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Re: Papa Bento XVl
Escrito por: rmcf (IP registado)
Data: 21 de April de 2007 12:35

Cá vai um interessante artigo do Pe. Anselmo Borges





Diário de Notícias

O PAPA BENTO XVI: UM BALANÇO DOIS ANOS DEPOIS



Anselmo Borges
padre e professor de Filosofia
anselmo.borges@iol.pt

É difícil dizer se é mais conservador, menos político, mais preocupado com questões teológicas. De facto, Bento XVI, no essencial, continua João Paulo II. O que se passa é que o estilo é diferente. Enquanto João Paulo II era um actor nato que dominava o universo mediático, Bento XVI é tímido num palco que não é o seu. Por outro lado, Wojtyla tornou-se Papa ainda jovem - tinha 58 anos - e, no seu fulgor e com o inesperado da eleição - vinha do Leste comunista -, conquistou mediaticamente o mundo; Ratzinger estava já com 78 anos e é legítimo pensar que esperasse retirar-se para escrever livros de teologia, como, apesar de Papa, acabou por acontecer esta semana, com a publicação de Jesus de Nazaré, dizendo expressamente que se trata de uma obra de investigação e não de um texto oficial do Magistério, de tal modo que fica sujeito à apreciação crítica dos seus pares.

De qualquer forma, Ratzinger, que fora um jovem teólogo renovador enquanto perito no Concílio Vaticano II, ficou marcado negativamente pela "revolução" de 68, orientando-se desde então pela linha conservadora.

Como Papa, deu sinais de abertura, recebendo o seu colega Hans Küng, teólogo "maldito" para o Vaticano desde os inícios do pontificado de João Paulo II; chegou a parecer que ia abrir o dossiê do celibato dos padres; na sua encíclica Deus é amor falou da dinâmica erótica do amor. Mas, enquanto ao jesuíta Juan Masiá era retirada a cátedra de Bioética na Pontifícia Universidade de Comillas, outro jesuíta, Jon Sobrino, teólogo da libertação, foi admoestado e a negação da comunhão aos católicos recasados reafirmada, abriu o diálogo com os partidários ultraconservadores de Lefebvre e até exaltou o latim na liturgia.

Do ponto de vista político, refira-se que, apesar do aparente incidente em Ratisbona, por causa da citação do imperador bizantino Manuel II Paleólogo sobre Maomé, a viagem à Turquia, que gostaria de ver na União Europeia e onde lembrou a importância da laicidade do Estado, foi um êxito, vai ao Brasil, há convites para discursar no Parlamento Europeu e na ONU e possivelmente irá a Moscovo, de cujo Patriarca, aliás, na Páscoa e no aniversário, inusitadamente, recebeu saudações.

Nomeadamente, o actual presidente do Parlamento Europeu, H.-G. Poettering dirigiu-lhe um convite para visitar o Parlamento. De facto, Poettering, ao assumir a presidência, colocou entre as prioridades do seu mandato o diálogo entre as culturas e religiões. Para ele, "um diálogo entre culturas, baseado na verdade e na tolerância, pode desenvolver pontes, tanto no seio da nossa sociedade, na União Europeia, como na direcção de países vizinhos e na outra margem do Mediterrâneo. As religiões podem desempenhar um importante papel neste diálogo".

Bento XVI continua um universitário, amante da música, aberto ao diálogo inter-religioso e com a ciência, preocupado sobremaneira com o cristianismo na Europa - uma Europa cada vez mais hedonista, materialista e afastada de Deus e das suas raízes cristãs -, onde se deu o diálogo fecundo entre a mensagem bíblica e o Logos grego. Não foi em vão que escolheu Bento para seu nome papal: queria sobretudo lembrar São Bento e o seu papel na evangelização da Europa

Seja como for, num balanço provisório, toma-se cada vez mais consciência de que, com este Papa ou outro, a grande questão para a Igreja Católica enquanto instituição global vai ser a sua capacidade ou não de, conservando a unidade no essencial, exprimir-se nos diferentes domínios - teológico, litúrgico, jurídico-organizacional e até moral - de modo plural, no respeito pelas diferentes culturas em que está inserida. Mais tarde ou mais cedo, vai ser necessário um novo Concílio, precisamente com a missão de descentralizar.





No essencial concordo.

Abraço fraterno,

Miguel

Re: Papa Bento XVl
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 15 de May de 2007 16:21

Padre Elílio de Matos Júnior*

O Papa Bento XVI propôs ao presidente Lula uma concordata. E tem todo o direito de fazê-lo, não só como chefe de Estado que é, mas também como Pastor Supremo da Igreja Católica. Não é, como muitos chegaram a dizer, uma ingerência da Igreja nos assuntos do Estado. A Igreja respeita a sadia laicidade do Estado, e isso o Papa faz questão de deixar claro. Não precisava de o Lula dizer-lhe que quer “preservar e consolidar o Estado laico”.

