Olá a todos,

gostava só de dizer que que João Paulo II foi um Santo ainda em vida. Quem conhece um pouco da sua biografia vê que foi um exemplo e sê-lo-á para sempre.

Somos forçados a reconhece-lo e a concordar com a abreviação do processo. Não seria necessário gritar "Santo subito", pois era já um Santo!!!

Gostava do gesto que o Papa João Paulo ll fazia ao chegar a qualquer País. Assim que colocava os pés em terra, beijava o chão.

Antes de ser santo, Karol Wojtila foi um homem. Que fez coisas boas e coisas más. Foi um bom Papa numas coisas e menos bom noutras.

Se ele é santo? Acho que estas coisas da santidade dos altares tem muito de política e jogos de interesse.

Há santos que eu jamais consideraria santos quer em vida quer depois de mortos. Mas há ainda mais pessoas que não são santos de altar que acredito com toda a minha fé que são exemplos a seguir.

Quanto à abreviação do processo, é só uma questão legalista. As pessoas rezam livremente e não estão à espera que a Igreja diga que já podem. Aliás é um pouco incompreensível que se procure um milagre por intercessão de alguém para se autorizar o culto...

Em comunhão

Os primeiros dez anos do pontificado do JP2 foram bons para a igreja, já os anos seguintes foram uma tristeza! O homem era autoritário e, não fosse a doença, continuaria aquele plano pouco feliz de transformar todo o mundo numa Polônia... nada contra os poloneses, mas o mundo é mais rico em diversidade. A igreja católica vai levar pelo menos umas duas gerações para consertar os estragos daquele pontificado dominado com mão de ferro.

Agora ainda tem o Ratinzger... e que saudades do João XXIII.

Nunca conheci ao vivo o Papa João XXIII ou o Papa João Paulo I, mas confesso que gostava de voltar a ter um papa dentro destas caracteristicas.

Em comunhão

E agora para animar mais um pouco as coisas.

Tilleul, não é verdade que o Papa João XXIII era maçon? Já ouvi umas histórias, e não sei se eram do site do montfort. O que tens a dizer sobre isso? Também posso ir procurar isto que disse.

E que tal apontarem os erros do Papa JPII para que os defensores possam dizer de sua justiça? Assim tínhamos uma debate maior.

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Se João XXIII era pedreiro, Pedro era pescador. João Paulo II era actor. Agora temos um que é pianista. ;-)

Se Angelo Giuseppe Roncalli era maçon, então João XXIII foi antipapa, mais um com o nome de João XXIII.

Alef

Sim acho que era maçon. Segundo o professor Pirelli, também li que o Lord Baden Powell, fundadador dos escuteiros, também o era.

Aliás acho que todos os papas depois do Concilio do Vaticano II eram maçons ou comunistas.

Seven, por amor de Deus, vamos falar a sério. Se queres desconversar podemos também perguntar se o milagre do sol não foi um OVNI.

Quanto às críticas que aponto ao João Paulo II.

1ª crítica - A falta de contextualização do Teologia da Libertação e dos movimentos de esquerda na América Latina. Há uma longa lista de Bispos e padres com provas dadas de fidelidade e santidade quenão podia ser simplesmente silenciada e excluída de ensinar. Eu compreendo, ao vivo, os males do comunismo, mas em democracia tanto é necessário a esquerda como a direita. De outra forma é a ditadura ideológica.

2ª crítica - Por outro lado a excessiva permissividade com regimes ditaturiais direita, onde um dos casos mais sonantes foi o ditador Pinochet.

3ª crítica - Passividade perante o crescente número de denúncias de casos de abuso sexual por parte do clero. Isto com a pouca abertura ao uso de contraceptivos, em especial em continentes como a Africa, onde a SIDA é uma epidemia, fez com que muita gente se afastasse da Igreja olhando-a como quemtem 2 valores e 2 medidas.

4ª crítica - A excessiva marianização da Igreja e do culto dando lugar a muitos abusos e neo-paganismos.

