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Namoro nos anos 2000
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 11 de June de 2007 21:38

Namoro nos anos 2000


Falar sobre namoro nem sempre é um assunto fácil, mesmo para quem já acumulou experiência na vida. Nos dias atuais, tudo é diferente, embora a essência seja a mesma. O que é namoro? É uma relação amorosa recíproca, momento de cortejar, de desejar um ao outro, de interesse mútuo. É o momento da paixão e das ilusões: tudo se volta para o outro.

É lindo o tempo de enamorar-se, de estar junto, de conhecer um ao outro, com seus gostos e preferências. Namoro é a fase de aprender a se respeitar mutuamente. E o mais bonito é que Deus nos proporcionou esse período de aprendizado completo para um relacionamento sadio: cultivar a sinceridade, evitar o ciúme, falar o que passa pelo coração em relação às atitudes do outro, deixar claro o que nos agrada e desagrada. Trata-se de um tempo para percebermos se o relacionamento nos trará algum prejuízo posterior, inclusive.

Neste tempo, nós vivemos em um período do “parecer”: charme, busca e novas descobertas. Mas, de tudo isso, o importante é a transparência de se dizer ao outro, de ir entrando em um diálogo mais profundo; é a transparência do falar e do sentir.

Não podemos confundir amizade íntima com amor. Não queira ganhar a pessoa de qualquer jeito. Não se entregue para consegui-la. Tenha coragem de dizer “não” nas horas íntimas do casal, porque essa atitude solidificará o namoro. No mundo de hoje, os relacionamentos são mais livres, mas também mais passageiros.

“A ocasião faz o ladrão”, dizem. Tudo começa pela oportunidade do lugar, daí o instinto se torna maior que a vontade, e, finalmente, dominados pelo desejo, chegam à relação sexual, sem terem dimensão das conseqüências. Primeiro, a pressa de fazer de qualquer jeito, já que o instinto ou carência superam o amor. Após o gozo vem o medo da gravidez, da doença e da perda. Infelizmente, a mentalidade de hoje é oposta aos ensinamentos de Deus. O mundo aderiu ao “amor livre”. Não se conta mais a descoberta e o tempo para que o casal atinja o maior prêmio que Deus lhe deu: o ápice do ato sexual. O que vale é fazer de qualquer jeito.

Até as “boas famílias” vão aderindo à mentalidade mundana de só realizarem os casamentos depois que o casal tenha vida em comum por um determinado tempo, para ver se dará certo. O que é bom virou uma banalidade. O namoro é um período de relacionamento maduro, de se ter o gosto e a paciência de conhecer os limites e riquezas de cada um. É aconselhável evitar trazer para um novo namoro o que aconteceu em relacionamentos passados. Não ter receio de mostrar as próprias virtudes, em vez de concentrar a atenção nos atributos de um corpo sensual.

Ser uma pessoa carinhosa é fundamental no namoro. Diante do esfriamento, não termine logo, não brigue, porque isso gera insegurança e cria feridas imensas, difíceis de serem curadas. Um lindo amor ungido por Deus acaba em tristes desavenças, porque não respeitamos o tempo que Ele nos deu para o conhecimento a dois. Hoje, a palavra matrimônio não se traduz mais em virgindade, mas temos que pedir a Deus a sua misericórdia para iniciarmos tudo de novo e confiarmos: “Eis que faço novas todas as coisas”. Deus abençoe os namorados!

*Wellington Silva Jardim, co-fundador da Comunidade Canção Nova (www.cancaonova.com)


www.catolicanet.com.br

Re: Namoro nos anos 2000
Escrito por: lopessergio (IP registado)
Data: 12 de June de 2007 12:24

OLa
Pois é Rita mas namoro hoje pode-se dizer: "andar com", "sair com", "ficar com". Os laços de fidelidade e por que não dizer sacrificio de encontrar e conhecer no outro a sua pessoa os seus valores, a prevalência de sentimentos mais profundos do que a mera aparencia estão hoje em desuso. Quando um casal se aproxima do Altar e pergunta ao mesmo tempo "se isto não der como se faz um divorcio?", algo vai mal no namoro, pois o tempo de enamoramento hoje não existe e deu lugar a uma especie de curte que logo se ve no que vai dar.