Um dos itens que figuram na proposta de concordata é o ensino religioso obrigatório nas escolas. Não se trata propriamente de ensinar o catolicismo nas escolas públicas ou de fazer proselitismo em favor da Igreja Católica. Nada disso.

Como sabemos, o ensino religioso é oferecido no Brasil, mas em termos facultativos. O que o Papa pede, segundo me consta, é que seja obrigatório. Pois se é obrigatório o ensino da matemática, da física, da biologia, etc, por que só o ensino religioso seria facultativo? Isso dá a entender que a dimensão religiosa não é importante, ou não é tão importante como as disciplinas profissionalizantes. O ensino religioso pode ser não-confessional, isto é, um conteúdo que vise a transmitir aos estudantes os valores universais radicados nas grandes religiões da humanidade e oferecer-lhes a oportunidade de estudar cultura religiosa, de modo que lhes fique patente que as diversas culturas e povos da história da humanidade jamais viveram sem religião. O ensino religioso pode ser também confessional, mas, então, cada Igreja ou Comunidade religiosa credenciaria os professores para que os alunos recebessem a devida instrução religiosa, cada qual segundo o seu credo, sem proselitismo algum.

Ora, nos termos acima, quer seja não-confessional, quer seja confessional, o ensino religioso obrigatório não fere a justa laicidade do Estado. Aliás, um Estado que dá valor só à educação profissionalizante, deixando em segundo plano, ou como “facultativo”, o ensino dos valores morais, e mais, esquecendo-se de que o homem é um ser religioso por natureza, é um Estado arbitrário. Tirar a dimensão religiosa do homem é tirar-lhe, de certo modo, a vida. Dar a entender que o estudo da matemática, da física, da biologia, etc, são as únicas instruções necessárias é desconhecer a fundo a natureza do homem.

A justa autonomia de que goza o Estado – a sua justa laicidade – não pode arvorar-se em autonomia absoluta, que lhe faculte o direito de desconsiderar, ou só fazê-lo em segundo plano, a formação dos cidadãos de acordo com os valores perenes que encontram sua fundamentação última no Divino, no Sagrado. Só uma ideologia profundamente equivocada e anti-humanista pode ver no ensino religioso obrigatório uma ofensa à laicidade do Estado.

Será que nosso Brasil não encontraria seu norte a partir do momento em que passássemos a valorizar a formação moral e religiosa de nosso povo? Pense nisso, presidente Lula. O Papa espera que o acordo seja feito ainda durante seu pontificado. Bento XVI não quer vantagens para a Igreja, mas para a estatura moral e espiritual do povo brasileiro.



*Vigário Paroquial da Paróquia Bom Pastor, Juiz de Fora(MG)



www.catolicanet.com.br

Re: Papa Bento XVl
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 04 de June de 2007 18:09

Papa envia condolências


Bento XVI envia condolências à Igreja do Iraque. O Papa lamenta as mortes de um padre católico e de três diáconos, na cidade de Mossul.

Os religiosos foram assassinados no domingo, à porta da igreja e os atacantes armadilharam os seus corpos, impedindo o socorro.

O acontecimento é lamentado, em telegrama assinado pelo secretário de Estado do Vaticano, pelo Papa Bento XVI.

O Sumo Pontífice manifesta solidariedade para com as famílias e os responsáveis da Igreja do Iraque.

Bento XVI deixa ainda os votos de que o sacrifício destas quatro vidas seja inspirador para que os homens de boa vontade possam trabalhar a favor da paz, da reconciliação e da justiça no Iraque.


RR

Re: Papa Bento XVl
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 06 de June de 2007 19:16

Bento XVI deixa apelo a G8


O Papa pediu esta quarta-feira aos líderes dos países mais industrializados do mundo que não se esqueçam dos povos mais pobres de África.

Bento XVI dirigiu-se aos governantes reunidos na cimeira do G8, na Alemanha, pedindo-lhes especial atenção para os assuntos relacionados com o combate à pobreza.

“Gostaria agora de dirigir um novo apelo aos líderes reunidos em Heiligendamm, para que não se esqueçam das promessas de aumentar substancialmente a ajuda ao desenvolvimento, a favor das populações mais necessitadas, sobretudo as do continente africano”, disse.

Depois, referindo-se aos Objectivos da ONU para o Milénio, afirmou: “Merece especial atenção o segundo grande Objectivo: atingir a educação primária para todos e assegurar que cada rapaz e rapariga completem a escola primária até 2015”.

O Papa deixou estas palavras no final da audiência geral, esta manhã, no Vaticano. Antes, recorde-se, um homem saltou a barreira de segurança para chegar junto de Bento XVI, que passava por entre os fiéis na Praça de São Pedro.


RR

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