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Re: Os nossos livros favoritos
Escrito por: M. Martins (IP registado)
Data: 27 de August de 2009 15:12

Cassima;

Já agora, e do mesmo autor, tenho dois volumes intitulados: Enigmas da Bíblia, (volumes I e II). Um para o A.T. e outro para o N.T. Muito bons, também.

Boas leituras

M.

Re: Os nossos livros favoritos
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 28 de August de 2009 13:14

Pssstt, distraído. :P

Olha bem a minha mensagem anterior e vê o link dos livros que eu digo que o Luís recomendou.

Mas obrigada na mesma, M. :)

Um abraço

Cassima

P.S. Já li o livro I e gostei imenso. Das partes do Judas, do lugar na estalagem e da descida de Cristo aos Infernos gostei particularmente (e aprendi mais umas coisas).

Re: Os nossos livros favoritos
Escrito por: Isabella (IP registado)
Data: 28 de August de 2009 18:02

O que fazem aos livros que acabam de ler??? Eu tenho muitos, mas mesmo muitos ca em casa!

Re: Os nossos livros favoritos
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 28 de August de 2009 19:38

Podes doar, emprestar, vender, reler, reciclar...

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Os nossos livros favoritos
Escrito por: Isabella (IP registado)
Data: 28 de August de 2009 20:47

Vendo livros! Quem compra? :))

Re: Os nossos livros favoritos
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 29 de August de 2009 12:24

Isabella, se doar for uma opção, posso sempre dar-te a minha morada. Estou receptivo a livros não-ficção. :-)
Se fizeres um preço simpático e tiveres alguns livros que me interessem, poderei comprá-los.

Faz uma lista e envia-me por e-mail.

Obrigado,
Luís

Re: Os nossos livros favoritos
Escrito por: M. Martins (IP registado)
Data: 31 de August de 2009 11:11

Cassima e demais amigos.

Deixo um link que vos levará a algumas publicações novas que são muito interessantes. Já as comprei.


[www.difusorabiblica.com]


M.

Re: Os nossos livros favoritos
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 09 de September de 2009 14:13

Terminei de ler os cinco livros "Que sabemos da Bíblia?" do padre Ariel Álvarez Valdés.

Não foi grande feito porque cada um é um livrinho pequeno que se lê de uma penada só. Todos juntos farão um livro propriamente dito. :) Isto não é desmerecer os livros porque já há muito tempo não lia nada com tanta avidez, vontade e proveito (e o último em que me aconteceu isso não era sobre religião)!

São uns livros que estão mesmo bem para aqueles que, como eu, querem saber mais sobre a Bíblia, a contextualização dos textos no tempo e espaço em que foram escritos e associações entre o Novo e o Antigo Testamento que escapam ao comum dos mortais. Ou seja, são livros que estão mesmo bem para principiantes nestas lidas, porque os peritos já saberão aquilo tudo [até eu já sabia uma ou duas :))].

O estilo de escrita é simples, fluido, sem grandes artifícios nem palavras de 7$50 (como se transfere esta para euros?! :D). Cada capítulo segue sempre o mesmo esquema: apresentação do problema, explicação das pretensas dificuldades, interpretação para nós e os nossos tempos.

Possibilitou-me essencialmente uma nova forma de olhar para a Bíblia (bem, alguns textos!) e uma maneira diferente de ver algumas passagens da mesma. O que fez com que a Bíblia se me tornasse ainda mais apelativa.

Quando acabei, a sensação com que fiquei foi: "E agora? Acabou-se? Não há mais?" Dá vontade que o autor tivesse continuado com a colecção e feito uma vintena deles. O que significa que vou passar para os livros dele dos Enigmas que, a merecerem o título, também devem ser dignos de interesse.

Recomendo vivamente.

Cassima

Re: Os nossos livros favoritos
Escrito por: católicoexigente (IP registado)
Data: 24 de February de 2010 22:06

Caros amigos,

Falando de livros, está no meu blog a indicação para um livrinho de oração, muito bom para o tempo da Quaresma: a Via Matris.
Sigam o link: Via Matris. Penso que será bom para todos.

