, donde a falta de acentos nesta mensagem, mas tendo visto as respostas nao pude deixar de vos agradecer pelos varios esclarecimentos dados e pelas diversas abordagens a questao. Bem hajam.