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Re: RMA
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 07 de October de 2006 01:20

Artigo do jornal "Voz Portucalense" sobre este tema:

[url=http://www.7arte.net/cgi-bin/VP/editorwww/ler_seccao2.pl?45|11]Uma célula que é uma“pessoa”?[/url]



Sim! É verdade!
À luz dos progressos mais recentes da embriologia o início de um novo “ser humano”dá-se no momento da penetração do espermatozóide no oócito. Esta fecundação gera o Ovo ou Zigoto e de imediato se passam transformações de grande complexidade e importância. E, sempre de forma orientada e não ao acaso, acontece uma diferenciação espantosa que se traduz num desenvolvimento progressivo e cada vez mais complexo. Nesta dinâmica do desenvolvimento embrionário é patente que é “um desenvolvimento contínuo”, “gradual” , “coordenado” e “pleno de perfeição e rigor”. Essa célula, o
Ovo ou Zigoto, é pois um verdadeiro “organismo”, embora “monocelular”. Nele se contém todo o material genético herdado a meias do pai e da mãe. Nele estão já em potência todos os sistemas que na gradual diferenciação vão originar os tecidos e os órgãos, e os mediadores da coordenação biológica entre eles.
É, em termos biológicos, a célula mais potente que o novo ser que começa tem em toda a sua existência. A alma que o anima, seu princípio formal ou forma substancial do seu ser, está, existe, e porque de natureza espiritual é indivisível, como indivisíveis são as almas dos progenitores. Aparece!,dizem os laicos. Criação de Deus, dizem os crentes.
A questão actual que se enfrenta é a do estatuto moral do Ovo e do embrião, ou seja, se é ou não uma “pessoa”. Perante os progressos da embriologia é indispensável uma interpretação filosófico-antropológica. E argumenta-se hoje assim: “No início da nova vida humana, porque é de vida humana que se trata, o Ovo é um verdadeiro corpo vivo mas sem parecenças humanas de adulto. Aos poucos se vai moldando, e aos poucos se vão desenvolvendo órgãos que vão manifestando actividades sensoriais e intelectuais, muitas delas já depois do nascimento, e ao longo de muitos anos! Mas tudo isso, dos órgão às funções orgânicas e espirituais, está potencialmente presente no
Ovo! Tudo! Ora, tem-se proposto momentos diferentes do desenvolvimento humano para atribuir esse estatuto de “pessoa”: – os 14 dias, quando aparece a “crista neural”, o primeiro rudimento do sistema nervoso central que vai manifestar as faculdades superiores da pessoa, ou as 12 semanas quando a forma do corpo já aparenta a forma humana. Mas estes são objectivamente critérios “extrínsecos”, convencionais e arbitrários.
Sério é fundamentar-se a definição de “pessoa” em critérios “intrínsecos”, assentes na própria realidade biológica do Ovo, e numa sã filosofia, mesmo não sendo de “fé definida”, como se diz. E isso deve decorrer dos mais profundos conhecimentos científicos que se detêm. É a partir deles que podemos afirmar que após a fecundação que é marcada pela penetração do óvulo pelo espermatozóide, e ainda mesmo antes da nidificação no útero, esse Ovo, mesmo ainda antes da fusão nuclear, é para mim: 1)- um ser vivo da espécie humana; 2) –um ser individual; 3)- um ser vivo que possui a capacidade intrínseca de realizar tal desenvolvimento, ou seja, de se desenvolver como pessoa humana.
Na verdade esta é uma interpretação de tipo “substancial”, ou seja, referida à própria natureza humana enquanto tal, na base do que diz a ciência e na clareza dum são raciocinar filosófico. Por tudo isto, há toda a razão para se afirmar que o ovo seja desde logo “pessoa”!
E “pessoa” de direitos.

Levi Guerra

Os negritos são os mesmo do texto original.

Levi Guerra é um professor catedratico de medicina jubilado.

