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A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: VMTH (IP registado)
Data: 15 de July de 2007 11:12

Caríssimos,


Muito já se escreveu neste "Forum Paróquias" sobre a essa miraculosa e maravilhosa decisão de Sua Santidade o Papa Bento XVI em ter anunciado a toda a Igreja esse documento, que é já um marco histórico do seu Pontificado - que se desja longo e frutuoso, a Carta Apostólica, em forma de Motu Proprio, Summorum Pontificum, datada do passado dia 07.07.2007, que possibilita o REGRESSO às nossas igrejas, da Missa de Sempre, a Missa contemporanea dos grandes santos,beatos, mártires, Papas, clero e leigos, da nossa Santa Igreja Católica.

No entanto, achei pertinente, abrir um novo tópico já não sobre a dicussão do Motu Proprio em si e suas repercussões, mas sim, sobre algo mais motivador e interessante, que é, o da APLICAÇÃO do Motu Proprio nas nossas comunidades.

Abre-se a partir de agora, para todos os católicos apegados à Tradição, uma nova fase na sua caminhada. O Espírito Santo abriu-nos novas portas na Igreja. Não podemos deixar passar a ocasião. Depois de anos, "vigilantes, como noivas à espera do noivo", eis que chegou!
Nunca o duvidámos.
A hora é de trabalho! Apesar da hora ser de festa, já na sombra, os inimigos da Tradição se movimentam, procurando, subrepcitiamente inviabilizar a aplicação do que o Santo Padre determina na sua Carta Apostólica.
O Trabalho vai ser grande! Não podemos baixar os braços!
Com o Santo Padre ao nosso lado, temos urgentemente de nos organizar, mobilizar, prepearar uma frente concertada de divulgação das nossas posições, agora, para muitos, consentâneas com as determinações da Santa Sé.

É isto que proponho neste espaço, agora aberto:
A aplicação da Summorum Pontificum em Portugal.
Desengane-se quem pense que a vitória já está alcançada!
Os inimigos estão atentos epreparam-se para "ripostar".
Vai valer "tudo"! A raiva dos modernistas não têm limite! Sentiram-se ultrapassados e relegados pela decisão do Santo Padre.

Como mote para a conversa, deixo-vos com um EXCELENTE texto publicado hoje mesmo no blog a "Casa de Sarto" e que ilustra as dificuldades que esperam os católicos tradicionalistas em Portugal:



OS BISPOS PORTUGUESES E O MOTU PROPRIO "SUMMORUM PONTIFICUM"


É claramente observável para qualquer católico lúcido deste país a atitude hostil dos bispos portugueses face à Missa tradicional de rito latino-gregoriano, sendo inaceitável que Portugal continue a ser o único país europeu, entre aqueles com uma população de maioria católica - ao menos, em termos nominais -, onde não se celebre uma só Missa de rito tradicional em qualquer uma das suas dioceses.


Porquê esta hostilidade dos bispos portugueses ao rito quinze vezes secular da Igreja do Ocidente? Por muito estranho que isto possa parecer a alguns fiéis católicos bem intencionados mas pouco alertados, no episcopado nacional, sob uma aparência de conservadorismo, esconde-se um modernismo extremo e radical, frio, reflexivo, astuto, a roçar o cinismo puro, e por isso muito mais pernicioso e eficaz no transmitir da sua mensagem de abominação a tudo o que é verdadeiramente católico do que o modernismo exuberante e radical, misto de imoralidades chocantes e momices apalhaçadas, dos bispos do Norte da Europa e dos Estados Unidos.Ora, a verdade é que um destes dias, do alto da sua pesporrência, Suas Excelências Reverendíssimas são capazes de ter uma enorme surpresa…

Entretanto, a surpresa chegou com a publicação do Motu Proprio "Summorum Pontificum", de Sua Santidade o Papa Bento XVI, que restaura a Missa de rito tradicional latino-gregoriano na plenitude dos seus direitos e mediatamente confirma o conteúdo da Bula "Quo Primum", de São Pio V - ver artigos 2º e 4º daquele.