5ª crítica - Com um pontificado tão longo, foi uma oportunidade que se perdeu de fazer muitas das reformas que os seus precedores preconizaram e que o Concilio recomendava.

Se quiseres também posso dizer as qualidades do seu pontificado.

Em comunhão

Não sei o que tem de mal a pergunta que fiz. Mas como diz o firefox:

Citação:

Estão todos sempre muito estressados, isso até faz mal para a saúde.

Desculpa lá o incómodo. Dá para perceber a ausência de certas pessoas neste fórum. É sempre a cascar.

Edit: ainda ia falar sobre o que disseste sobre o Papa JPII mas já vi que não vale a pena. Não quero incomodar as pessoas com a minha desconversa.

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho



Editado 1 vezes. Última edição em 17/04/2007 13:06 por s7v7n.

Desculpa se fui demasiado brusco, mas para ser honesto é que estas conversas de que para se ser católico tem que se ser de direita, que este ou aquele que fez alguma coisa por mudar era maçónico ou anti-papa deixam-me um pouco sem humor.

Como disse, não sei se foi maçónico mas se o foi e foi tão bom Papa, então que todos os papas sejam maçons.

Consegues imaginar ao ponto que chega a loucura do Professor Pirelli, que até o fundador dos escuteiros não escpa à sua pena maldizente?

E por favor, mais uma vez desculpa se apresentei maus modos e gostava de ouvir a tua opinião.

Em comunhão

Misericórdia, meu Deus»


Misericórdia, meu Deus, por tua bondade,
por tua imensa compaixão apaga minha culpa;
lava todo meu delito,
limpa meu pecado.

Pois eu reconheço minha culpa,
tenho sempre presente meu pecado:
contra ti, contra ti somente pequei,
cometi a maldade que te aborreces.

Na sentença terás razão,
no juízo serás reto.
Veja, na culpa nasci,
pecador minha mãe me concebeu.

Gostas de um coração sincero,
e em meu interior me ensinas a sabedoria.
Purifica-me com o hissopo e ficarei limpo;
lava-me e ficarei mais branco que a neve.

Faze-me ouvir o júbilo e a alegria,
que se alegrem os ossos quebrantados.
Afasta de meu pecado tua vista,
apaga em mim toda culpa.

Oh Deus, cria em mim um coração puro,
renova-me por dentro com espírito firme;
não me afastes para longe de tua face,
não me tires teu santo espírito.

Devolve-me a alegria de tua salvação,
afiança-me com espírito generoso:
ensinarei aos malvados teus caminhos,
os pecadores voltarão a ti.

Livra-me do sangue, oh Deus,
Deus, Salvador meu,
e minha língua cantará tua justiça.
Senhor, abre meus lábios,
e minha boca proclame o teu louvor.

Os sacrifícios não te satisfazem
e, se ofereço holocaustos, não os aceitas.
Meu sacrifício é um espírito contrito;
um coração contrito e humilhado,
tu não o desprecias.

Senhor, por tua bondade, favorece a Sião,
reconstrói as muralhas de Jerusalém:
então aceitarás os sacrifícios rituais,
oferendas e holocaustos,
sobre teu altar se imolarão novilhos.


João Paulo ll

Não sei porque aparece este texto com a «assinatura» de João Paulo II. Trata-se do Salmo 51(50).

Alef

Alef, LOL! Owned :P

Tilleul, não estou aborrecido. Talvez ficasse por uns minutos. Mas passou rápido. A ver se logo escrevo qualquer coisa sobre isto.

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Alef

:-) Thanks

Firefox,

Comungo a tua saudade de Joao XXIII.

Mas acho que com Ratzinger estamos próximo do espírito do 2º Concílio do Vaticano.

João (JMA)

Maratona pela paz na Terra Santa dedicada a João Paulo II - 19/04/2007 - 10:31

Realizar-se-á, de 23 a 28 do corrente, a "IV Maratona-peregrinação à Terra Santa", dedicada a João Paulo II.