Re: RMA
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 07 de October de 2006 01:28

Uma célula do corpo não é a mesma coisa que um zigoto. Não se pode comparar um pedaço de pele a um zigoto. Não se pode comparar um espermatizoide a um zigoto.

Vamos por cada um deles isolado, e vamos ver no que resultam dentro de uns meses. É vida humana, e a ciência comprava-o.

De qualquer maneira, não sei se vocês têm o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica. No ponto 470, ele diz que :

"O ser humano, desde a sua concepção, deve ser, em modo absoluto, respeitado e protegido totalmente

Mas penso que isto não vos dirá nada porque não aceitam a opinião da Igreja. Acham-se mais conhecedores que a Igreja e a ciência. Sinceramente, isto confunde-me um bocado.

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: RMA
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 07 de October de 2006 02:16

pontovista, eu expliquei motivo, querem casar na india.
Na epoca eram muitas vezes mulheres que queriam casar mas aqui não o conseguiam. Não precisavam da viagem para sobreviver, apenas para casar e terem um marido que as ajudasse a sustentar os eventuais filhos.
A tua comparação com os africanos actuais não me parece valida porque aí cada um decide partir, não decide atirar o parceiro pela borda fora para ter ele proprio mais hipoteses de chegar.


Talvez no futuro próximo o desenvolvimento da RMA nos permita criar apenas os embriões que se tem quase a certeza que vão nidar e fazer nascer uma criança. Mas nesse momento a procriação não assistida será certamente um método "desperdiçador" de embriões, que deverá ser substituído pelos processos assistidos.

continuas a não perceber a minha objecção. O problema não está no elevado nº de mortos mas em intencionalmente criar uma situação que leva a que deitemos à jangada, que equivale quase sempre a uma condenação à morte, seres excedentarios.

Há tambem um erro de raciocinio na forma como utilizas a tua utopica RMA. Constrois uma utopia, como essa utopia parece irreal usas essa estranheza para negar a ideia de que partiste.
Ora isto parece-me querer construir uma casa a partir do telhado. Parece-me algo do genero: ir lançando ideias. Quando as conclusões implicitas nas ideias agradam ficamos com elas, quando não agradam rejeitamo-las.
Essa forma de racicionar parece-me conduzir a erros claros porque acabamos por rejeitar ou aceitar determinadas ideais não pela sua evidencia cientifica ou coerencia logico-filosoica mas principalmente porque as suas conclusões praticas nos agradam ou não. A agradabilidade das conclusões não coincide necessariamente com a consistencia dos das ideias em que se baseiam, nem sequer na bondade etica desses principios.
A este raciocinio parece-me tambem estar implicita uma cultura utilitaria, em que até o ser humano é visto como um meio para atingir fins. A vida ou morte de outrem é relativizada em vista do fim.



Editado 1 vezes. Última edição em 07/10/2006 02:20 por camilo.

Re: RMA
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 07 de October de 2006 10:20

Camilo

Parece que, para ti, se criarmos 10 embriões e 8 deles morrerem sem que tenhamos que fazer escolhas entre eles, temos uma situação eticamente aceitável. Se criarmos 10 embriões e puder acontecer que tenhamos que escolher dar maiores hipóteses a uns do que a outros e acabarem por morrer 8 deles, temos uma situação eticamente inaceitável. É isto?

pontosvista

Re: RMA
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 07 de October de 2006 20:12

Vejamos :

Vou saltar sobre alguns aspectos técnico, nomeadamente a afirmação completamente falsa de que a partir do momento em que o espermatozóide perfura o invólucro externo do óvulo, ou seja, antes da singamia, estamos na presença de um ser autónomo com um código genético específico. È um erro de palmatória e só revela que estas questões são tratadas levianamente. por quem pouco sabe.

Avancemos no entanto para os aspectos jurídico[/b], que, volto a lembrar, é o [b]conteúdo do referendo.