Todavia, acontece que os mesmíssimos Bispos que sabotaram completamente a aplicação do Motu Proprio "Ecclesia Dei", do Papa João Paulo II - em Portugal, a Missa tradicional persiste exclusivamente graças ao apostolado infatigável da Fraternidade Sacerdotal de São Pio X -, preparam-se agora, e já que não o podem bloquear, para minimizar tanto quanto possível o alcance do Motu Proprio "Summorum Pontificum", mostrando assim todo o seu desdém por uma legítima decisão papal que os atinge no mais profundo das suas convicções de hereges modernistas e progressistas.

Deste modo, estes maus pastores, verdadeiros lobos com pele de cordeiro e autênticos cismáticos práticos no sentido efectivo do termo, revelando igualmente não terem percebido nada do que o Papa escreveu na carta anexa ao Motu Proprio e que os tinha como destinatários - se é que chegaram sequer a lê-la… -, não hesitam em ofender os devotos da Missa tradicional, pretendendo reduzi-los, numa imensa demonstração de falta de honestidade intelectual e caridade cristã, a um bando de saudosistas, nostálgicos e românticos.

Por exemplo, o Bispo-Auxiliar de Lisboa e secretário da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Carlos Azevedo, pretendendo tomar os seus desejos pela realidade, declarou que o "Motu Proprio" terá pouco impacto em Portugal; que a sua aplicação será solicitada apenas por grupos minoritários de saudosistas e nostálgicos; e que a maior parte dos padres portugueses nem sequer sabe celebrar o rito tradicional, dizendo inadvertidamente muitíssimo acerca do estado de degradação a que quarenta anos de modernismo e progressismo desenfreados conduziram a Igreja em Portugal (e a verdade é que a Missa de rito latino-gregoriano também não precisa para nada de presidentes de assembleias litúrgicas, mas sim de sacerdotes católicos fiéis à tradição da única Igreja de Cristo).

Por seu turno, o actual Bispo de Coimbra, D. Albino Cleto, numas declarações inauditamente agressivas e rancorosas, apelidou os fiéis da tradição de românticos, e tentou de modo abusivo e usurpatório fazer uma interpretação restritiva do Motu Proprio papal, sustentando que nenhum sacerdote pode ser obrigado a celebrar a Missa tradicional, visando assim inverter a finalidade daquele e fazer tábua-rasa dos seus objectivos.

D. Albino Cleto foi ainda mais longe na sua fúria raivosa, tendo afirmado que em Portugal, infelizmente - e realça o infelizmente -, cerca de metade dos sacerdotes em funções ainda chegou a celebrar o rito tradicional na língua latina. Pergunta-se: o Bispo de Coimbra também julga infeliz o cânone 9º, da XXII Sessão do Concílio Apostólico Dogmático de Trento, que anatematiza todos os que defendem que a Missa deve ser celebrada exclusivamente em línguas vernáculas?

Na verdade, os Senhores Bispos não atingem aquilo que é fundamental nesta questão, dado o seu entendimento estar completamente turvado pelo pensamento herético modernista e progressista, ou seja, ao invés do que sustentam, o que está em causa não é uma mera questão linguística de latim contra vernáculo (no que são secundados por alguns ignorantes desprezíveis na comunicação social e na blogosfera), mas antes a contraposição entre o rito tradicional latino-gregoriano, tridentino ou de São Pio V e o rito reformado de Paulo VI, isto é, entre um rito que enfatiza em pleno as todas verdades fundamentais da fé católica sobre a Missa a um outro que, cedendo fortemente à heresia protestante, minimiza e obnubila essa verdades, sem prejuízo da sua validade formal.

É certo que a utilização da língua latina na liturgia tradicional da Igreja do Ocidente não é despicienda, pois o desenvolvimento orgânico desta última processou-se inteiramente sob o influxo de tal língua, motivo por que a Igreja não abandonou a sua utilização quando a mesma caiu em desuso na vida quotidiana, visando dessa forma salvaguardar a unidade do culto e preservá-lo das corrupções provocadas pelo emprego do vernáculo; porém, não é o latim cerne desta questão da opção entre o rito litúrgico tradicional e o reformado, porquanto a mesma não é meramente linguística, mas antes eminentemente doutrinária e de primordial interesse para a Igreja, já que a Missa é o centro nevrálgico do culto religioso cristão, de onde irradia toda a restante vida eclesial.

De tudo isto tem muito mais clara compreensão Sua Santidade o Papa Bento XVI do que os Bispos portugueses, como se comprova pelas passagens que a seguir se transcrevem da missiva por ele dirigida também a estes últimos.

