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Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 19 de July de 2007 10:13

Moral da história:
Antes missas, mesmo tridentinas, que misséis.
Mas também são precisas eucaristias no alto das montanhas, debaixo de tílias, nos condomínios, nas prisões, nos campos de refugiados, nos refúgios dos leprosos etc.

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Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 19 de July de 2007 10:44

Citação:
cristina dinis saraiva
Cara Lena
Ouviste a declarações do Srº D Albino? Então sff ouve clicando no link que o Renato colocou numas das suas mensagens.

Qualquer pessoa com razoavel senso percebe que o infelizmente não é uma referencia à idade dos Padres mas sim um juizo de valor sobre a Missa Tridentina.

Depois a referencia aos romanticos e nostalgicos está colada à ideia antiga de que Missa Tridentina era apenas pedida por uns velhinhos que estavam agarrados ao antigo
´

Então não ouvi?!?! Até as transcrevi!

Qualquer pessoa de razoável senso, capaz de interpretar e de boa fé não se põe a colocar intenções na boca dos outros.

Aquilo que tens feito aqui é especulação pura.
Ainda não entendi a razão de tanta teimosia da tua parte.

Queres à força toda que D. Albino seja um bispo a abater?

Mas qual é o problema de dizer que é uma missa que atrai nostálgicos e românticos?
Diz-me.

Não é preciso ser-se velhadas para se ser nostálgico... basta ver a quantidade de miúdos de hoje que são mais conservadores que o meu avô, basta ver os jovens simpatizantes com o salazarismo.

Sempre haverá pessoas com nostalgia do passado, Umas porque o viveram e não se adaptaram aos novos tempos, outras porque não o viveram e criaram uma imagem romântica sobre o passado. O Bispo não disse mentira nenhuma.

Queres a minha opinião? Provavelmente até nem queres... mas aqui vai.

Nada contra se querem uma missa em latim, mas não me digam que é melhor, mais próxima de Deus, etc. Isso é patacoada.

As missas tridentinas apenas dão mais no olho, são quase folclóricas com aqueles gestos e fatiotas, tudo coisas perfeitamente supérfluas. São como os vestidos de noiva... mais show, mas não adicionam nada ao que verdadeiramente interessa ao casamento. Tanto cuidado com o exterior, com a imagem, que o perigo de se perder a mensagem aumenta.

Afinal o que querem? Ir a uma missa bonita embora não tenham percebido patavina?
Ou preferem uma missa em que cada palavra seja entendida e sentida?

Quantos portugueses sabem latim fluentemente? Mas pronto cada vai ao que mais gosta, é só questão de arranjar um padre que esteja para aí virado. Ninguém vos impede.
Agora já chega de se fazerem vítimas de perseguição, porque não o são. Já chega de implicar com quem não está interessado em celebrá-la.
Tanto direito têm vcs de gostar, como os outros dizerem que não querem.

Não escondo que, visto andarem tão atarefados com isto, acharia uma certa graça essas missas em latim ficarem às moscas. E na porta ao lado, uma em vernáculo estar apinhada de gente. Mas já se sabe no inicio vão ter público, o pessoal gosta de novidades, é curioso. Ao fim de uma quantas idas ao oceanário até os mais interessados não escondem um bocejo.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.



Editado 2 vezes. Última edição em 19/07/2007 10:48 por Lena.

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 19 de July de 2007 14:33

Já está a ser a aplicada a Summorum Pontificum. Vejámos:

[mailx.fe.up.pt]

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Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 19 de July de 2007 17:13

VMTH,

És capaz de explicar qual a afirmação do s7v7n que te mereceu tais reparos.

Não encontro nenhuma intervenção dele com aquilo que dizes.

João (JMA)

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 19 de July de 2007 18:29

Tilleul

Eu não vou entrar na lenga lenga "o meu movimento é maior que o teu" a aplicação do Motu Proprio em Portugal será o que os fieis quiserem.

