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Como surgiu a Oração do Espírito Santo? e a oração da Paz?
Escrito por: frisone (IP registado)
Data: 30 de March de 2007 18:55

Boa Tarde a todos,

Gostaria de saber a origem dessas orações. Sou Catequista de crisma e o próximo encontro será sobre a origem dessas orações. Caso alguém saiba eu agradeço.

[]'s

Re: Como surgiu a Oração do Espírito Santo? e a oração da Paz?
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 31 de March de 2007 00:07

Mas, frosine... Há várias orações ao Espírito Santo e da/pela Paz...

A qual ou quais te referes? Eis um «palpite»:

1) Se te referes à oração «Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vosos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor», não sei a origem, mas é certamente muito antiga, uma vez que está incorporada na Liturgia do Domingo de Pentecostes (antífona do Evangelho). Talvez um liturgista possa responder.

2) Quando à oração da Paz, se te referes à oração que começa com «Senhor, fazei de mim um instrumento da vossa paz...», esta oração é erradamente atribuída a S. Francisco de Assis. Ou seja: NÃO é de S. Francisco de Assis.

Deixo a seguir dois artigos que clarificam este último ponto. O segundo parece-me melhor.

Alef




Citação:

A famosa "Oração Pela Paz", afinal, não é de S. Francisco


SÃO FRANCISCO NÃO ESCREVEU A FAMOSA «ORAÇÃO PELA PAZ»: foi escrita por um padre, em 1912.

É a oração mais rezada em toda a Igreja, para pedir o fim da violência.

O francês Christian Renoux, historiador conhecido pelo seu rigor histórico, acaba de revelar, num estudo intitulado «A oracão pela paz, atribuída a São Francisco", uma verdadeira «surpresa»: que a famosa «Oração simples da paz», rezada por católicos, anglicanos e luteranos, não é, como se julgava universalmente, uma oração de São Francisco de Assis. O seu autor é um sacerdote chamado Esther Auguste Bouquerel, e publicou-a em 1912.

O jornalista italiano, Roberto Berretta, fez-se eco recentemente nas páginas do jornal católico italiano "Avvenire" da obra que o historiador francês, Christian Renoux, acaba de publicar na editorial franciscana de Paris: «A oração pela paz atribuída a São Francisco».

Todos conhecem a chamada «Oração simples», que começa por «Senhor, fazei de mim um instrumento da vossa paz. Onde houver ódio que eu leve o amor...» e que todos atribuem ao autor do Cântico das Criaturas, ainda que sempre tenha havido historiadores e especialistas que sustentavam que uma oração daquele género não era da autoria de São Francisco.

O facto de ter sido atribuída ao "Poverello" deve-se ao facto acidental de, em 1918, ter sido impressa na cidade francesa de Reims por trás de uma estampa do Santo de Assis.

A ORAÇÃO DE UM SACERDOTE

A investigação de Christian Renoux, levada a cabo com todo o rigor, chegou à conclusão de que o documento mais antigo em que se encontra impressa a oração é de 1912, na revista francesa "La Clochette" (a campainha), que era o boletim mensal da "Liga da Santa Missa".

Aparece ali como anónima, ainda que se possa atribuir ao director do boletim, o sacerdote e fecundo escritor Esther Auguste Bouquerel. A estrofe foi copiada por uma outra revista francesa, e, pouco tempo depois, em 1916, apareceu nada menos que na primeira página de "L'Osservatore Romano", que a lançou internacionalmente como invocação pela paz. Foi em 1918, que o padre capuchinho Etienne Benoit imprimiu o texto da oração nas costas de uma estampa com a imagem de São Francisco, dirigida aos membros da Ordem Terceira. Por baixo da oração, escreveu: «Esta oração resume maravilhosamente a fisionomia externa do verdadeiro filho de São Francisco». Esta pode ser considerada a origem da confusão que, curiosamente, aparece documentalmente pela primeira vez numa publicação protestante de 1927.

Os católicos recusaram semelhante falsa paternidade durante muito tempo, pelo menos até aos anos cinquenta, segundo o consciencioso estudo do historiador francês.

E esta «suposta» oração de São Francisco foi rezada por João Paulo II, no primeiro encontro interconfessional de oração pela paz (1986), e inclusive parece que foi lido na cerimónia da fundação da ONU em 1945.

Rezaram-na também desde a Madre Teresa de Calcutá a Dom Hélder Câmara, desde Bill Clinton a Desmond Tutu, passando pela Princesa Diana de Gales... Um êxito «ecuménico» surpreendente.

Mesmo que tenha sido escrita sete séculos depois de São Francisco deixar este mundo, é quase certo o fracasso de quem pense em retirar-lhe esta paternidade.

Mas é preciso ser justos. Uma atribuição apócrifa não se pode fazer superficialmente sem danificar seriamente o legado franciscano.

Ainda que seja um hino à paz, como assinala o Padre Willibrord Christian van Dijk, um capuchinho que estudou durante quarenta anos a história desta oração, é estranho que «um santo, que passa por ser um grande místico cristão, tenha escrito um texto que não se dirige a Jesus Cristo, que nem sequer o nomeia, e em que não há nenhuma citação bíblica». De facto, todas as orações autênticas do Santo são frases tomadas das Escrituras ou da Liturgia.