Primeiro:

Logo a seguir ao Concílio Vaticano II podia-se supor que o pedido do uso do Missal de 1962 se limitasse à geração mais idosa que tinha crescido com ele, mas entretanto vê-se claramente que também pessoas jovens descobrem esta forma litúrgica, sentem-se atraídas por ela e nela encontram uma forma, que lhes resulta particularmente apropriada, de encontro com o Mistério da Santíssima Eucaristia. Surgiu assim a necessidade duma regulamentação jurídica mais clara, que, no tempo do Motu Proprio de 1988, não era previsível; estas Normas pretendem também libertar os Bispos do dever de avaliar sempre de novo como hão-de responder às diversas situações.

E ainda:

É verdade que não faltam exageros e algumas vezes aspectos sociais indevidamente vinculados com a atitude de fiéis ligados à antiga tradição litúrgica latina. A vossa caridade e prudência pastoral hão-de ser estímulo e guia para um aperfeiçoamento. Aliás, as duas Formas do uso do Rito Romano podem enriquecer-se mutuamente: no Missal antigo poderão e deverão ser inseridos novos santos e alguns dos novos prefácios. A Comissão «Ecclesia Dei», em contacto com os diversos entes devotados ao usus antiquior, estudará as possibilidades práticas de o fazer. E, na celebração da Missa segundo o Missal de Paulo VI, poder-se-á manifestar, de maneira mais intensa do que frequentemente tem acontecido até agora, aquela sacralidade que atrai muitos para o uso antigo. A garantia mais segura que há de o Missal de Paulo VI poder unir as comunidades paroquiais e ser amado por elas é celebrar com grande reverência em conformidade com as rubricas; isto torna visível a riqueza espiritual e a profundidade teológica deste Missal.

De facto, como bem salienta a "Gazeta da Restauração", o problema dos Bispos portugueses é apenas um: saberem quem é o Papa que têm e detestarem-no; saberem-no católico e com a determinação de restaurar a Igreja Católica, enquanto eles pretendem permanecer tão-só hereges obstinados adoradores do homem e não de Deus.

jSarto




Um abraço a todos do,

VMTH

STAT CRUX DUM VOLVITUR ORBIS!

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 15 de July de 2007 12:32

Citação:
VMTH
Desengane-se quem pense que a vitória já está alcançada!
Os inimigos estão atentos epreparam-se para "ripostar".
Vai valer "tudo"! A raiva dos modernistas não têm limite! Sentiram-se ultrapassados e relegados pela decisão do Santo Padre.

Cum caraças!
"inimigos", "vitória"... mas o pessoal estava em guerra e ninguém dizia nada?!?!

"rito quinze vezes secular " - o rito tridentino é do séc VI? Não fiquei com essa ideia não. Ora se o Concilio de Trento foi no sec XVI e não VI, logo teria uns meros 5 séculos. Posso então concluir que o rito tridentino tb é modernista, dada a looooonnnnga história da Igreja.

Citação:
(...)esconde-se um modernismo extremo e radical, frio, reflexivo, astuto, a roçar o cinismo puro, e por isso muito mais pernicioso e eficaz no transmitir da sua mensagem de abominação a tudo o que é verdadeiramente católico do que o modernismo exuberante e radical, misto de imoralidades chocantes e momices apalhaçadas, dos bispos do Norte da Europa e dos Estados Unidos.

E os modernistas é que são acusados de ter "raiva"... incrível!

Citação:
mostrando assim todo o seu desdém por uma legítima decisão papal que os atinge no mais profundo das suas convicções de hereges modernistas e progressistas.
Deste modo, estes maus pastores, verdadeiros lobos com pele de cordeiro e autênticos cismáticos práticos no sentido efectivo do termo, revelando igualmente não terem percebido nada do que o Papa escreveu na carta anexa ao Motu Proprio e que os tinha como destinatários - se é que chegaram sequer a lê-la… -, não hesitam em ofender os devotos da Missa tradicional, pretendendo reduzi-los, numa imensa demonstração de falta de honestidade intelectual e caridade cristã, a um bando de saudosistas, nostálgicos e românticos.

Que lindo!
Digam lá se ser ateu e estar fora deste azedume não é bem mais saudável... olarila.