Parece que quer o camilo , quer o Seven consideram que existe uma Pessoa Humana "desde o momento no momento da penetração do espermatozóide no oócito", e mais, uma "pessoa de Direitos" e que "[u]deve ser, em modo absoluto, respeitado e protegido totalmente[/u] "

Declamam sem hesitações que a interrupção de uma gravidez, mesmo que realizada nas primeiras semanas é “o homicídio de um ser humano inocente e indefeso.”

Ou seja, partem da afirmação definitiva, sem qualquer base científica, de que o embrião, nas primeiras fases do seu desenvolvimento, é uma Pessoa Humana, e que por isso merece uma tutela jurídica plena e que a concepção gradualista de tutela do nascituro deve ser abandonada.


Ora tal concepção é importantíssima e tem consequências jurídicas muito concretas:

1 - A destruição de um zigoto, mesmo que não intencional, deve ser considerada homicídio., qualquer que seja a circunstãncia.

Mesmo um aborto não provocado – espontâneo ou natural – deve sempre ser alvo de investigação policial e eventualmente criminal pois pode ter sido originado por um comportamento negligente.


2 - Por outro lado, , é para mim completamente inexplicável que, quer o Camilo , quer o Seven, defendam a manutenção da actual legislação, em que a moldura penal para o crime de aborto é de três anos de prisão efectiva.

Se estes ideólogos fossem coerentes, ou se acreditassem mesmo que se tratava mesm do homicídio[/ de um ser humano inocente e indefeso , naturalmente que só poderiam exigir um agravamento da moldura penal.
Ou seja,a [b]equiparação da sanção penal do aborto á sanção penal do homicídio, com uma pena de prisão efectiva até aos 25 anos
.

Nenhum o faz.
Porquê??

OU estes ideólogos prisionais são completamente incongruentes relativamente aos valores que apregoam ( incluindo os princípios ético jurídicos mais essenciais)

Ou defendem que a destruição de um embrião, embora seja um ser humano, é menos digna de juízo de censura e de sanção penal do que a morte de uma criança ( de uma pessoa) – esse sim, um ser humano.

Estabelecem pois uma hierarquia entre vários tipos de seres humanos, em que uns mereceriam uma tutela mais restrita do que outros. Esta posição é completamente insustentável do ponto de vista jurídico-penal.

Pelo que, quanto a mim, a razão é outra:
Ao não colocarem am causa a questão do agravamento da moldura penal para o crime de aborto revelam a sua convição mais íntima

bem lá no fundo da sua consciência ético jurídica, eles sabem perfeitamente que meia dúzia de células indiferenciadas não não estão perant uma pessoa humana.

Re: RMA
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 07 de October de 2006 21:09

olá CP,

1º pronto. Diz-me por favor,onde é que eu disse que a pena deveria ser mantida ou alterada. Ficarei à espera. Qual seria o argumento que terias pronto para nos mandar à cara caso dissessemos que deveria ser agravada em 25 anos? Faço ideia. Realmente é um homicídio e até premeditado. Agora temos de ter em conta as condições psicológicas com que esse aborto foi feito. Já o disse noutro post. Não vou repetir.

2ºSomos católicos e não acreditamos na nossa igreja. É realmente caricato. O que andamos a fazer na Igreja? Sabemos mais combate-la do que o resto.

Pena também que não respondam ao que pergunto. Mas posso perguntar outra vez.

Ponham um pedaço de pele num sítio onde possa sobreviver, e um zigoto onde se possa desenvolver. E vamos a ver o que vai sair dali dentre de uns meses. Serão as duas apenas vida humana tal como afirmam, células sem significado algum? Realmente o que não é humano não pode ser humano. Um Ser Humano não aparece assim do nada. Tem de resultar de algum processo. Vejam lá se adivinham. A ciência tem conclusões sobre isso. A Igreja também. Mas vocês acham-se mais conhecedores ainda.

Ainda não me responderam também se vocês não foram um zigoto. Em que altura é que apareceram? Foi assim de repente?

Para terminar, ou estamos com a nossa Igreja ou não estamos. Se estamos, somos católicos, se não estamos, não somos católicos. Por mais que se afirmem como tal. Estão distanciados dela como se pode verificar neste caso. Borrifam-se para o que ela diz. Apenas interessa aquilo que me agrada. O que não me agrada desculpo-me com os erros do passado e com o juros.

