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Namoro
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 09 de October de 2006 16:38

Antes de se constituir família é necessário estar bem consciente do que se vai fazer.
Aquando do matrimónio na Igreja são perguntadas aos noivos muitas coisas fundamentais. Porque dizem que sim é que o sacerdote declara, perante a comunidade, que eles estão casados.

Fala-se do casamento, dos preparativos, da necessidade de uma família na plena acepção da palavra e esquece-se muitas vezes algo importante: o namoro.

Muitas vezes começa o namoro e chega-se à conclusão que ele e ela não foram chamados a constituir a mesma família.
Essa conclusão manifesta que se leva a sério o casamento.
E até ao casamento está-se sempre a tempo de reflectir e decidir pelo sim ou pelo não.

Quantos rapazes são amigos de uma rapariga , chegam a namorar e concluem que são simplesmente amigos. Deixam de namorar e a amizade não termina.
Quantos casos vocês conhecem de pessoas que namoraram e vão ao casamento dos seus ex-namorados. Que fique claro que namoro é, para mim, sem qualquer sombra de dúvidas, entre pessoas de sexos diferentes.

Aqui na Net encontrei um artigo que nos pode ajudar a reflectir sobre o assunto.

Aqui vai: "
NAMORO: UM TEMPO DE PROFUNDO DIÁLOGO
Rodrigo Lynce De Faria



Já estavam casados há três anos. Tinha sido um amor à primeira vista. No namoro não houvera muito diálogo. O amor, como todos sabem, não se expressa com palavras, mas sim com sentimentos. As palavras sobram. O coração entende tudo. Os sentimentos expressam o que de mais verdadeiro há no interior de cada pessoa.



No entanto, agora, ela sentia-se profundamente sozinha. Faltava o diálogo. Sobrava o monólogo. Deu-se conta de que não o conhecia. Nunca o tinha conhecido de verdade. Parecia óbvio que ele iria mudar, mas não tinha mudado. Se pudesse voltar atrás... Se pudesse explicar a outras pessoas o sentido do namoro... Não quereriam ouvir e não iriam acreditar. Pensariam que procurava roubar-lhes a felicidade que ela não tinha encontrado. E não era nada disso. Será que alguém a entenderia?

Esta história, que tem muito de real, põe-nos diante de perguntas importantes nos dias de hoje e de sempre. Para que serve o namoro? Em que consiste essa preparação para o casamento? Porque é que o amor não se pode apoiar só nos sentimentos?

O Catecismo da Igreja Católica (n. 2350) diz-nos que o namoro é um tempo de prova. Se é um tempo de prova é porque exige esforço. É preciso construí-lo com paciência. Não basta deixar-se levar pelo vento dos sentimentos, por muito sinceros que pareçam. No namoro deve-se descobrir o respeito mútuo; deve-se aprender a ser fiel; deve-se esperar receber um ao outro do próprio Deus quando chegar o momento oportuno. E esse momento chama-se casamento.

No entanto, respeitar-se mutuamente não é fácil. Desejar uma pessoa não é o mesmo que amá-la. O amor vai sempre unido à capacidade de sacrifício pela pessoa amada. Esta capacidade é a prova dos nove do verdadeiro amor. E é uma prova que requer uma purificação dos desejos instintivos. Não superar essa prova é sinal de que, mais do que amar o outro, nos amamos unicamente a nós próprios.

Por isso o namoro requer muito diálogo. Um diálogo que gere um conhecimento profundo e sólido, não fundamentado somente nos sentimentos. É o único modo de compreender o outro. É o único modo de preparar-se a sério para a grande aventura do casamento. E com base nesse conhecimento mútuo, meditar, sem se esquecer de Deus, se aquela pessoa é ou não a escolhida por Ele para mim.

Deus não é ilógico. Se dá a uma pessoa uma vocação para casar-se, dará a outra do sexo oposto uma vocação que seja complementar. E além disso, facilitará providencialmente o encontro mútuo pelos caminhos desta vida. Porque o casamento, para um cristão, é uma vocação divina. E o namoro é uma preparação para esse compromisso definitivo. Compromisso que é sempre total, fiel, exclusivo e fecundo. Por isso, o namoro não pode ser nunca uma brincadeira. Não se brinca com o amor nem com os sentimentos. O namoro deve ser de verdade um tempo de profundo diálogo."

Vamos ao debate?

Re: Namoro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 09 de October de 2006 16:40

SEria interessante , mais do que teorias, as pessoas partilharem aqui as suas experiências de namoro.
Como namoram? Como namoraram?

Re: Namoro
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 09 de October de 2006 17:00

Olha, eu tive um amigo, que considerava muito amigo: aos 18 anos declarou-se que gostava de mim, eu nao sabia! Como so tinha 18 anos, nao queria comecar a namorar tao nova. Ele nunca mais falou comigo!