Citação:
Por exemplo, o Bispo-Auxiliar de Lisboa e secretário da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Carlos Azevedo, pretendendo tomar os seus desejos pela realidade, declarou que o "Motu Proprio" terá pouco impacto em Portugal; que a sua aplicação será solicitada apenas por grupos minoritários de saudosistas e nostálgicos; e que a maior parte dos padres portugueses nem sequer sabe celebrar o rito tradicional,

Hummm... e o Bispo está certo!!! É só esperar mais uns tempinhos.
A menos que rito tridentino fique muito in no nosso triste jetset duvido que a moda pegue, num pais que luta contra a iliteracia.

Citação:
Por seu turno, o actual Bispo de Coimbra, D. Albino Cleto, numas declarações inauditamente agressivas e rancorosas, apelidou os fiéis da tradição de românticos, e tentou de modo abusivo e usurpatório fazer uma interpretação restritiva do Motu Proprio papal, sustentando que nenhum sacerdote pode ser obrigado a celebrar a Missa tradicional, visando assim inverter a finalidade daquele e fazer tábua-rasa dos seus objectivos.

Ai que mauzinhos são estes modernistas...

Citação:
D. Albino Cleto foi ainda mais longe na sua fúria raivosa, tendo afirmado que em Portugal, infelizmente - e realça o infelizmente -, cerca de metade dos sacerdotes em funções ainda chegou a celebrar o rito tradicional na língua latina. Pergunta-se: o Bispo de Coimbra também julga infeliz o cânone 9º, da XXII Sessão do Concílio Apostólico Dogmático de Trento, que anatematiza todos os que defendem que a Missa deve ser celebrada exclusivamente em línguas vernáculas?

Provavelmente sim, o que o torna em alguém bem sensato e preocupado verdadeiramente com o povo que serve e orienta. Clap clap para ele.
....

Bem, e o chorrilho de ofensas cheias de fel continua até ao fim.
Este Sarto revela-se uma fanático doente que promove o mau-estar e a guerrilha. Como é típico nestes casos patológicos, acusa-se os outros das enfermidades que se padece. Um lixo e ainda dizem que é excelente... uau.
O pobre provavelmente tem falta de qualquer coisa que uma companhia afável e especializada no assunto daria para minorar tanto sofrimento.

Ah... e não vale dizer que eu não uso argumentos, pois o texto citado não apresenta um único! O texto do Sarto não passa de um panfleto rancoroso.
Afinal também temos por cá gente muito "miquelin"

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 15 de July de 2007 13:07

Caro Victor,

Ri-me a bandeiras despregadas com o discurso panfletário desse tal jSarto.

É aquilo a que se chama chorrilho de disparates monumental. 15 séculos de missa tridentina: espantoso esse concílio de trento do séc VI, de que ninguém ouviu falar...

Aconselha-o a ter cuidado com a língua: não no sentido de uma ameaça, mas do perigo que representa para ele uma mordidela involuntária. É que dá morte instantânea...

Agradeço-te pelas gargalhadas que me proporcionaste. Foi assim como que um voltar à Faculdade e ler aqueles panfletos abstrusos dos grupelhos maoistas e anarquistas que tantas brincadeiras e gargalhadas nos proporcionavam, nas sábias discussões de cervejaria...

Manda mais desses...porque rir é preciso (para rimar com o texto)

João (JMA)

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 15 de July de 2007 14:36

Engraçado que ultimamente isto tem andado cheio de malta fronteiriça.

Vitor, diga-me lá uma coisa, Jesus celebrou a última ceia em que rito?

E já agora faço eco das palavras do JMA. O senhor sabia que Tridentino vem de Trento? Sabes quando é que foi o concílio de Trento?

E já agora o que dizer de todos os outros ritos litúrgico que ainda hoje são autorizados?

Em comunhão

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 15 de July de 2007 16:32

Acho um bocado parvo e desculpem-me a expressão,estarem sempre a proferir as palavras "inimigos" ou "blasfemos" ou "hereges" Ou essas palavras que só trazem discórdia e nada de amizade.

Espero que esta retoma à missa Tridentina de uma modo mais liberal, não dê mais aso a revoltas, confusões e afastamento entre os irmãos na fé.

Como diz a Lena:
Citação:
Digam lá se ser ateu e estar fora deste azedume não é bem mais saudável... olarila.
Pois claro que é. Mas para quem é crente, aguente-seee!

Mais paz, mais diálogo, mais amizade. Não custa assim tanto.