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho



Editado 1 vezes. Última edição em 07/10/2006 21:10 por s7v7n.

Re: RMA
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 08 de October de 2006 01:06

Citação:
Seven
Somos católicos e não acreditamos na nossa igreja. É realmente caricato. O que andamos a fazer na Igreja? Sabemos mais combate-la do que o resto.
Para terminar, ou estamos com a nossa Igreja ou não estamos. Se estamos, somos católicos, se não estamos, não somos católicos. Por mais que se afirmem como tal. Estão distanciados dela como se pode verificar neste caso. Borrifam-se para o que ela diz. Apenas interessa aquilo que me agrada. O que não me agrada desculpo-me com os erros do passado e com o juros.

O que caracteriza a Igreja Católica é o Credo e as verdades de fé. Aceitar acefalamente tudo o que vem de Roma pode ser uma forma de ser católico mas não é a única. Além do mais, amar não é dizer que sim a tudo. Alguns dos que mais protestam com as atitudes da hierarquia são precisamente pessoas que sofrem por ver a Igreja a ficar enredada nas suas próprias construções mentais, tornando-se incapaz de falar aos homens do nosso tempo.

Citação:
Seven
Ainda não me responderam também se vocês não foram um zigoto. Em que altura é que apareceram? Foi assim de repente?

As células que me formam vêm de um zigoto. Mas era realmente eu esse zigoto? Quando é que apareci? Eu diria que fui aparecendo de forma gradual. Para quem acha que apareceu num só momento deveria esclarecer qual foi esse momento e porque é que escolhe exactamente esse momento. É que desde que o espermatozóide se aproxima do óvulo até que o zigoto esteja formado passam muitas horas e seria interessante saber qual é o instante decisivo.

pontosvista

Re: RMA
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 08 de October de 2006 01:15

Seven

Já agora queres passar pelo tópico da Igreja e contracepção e explicar a fundamentação das posições da hierarquia sobre este assunto? Quem está em tão grande sintonia com a hierarquia não terá certamente dificuldade em explicar com clareza os fundamentos desta posição.

pontosvista

Re: RMA
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 08 de October de 2006 09:17

SEven :


És ou não a favor da manutenção da actual lei?


Um zigoto pode senvolver-se numa caixa de Petri.
A célula human clonada pdoe dar origem a um zigoto que se pode desenvolver numa caixa de Petri.


Um zigoto não é uma pessoa.POde dar origem a uma.

Re: RMA
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 08 de October de 2006 10:54

Seven:

"Diz-me por favor,onde é que eu disse que a pena deveria ser mantida ou alterada."SE és contra a despenalização do aborto ( tema do referendo) presumo que defendes que a pena actual de três anos deve ser manntida.
Ou não?

"Qual seria o argumento que terias pronto para nos mandar à cara caso dissessemos que deveria ser agravada em 25 anos? "

Não teria nenhum. A não ser felicitar-te por teres um mínimo de coerência.

"Realmente é um homicídio e até premeditado. Agora temos de ter em conta as condições psicológicas com que esse aborto foi feito."


POsso então deduzir que defendes o agravamento da moldura penal para os 25 anos?

É que, em qualquer homicídio, o juíz deve avaliar as condições psicológicas em que foi feito, sendo que, o homicídio premeditado é especialmente gravoso.
O que não impede que a moldura penal vá até os 25 anos. O juíz pode decidir aplicar 9 ou 12, mas pode ir até aos 25.

É isto que tu defendes para o crime de aborto (=homicídio?)

Responde com clareza.



Editado 1 vezes. Última edição em 08/10/2006 10:58 por catolicapraticante.