Abraço,
católicoexigente

Re: Os nossos livros favoritos
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 03 de May de 2010 14:25

Citação:
Cassima
Terminei de ler os cinco livros "Que sabemos da Bíblia?" do padre Ariel Álvarez Valdés.
Não foi grande feito porque cada um é um livrinho pequeno que se lê de uma penada só. Todos juntos farão um livro propriamente dito. :) Isto não é desmerecer os livros porque já há muito tempo não lia nada com tanta avidez, vontade e proveito (e o último em que me aconteceu isso não era sobre religião)!

São uns livros que estão mesmo bem para aqueles que, como eu, querem saber mais sobre a Bíblia, a contextualização dos textos no tempo e espaço em que foram escritos e associações entre o Novo e o Antigo Testamento que escapam ao comum dos mortais. Ou seja, são livros que estão mesmo bem para principiantes nestas lidas, porque os peritos já saberão aquilo tudo [até eu já sabia uma ou duas :))].

O estilo de escrita é simples, fluido, sem grandes artifícios nem palavras de 7$50 (como se transfere esta para euros?! :D). Cada capítulo segue sempre o mesmo esquema: apresentação do problema, explicação das pretensas dificuldades, interpretação para nós e os nossos tempos.

Possibilitou-me essencialmente uma nova forma de olhar para a Bíblia (bem, alguns textos!) e uma maneira diferente de ver algumas passagens da mesma. O que fez com que a Bíblia se me tornasse ainda mais apelativa.

Quando acabei, a sensação com que fiquei foi: "E agora? Acabou-se? Não há mais?" Dá vontade que o autor tivesse continuado com a colecção e feito uma vintena deles. O que significa que vou passar para os livros dele dos Enigmas que, a merecerem o título, também devem ser dignos de interesse.

Recomendo vivamente.

Cassima

Quero só fazer um acrescento à minha recomendação. Não altero um ponto do que escrevi na altura. Gostei imenso de ler os livros. Mas depois das questões levantadas pelo M. Martins no tópico "Qual será a Verdade", gostava de acrescentar algo: as pessoas que forem mais sensíveis ao questionar da leitura tradicional do Novo Testamento e Bíblia em Geral, aquelas que sentirem que ao ser apresentada uma leitura diferente dos episódios da Bíblia, as suas convicções possam ficar abaladas, então não leiam os livros. Pessoalmente a mim fez-me crescer, deu-me outro entendimento de algumas passagens da Bíblia que me fizeram gostar ainda mais dela, mas não gostaria que os mesmo sejam fonte de confusão e ansiedades.

Abraços

CAssima

Re: Os nossos livros favoritos
Escrito por: Miriam (IP registado)
Data: 05 de May de 2010 23:20

“Sementes de contemplação”, Thomas Merton.

Todos os livros de contemplação de Thomas Merton. Aborda a contemplação em perfeita conformidade com o amor à humanidade e com as injustiças sociais.

Re: Os nossos livros favoritos
Escrito por: vitor* (IP registado)
Data: 13 de May de 2010 15:54

"A trindade" de Santo Agostinho.
Um livro a ler.
Uma longa reflexão de Agostinho. O Santo Doutor .

Re: Os nossos livros favoritos
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 19 de July de 2010 05:52

Acabo de ler "Consciência em conflito - Como fazer escolhas morais". Gostei muito e recomendo a leitura. Trata-se de um belo resumo de teologia moral católica.

O autor, Kenneth Overberg (SJ), doutor em teologia e ética, conseguiu a façanha de abordar o tema numa linguagem clara e acessível, sem fugir das dificuldades e sem perder muito em profundidade. Na intenção de oferecer orientação útil aos católicos para a tomada de decisões, também considerou temas complexos como a relação entre a consciência e a autoridade, a infalibilidade no magistério etc. Enfim, o livro pode servir como guia de formação para católicos que buscam orientação na difícil tarefa da prática do discernimento moral em comunhão com a Igreja.