O slogan da maratona é "A paz corre de Belém a Jerusalém". A iniciativa foi apresentada esta manhã a Roma.

Dez quilômetros, para difundir esperança de paz para toda a Terra Santa, é a distância que separa Belém de Jerusalém e que será percorrida no próximo dia 25, por atletas italianos, palestinos, israelenses, congoleses, mexicanos e eslovacos.

O evento será presidido pelo secretário do Pontifício Conselho para os Leigos, Dom Josef Clemens, que participou hoje, de uma coletiva de imprensa, junto a Edio Constantini, presidente do Centro Esportivo Italiano, e Paola Saluzzi, madrinha da iniciativa.

Os atletas levarão a tocha da paz e a bandeira olímpica, atravessando o muro e os pontos de bloqueios que dividem Israel dos territórios palestinos. Estará presente também uma delegação de jogadores de futebol, composta por sacerdotes e seminaristas.



www.catolicanet.com.br

Fonte: Radio Vaticano
Local:Roma (Itália)

Citação:

JMA
Mas acho que com Ratzinger estamos próximo do espírito do 2º Concílio do Vaticano.

O Papa que tanto critica o espírito do Vaticano II!!! E com ele estamos próximos do "espírito"???
Creio eu que estamos sim mais próximos, e muito felizmente, da letra do Vaticano II.

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Qual é o "Papa que tanto critica o espírito do Vaticano II"? Onde e como?

João (JMA)

Bento XVI critica o espírito do Vaticano II ao dar à Fé o sentido da Razão, ao estar aberto à celebração da Eucaristia no rito ao gosto de cada padre, ao admitir que o Vaticano II teve alguns erros como ser uma porta para a Teologia da Libertação, e outras coisas que tal.
Aliás, observando o comportamento (excelente) de Bento XVI durante estes dois anos de pontificado, só podemos constatar que ele quer dar alguma ortodoxia à Igreja (veja-se a dureza com que tratou o celibato dos padres). E isso é ser, invariavelmente, contra o espírito do Vaticano II, que defende uma liberalização excessiva da Igreja, pois é fruto da interpretação indevida da letra.
O Papa e toda a Igreja deve ser fiel à letra do Concílio, à que contém os verdadeiros ensinamentos do Sagrado Concílio feito pelos nossos Santos Padres João e Paulo.

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Caro Diogo:

Confesso que me irrita bastante essa tua frase que diz que o Papa Bento XVI critica tanto o espírito do Concílio Vaticano II. É cansativo ter de a ver em tudo quanto é escrito tradicionalista (eu sei que tenho culpa em lê-los!) sempre a mesma deturpação. Embora em mensagem anterior tenhas posto «espírito» em itálico e isso «salvaria» a afirmação por ela poder ser lida de forma não literal, agora não tens qualquer cuidado em clarificar as coisas. Muito pelo contrário.

Pois bem. É totalmente falso que o Papa critique o espírito do Vaticano II. É uma questão básica de interpretação.

Peço-te que leias atentamente o texto do já famoso discurso, texto que é tantas vezes referido sem ser lido, sendo então completamente deturpado o seu sentido. Um dos campeões desta deturpação é o senhor Orlando Fedeli, que, além de mal educado, parece não ser capaz de dar-se conta de que o texto do Papa tanto critica a posição dos «muito liberais», como a do próprio senhor Fedeli. Esta falácia dos ultraconservadores tradicionalistas é realmente inaceitável.

Ora, o texto do papa é bastante claro, embora precise de ser lido com atenção. O Papa não critica o espírito do Vaticano II «qua tale», mas critica, sim, a «hermenêutica da descontinuidade», que é apadrinhada por dois extremos: os tradicionalistas e os ultraliberais. Ambos os grupos, com finalidades distintas, dizem que o Concílio faz uma ruptura com a Igreja pré-conciliar. Os tradicionalistas levam este argumento ao extremo de dizer que se formou uma nova Igreja (Lefèbvre e Fedeli concordam neste ponto). Os ultraliberais sublinham igualmente esta ruptura e defendem que o espírito do Concílio Vaticano II implica ir mais longe.

