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O significado dos sinos das igrejas!!!
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 25 de April de 2007 17:13

Côn. Vidigal - O significado dos sinos - 25/04/2007

Os sinos das Igrejas de uso imemorial, instrumento de metal com a forma de uma taça invertida, que é tocado interna e externamente, têm uma linguagem própria e um significado marcante. Criou-se até um brocardo: “Os sinos falam”. Há até glossários sobre a sua linguagem. Mesmo com o progresso das grandes cidades, os sinos não perderam seu valor. Em tempos antigos, eles eram, em muitas localidades, o único veículo de comunicação, mandando mensagens para a população. Os dobres e repiques dos sinos continuam informando horários de missas, enterros, homenagens a santos, festas religiosas e até incêndios. Esta notável comunicação foi especialmente importante em priscas eras quando a população não contava com a instantaneidade das notícias de rádios e TVs. Hoje, a maioria das pessoas não conhece o significado dos toques, enfatizam os experts neste assunto. Segundo Adenor, além do barulho que atrapalha a audição, a tradição dos sineiros está perdendo força com a implantação de dispositivos eletrônicos e mecânicos nas torres das igrejas, que fazem o toque automático dos sinos. Nas cidades históricas,sobretudo, o ofício de sineiro é das mais respeitáveis, exigindo talento, persistência e dedicação. Em alguns templos para alguns toques é necessário o trabalho de até três sineiros, além da força nas mãos e nas pernas! Os sinos lembram instrumentos musicais. E funcionam como numa orquestra: cada combinação dá um tipo de som. Os sinos têm toda necessidade de ritmo e compasso, cadência, como outros instrumentos também têm. A professora marianense Hebe Rolla mostrou que se trata de “uma linguagem democrática. Para você receber um aviso do sino, você não precisa estar em sua casa, não precisa acompanhar aparelho nenhum. Ele está ali, informando a qualquer hora”. A verdade é que, tristes ou alegres, os sinos soam memórias de um povo. Um dos mais célebres sinos é o Liberty Bell, Sino da Liberdade, o qual se acha em Filadélfia, na Pensilvânia nos Estados Unidos. Ele ressoou logo após a Declaração da Independência daquele país e se tornou um símbolo nacional. Os turistas o visitam em grande número e suas miniaturas são levadas como uma expressiva lembrança. Quem vai a Cássia na Itália contempla no Convento, onde viveu Santa Rita, os sinos que foram tocados em sons festivos quando a alma da Santa das Causas Impossíveis entrou no céu, no dia de seu falecimento. Na Itália, o maior número de sinos se encontra em Roma e com enormes proporções. Um dos mais famosos é o da Basílica de Santa Maria Maior que contém prata na liga, dando um som harmonioso singular. Na Rússia, é renomado o campanário de Moscou, conhecido como sino Zar. Cada Igreja tem suas histórias ligadas a estes instrumentos tão marcantes na vida das comunidades. Há inúmeras narrativas envolvendo os sinos. Por exemplo, a lenda do sino dourado é uma tradição local de Penude, em Portugal, a qual fala de uma pastora que fiava lã enquanto o gado pastava num canto da serra das Meadas. A dada altura deixou cair o fuso e, com espanto, sentiu-o descer por uma talisca de rocha em que se sentava, ouvindo depois o som melodioso de uma pancada em metal. Perturbada, contou o caso ao padre, que veio com homens da terra e retiraram da funda talada um sino de metal brilhante. Chamaram-lhe o sino dourado. Tinha um som tão harmonioso como nunca tinham ouvido. Ofereceram-no ao Bispo, que o mandou colocar na torre sineira da catedral para tocar nas maiores solenidades do culto. O poeta Antônio Correia de Oliveira assim se expressou: “Sino, coração da aldeia; coração, sino da gente; um a sentir quando bate, outro a bater quando sente”. Segundo o escritor Júlio Dantas “Os sinos são as almas religiosas das torres”. No dizer do vate Castro Rabelo Filho “os sinos são as abelhas das horas”! O certo é que num momento, que só Deus sabe quando, ele baterá funebremente para cada um de nós, dizendo ao povo que mais um cristão se mandou para a Casa do Pai. Até lá, porém, quanto júbilo eles anunciarão para aqueles que temem a Deus! * Professor no Seminário de Mariana – MG.






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Fonte: Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho
Local:Mariana (MG)



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