Re: RMA
Escrito por: Paulo (IP registado)
Data: 10 de October de 2006 02:33

Uma mulher, pega numa arma, e assalta um banco. Vai a julgamento. É condenada a 3 anos de prisão efectiva.
Segundo o raciocinio da Catolicapraticante, por ser mulher, deve estar liberta da pena.
Será isso?
Se ha uma igualdade à luz da lei entre a mulher e o homem, quem sabendo que esta a fazer um crime o comete deve ser penalizado. Homem ou mulher.
Parece-me a mim.

Re: RMA
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 10 de October de 2006 07:51

Vejo que não compreendeste o meu raciocínio.
Aconselho uma releitura cuidada dos meus textos.
Em nenhum momento falei da questão de Género como causa de exclusão de ilicitude.

E, já agora Paulo, também concordas com uma pena de prisão até 25 anos?



Editado 1 vezes. Última edição em 10/10/2006 07:54 por catolicapraticante.

Re: RMA
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 10 de November de 2006 16:49

Acho que todos têm interesse em conhecer este comunicado, que me chegou.

COMUNICADO: Lei da PMA – tudo está em aberto.


1. O Comité Pró Referendo à PMA teve ontem conhecimento da iniciativa de 31 Deputados que pediram a fiscalização da constitucionalidade da lei da Procriação Medicamente Assistida. É com grande responsabilidade, sentido de Estado e nobreza de princípios que seguramente é exercida esta função parlamentar com referência a uma lei cuja importância civilizacional é já reconhecida. Perante esta iniciativa parlamentar, o Tribunal Constitucional irá agora apreciar da legalidade e constitucionalidade de soluções legislativas consagradas na lei como sejam o uso de embriões para experimentação, a clonagem, a maternidade de substituição, a criação de bancos de esperma e ovócitos, o anonimato do dador ou o direito a conhecer o pai biológico. É com enorme expectativa que o Comité aguarda serenamente um juízo legal, científico e jurisprudencial sobre estas matérias.

O Comité irá solicitar a cientistas e juristas de renome pareceres sobre as questões concretas acima anunciadas, que juntará ao processo agora aberto no Tribunal Constitucional.

2. Além disso, no próximo dia 15 de Novembro será discutida em Plenário na Assembleia da República a Petição Pró-Referendo à Lei da Reprodução Artificial.

Depois de todos os esforços concretiza-se o pedido de 82 mil cidadãos portugueses de verem a sua petição debatida de forma séria no Plenário da Assembleia da República.

3. Esta iniciativa popular que intervém na definição do que queremos em Portugal no capítulo da Procriação Artificial não cessou.

É tempo de continuar os esforços no terreno do esclarecimento público, do debate científico e de acompanhamento do problema da infertilidade. Contando com a existência de uma lei que o Parlamento aprovou sem para tal estar legitimado (nenhum partido se apresentou ao eleitorado com um programa sobre esta questão).

4. A nossa motivação não é ideológica, não é um problema que se identifica com a lei em si; é, antes de mais, o entendimento dos valores civilizacionais que caracterizam o povo português que nos faz prosseguir esta campanha de debate público e esclarecimento geral, que possa servir o tão apregoado "consentimento informado".

5. Agradecemos a todos os portugueses que desde o princípio nos têm acompanhado e nos continuam a acompanhar nesta iniciativa popular.



Lisboa, 10 de Novembro de 2006

COMITÉ PRÓ-REFERENDO À PROCRIAÇÃO MEDICAMENTE ASSISTIDA

Nota: o negrito é meu...acho fundamental que as pessoas não façam as leis de um modo superficial.
Atenção: eu acho que, em geral, o respeito pela dignidade da vida humana anda pelas ruas da amargura.
Felizmente que há excepções e, esta, da PMA é uma delas...desde o início...
É a minha opinião

Re: RMA
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 10 de November de 2006 17:19

Citação:
É tempo de continuar os esforços no terreno do esclarecimento público, do debate científico e de acompanhamento do problema da infertilidade. Contando com a existência de uma lei que o Parlamento aprovou sem para tal estar legitimado (nenhum partido se apresentou ao eleitorado com um programa sobre esta questão).