Quanto a Padres que rezem a Missa Tridentina que sejam da FSSPX existem centenas.

Fraternidade de Pedro(www.fssp.org) , Intituto do Cristo Rei, Instituto Bom Pastor, Administração Apostolica Verney (www.adapostolica.org) e muitos mas muitos mesmos padres com indulto Eclesia Dei..

Puseste em duvida a existencia de mutos jovens nos movimentos a favor da Missa Tridentina. Recomendei-te que consultasasses os sites por exemplo da Fraternidade de S Pedro (www.fssp.org) tens lás fotos das ultimas iniciativas dos jovens. Tens por exemplo a peregrinação a Chartres de Junho passado. Vê com os teus olhos e depois diz-me qualquer coisa.

Também puseste em duvida a possibilidade de se conseguir a plena comunhão dos movimentos "Lefevreianos". Recomendei-te a orientação apostolica efectuada pelo Bispo Rifam de Campos do Brasil (podes consultá-la em www.adapostolica.org) Lê e depois aparece.

Quanto a Padres em Portugal tenho 4 identificados. Um é italiano e está em Vila Viçosa, dois estão em Lisboa e um em Coimbra.

Jovens em Portugal. Basta ver por este forum. Eu por exemplo tenho 32 anos. Considero-me uma jovem


Finalmente e porque pelos vistos pões em causa que também o Papa reza a Missa Tridentina. vou-te brindar com uma noticia do Catholic World News (www.cbnews.com)

Vatican, Jul. 16, 2007 (CWNews.com) - Pope Benedict XVI (bio - news), who recently issued a motu proprio allowing all Catholic priests to celebrate the old Latin Mass, uses the older ritual himself for his private Mass, CWN has learned.

Informed sources at the Vatican have confirmed reports that the Holy Father regularly celebrates Mass using the 1962 Roman Missal.



Cristina

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 19 de July de 2007 18:37

Lena

Tenho todo o respeito pelo Srº Dº Albino.

Mas posso, penso eu, achar infeliz, que tenha utilizado a expressão "ifelizmente" quando se estava a referir que 50% dos Padres sabem rezar a Missa Tridentina.

Tu podes interpretar que o infelizmente se trata pelo facto de sigbificar que os Padres estão numa idade avançada. Mas quem ouve não interpreta dessa forma.

Claro que ninguem vai ser obrigado a rezar a missa Tridentina (era só o que faltava) mas nós só queremos é que (i) ninguém seja proibido (ii) que nos disponibilizem as Igrejas.


O Motu Proprio faz toda a diferença.

Por exemplo

A minha irmã vai casar em Outubro. Igreja Paroquia com Padre nosso amigo disponível para rezar a Missa Tridentina.

Antes do Motu Proprio - Não se podia casar com uma Missa Tridentina
Depois do Motu Proprio - Pode casar com uma Missa Tridentina como sempre desejou.

Cristina

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: Alessandro (IP registado)
Data: 19 de July de 2007 19:07

Não estou em portugal, mas não enfrento uma situação muito diversa da reportada ai, vejam alguns artigos publicados pelo Bispo de nossa Diocése, e um de nossos Sacerdotes, em que falam da aplicação do "Motu Proprio":

Citação:
De novo a missa em latim? – D. Redovino Rizzardo
Costuma-se dizer que os extremos se tocam. Assim, como reação aos “modernistas”, que se sentem donos da celebração e acima de quaisquer normas litúrgicas, fortificam-se os “conservadores” na defesa de um ritualismo vazio e estereotipado. Não foi por nada que os antigos latinos cunharam o provérbio: “Virtus in medio: a virtude está no meio”, ou seja, no equilíbrio.

De minha parte, não vejo motivo algum para se retomar, na Igreja que presido, um rito que já teve a sua época áurea. Há assuntos bem mais urgentes com que se preocupar! E não é que estou contra o latim: o pouco de português que aprendi, veio precisamente do latim!