Nunca me esqueci de tal pessoa e sinto pena nao termos ficado sempre amigos. Quando nos vemos ao longe, claro, ambos levantamos a cabeca para nos vermos:)

Acho isto giro:)))


Nao escrevo do meu pc:(

Re: Namoro
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 09 de October de 2006 22:44

Abri o tópico com um objectivo que vou transcrever "Antes de se constituir família é necessário estar bem consciente do que se vai fazer.
Aquando do matrimónio na Igreja são perguntadas aos noivos muitas coisas fundamentais. Porque dizem que sim é que o sacerdote declara, perante a comunidade, que eles estão casados.

Fala-se do casamento, dos preparativos, da necessidade de uma família na plena acepção da palavra e esquece-se muitas vezes algo importante: o namoro."

Foi deste modo que abri o tópico.
Se é para falar dos namorados que tiveram peço aos moderadores que retirem o tópico. Não faz qualquer sentido.
É para aparecer noutras revistas ou nalgum blog.
O paróquias não é para falar, segundo penso, de histórias cor-de-rosa ou cinzentas... se bem entendi.

Considero , no entanto, que tem todo o interesse debater o texto, NAMORO: UM TEMPO DE PROFUNDO DIÁLOGO Ou será que não deve ser?
Será que o namoro é outra coisa?

Re: Namoro
Escrito por: (IP registado)
Data: 09 de October de 2006 23:11

Maria José, eu concordo com o texto que colocaste. Mas acho também que as palavras só servem na medida em que as sabemos viver. Saber, na teoria, que devemos amar, que devemos dialogar, acaba por ter pouco a ver com a vivência prática de um namoro. Por isso mesmo pode ser relevante falar de experiências práticas e das conclusões que tiramos destas. Afinal, não é assim que mais aprendemos? Aliando a teoria e a prática.

Mas se é para discutirmos este tópico com as tuas regras (namoros só os heteros, experiências pessoais nem pensar), apenas resta discutirmos se o namoro deve ser um tempo de profundo diálogo, o que me parece tão interessante como discutir se devemos ser bons uns para os outros ou não.

Re: Namoro
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 09 de October de 2006 23:20



Muitos só pensam nas emoções e não se lembram de falar no que têm mais em comum...isso acontece com alguns que querem apanhar as mulheres, aqueles homens machões, percebes? :)

Re: Namoro
Escrito por: (IP registado)
Data: 09 de October de 2006 23:26

Esses pensam nas emoções ou em algo mais primário ainda?

Re: Namoro
Escrito por: (IP registado)
Data: 10 de October de 2006 12:34

Enfim, se me é permitido ter opinião sobre o namoro em si...

Eu vejo o namoro como um período de aproximação entre duas pessoas que admite duas saídas possíveis: casamento, ou fim de namoro.

Não vejo que seja só um período de conhecimento da outra pessoa (não que o texto afirme isso). Deve ser, e nessa perspectiva é óbvio que deve haver diálogo (por palavras, óbvio!, mas também por gestos, por silêncios, por olhares). Quem ama, quer conhecer mais. Quem não conhece, até pode amar, mas o objecto do seu amor não é certamente a pessoa com a qual namora.

Acontece muitas vezes, de facto, descobrir-se que a pessoa com a qual se namorou não é aquela que se ama. Aprendeu-se a amar outra pessoa, muitas vezes apenas uma idealização nossa, e não a pessoa ao nosso lado. É complicado conhecer o outro, porque tenho de partir sempre de mim mesmo. E a essência da outra pessoa só se vai clarificando ao longo de muitos anos. Uma vida inteira não basta para conhecer completamente o outro.

Concordo assim que o namoro deva ser um período de conhecimento do outro, mas isso não basta.

Aliás, eu acho que deve haver um pré-namoro (ao invés de um avançar impulsivamente para um namoro com um "amor à primeira vista"), e esse sim é um período cujo objectivo é meramente o conhecimento dos valores fundamentais do outro. Se o outro passa esse "teste", e corresponde àquilo que esperamos doutra pessoa, pode passar-se ao namoro.

Quanto ao namoro, como disse, acho que não basta o conhecer-se a outra pessoa. É indispensável haver uma construção. Afinal, para mim, o Amor é isso. Não é apenas um sentimento difuso, mas bem mais que isso é uma construção a dois. E durante o namoro, vai-se ensaiando essa construção, tecendo laços amorosos a dois, aprendendo com o outro, para finalmente nos apercebermos se a construção é suficientemente sólida para continuar, ou se, ao invés, não vale muito a pena.

Depois, poderá surgir o casamento (mas nunca como forma de fuga... como ouvi uma vez dizer, há pessoas que queimam as etapas todas do namoro e, em vez de assumir a ruptura, dão o passo em frente para o abismo e casam).

Re: Namoro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 10 de October de 2006 13:33


Vê-se que tens vivido o namoro... :)

Re: Namoro
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 10 de October de 2006 13:49



Olá

O namoro prepara o nascimento, ou não, de uma nova família.

Pensei que havia interesse em debater. Como viste, quando abri o tópico, tentei situar...

Acho que o texto ajuda, que é bastante profundo e por isso o coloquei. claro que são vocês que vão dar achegas.