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 15 de July de 2007 17:37

Jo 13:34 Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei a vós, que também vós vos ameis uns aos outros.
Jo 13:35 Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros.


Ainda por cima dizem esses que a igreja católica romana é a única igreja de Cristo...

Há grupos protestantes e grupos não-cristãos bem mais próximos de Cristo.

E toda essa xaropada por conta do apego a uma língua morta...

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 15 de July de 2007 18:59

Também não fales muito que andas sempre à "cacetada". Acho que nenhum de nós está safo na realidade.

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 15 de July de 2007 20:30

Agora concordo Seven.

Note que eu não me exclui. Qdo elogio grupos de não-católicos, falo pensando na nossa igreja, sinto que o puxão-de-orelha vale para todos nós. Lembre-se que me entendo e me sinto como católico, mesmo que alguns não gostem.

Não se trata de "inveja" dos não-católicos, mas do reconhecimento das nossas falhas e do reconhecimento de que muitos deles seguem o Cristo até melhor do que nós. No fundo, a fé, a esperança e a caridade contam muito mais do que um perfeccionismo doutrinal que não desce da cabeça para o coração, nem se realiza na vida, e nem beneficia o próximo.

É bastante possível alguém praticar um ato bom, como dar de comer a alguém faminto, sem ter realmente "se encontrado" com o próximo, nem com o Cristo nele. A pessoa permanece centrada em si mesma e vê o outro como um objeto, algo onde praticar a "sua" bondade. Assim o centro foi sempre o eu e não o próximo. Quantos de nós precisamos orar e meditar mais sobre o significado da "com-paixão", da "comum-união", "comunhão"?

Paz e Bem.

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 16 de July de 2007 10:08

Sou pelo aramaico.

*=?.0

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 16 de July de 2007 14:02

Uma alma piedosa, condoída da minha renitência em aceitar a bondade da missa tridentina, mandou-me um documento do you tube. Com a advertência de que poderia assistir com recolhimento ao santo sacrifício.
A verdade é que nunca assisti a uma missa tridentina. Em primeiro lugar por motivos cronológicos, visto que a medieva missa já tinha sido excluída antes de eu começar a ir á igreja.
Em segundo lugar por motivos estéticos – selecciono com algum cuidado espectáculos a que assisto.
Depois, a ideia pareceu-me mórbida, sobretudo depois do que li em alguns sites tridentinos a propósito da bondade das execuções públicas medievais com recurso á tortura .
Seria a transmissão uma espécie de smuff movie?
Dispus-me com serena paciência e uma chávena de chá, a assistir ao evento.
Aqui está.

Algumas observações breves:

Compreendi finalmente porque lhe chama o santo sacrifício. Ao fim de alguns minutos de uma litania ininteligível e monocórdica (se fosse em chinês ou em swaili, teria talvez mais encanto, porque com outro ritmo), dei por mim a lutar violentamente contra os bocejos. Uma hora e tal disto, deve ser realmente um sacrifício que poucos conseguem tolerar.

Outro pormenor interessante foi a coreografia. A repetição de genuflexões, vénias, beijos nas mãos, voltinhas e rodopios, fez-me lembrar a coreografia sacra dos movimentos de renovação carismática. Aquilo tudo acelerado, dava uma espécie de dança rap. Digamos que a tridentina é a versão ballet clássico, a outra a versão rap, mas em termos de aeróbica sacra, aproximam-se bastante.

No entanto, como espectáculo, achei inoportuno que os executantes estivessem de costas voltadas para ao público. Pareceu-me pouco educado. Aquilo parecia mais uma festa privada de amigos do que uma partilha com a comunidade.

Aliás, achei interessante a obsessão pelo incenso. A profusão de fumos inalados deve ser tão intensa que este tipo de missa se torna totalmente desaconselhável a asmáticos, crianças e idosos. Tanto mais que a quantidade inspirada aumenta com a quantidade dos inevitáveis bocejos e que os efeitos nocivos das incensadelas compulsivas estão demonstrados por estudos científicos.

Ùltimo pormenor – os vestidos dos padres. Tanta profusão de dourados e flores coruscantes estampadas nas fatiotas, pareceu-me muito além da circunspecção esperada dos discursos dos hiperconservadores . Muito alegre, sim senhor.