Interpretação politicamente absurda! Na legislatura anterior tinha havido projectos de lei de quase todos os partidos. A questão debate-se publicamente há pelo menos 8 anos. Só não sabia a posição dos partidos quem andava compeltamente a leste do assunto! E quem andava a leste não tem o direito de vir agora querer que se recomece tudo quando se acabou de aprovar a uma lei.

Para mais, vir pôr em causa a legitimidade do parlamento é uma interpretação gravemente demagógica do que é a democracia representativa! Há por detrás deste documento muitos católicos que têm a obrigação grave de saber que pôr em causa a democracia apenas porque não gostamos de uma lei é um atentado sério ao bem comum.

Finalmente os que querem impedir a publicação da nova lei pretendem manter esta área numa liberalização total, pois onde não há lei tudo é permitido. Grande serviço à vida...

pontosvista



Editado 1 vezes. Última edição em 10/11/2006 17:28 por pontosvista.

Re: RMA
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 10 de November de 2006 20:00

Já agora os fundamentos para a fiscalização sucessiva da constitucionalidade não incide em nenhum dos argumentos que por aqui foram sendo apontados contra a Lei de PMA.

Não se questiona sequer o facto de que os pré embriões não são pessoas nem se questiona a mais restrita amplitude da tutela jurídica a que têm direito.

Qestiona-se apenas a questão do anonimato dos dadores, que impede que as futuras crianças nascias por procriação heteróloga tenham conhecimento directo de quem foram os seus pais biológicos ( embora tenham plenamente direito a ter um pai e uma mãe do ponto de vista jurídico)

Penso que acontece precisamente a mesma coisa nos processos de adopção. ( Os adoptados muitas vezes não conhecem a identidade dos seus pais biológicos)


Claro que isto não é a mesma coisa que desconhecerem o seu património genético., como erróneamente referiu um deputado.

Se quiserem conhecer o seu património genético, basta fazer um estudo do seu próprio DNA.

Re: RMA
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 10 de November de 2006 20:05

Pontosvista

Acho que é preciso ter cuidado quando utiliza a palavra "demagogia".


A todos

Servir a Vida humana é respeitar a dignidade da pessoa humana desde o início!

Re: RMA
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 10 de November de 2006 20:56

Citação:
Dicionário Porto Editora on-line
demagogia 1.submissão excessiva da actuação política ao agrado das massas populares;
2.processos servis de captar o favor popular;
3.abuso da democracia;

Maria José

A ideia de que a Assembleia da República não tem legitimidade para legislar sobre um assunto que não constava explicitamente dos programas eleitorais mas sobre o qual os partidos já tinham antes elaborado projectos de lei parece-me uma "submissão excessiva da actuação política ao agrado das massas populares".

Aliás tem havido por parte dos defensores do referendo uma tentativa de sugerir uma oposição entre a vontade do povo e a actuação ilegítima dos deputados neste assunto. Considero esta atitude um atentado grave à democracia e ao bem comum.

pontosvista

Re: RMA
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 10 de November de 2006 21:05

Eu considero que os deputados não têm mandato dos seus eleitores para legislar neste campo.

Este é o meu ponto de vista.
Será que não o posso ter?

Re: RMA
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 10 de November de 2006 21:23

Mas.... não leste os programas do partido em que votaste???

Re: RMA
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 10 de November de 2006 21:43

Citação:
Maria José
Eu considero que os deputados não têm mandato dos seus eleitores para legislar neste campo.

Porquê? Ou dito de outro modo, sobre que assuntos têm os deputados mandato dos seus eleitores? Apenas sobre os assuntos que constam dos programas eleitorais? Sobre os assuntos discutidos nos debates televisivos de grande audiência? Como seria possível um país funcionar se a democracia funcionasse assim? Isto parece-me a defesa de uma submissão excessiva da actuação política ao agrado das massas populares.

Mesmo assim, não sabias qual tinha sido a posição do partido em que votaste na discussão sobre PMA que houve na anterior legislatura?

pontosvista

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