Citação:
O Papa e a Igreja Verdadeira - Pe. Crispim Guimarães
Mas voltando ao Papa, começo lembrando a polêmica da missa em latim, que nunca foi abolida, como não seremos obrigados a celebrá-la em Dourados.

Apologeta - Apostolado Defesa Católica

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 19 de July de 2007 19:22

Caro Alessandro,


Muito obrigado pelo link para o artigo do Bispo de Dourados.

Assim como gostei de ler o artigo do Pe Crispim Guimarães.

Gostei muito de os ler.

Ora aqui está um Bispo cuja posição reflecte aquela serenidade e seriedade que me levam a apoiar frequentemente as posições da CNBB.

João (JMA)

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 19 de July de 2007 19:30

Cristina, vc costuma citar como exemplo da Diocese de Campos no Brasil. Se possível poderia esclarecer-me algumas dúvidas?

Citação:
cristina dinis saraiva
Também puseste em duvida a possibilidade de se conseguir a plena comunhão dos movimentos "Lefevreianos". Recomendei-te a orientação apostolica efectuada pelo Bispo Rifam de Campos do Brasil (podes consultá-la em www.adapostolica.org) Lê e depois aparece.

Tenho alguns amigos católicos na Diocese de Campos e tinha, às vezes, algumas notícias de lá. O bispo participa normalmente da CNBB e mantém um relacionamento normal com o restante da igreja, embora implemente um estilo mais conservador para a diocese. Contudo, não encontrará, acho eu, da parte de lá, ataques ao concílio ou ao rito novo. Se examinar o cite notará inclusive a presença na diocese de movimentos que os grupos tradicionalistas citados no resto da sua msg normalmente abominam, o que mostra um sinal de abertura na diocese. É de notar, portanto, que o bom relacionamento com a Diocese de Campos não é sem razão e o respeito não é unilateral. Nesses casos não veria problema se gostassem de latim ou de aramaico, isso é lá com eles.

Minha pergunta é pq citou o Bispo Rifam, mas não o identifiquei, é desta diocese [www.diocesedecampos.org.br] que estamos falando?

Obrigado.

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 20 de July de 2007 09:54

Continuemos com a aplicação do Summorum Pontificum:

Omnes homines liberi aequique dignitate atque juribus nascuntur. Ratione conscientiaque praediti sunt et alii erga alios cum fraternitate se gerere debent.

O resto está aqui:
[www.unhchr.ch]

e a tradução aqui:
[www.unhchr.ch]

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Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 20 de July de 2007 10:25

Estou como o João (JMA).

Não conheço nem o bispo nem o padre, mas gostei de ler os dois artigos.

Cassima

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 20 de July de 2007 11:11

Firefox

Telegraqficamente a história dos chamados Padres de Campos pode contar-se da seguinte forma.

Nos anos 70 o Bispo de Campos era Mosenhor Castro Mayer um Bispo Conservador.

Nos anos 80 o Bispor acompanhou o Arcebispo Lefevre nas sagração de 4 Bispos e foi excomungado.

Entretanto foi nomeado um novo Bispo para Campos por Roma mas Castro Mayer e um grupo de 30 Padres continuaram fieis à Missa Tridentina e construiram novas Igrejas.

Nos anos 90 Castro Mayer morre.

Para a continuação da obra de Campos os Bispos sabgrados por Lefevre e Castro Mayer sabgram um novo Bispo Brasileiro (Monsenhor Rangel) que continua a obra em Campos.

Durante cerca de 15 anos os Padres de Campos seguiram uma linha igual à da FSSPX.

Em 2000 Roma através do Cardeal Castrillos Hoyos iniciou as conversações para a regularização da ssituações de Campos e da Fraternidade Pio X

Em 2001 houve um entendimento entre Roma e os Padres de Campos em que foi eregida uma administração apostolica autonoma na diocese de Campos.

Assim Campos tem dois Bispos o ordinário do Lugar e o Bispo da Administração Apostolica eregida.