Em suma – não consegui assistir até ao fim, mea culpa. Por altura do evangelho ( cantado em latim, pois claro) o tédio era tanto que até o realizador teve de colocar no ar outras imagens para evitar a sonolência.

Se é com enecenações destas que esperam acolher mais fiéis, parece-me uma má estratégia de marketing.


Abraços a todos.

católica praticante

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 16 de July de 2007 14:12

Que varada?

*=?.0

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 16 de July de 2007 14:21

No entanto, o ódio dos tridentinos é verdadeiramente atroz, e os seus verdadeiros objectivos são evidentes:
:

"Na verdade, os Senhores Bispos não atingem aquilo que é fundamental nesta questão, dado o seu entendimento estar completamente turvado pelo pensamento herético modernista e progressista, ou seja, ao invés do que sustentam, o que está em causa não é uma mera questão linguística de latim contra vernáculo (no que são secundados por alguns ignorantes desprezíveis na comunicação social e na blogosfera), mas antes a contraposição entre o rito tradicional latino-gregoriano, tridentino ou de São Pio V e o rito reformado de Paulo VI, isto é, entre um rito que enfatiza em pleno as todas verdades fundamentais da fé católica sobre a Missa a um outro que, cedendo fortemente à heresia protestante, minimiza e obnubila essa verdades, sem prejuízo da sua validade formal."
sarto

È precisamente por causa destes fundamentalistas religiosos, cheios de ódio, que a decisão papal se revela infeliz. Eles não estão interessados em voltar á comunhão com a Igreja. Continuam contumazmente, a ter atitudes de cisão e de cisma e de negação do Concílio vaticano II. A missa tridentina, não é apenas uma questão formal.

católica praticante

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 16 de July de 2007 14:30

Obrigada Lena, pelos teus comentários ao texto do VMTH.

Evitou-me a trabalheira do ler. Eu confesso, mea culpa (latim!), que não tenho paciência para ler os textos dele. Toda aquela adjectivação (para não falar no tom e muito menos no conteúdo) dão-me sono.

Relativamente à tua afirmação:
"A menos que rito tridentino fique muito in no nosso triste jetset duvido que a moda pegue, num pais que luta contra a iliteracia."

Nunca se sabe! Se começa por aí a correr de que quem tiver sangue azul vai à missa em latim, vais ver como a assistência aumenta.

Cassima

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 16 de July de 2007 14:48

Caro Vitor

A Aplicação da Missa Tridentina será o que os fieis quiserem.

Se em muitos locais existirem fieis que querem e Padres que saibam e querem haverá muitas se houver poucos há poucos.

Não concordo que me haja concurso de formas de rezar.

Com certeza haverá pessoas que se aproximarão paulitinamente da Missa Tridentina pela sua beleza e pela profundidade da mesma mas pelos menos nas proximas decadas será sempre minoritária.


Quanto aos Senhores Bispos, de facto parecem não conhecer a realidade. Pensam que são os tais velhinhos nostalgicos que estão a pedir. Mas tal não é verdade.

Nos proximos meses há muitas pessoas que vão mexer.

Cristina

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 16 de July de 2007 15:15

Citação:
"Quanto aos Senhores Bispos, de facto parecem não conhecer a realidade. Pensam que são os tais velhinhos nostalgicos que estão a pedir. Mas tal não é verdade."
Pois não. Não são os velhinhos.
São os novinhos betinhos sulistas e liberais, como diria alguém do norte.
Ou seja, o fundamentalismo religioso está muito ligado a uma certa pseudo elite.

católica praticante

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 16 de July de 2007 15:26

«Missa em Latim» sem impacto em Portugal

A publicação do Motu Proprio de Bento XVI que liberaliza a celebração no antigo Rito não deverá ter um grande impacto no nosso país.
Segundo o secretário da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Carlos Azevedo, apenas "grupos minoritários" deverão celebrar segundo o Missal de 1962, com o Rito de São Pio V, anterior ao Concílio Vaticano II.

Este responsável lamentou que se tenha feito passar a ideia de que "agora a Missa ia voltar a ser em Latim, ia passar a ser de costas para o povo", pedindo que os meios de comunicação social não deturpem a situação e transmitam "o teor do Motu Proprio".


"Penso que em Portugal serão pouquíssimas as pessoas, com saudades ou nostalgia dos tempos anteriores, a querer usar o ritual de 1962, aprovado pelo Papa João XXIII", indicou o Bispo Auxiliar de Lisboa.