Meu caro: lê o texto e verás que não é o espírito do Concílio que se condena, mas sim uma particular interpretação do «espírito do Concílio Vaticano II».

Não teria qualquer sentido que um Papa viesse agora condenar o espírito e aferrar-se à letra, ferindo a famosa frase bíblica: «[...] a letra mata, enquanto o Espírito dá a vida» (2 cor 2:6). Entretanto, o que o senhor Fedeli diz, contra o Papa, é que é preciso matar a própria letra do Concílio. E, como Fedeli, muitos tradicionalistas, que alguns católicos mais conservadores lêem sem se darem conta da cizânia que ali vai.

Não me leves a mal, porque não se trata de uma questão pessoal, mas é realmente indecoroso este abuso das palavras do Papa por parte dos ultraconservadores, quando, na realidade, o mesmo texto também os critica fortemente, porque também os tradicionalistas defendem, na terminologia do Papa, a hermenêutica de descontinuidade ou da ruptura.

O Papa é bem claro: só a «hermenêutica da reforma» corresponde ao verdadeiro espírito do Concílio. Veja-se o seguinte parágrafo, com sublinhados meus. Será que os ultraconservadores tradicionalistas, Lefebvrianos, Orlando Fedeli, J. Sarto, etc., que tanto citam se referem a este texto aceitam o que se diz neste parágrafo (e nos seguintes que aqui não cito), nomeadamente estes sublinhados?

Citação:

«À hermenêutica da descontinuidade opõe-se a hermenêutica da reforma, como antes as apresentou o Papa João XXIII no seu discurso de abertura do Concílio em 11 de Outubro de 1962 e, posteriormente o Papa Paulo VI no discurso de encerramento a 7 de Dezembro de 1965. Desejo citar aqui somente as palavras tão conhecidas de João XXIII, nas quais esta hermenêutica é expressa inequivocavelmente quando diz que o Concílio "quer transmitir a doutrina pura e íntegra sem atenuações nem desvios" e continua: "O nosso dever não é somente guardar este tesouro precioso, como se nos preocupássemos unicamente pela antiguidade, mas dedicar-nos com diligente vontade e sem temor a esta obra, que a nossa época exige... É necessário que esta doutrina certa e imutável, que deve ser fielmente respeitada, seja aprofundada e apresentada de modo que corresponda às exigências do nosso tempo. De facto, uma coisa é o depósito da fé, isto é, as verdades contidas na nossa veneranda doutrina, e outra coisa é o modo com o qual elas são enunciadas, conservando nelas, porém, o mesmo sentido e o mesmo resultado" (S. Oec. Conc. Vat. II Constitutiones Decreta Declarationes, 1974, pp. 863-865). É claro que este cuidado de exprimir no modo novo uma determinada verdade exige uma nova reflexão sobre ela e uma nova relação vital com a mesma; é claro também que a nova palavra pode maturar somente se nasce de uma compreensão consciente da verdade expressa e que, por outro lado, a reflexão sobre a fé exige igualmente que se viva esta fé. Neste sentido o programa proposto pelo Papa João XXIII era extremamente exigente, como também é exigente e dinâmica a síntese de fidelidade. Porém, onde quer que esta interpretação tenha sido a orientação que guiou a recepção do Concílio, cresceu uma nova vida e amadureceram novos frutos. Quarenta anos depois do Concílio podemos realçar que o positivo é muito maior e mais vivo do que não podia parecer na agitação por volta do ano de 1968. Hoje vemos que a boa semente, mesmo desenvolvendo-se lentamente, cresce todavia, e cresce também assim a nossa profunda gratidão pela obra realizada pelo Concílio.»
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Texto integral aqui.

Alef



Editado 1 vezes. Última edição em 23/04/2007 01:32 por Alef.