A excomunhão que havia sido proferida sobre Monsenhor Rangel foi levantada e Roma que morreu pouco depois. Roma sagrou um novo Bispo D Fernando Areas Rifam que é hoje o admitrador apostolico.

A administração prossegue o seu apostolado em Campos com cerca de 30 padres e tem um seminarios com 25 semineraistas.

Apenas rezam a Missa Tridentina.

O caso de campos tem corrido bem e foi vista pelos Lefevrianos mais moderados como um tudo de ensaio de um futuro entendimento entre a FSSPX e Roma.

As posições dos Padres de Campos estão explanadas num documento intitulado Orientação apostolica que está disponível no site da administração apostolica "www.adapostolica.org

Cristina

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 20 de July de 2007 13:06

O site da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney é um site perfeitamente católico.

Quero com isto dizer que, ao contrário de certas intervenções que aqui lemos, não houve aqui vitórias, combates ou clandestinidades que mais fazem pensar em partidos políticos do que em reconciliação.

Num gesto de bondade e generosidade, "abrindo plenamente o seu coração", como ele mesmo se exprime, buscando a "reconciliação interna no seio da Igreja" o Papa Bento XVI, na Carta Apostólica "Summorum Pontificum", acaba de liberar para todo o mundo o uso da forma antiga do Rito Romano, também chamada Missa no rito de São Pio V ou Missa Tridentina, como forma extraordinária do único Rito Romano, ao lado da sua forma ordinária, que é a Missa no rito de Paulo VI, em vigor atualmente na Igreja. escreve o Bispo de Cedamusa

E continua: E, em termos de reconciliação e convivência, enquanto a nova forma (ordinária) da Missa se apresenta como mais participativa, a antiga forma (extraordinária) exprime mais a sacralidade e a reverência devida ao Mistério Eucarístico. Por isso, o Papa fala que "as duas formas do uso do Rito Romano podem enriquecer-se mutuamente". Assim como o antigo missal poderá se enriquecer com os novos santos e novos prefácios, "na celebração da Missa segundo o Missal de Paulo VI, poder-se-á manifestar, de maneira mais intensa do que freqüentemente tem acontecido até agora, aquela sacralidade que atrai muitos para o uso antigo.

Quanto a esta maneira de ver - que reflecte a opinião do Bispo, não a minha - nada tenho a opor. Pelo contrário. Temos perspectivas diferentes sobre as duas formas do mesmo Rito, nada mais.

João (JMA)

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 20 de July de 2007 14:52

Caro JMA

Hoje a situação dos Padres de campos está totalmente regularizada.

A situação ficou sanada em 2001 com o levantamento por JP II da excomunhão sobre o Bispo Mons Rangel que havia sido sagrado por pelos Bispos sagrados por Lefevre e Rangel.

Deixo-vos o documentos que acabou com a situação de desobedianecia:

É este o caminho que a Fraternidade de S Pio X pode e deve fazer.

Também o Bispo Rangel estava excomungado, também ele foi sagrado sem mandato Papal.

"Ao Venerável Irmão
LICÍNIO RANGEL
e aos queridos Filhos da União São João Maria Vianney
de Campos (Brasil)

A unidade da Igreja é um dom, que vem-nos do Senhor, Pastor e Cabeça do Corpo Místico, mas que, ao mesmo tempo, exige a resposta efetiva de cada um dos seus membros, acolhendo a premente oração do Redentor: "Ut omnes unum sint, sicut tu, Pater, in me et ego in te, ut et ipsi in nobís unum sint: ut mundus credat quia tu me misisti"(Jo 17,21).

Foi com a maior alegria que recebemos a vossa Carta de 15 de agosto último, com a qual a inteira União renovou a própria profissão de fé católica, declarando plena comunhão com a Cátedra de Pedro, reconhecendo "o seu Primado e governo sobre a Igreja universal, pastores e fiéis", e afirmando, igualmente: "por nada deste mundo, queremos nos dissociar da Pedra sobre a qual Jesus Cristo fundou a sua Igreja".

