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Re: A Igreja e a contracepção
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 13 de April de 2008 18:17

Gostava de saber qual o Papa que disse que a inseminação artificial é "um acto ilícito".

Deve ser é um papa-açorda...

A inseminação artificial em si não é lícita nem ilícita.

Poderá ser lícita ou ilícita dependente de determinadas condicionantes, não por si.

João (JMA)

Re: A Igreja e a contracepção
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 13 de April de 2008 19:53

Citação:
Willian Mota Melo
prefiro ser "asno" junto com o Papa

Willian,

Prefiro não levar o que disse ao pé da letra, mas apenas como força de expressão. Num fórum de debates, entretanto, se for seguir por esse caminho podem acabar os dois emparelhados na frente de alguma carroça. Não me parece que o papa gostaria muito disso, e mesmo podendo preferir o que quiser, suspeito que também não é uma opção que você faria.

O modo vc entrou de chofre numa discussão que já seguia a algum tempo, e de forma taxativa acusou pessoas de agirem de modo ilícito por estarem "anulando as finalidades do ato sexual" (!?), foi, digamos assim, pouco prudente. Não foi por não ter acompanhado o debate, entretanto, que conseguiu diminuir a paciência das pessoas, mas por apontar o dedo contra muita gente boa e fiel ao evangelho, sem apresentar nenhum motivo ao menos razoável. Graças a Deus, apesar de alguns problemas tenho andado calmo, mas procuro sempre evitar temas como o deste tópico, pq a moral sexual católica é uma das coisas mais tristes que existem na igreja. Prefiro nem entrar muito em detalhes.

Sobre a biga, acredite-me, é uma ilusão pensar que esse tipo de comportamento construa a igreja. Um bom exemplo pode ser encontrado na exortação de Paulo contra uma das atitudes de Pedro, que acho desnecessário detalhar, pois imagino que sabe do que se trata. A igreja é uma comunidade de iguais, irmãos em Cristo, e não é pelo papa ter sido constituído nosso pastor que somos agora proibidos de sentir e de pensar e de discernir; ao contrário, é aprendendo a discernir, a discernir bem, que ajudamos mais a igreja. A igreja quer homens e mulheres, não asnos. Asnos não nos ajudam a crescer na fé. Bem entendida, a infalibilidade é um privilégio da igreja toda reunida, e não somente de um homem isolado numa ilha. O modo como se expressou foi pouco feliz, porque pareceu desconsiderar o papel importantíssimo que tem o senso fidei no caminho da igreja.

Citação:
Willian Mota Melo
todo o magistério da Santa Igreja que eu creio firmemente ser guiado pelo Espírito Santo

"Todo o magistério da Santa Igreja"? Mas esse nem de longe forma unanimidade nesse assunto.

Citação:
Willian Mota Melo
Pois me sinto muito mais seguro seguindo a "asneira" de Nosso Senhor Jesus Cristo através do Sagrado Magistério do que seguindo a "sapiência" de pessoas como o irmãosinho.

É favor não imaginar Jesus puxando carroça! Quando muito ele entrou em Jerusalém montado no lombo de um burrinho, mas tenho certeza que nem aquele burrinho pregava contra a inseminação artificial.

É melhor cingir os rins do que os testículos!

Re: A Igreja e a contracepção
Escrito por: Willian Mota Melo (IP registado)
Data: 14 de April de 2008 16:46

"não culpes Jesus das borradas humanas. Haja respeito.


Minha irmãsinha

Que engraçado, expor dourina da Santa Igreja aqui no forum é sinal de desrespeito e intolerância.
Com relação a culpar Jesus, ocorreu um erro de compreenção de sua parte com relação a minha frase. Eu apenas refutei a posição de um irmãosinho que disse que eu proferi uma "asneira" (sinal de grande "RESPEITO" dele com relação a minha pessoa).E olha que a "asneira",foi apenas uma repetição do que já é ensinado em todas as encíclicas do papa sobre o tema que estamos debatendo, foi neste sentido que eu disse que prefiro ser asno junto com Jesus, o papa e a Santa Igreja que eu creio ser guiada pelo Espírito Santo. Aliás, o que mais têm aqui no fórum são pessoas "RESPEITÁVEIS", exceto com relação àqueles que querem ser livres para expôr com clareza o ensinamento infalível da Santa Igreja.

"Quando um modelo de vida lhe parecer bom, siga-o mas, por favor, não queira que os outros o sigam; o pregador é intolerável (quero eu dizer: muito difícil de suportar). - Agostinho da Silva"

Com relação a frase da irmã, digo que és livre para seguí-la eu eu sou livre para não concordar com ela. Deve ser por isso que para muitos Jesus é "intolerável" pois Ele tinha muito desejo de que os outros o seguissem embora respeitasse a liberdade humana.

E aliás, quando você diz uma frase desta se esquece que está fazendo exatamente a mesma coisa que eu estou fazendo, ou seja, querendo que os outros concordem com sua afirmação.

Arfirmações do tipo "não julgue" , "não condene", "não aponte o dedo" são facas de dois gumes, afirmações que precisam ser muito bem colocadas para não se tornarem excessivas.
Pois quando pedimos para alguém não "julgar" , estamos o acusando de "julgador",desta forma também estamos proferindo um "julgamento." e sendo "julgadores" como ele.
Quando pedimos para alguém "não apontar o dedo", estamos o apontando como alguém que aponta o dedo e assim por diante.

Todos querem se colocar no lugar do "publicano" , repelindo o fariseu (inclusive eu), más nos esquecemos que justamente "negar o fariseu que há em nós" transferindo-o para o outro, já é um sinal de "farisaísmo".