A variedade de ritos, assinalou, "não quebra a unidade da Igreja, antes pelo contrário, é para que essa quebra não exista que o Papa faz esta concessão".


A celebração dos Sacramentos segundo o antigo Rito exige pessoas "preparadas", mas D. Carlos Azevedo indica que "a maioria dos padres" não conhece o ritual nem nunca celebrou no mesmo.

Comentando este "desejo do antigo", o secretário da CEP pede mais qualidade nas celebrações, segundo o novo ritual, desde a música às homilias, respondendo às "verdadeiras aspirações" dos fiéis.


Conferência Episcopal Portuguesa

católica praticante

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: lopessergio (IP registado)
Data: 16 de July de 2007 15:29

Ola a todos

Bem ca do Norte, não diriamos tanto....
No entanto não deixa de surpreender que haja tanta profusão de panegiricos sobre a missa tridentina, no seia da îgreja as coisas estavam muito bem, de repente houve estas vozes de hereticos, modernistas, etc... meus amigos a excumunhão é pessoal e é uma atitude pessoal de exclusão, a Igreja so conststa um facto ja decorrido, ate agora estas coisas não me tinham feito nada além de umas boas gargalhadas, mas aora que vejo estas criticas tão ferozes á estrutura da igreja fico preocupado. Com que então os nossos Bispos andam "cegos" so porque dizem ser de dificil aplicação ca em Portugal... Quer dizer os Bispos consagrados fora da comunhão é que estão certos????

Isto é mesmo tipico dá-se-lhes a mão numa atitude de eclesialidade e eles atacam logo querendo a abolição de tudo o que se construiu ao longo de tantos anos.

Haja Paciencia e caridade.

Cumprimentos

Sérgio Lopes

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: cristina dinis saraiva (IP registado)
Data: 16 de July de 2007 15:52

Meus Caros

Tanta desconfiança e agrassividade

Nós só queremos que nos deixem rezar a Missa Tridentina sossegados.

Ninguém é obrigado a participar.

As declarações do Posta Voz do CEP não foram felizes mas são totalmente irrelevantes.

O quadro jurídico está definidos e os fieis que queiram rezar a Missa Tridentina poderão solicitar a um Padre que a poderá celebrar livremente.

Penso que até que nem haverá necessidade de recorrer aos Bispos. Os Padres que se disponibilizarem terão as suas Missas e a coisa resolve-se.

Cristina

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 16 de July de 2007 16:05

Cristina:
A agressividade tem sido aqui bastante evidente por parte dos tridentes. Basta ver com que ferocidade este forum foi tomado de assalto nos últimos dias por indivíduos fundamentalistas e o tipo de discursos que têm evidenciado.
Quem afala em "guerra", espadas inimigos e coisas quejandas, têm sido os tridentes.

Basta também folhear algum tipo de literatura tradicionalista ou vaguear por blogues e sites pouco recomendáveis, como os de alguns ditos tradicionalistas ligados á extremadireita portuguesa, para verificar os ataques inqualificáveis dos ditos, que não escondem insultos aos bispos portugueses,ao comentarem a recente decisão papal.

Não me parece que
Citação:
As declarações do Porta Voz do CEP não foram felizes mas são totalmente irrelevantes.

Pelo contrário. São absolutamente relevantes e bastante serenas e sensatas.

E tenho acerteza absoluta que os padres devem obediência aos seus Bispos e não poderão andar por aí a fazer experimentalismos pastorais sem o seu aval.

católica praticante



Editado 1 vezes. Última edição em 16/07/2007 16:06 por catolicapraticante.

Re: A Aplicação da SUMMORUM PONTIFICUM em Portugal
Escrito por: lopessergio (IP registado)
Data: 16 de July de 2007 16:10

Ola a todos

o Rito Tridentino pode ser celebrado por qualquer Padre desde que tenha um quorum minimo de 30 pessoas, não precisa de autorização (este é o aspecto inoivador da coisa).
Mas como ja disse varias vezes não é este o problema, andamos tanto tempo na catequese a dizer que não ha missas especiais, todas elas são publicas e para todos e agora cria-se um nicho de 30. Quem perde é a comunidade que não é capaz de viver una.

Cumprimentos

Sérgio lopes

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