Tomamos nota, com vivo regozijo pastoral, do vosso propósito de colaborar com a Sé de Pedro na propagação da Fé e da Doutrina Católica, no zelo pela honra da Santa Igreja - que se ergue como «Signum in nationes» (Is 11,12) - e no combate aos que tentam destruir a Barca de Pedro, inutilmente porque «as portas do inferno não prevalecerão contra Ela». (Mt 16,18).

Damos graças ao Senhor, Uno e Trino, por tão boas disposições!

Em vista destas considerações e para a maior glória de Deus, o bem da Santa Igreja e aquela lei suprema que é a salus animarum (cf. cân. 1752 CIC), acolhendo com afeto o vosso pedido de ser recebidos na plena comunhão da Igreja Católica, reconhecemos canonicamente a vossa pertença a ela.

Ao mesmo tempo, te comunicamos, Venerável Irmão, que se encontra em fase de preparação o documento legislativo que estabelecerá a forma jurídica de reconhecimento da vossa realidade eclesial, para assegurar o respeito de vossas características peculiares.

Neste documento, a União será erigida canonicamente como Administração Apostólica, de caráter pessoal, diretamente dependente desta Sé Apostólica e com território na diocese de Campos. Tratar-se-á de uma jurisdição cumulativa com a do Ordinário do lugar. O seu governo te será confiado, Venerável Irmão, e será assegurada a tua sucessão.

Será confirmada à Administração Apostólica a faculdade de celebrar a Eucaristia e a Liturgia das Horas conforme o Rito Romano e a disciplina litúrgica codificados pelo nosso predecessor São Pio V, com as adaptações introduzidas pelos seus sucessores até o Beato João XXIII.

É, portanto, com profunda alegria que, para tornar efetiva a plena comunhão, declaramos a remissão da censura estabelecida pelo cân. 1382 CIC naquilo que te concerne, Venerável Irmão, como também a remissão de todas as censuras e a dispensa de todas as irregularidades em que tiverem incorrido outros membros da União.

Não Nos passou despercebida a significativa data na qual foi assinada a tua Carta, ou seja a solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria. É a Ela, Santa Mãe de Deus e da Igreja, que confio este ato, com o auspício, que se faz preces, de uma sempre mais harmônica convivência entre o clero e os fiéis dessa União e da querida diocese de Campos, para um renovado vigor autenticamente missionário da Santa Igreja.

A todos os membros da União São João Maria Vianney, de coração, concedemos uma especial Bênção Apostólica.

Vaticano, 25 de dezembro, Solenidade do Natal do Senhor, do ano 2001, vigésimo quarto do Nosso Pontificado.

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: Renato Rosa (IP registado)
Data: 20 de July de 2007 16:07

Em Campos, na referida Administração apostólica, temos um exemplo da situação das paróquias pessoais, mas numa escala diocesana. É uma diocese dentro de outra. A diocese normal é igual às outras, e é a que congrega maior número de pessoas, fiéis e padres. A administração apostólica é distinta, e tem menos gente. Não sei como serão as relações entre as duas instituições... Mas a julgar pelas respectivas páginas na internet, em que não há referências mútuas...

É curioso o percurso destes chamados "padres de Campos". Criticaram duramente o Vaticano II e a reforma litúrgica. Até tinham uma publicação chamada "62 razões porque não podemos assistir a nova missa" em que faziam críticas ao novo missal, acusando-o de heresia, de luteranismo, etc.

Quando se reconciliaram deixaram de dizer essas coisas, e foram considerados traidores pela FSSPX e pelo tal Prof. Pirelli. Deu brado entre os tradicionalistas umas fotos em que aparecia o seu bispo a concelebrar com os outros bispos no rito renovado.