Cumprimentos


Sérgio Lopes

Re: Namoro nos anos 2000
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 12 de June de 2007 18:49

Namoro!

Tomo emprestada uma historinha que alguém me contou andando pelo mundo.

Numa vila, dois jovens namoravam a mesma moça. Queriam conquistar o seu coração para que ela decidisse casar-se com um dos dois. O primeiro falava muito sobre ela. Falava a todos, exaltava as qualidades da moça, a sua beleza, o seu jeito... O segundo, ficava calado; nem parecia que estivesse namorando-a. Muitos chegaram a pensar que este não gostasse da mulher. Pelo entusiasmo com que falava, a maioria teria apostado que seria o primeiro rapaz a levar a moça ao altar.

Após alguns tempos, a moça decidiu com quem se casar. Surpresa para todos: ela escolheu o segundo pretendente, o caladão. E a explicação foi simples e clara para todos. No tempo que o primeiro falava dela aos outros, o segundo falava com ela. A sós. E assim acabou conquistando o coração da namorada.

Essa história é um convite à reflexão, antes e depois do dia dos namorados. É um convite a não viver o namoro de maneira superficial. Quantos jovens acabam se ligando somente nas aparências do seu namorado ou da sua namorada. Poucos têm a paciência e a capacidade de entrar mesmo no coração do outro ou da outra. Não é para menos. Numa sociedade toda visual, onde o que vale mais é a “imagem” da pessoa, quem se preocupa mais com o que está escondido, e às vezes bem guardado, no coração e na vida de cada um de nós? Mas é um engano.

O tempo se encarrega de revelar o que está encoberto, seja porque ninguém consegue fingir ou se esconder o tempo todo, seja porque, a cada momento, a vida nos obriga a revelar a grandeza ou a mesquinhez do nosso coração e da nossa alma. O tempo, inexoravelmente, é a grande prova da veracidade e da sinceridade das nossas palavras, dos nossos sentimentos, das nossas promessas.

Não é sempre verdade que: “o que é bom dura pouco”. Um grande amor, deveria durar a vida inteira. Amadurece, muda as suas manifestações exteriores, mas continua vivo e bem motivado no profundo da vida das pessoas que amam e são amadas.

É por isso que um namoro sério exige tempo e paciência. Exige preparação e renúncias. Exige que os dois aprendam a regular os seus passos para caminhar juntos e para sempre na vida. Não é fácil namorar bem, como não é fácil escolher bem. Muitos acreditam na sorte, no destino, nos astros. Sem dúvida, em cada grande amor parece ter algo que foge ao nosso controle, porém nada substitui a reflexão, um bom diálogo, uma conversa franca e sincera. Para quem acredita, também Deus-Pai está presente no amor humano. Pior é não pensar, atropelar os tempos, ter pressa. Só pode dar confusão e mais tarde, sofrimento.

O que eu disse vale para todas as vocações, não somente para os namorados. Qualquer um de nós deve saber conversar com quem ama. Inclusive Deus. Devemos tomar cuidado com quem fala demais dEle. Melhor confiar em quem O conhece bem, porque passa tempo com Ele, na oração, meditando a sua Palavra, contemplando e agradecendo por suas maravilhas. É sempre bom “não nomear o nome de Deus em vão”. Quem ama alguém, não precisa de alarde, basta-lhe estar perto do seu amor. Mas quando fala, sabe de Quem fala. Não fala à toa, não fala palavras vazias. Conhece, ama com todo o seu coração e dá testemunho disso, mais com a sua vida do que com as suas palavras.


Dom Pedro José Conti

Bispo de Macapá


www.catolicanet.com.br



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