O livro foi muito elogiado e acho que concorreu ao prêmio de melhor livro católico (EUA) em 1992 (depois foi atualizado e reeditado em 1998). Alguns comentaristas, entretanto, foram muito críticos (link). Acho que não entenderam a proposta e reclamam do fato do autor ter resumido o assunto: ora o acusam de ter sido muito tradicional, ora de ter sido muito moderno. A crítica mais cruel, entretanto, é aquela que acusa um "reducionismo livresco" (!?) e parece duvidar que leigos possam discernir bem e desconfiar de iniciativas para tornar a teologia moral acessível.

Para mim, nenhuma dessas críticas vai diminuir o prazer de ter lido o livro. Leitura útil e edificante. Vale cada página!

Paz e Bem.



Editado 2 vezes. Última edição em 19/07/2010 06:01 por firefox.

Re: Os nossos livros favoritos
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 02 de August de 2010 05:03

Bem firefox, eu li esse livro lá por 2000/01 e a perspectiva não é realmente a melhor porque me vi a ter que abandonar as suas teses não muito tempo depois. Como o li, tem realmente pontos fortes e não me lembro bem de mais nada a criticar que não seja as suas justificações quanto às questões correntes de ética e ecologia sexual.

Mas lembro-me que tirei muito mais proveito noutros autores. Em 2003 tive acesso a uma obra editada em 1992, quando ainda haviam as Edições Paulistas, um pequeno livro do Cardeal Ratzinger, "Questões Sobre a Igreja" (Called to Communion: Understanding the Church Today - custa só €8,50 aqui se lês Inglês), cujos últimos capítulos sobre "Partido de Cristo ou Igreja de Cristo" e sobre "Consciência e Verdade" certamente me impressionaram pois nunca me tinham falado assim destas coisas. Os ensinamentos nesta obra continuam tão basilares e elucidadores como nunca.

A principal vantagem é fazer-me olhar mais para Cristo do que olhar para aquilo que eu pudesse pensar, bem ou mal, que fizesse sentido para mim. Ratzinger ajudou-me a conjugar as duas coisas de modo harmonioso, porque profundo e centrado na minha consciência face à Verdade. Assim, ao aceitar que Deus e a sua Igreja defendem uma visão autêntica do que Cristo também me chama a mim a ser, fiquei com uma base sólida. Com o passar dos anos, a filosofia, a psicologia e a existência deram-me razões extremamente abundantes para confirmar que tudo isso realmente coopera para a minha maior felicidade!

Qual é que é então a diferença mais prática? Bem Ratzinger surpreendeu-me e fascinou-me, introduzindo-me na confiança da fé, ao passo que Overberg, nos detalhes, me deixou a ideia de que estava a falar-me do que pensava que eu queria ouvir. Tive a graça de saborear a autenticidade presente na marca de Deus que é essa coisa da surpresa, que conduz à eternidade e ao desconhecido, provocando por isso maior entrega pessoal pois só no amor confiante e fiel O posso assim encontrar. Posso assim saber, ou seja, ser consciente do que está bem e mal pelo raciocínio e sensibilidade, mesmo que falhe em realizá-lo, que tem a enorme de vantagem de não reduzir a ideia de bem àquilo que eu sou em dado momento capaz de fazer. Por isso, isto está intimamente ligado ao perdão.

Bem, o agora Papa passa por John Henry Newman (que vai ter agora a graça de beatificar), Sócrates, Hans Urs von Balthasar, S. Thomas More, Santo Agostinho, São Tomás e outros. Deixo aqui algumas excelentes citações, ordenadas segundo uma ordem lógica para mim:

"Um homem de consciência é alguém que nunca compra, a troco da renúncia à verdade, a tranquilidade, o bem-estar, o sucesso, a consideração social e a aprovação da parte da opinião pública dominante."

"Esta é precisamente a novidade específica do Cristianismo: o Logos, a Verdade em pessoa, é ao mesmo tempo também a reconciliação, o perdão que transforma completamente todas as nossas capacidades e incapacidades pessoais."

"A Igreja só pode surgir quando o homem chega à própria verdade e esta verdade consiste precisamente no facto de que ele precisa da graça."

"O jugo da verdade tornou-se «leve» (Mt 11,30), quando a Verdade chegou, nos amou e queimou as nossas culpas no Seu amor. Só quando conhecemos e experimentamos interiormente tudo isto é que nos tornamos livres para escutar com alegria e sem ansiedade a mensagem da consciência."