A mim custa-me a crer que duma hora para a outra deixassem de criticar o Concílio e a Missa renovada, mas enfim... Ou será que é apenas uma paz aparente? E o mesmo podíamos dizer doutros institutos desse género.

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 20 de July de 2007 17:31

Renato

Existem muitas criticas a conclusões do concilio e a documentos do concilio.

Também em relação à reforma liturgica.

Tudo isso não impede uma conhunhão com Roma.

A posição está bastante bem desenvolvida num documento elaborado pelo administrador apostólico, denominado orientação apostolica onde estão bem explicadas as posições que conservam e em relação aos documentos mais polémicos do Concilio.

Está tudo disponível em www.adapostolica.org (orientação pastoral)

Foi para os membros da FssPX mais moderados um excelente tubo de ensaio de como é possível defender a tradição dentro da plena comunhão.

Será a evolução normal da Fraternidade de S Pio X (com excepção dos sectores mais radicais que provavelmente ficam de fora).

Nos blogs ligados a pessoas da fraternidade já é patente a divisão. Até nos 4 Bispos parece existirem duas tendencias. Monsenhor Fellay e mais dois Bispos estarão prontos para o entendimento com Roma com vista a relularizar a situação.

O Bispo Williason ficará possivelmente de fora.

A ver vamos como corre. Se vierem de boa fé e com bons sentimentos a Igreja está de braços abertos.

Da parte do Papa já se percebeu que o Motu Proprio teve essencialmente esse objectivo.

Cristina

Cristina

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: Tozé Monteiro (IP registado)
Data: 21 de July de 2007 08:56

"Em Campos, na referida Administração apostólica, temos um exemplo da situação das paróquias pessoais, mas numa escala diocesana. É uma diocese dentro de outra."

È ISTO QUE O PAPA PRETENDE QUE VENHA A ACONTECERT COM MAIS FREQUENCIA?

Alguém me explique,por favor em que é que istO vai contribuir para a unidade dos cristãos.

catolicapraticante

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 21 de July de 2007 11:32

Tozé

A situação de Campos é uma situação muito particular. Não se irá repetir.

Cristina

Papa corrige Vaticano II
Escrito por: Pelegrineti (IP registado)
Data: 21 de July de 2007 14:34

Bom dia a todos.
Escrevi um artigo que prova que o Papa Bento XVI corrigiu um erro grosseiro ensinado pelo Concílio Vaticano II, o que mostra que este concílio pastoral tem erros sim. E se Bento XVI corrigiu um erro, logo começará a corrigir outros também.
A correção feita pelo Papa foi bem ao estilo dele: simples, discreto e objetivo, mas com peso teológico de um terremoto.
Antes de me criticarem, favor checar as informações que eu passarei nas linhas abaixo e tirar as próprias conclusões.
Do Vaticano II que resultou em católicos e católicas praticantes tão ruins como vemos hoje em dia, livrai-nos Senhor Jesus!
Um abraço a todos. Deus os ilumine!
Sandro Pelegrineti de Pontes - sandroppontes@yahoo.com.br

PAPA CORRIGE VATICANO II


O papa Bento XVI corrigiu o concílio Vaticano II! Pode parecer incrível, mas em pelo menos um ponto as ambigüidades do concílio sofreram um duro golpe. O fato passou despercebido aos olhos da maioria das pessoas, mas após uma análise mais acurada não tem como ser negado.
Pois bem, ensinou o Vaticano II no número 08 da Lumen Gentium:

“(...) a Igreja, contendo pecadores no seu próprio seio, simultaneamente santa e sempre necessitada de purificação, exercita continuamente a penitência e a renovação (grifos meus)”.

