Só é noticia aquilo que corre mal. Daí ser frequente associar a pertença a grupos religiosos com o surgir de atritos e até conflitos entre as pessoas e grupos de pessoas de religiões diferentes.
No entanto a vivencia do cristianismo deve levar o cristão a sentir-se próximo de todo e qualquer ser humano, como ele também é filho de Deus e Jesus disse claramente que tudo o que fizessemos a outrem era como o fizessemos a Ele proprio.

A história está pejada de contra-exemplos. Mesmo nos dias de hoje vemos alguns grupos religiosos a ameaçar pessoas de credos diferentes, quem for à america latina verá uma grande crispação religiosa, principalmente de grupos pentecostais protestantes contra a Igreja Católica e os católicos. O slogan dalguns desses grupos é: "Há cada vez mais gente abandonando a Igreja e se convertendo a Cristo".

No entanto a religião e a pertença a um grupo religioso também pode ser um importatissimo facto de socialização, se coesão social, mesmo em sociedades multiculturais.

Vem isto a proposito da leitura desta noticia:

A paróquia, melhor canal de integração para imigrantes latinos nos Estados Unidos

Data de publicação: 2006-08-22

WASHINGTON, terça-feira, 22 de agosto de 2006 (ZENIT.org-El Observador).- Um recente estudo do Instituto México do Centro Woodrow Wilson confirmou que as paróquias católicas e, em menor medida, as protestantes, são os melhores canais de integração dos imigrantes mexicanos à sociedade dos Estados Unidos e a melhor ajuda a estes para participar da vida política.

O estudo -- dado a conhecer pela agência Catholic News Service -- indica que a Igreja católica inclusive incentiva os mexicanos a reafirmarem sua identidade nacional no novo país ao que chegaram e os provê de ferramentas para compenetrar-se com a sociedade e a política dos Estados Unidos.

O trabalho do Centro Woodrow Wilson leva por título «Não mais invisíveis: imigrantes mexicanos e sua participação cívica nos Estados Unidos» e representa uma nova perspectiva sobre o fenômeno da imigração que, sem dúvida, será importante quando se discutam as reformas migratórias no período de setembro a novembro no senado americano.

Entre os temas que o texto aborda, destaca o fato de que os símbolos e os padrões litúrgicos da Igreja são os mesmos em ambos países (por causa da universalidade da Igreja Católica), o que faz que os imigrantes enfrentem, proativamente, sua nova situação. Nesse sentido, o estudo recorda que os bispos dos Estados Unidos foram fervorosos promotores de uma reforma migratória integral.

Segundo os números que o Centro oferece, mais de onze milhões de pessoas que vivem nos Estados Unidos nasceram no México, o que representa cerca de três por cento da população deste país, que ascende a 300 milhões de habitantes.

«Através de igrejas, uniões, organizações de defesa dos direitos dos trabalhadores e meios de comunicação em idioma espanhol, os imigrantes mexicanos estão aumentando sua participação na sociedade dos Estados Unidos», disse Jonathan Fox, um dos autores do estudo, durante a apresentação do mesmo mediante uma teleconferência desde a Universidade da Califórnia, em Santa Cruz.

A tomada de consciência dos imigrantes se fez patente nas grandes manifestações de rua na primavera passada, na qual milhões de pessoas tomaram as ruas de Los Angeles e outras capitais sob o grito de «Não somos criminosos, somos vizinhos». Para muitos, significou a primeira saída em público desde que iniciaram sua estadia nos EUA.

«O que é válido para os mexicanos, é válido para o resto das nações latino-americanas», disse Jonathan Fox, que também é professor de Estudos Latino-Americanos na Universidade de Califórnia.

No estudo se demonstra que a Igreja Católica reafirma tradições, práticas e crenças dos países de origem dos imigrantes, e, simultaneamente, os expõe à cultura, as instituições e as tradições de seu novo mundo. Segundo pesquisas, 75% dos imigrantes mexicanos são católicos.

De acordo com a pesquisa do Centro Woodrow Wilson, as paróquias atraem os mexicanos porque provêm de um lugar de refúgio e encontro, sobretudo os imigrantes recentes; também lhes outorgam serviços tangíveis que os ajudam a adaptar-se a seu novo país e, muito com freqüência, lhes dão um sentido de comunidade muito parecido ao de seu lugar de origem.

«Os mexicanos estão também mudando as igrejas católicas e protestantes dos Estados Unidos, levando a elas suas próprias práticas e suas visões do mundo dentro de suas comunidades religiosas», confirma o estudo.

Em outro ponto, a pesquisa mostra que o dinheiro que os imigrantes enviam ao México contribuiu para irmanar paróquias, ao mesmo tempo em que gerou a possibilidade de que estas tenham um papel determinante na co-participação em estratégias de desenvolvimento além das fronteiras.

A noticia permite mais leituras. Parece-me bastante interessante e que merece reflexão e debate.

sim, Camilo . As paróquias podem ser um lugar onde os estrangeiros podem se sentir mais acolhidos,desde que a sociedade normalmente os considera inimigos postos que éstáo a tirar o emprego de algum patrício.
Caímos na questão da Hospitalidade, de considerar o Outro como irmão, etc.
Porém dentro das comunidades paroquias muitas vezes nos fechamos em pequenos grupos aonde não permitimos que estranhos ou mesmos conecidos entrem. às vezes temos ciumes do pároco e só queremos que ele dê atenção para nossa Pastoral.
às vezes fazemso querrinhas internas, pela disputa de " prestígio " e posição
na comunidade.
Isso analisando pelo referencial do católico entre si .
Se ampliarmos nosso visão para as diferenças religiosas, fatalmente cairíamos
na velha questão das guerras com "motivos" religiosos.
O Ocidente contra o Oriente e vice-versa...
Sendo assim virtudes para um mundo melhor como Convivência, Respeito, Tolerância, hospitalidade, Perdão são mais do que nunca indispensáveis.
chris

Alef....vou colocar aqui:) muda se o entenderes!

****

O Globo, domingo, 6 de maio de 2007
Gente Boa / Joaquim Ferreira dos Santos

A família imperial

O duque e a duquesa de Bragança, chefes da família real portuguesa,
comunicaram ao prefeito Cesar Maia que aceitam o convite para vir às
comemorações dos 200 anos da chegada ao Rio de D. João VI. O ato de abertura
dos festejos será a reinauguração da Sé Real e Imperial, a Igreja Nossa
Senhora do Carmo. Na data, ela será consagrada Santuário pelo cardeal dom
Eusébio. A Sé Real e Imperial está sendo restaurada, e os trabalhos de
arqueologia já chegaram às bases da construção, quando ainda era capela no
século XVI. É a única amostra material do século XVI no Rio.