"Cada homem poderá reconhecê-Lo como Redentor, desde o momento em que Ele responde às nossas mais íntimas aspirações."

"O específico do homem enquanto homem consiste na sua interrogação, não sobre o «poder», mas sobre o «dever», na sua abertura à voz da verdade e das suas exigências. Foi este, na minha opinião, o conteúdo último da investigação socrática e este é também o sentido mais profundo do testemunho de todos os mártires: atestam a capacidade de verdade do homem como limite de todo o poder e garantia da semelhança divina. É precisamente neste sentido que todos os mártires são as grandes testemunhas da consciência, da capacidade concedida ao homem de perceber, além do poder, também o dever e, portanto, de abrir o caminho ao progresso, à verdadeira ascensão."

"Uma firme convicção subjectiva e a consequente ausência de dúvidas e escrúpulos não justificam, realmente, o homem. (...) A identificação da consciência com o conhecimento superficial, a redução do homem à sua subjectividade de facto não liberta, mas escraviza: torna-nos totalmente dependentes das opiniões dominantes e até rebaixa dia a dia o nível delas. (...) [A consciência significa] a presença perceptível e imperiosa da voz da verdade no interior do próprio sujeito; a consciência é a superação da mera subjectividade no encontro entre a interioridade do homem e a verdade que provém de Deus."

"Uma Igreja que assente as suas decisões numa maioria torna-se uma Igreja meramente humana. É reduzida ao nível do que é falível e plausível, do que é fruto da sua acção e das suas instituições e opiniões. A opinião substitui a fé. (...) A Igreja feita por ela própria tem no fim o sabor de «si mesmos», que nunca agrada aos outros «si mesmos» e rapidamente revela a sua própria pequenez."

É bonito ver que ao revisitar estas páginas após uma boa série de anos, elas ressoam ainda em mim, são claras, verdadeiras e verificadas. Enfim, aborda uma série de evoluções históricas nos conceitos e os capítulos anteriores, falando da questão da autoridade e da unidade na Igreja, afirmando sempre que é o chamamento que Deus faz que nos torna a Sua Igreja e proferindo uma enorme confiança na capacidade de nos reconciliarmos e renovarmos. Não havia hoje outro melhor para levar a cabo, ele mesmo, o ministério de autoridade petrina sobre o qual neste livro faz um levantamento bíblico e histórico portentoso, e ainda disse:

"O significado autêntico da autoridade doutrinal do Papa consiste no facto de que ele é o garante da memória cristã. O Papa não impõe de fora, mas desenvolve a memória cristã e defende-a. Por isso, o brinde pela consciência deve preceder o brinde pelo Papa, porque sem consciência não existiria nenhum papado."

:) Como é possível não o amar?

...«Se permanecerdes fiéis à minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres.» ~ Jo 8,31-32



Editado 1 vezes. Última edição em 02/08/2010 05:05 por João Oliveira.

Re: Os nossos livros favoritos
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 02 de August de 2010 12:26

Citação:
João Oliveira
Bem firefox, eu li esse livro lá por 2000/01 e a perspectiva não é realmente a melhor porque me vi a ter que abandonar as suas teses não muito tempo depois. Como o li, tem realmente pontos fortes e não me lembro bem de mais nada a criticar que não seja as suas justificações quanto às questões correntes de ética e ecologia sexual.

João, obrigado pela deixa.

Acho que compreendo suas críticas. O livro é claramente dividido entre duas partes: a primeira apresenta alguns princípios para nortear o discernimento pela via da razão, a segunda traz exemplos de aplicação. Mas o autor explicou, mais de uma vez, que, dependendo de quem os aplica e das motivações de quem os aplica, os resultados podem ser diversos. O "método" apresentado, se podemos chamar assim, não é um conjunto de normas mecânicas que se aplicadas vão sempre chegar ao mesmo (bom) resultado. São "orientações" para chamar a atenção de quem procura fazer um bom discernimento, lembrando de cada ponto importante que é preciso considerar. Isso não me assustou, pois creio mesmo que em assunto de discernimento "segurança total" nunca existe e nenhum "método" poderá jamais substituir o lugar da oração. (O discernimento cristão vai além do simples recurso à razão, pois dá lugar também à fé.)