Conferir no seguinte endereço do Vaticano:
[www.vatican.va]


Ora, isto é um absurdo, pois somente se pode purificar aquilo que está impuro, maculado. Dizer que a Igreja precisa de purificação está errado. Mesmo sem explicitar a expressão “Igreja pecadora”, o concílio deixou entender que Ela o é, pois, repito, somente aquilo que está impuro pode ser purificado. Mas como nós sabemos, na carta aos Efésios São Paulo deixou bem claro que a Igreja foi deixada por Cristo sem mácula alguma, perfeita como o cordeiro santo. Dizer que a Igreja precisa de purificação é muito errado, para não dizer herético. Dá margem a conclusões que foram muito exploradas pelos inimigos da Igreja nas últimas décadas, que passaram a creditar à Igreja os pecados de seus filhos.
Pois bem, já no novo Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, promulgado há pouco tempo, percebemos que o Papa Bento XVI corrigiu este grave erro ensinado pelo Vaticano II. Sobre este assunto a questão é tratada da seguinte maneira, no número 165:

“Em que sentido a Igreja é santa? A Igreja é santa, porque Deus Santíssimo é o seu autor; Cristo entregou-se por ela, para a santificar e fazer dela santificadora; e o Espírito Santo vivifica-a com a caridade. Nela se encontra a plenitude dos meios de salvação. A santidade é a vocação de cada um dos seus membros e o fim de cada uma das suas atividades. A Igreja inclui no seu interior a Virgem Maria e inumeráveis Santos, como modelos e intercessores. A santidade da Igreja é a fonte da santificação dos seus filhos, que, aqui, na terra, se reconhecem todos pecadores, sempre necessitados de conversão e de purificação (grifos também são meus).

Conferir no seguinte endereço, também do Vaticano:
[www.vatican.va]

Vejam a correção feita pelo Papa Bento XVI: na Lumen Gentium era a Igreja penitente e imperfeita quem busca purificação. Agora a mudança: Bento XVI proclama que são os fiéis pecadores quem tem de purificar-se, e não a Igreja, que para o papa é sempre santa. Portanto, somos nós, os filhos da Igreja, os pecadores que precisamos ser purificados.
Em sua recente viagem tão abençoada ao Brasil, em discurso aos Bispos na Catedral de São Paulo (10/05/07) Bento XVI desmentiu o erro da igreja santa e pecadora lembrando que São Paulo escreveu que a Igreja é santa e incorruptível. Eis as palavras de Bento XVI nesse discurso:

"Mas tende confiança: a Igreja é santa e incorruptível (cf. Ef 5,27). Dizia Santo Agostinho: "Vacilará a Igreja se vacila o seu fundamento, mas poderá talvez Cristo vacilar? Visto que Cristo não vacila, a Igreja permanecerá intacta até o fim dos tempos" (Enarrationes in Psalmos, 103,2,5; PL, 37, 1353.).

Portanto, é um erro grave dizer e uma contradição delirante ensinar que a Igreja é santa e pecadora. Ela é santa e incorruptível.
Glória a Deus, porque esta correção é também outro furo no balão do Vaticano II, provando que este concílio meramente pastoral, que recusou empregar o caráter da infalibilidade, ensinou sim uma doutrina totalmente estranha a doutrina de sempre da Igreja.
Com esta correção, quem poderá agora dizer que o Vaticano II não tem erros? Pelo menos um erro ele tem, e este já foi corrigido, o que demonstra a sua falibilidade. Claro que existem outros erros, que também serão corrigidos. Quando? Não o sabemos. Mas agora, com o papa Bento, isto deverá acontecer, ainda que lentamente.
Como diz o professor Orlando, podemos nos enganar sobre qual o papa que corrigirá os erros atuais, mas nunca de esperança. Bento XVI deu o primeiro passo, ao corrigir esta importante questão. O resto, agora, será conseqüência deste ato. Quem viver, verá.
Viva o papa! Semper! Semper! Semper!
Sandro Pelegrineti de Pontes - sandroppontes@yahoo.com.br

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 21 de July de 2007 15:48

Está escrito:
"Quem diz que não tem pecados é mentiroso".
A Igreja é Santa no seu anseio de praticar a Caridade. Nisso todos as pessoa de boa vontade são santas.

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