De: Jornal "LA RAZÓN" (Espanha, edição de 8 de Maio de 2002), por José Ángel Agejas





Origin of this Prayer


The first appearance of the Peace Prayer occurred in France in 1912 in a small spiritual magazine called La Clochette (The Little Bell). It was published in Paris by a Catholic association known as La Ligue de la Sainte-Messe (The Holy Mass League), founded in 1901 by a French priest, Father Esther Bouquerel (1855-1923). The prayer bore the title of 'Belle prière à faire pendant la messe' (A Beautiful Prayer to Say During the Mass), and was published anonymously. The author could possibly have been Father Bouquerel himself, but the identity of the author remains a mystery.

The prayer was sent in French to Pope Benedict XV in 1915 by the French Marquis Stanislas de La Rochethulon. This was soon followed by its 1916 appearance, in Italian, in L'Osservatore Romano [the Vatican's daily newspaper]. Around 1920, the prayer was printed by a French Franciscan priest on the back of an image of St. Francis with the title 'Prière pour la paix' (Prayer for Peace) but without being attributed to the saint. Between the two world wars, the prayer circulated in Europe and was translated into English. Its has been attributed the first time to saint Francis in 1927 by a French Protestant Movement, Les Chevaliers du Prince de la Paix (The Knights of the Prince of Peace), founded by Étienne Bach (1892-1986).

The first translation in English that we know of appeared in 1936 in Living Courageously, a book by Kirby Page (1890-1957), a Disciple of Christ minister, pacifist, social evangelist, writer and editor of The World Tomorrow (New York City). Page clearly attributed the text to St. Francis of Assisi. During World War II and immediately after, this prayer for peace began circulating widely as the Prayer of St. Francis, specially through Francis cardinal Spellman's books, and over the years has gained a worldwide popularity with people of all faiths.

For more information : see the book by Dr. Christian Renoux, La prière pour la paix attribuée à saint François : une énigme à résoudre, Paris, Editions franciscaines, 2001, 210 p. : 12.81 euros + shipping (ISBN : 2-85020-096-4). -- Order From: Éditions franciscaines, 9, rue Marie-Rose F-75014 Paris.

Original Text of the Peace Prayer of St. Francis

Belle prière à faire pendant la Messe

Seigneur, faites de moi un instrument de votre paix.
Là où il y a de la haine, que je mette l'amour.
Là où il y a l'offense, que je mette le pardon.
Là où il y a la discorde, que je mette l'union.
Là où il y a l'erreur, que je mette la vérité.
Là où il y a le doute, que je mette la foi.
Là où il y a le désespoir, que je mette l'espérance.
Là où il y a les ténèbres, que je mette votre lumière.
Là où il y a la tristesse, que je mette la joie.

Ô Maître, que je ne cherche pas tant à être consolé qu'à consoler, à être compris qu'à comprendre, à être aimé qu'à aimer, car c'est en donnant qu'on reçoit, c'est en s'oubliant qu'on trouve, c'est en pardonnant qu'on est pardonné, c'est en mourant qu'on ressuscite à l'éternelle vie.

Source: La Clochette, n° 12, déc. 1912, p. 285.

Retirado de «The Franciscans»

Re: Como surgiu a Oração do Espírito Santo? e a oração da Paz?
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 31 de March de 2007 14:00

ok, Frisone , vou separar alguns textos para você.Em privado, para não incomodar com leitura longa os não catequistas.
tentarei não demorar ... a semana santa me ocupa...
com amor
chris



Editado 1 vezes. Última edição em 31/03/2007 14:01 por Chris Luz BR.

Re: Como surgiu a Oração do Espírito Santo? e a oração da Paz?
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 31 de March de 2007 14:30

Frisone queres saber quando se começou a invocar o Espírito Santo ?

Re: Como surgiu a Oração do Espírito Santo? e a oração da Paz?
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 11 de April de 2007 01:59

Frisone
a oração da paz começou com Tertuliano no ano +- 200 mas era colocada em momentos diferentes durante a celebração.
Ambrósio
e o Rito Romano a colocou antes do cordeiro de Deus.

A tradição oriental já usava essas orações e manteve-as.

No ano 120 São Justino substitui a mesa do agape pela da palavra e comer apenas o pão e vinho eucaristizado e já invocavam o Espírito Santo e em 220 Hipólito de Roma dá uma forma a oração eucarística , um formulário a seguir.
O concílio Vaticano II pediu para se restaurar a oração eucarística de Hipólito de Roma e prepacios do oriente.

há um livro editora vozes do Frei Alberto Beckhauser OFM - Instrução Geral do Missal Romano e A litrugia da Missa de mesmo autor.
Ele que passou esses dados hoje.
Espero ser útil
chris

Re: Como surgiu a Oração do Espírito Santo? e a oração da Paz?
Escrito por: frisone (IP registado)
Data: 11 de April de 2007 16:56

Obrigado por todas as mensagens.



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