Resumindo: gostei mais da primeira parte, pela clareza, pela feliz compilação que o autor conseguiu fazer de noções mais complicadas de teologia moral, ao nível dos leigos que na maior parte das vezes tem menos compreensão das complicações teológicas. Acho que a segunda parte cada um gostará, mais ou menos, na medida que concordar com a posição do autor em cada exemplo. Penso que esse é o "risco" que vc aponta qdo diz que "Overberg, nos detalhes, me deixou a ideia de que estava a falar-me do que pensava que eu queria ouvir". Mesmo assim, depois de considerar os senões que apresentou, ainda mantenho agora os elogios que fiz à obra do Overberg. Tenha-se em mente que se trata de um resumo, uma ajuda, e não de um tratado geral para esgotar todas as instâncias de apelação em assuntos de discernimento.

O que mais me chamou a atenção no seu post, entretanto, foi a recomendação para a obra do Ratzinger. Não a conhecia e fiquei muitíssimo curioso com a leitura. Se metade dos elogios que apresentou conferirem tenho certeza que vou gostar muito da leitura :) Já agora vou tentar adquirir um exemplar e assim que conseguir ler farei algum comentário. Muito obrigado.

Paz e Bem.

Re: Os nossos livros favoritos
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 02 de August de 2010 15:24

Desculpem a intervenção offtopic mas quando li a expressão "ecologia sexual" fiquei a pensar que tipo de factores abióticos estariam envolvidos. A bem da saúde pública imagino que seja o ecossistema que se pretende mais pobre em termos de diversidade biológica.
Há termos/conceitos que quando são estendidos a áreas que não a sua dão resultados deveras inusitados.
Longe de mim desejar aprofundar este tema que não é mais do que uma questão de português, de cultura científica e de modas.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: Os nossos livros favoritos
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 02 de August de 2010 16:44

Citação:
Lena
Desculpem a intervenção offtopic mas quando li a expressão "ecologia sexual" fiquei a pensar que tipo de factores abióticos estariam envolvidos. A bem da saúde pública imagino que seja o ecossistema que se pretende mais pobre em termos de diversidade biológica. Há termos/conceitos que quando são estendidos a áreas que não a sua dão resultados deveras inusitados. Longe de mim desejar aprofundar este tema que não é mais do que uma questão de português, de cultura científica e de modas.

Também não entendi isso, mas relevei. No livro, abordando questões de ética sexual, Overberg apresenta como exemplo as questões sobre o aborto e a contracepção. Sobre as questões relacionadas com a ética médica: eutanásia e cuidados relativos a aids. Sobre ética social: condições de trabalho, responsabilidade política, economia e justiça, guerra e paz. Não me recordo dele ter usado a expressão "ecologia sexual" no livro.

Paz e Bem.

Re: Os nossos livros favoritos
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 19 de April de 2011 02:28

Fui eu quem usou a expressão "ecologia sexual". Concordo com o uso de expressões adequadas, Lena. Esta expressão tem um sentido próprio nas relações humanas, não fui eu que inventei a sua aplicação neste domínio. Uma vez que a sua origem é no domínio de diversas áreas em biologia, etologia ou geografia, entre outras, talvez se possam apresentar fortes razões para evitarmos o seu uso. Mas não me parece que tenha algo que ver com diversidade biológica, mas sim que as relações que os seres vivos estabelecem entre si e através dos quais mantém a sua convivência, e é nesse sentido que é usada. Não é termo propriamente técnico, ainda não o vi assim usado, por isso estou aberto a mudanças.

Por enquanto, gosto de a usar uma vez que se refere ao desenvolvimento das funções e adaptação sexual no contexto da relação de casal. Coloca em relevo a forma sã, apropriada à nossa natureza - muito mais que meramente biológica ou sequer material - especialmente quando se trata de observar os ritmos naturais do corpo e conduzi-los segundo a natureza do amor. E como o firefox diz, opõe-se, com toda a naturalidade, literalmente, a coisas como a contracepção.