Posteriormente pedi para o retirarem por ver que logo na 2ºª intervenção parecia que o tópico ia seguir um determinado rumo que não era o do aprofundamento....pareceu-me que se ia parar áquelas revistas que abundam nos cabeleireiros...nesse caso não tem sentido a existência do tópico, penso eu... Apenas o "como" é, em minha opinião muito redutor.
Adeus
Mª José

Re: Namoro
Escrito por: Maria João Garcia (IP registado)
Data: 10 de October de 2006 15:01

Concordo com tudo o que dissestes, Zé. É pena que já não se dê tanta atenção ao namoro e, mais ainda, ao pré-namoro. Depois vêem as grandes desilusões.

Se o namoro prepara ou não o nascimento de uma família, penso que sim. Se vivermos de facto o pré-namoro e o namoro, conhecendo o lado solar e lunar do outro e de nós próprios naquela relação, penso que é mais fácil manter-se o casamento a posteriori.


Mas, isto é conversa de leiga. Ainda sou solteira. Já agora o que acham os casados desta questão?

Re: Namoro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 10 de October de 2006 15:07

Pois, esses é que tem interesse saber....:)
Sobretudo porque quem se vai casando no quotidinao de um amor que se inventa, deve continuar a namorar.

Re: Namoro
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 10 de October de 2006 15:16

CP

Fala lá do teu namoro:)

A Maria José é mulher séria!!!

Re: Namoro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 10 de October de 2006 15:18

Queres dizer que nunca namorou???? :)

Re: Namoro
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 10 de October de 2006 15:19

CP

Como assim, ir casando? Isso é imoral!

Re: Namoro
Escrito por: (IP registado)
Data: 10 de October de 2006 15:30

Rita, casar não é simplesmente uma coisa de um dia só. Não é entrar na Igreja solteiro, sair casado e fim da história. O casamento, enquanto instituição de Amor, é algo que vai evoluindo ao longo dos anos. É dinâmico, não estático. Assim, faz todo o sentido dizer "ir casando". É até uma expressão muito linda. O amor de um casal não se quer que congele como estava no dia do casamento. Quer-se que cresça e evolua. :)

Re: Namoro
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 10 de October de 2006 16:07

ZÉ:
Ás vezes espanta-me como é que um jovem como tu consegue ter tanta sensibilidade e discernimento ao falar de emoções e afectos.
Exactamente! Nenhum casamento sobrevive se as pessoas considerarem o casamento um acto isolado e não se forem casando quotidianamente o que implica uma namoro permanente, com tudo o que isso implica.

Re: Namoro
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 10 de October de 2006 16:54



Pois, mas uma vez visitei Portugal e perguntei; aquela nunca casou? E responderam-me com maldade; vai casando!

Re: Namoro
Escrito por: (IP registado)
Data: 10 de October de 2006 18:02

Compreendo, Rita. Agora podes "resgatar" o significado da expressão.

CP, a minha vida dava um livro, eheh. ;)

Re: Namoro
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 10 de October de 2006 21:04

De vez em quando fico triste. E ao ler este tópico fiquei. Porque a Maria José quiz, em parte, mandar "a boquinha" ao Zé.
O Zé, que é uma pessoa excelente, parece ter mais dignidade dos muitos que andam para aí a dizer aos outros o que é ou não imoral. E pronto, fiquei triste.
Quanto ao namoro, cá está a malta nova para relatar o que se passa hoje em dia.
Bem, na Secundária, é frequente ter de se "contornar" os pombinhos que empatam os corredores, com os seus profundos "beijos à francesa". E é também comum ver pessoas com um companheiro diferente todos os dias. Andam as hormonas aos saltos, e tudo serve de desculpa para umas beijocas e tal e coisa. Até nem acho mal, apesar de já ter visto coisas indecentes que são impróprias para relatar aqui.
Agora, aonde reside a essência disto? É que o namoro, assim como o casamento, se torna um acta social. «Eu tenho uma namorada "mais boa" [como já ouvi dizer aqui no Porto] que a tua!» E andam assim, a relatar "as gajas que comeram" ou, na linguagem delas, "os gajos bons com que curtiram". Passando a ser visto o namoro como uma coisa passageira, e não como uma etapa de conhecimento.
Nunca acho que seja cedo ou tarde para namorar. Até gosto de ver as crianças de 5 anos, ainda com a ranheta a sair do nariz :O, aos beijinhos repenicados. Vão aprendendo com a vida.

A minha opinião é parecida com a vossa: é importante partilhar sentimentos, emoções, detalhes da vida de cada um. Entender se as pessoas são compatíveis e, ACIMA DE TUDO, perceber se SE É CAPAZ DE AMAR.
Não se espantem com o que disse. A verdade é que há pessoas que não são vocacionadas para amar um conjuge, que não conseguem amar ao ponto de partilhar uma vida em conjunto para o resto da vida. E por isso, o namoro é importante. Para se aperceber se se é capaz de amar. E, digo eu, acho que é preferível não avançar para o casamento se não se se sabe, à partida, que não se será capaz de amar, de moldar ao outro. Até porque sofri na pele as consequências de um casamento desfeito, que me obrigaram a "crescer fora d'horas".

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

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