Como diz, não é assunto que valha a pena debater aqui em si mesmo, mas fica dada a explicação que merece, Lena.

...«Se permanecerdes fiéis à minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres.» ~ Jo 8,31-32



Editado 1 vezes. Última edição em 19/04/2011 02:30 por João Oliveira.

Re: Os nossos livros favoritos
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 19 de April de 2011 03:06

firefox,

Gostei muito da sua resposta e concordo com ela.

Estive a confirmar e penso que a obra de Ratzinger em Inglês tem conteúdos diferentes da versão portuguesa (já antiga e muito provavelmente indisponível) uma vez que o tema da consciência foi adicionado na última mas não na primeira.

Está disponível imediatamente online, aqui:

[www.ewtn.com]

Esse texto encontra-se editado, junto com um outro ensaio/conferência, acrescentado de uma introdução pelo presidente do The National Catholic Bioethics Center. Entitula-se "On Conscience" e tem o ISBN: 9781586171605.

Para abordar temas morias, a base da consciência pessoal é fundamental, conduz a uma grande e saudável personalização, de receptividade activa perante todo o tipo de conteúdo que encontramos em detalhe, por exemplo, nos catecismos da Igreja. O mais importante é perceber de que modo somos cooperadores na verdade, que era, sem coincidência, o lema episcopal do Papa quando escreveu estas coisas (inspirado em 3 Jo 8: "cooperadores da causa da verdade").

É um livro pequeno, que pode encontrar aqui:
[www.bookdepository.co.uk]

Também vou deixar aqui esta selecção de textos para aguçar o apetite, ou se textos em Inglês não serem de leitura fácil para si:
[www.bentoxviportugal.pt]

Um exemplo particularmente relevante:

«O primado da verdade na vida. Ao longo do meu caminho espiritual, senti muito intensamente o problema de saber se, no fundo, não é presunção dizer que podemos conhecer a verdade, em virtude de todas as nossas limitações. Também me interroguei até que ponto não seria talvez melhor pôr essa categoria em segundo plano. Ao aprofundar essa questão, pude observar, e também compreender, que a renúncia à verdade não resolve nada: pelo contrário, conduz à ditadura da arbitrariedade. Tudo o que resta só pode então ser decidido por nós e é substituível. O homem perde a dignidade quando não é capaz de conhecer a verdade, quando tudo não passa de produto de uma decisão individual ou coletiva.

Assim, vi como é importante que não se perca o conceito de verdade, mas permaneça
como categoria central, não obstante as ameaças e os riscos que sem dúvida envolve. Como exigência que nos é feita, não nos dá direitos, mas, pelo contrário, requer a nossa humildade e a nossa obediência, como também nos pode pôr no caminho daquilo que é comum a todos os homens. A partir de um longo confronto com a situação espiritual em que nos encontramos, este primado da verdade foi lentamente tornando-se visível para mim; como disse, não pode ser simplesmente entendido de forma abstracta, mas precisa estar envolvido em sabedoria.»
(de "O sal da terra")

...«Se permanecerdes fiéis à minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres.» ~ Jo 8,31-32



Editado 2 vezes. Última edição em 19/04/2011 03:30 por João Oliveira.

Re: Os nossos livros favoritos
Escrito por: Misericórdia (IP registado)
Data: 01 de August de 2011 16:54

Leiam os livros dos Santos. São um mistério a cada dia:

Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola download em:
[espaco-de-paz.awardspace.com]

Obras completas Santa Teresa do Menino Jesus - Edições Carmelo
(a meu ver, indispensável)
ou download em:
[www.4shared.com]

Santa Catarina de Sena, Santa, 1347 -1380. O Diálogo – Tradução: Frei João Alves Basílio O.P. São Paulo: Paulus 1985. Excerto em:
[www.sociedadecatolica.com.br]

S. Francisco de Assis - Bibliografia em:
[www.franciscanos.org.br]

Santa Teresa D'Avila
Um breve comentário:
[svmmvmbonvm.org]

S. João da cruz, Santa Teresa D'Ávila, São Francisco Xavier Pe Pio...

Jesus, eu confio em Vós!

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