Espero ter sido claro e não ter tratado ninguém com "DESRESPEITO".

Paz a todos.

Re: A Igreja e a contracepção
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 14 de April de 2008 17:07

Wilian
estás no teu direito.
Apenas questiono se realmente Jesus gostará de ser asno nessa companhia.

Falei porque muitos gostam de colocar Jesus do seu lado, para convencer a plateia de que estão certos.
Acontece que falar em Jesus não é garantia de nada. Qualquer um o pode fazer.
Usa-se e abusa-se deste tipo de estratégia e chega-se ao cumulo de colocar na boca de Jesus coisas que não disse, tudo fruto da interpretação humana.
Cada cabeça sua sentença.

Assim, falo em "borradas humanas", pois é disso que se trata - interpretações humanas que obedecem a metas perfeitamente explicáveis pelas conjecturas históricas, sociais e culturais em que foram emitidas.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: A Igreja e a contracepção
Escrito por: Willian Mota Melo (IP registado)
Data: 14 de April de 2008 17:20

Meu irmãosinho Pontos Vista

Que bom que o site lhe foi útil. O Pe. Lody é um grande defensor da moral católica.

Paz

Re: A Igreja e a contracepção
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 14 de April de 2008 18:07

Moral católica...

Re: A Igreja e a contracepção
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 14 de April de 2008 18:39

Felizes os que acreditam sem ver!

Re: A Igreja e a contracepção
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 14 de April de 2008 18:53

O padre Lodi é um terrorista capaz das maiores barbaridades contra pessoas, em nome de uma estúpida moral que ele diz ser católica.
Gosta de exibir dramas humanos como se fossem um número de circo.
É um manipulador da pior espécie que se alimenta da ingenuidade de um povo que nada tem a não ser fome e dor.
O padre Lodi é uma vergonha!

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: A Igreja e a contracepção
Escrito por: Jorge Gomes (IP registado)
Data: 14 de April de 2008 19:25

Então meus amados, afinal o que é que diz o papa Bento XVI, sobre a inseminação artificial???

Re: A Igreja e a contracepção
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 14 de April de 2008 19:41

Lena, isto pode ser para ti:-) [www.diaconoalfredo.com.br]

Re: A Igreja e a contracepção
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 14 de April de 2008 19:44

DINÂMICAS



O objetivo deste trabalho é condensar em um único local diversas Dinâmicas.

Este trabalho é fruto de muita pesquisa, de muita leitura e a condensação de muitos arquivos.

Meu especial desejo é que este trabalho entre em diversos lares, escolas, locais de trabalhos, igrejas, catequese, grupos de orações e que possa realmente servir de auxílio para aqueles que recorrem a ele.

Caso você possua alguma dinâmcia que não consta neste site, encaminhe para que possamos enriquecê-lo. Encaminhe através do seguinte endereço:

alfredo@prestservi.com.br

Re: A Igreja e a contracepção
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 14 de April de 2008 19:56

Citação:
Ana
Lena, isto pode ser para ti:-) [www.diaconoalfredo.com.br]

Prefiro este, mais arrumadinho e de fácil leitura.
[www.paroquias.org]

Já agora tb aproveito a simpatia e dedico-te um filme.
Espero que te seja útil.
[video.google.com]

É por coisas destas que eu tenho um carinho especial por certos "cristãos".

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: A Igreja e a contracepção
Escrito por: Jorge Gomes (IP registado)
Data: 14 de April de 2008 20:05

Pelo menos o paróquias.org não tem a secção de dízimos. lol

Re: A Igreja e a contracepção
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 14 de April de 2008 20:23

Citação:
Lena
Já agora tb aproveito a simpatia e dedico-te um filme.
Espero que te seja útil.
[video.google.com]

É por coisas destas que eu tenho um carinho especial por certos "cristãos".

Lena, duvido muito que tenham sequer coragem de ver o vídeo até o fim. Nessas horas fogem todos. A propósito, na página do referido padre há um artigo explicando porque não se deve dialogar com quem pensa diferente, porque quem pensa diferente sempre tem má intenção. É claro que o vídeo tem "má intenção", a mulher sofrendo no hospital tem "má intenção", os médicos tem "má intenção". A natureza estava má intencionada, talvez até Deus, porque acontecem casos como esse do vídeo.

Sem comentários.

Re: A Igreja e a contracepção
Escrito por: Jorge Gomes (IP registado)
Data: 14 de April de 2008 20:25

Bem pesquisando notícias

O papa Bento XVI voltou a condenar hoje a eutanásia e o aborto, considerados por ele "ameaças à vida". O papa também condenou os direitos legais a casais do mesmo sexo e pediu aos fiéis que sigam sua consciência e não cedam às pressões em relação à religião católica.

"Os católicos são chamados constantemente a se mobilizarem para resistir aos ataques contra o direito à vida", afirmou Bento XVI, em conferência na Academia Pontifica pela Vida. O papa alertou que os países pobres estão submetidos a uma crescente pressão para legalizar o aborto e "liberar novos remédios abortivos usados com o pretexto para o bem estar da saúde reprodutiva".

Bento XVI afirmou que nos países desenvolvidos, a vida está ameaçada por sofisticadas investigações biotecnológicas e "à busca obsessiva pelo filho perfeito, por meio da inseminação artificial e várias formas de diagnóstico que tendem a assegurar uma seleção".

FONTE: Reuters

Re: A Igreja e a contracepção
Escrito por: Jorge Gomes (IP registado)
Data: 14 de April de 2008 20:31

Continuando a pesquisa obre o que dizem os documentos do Vaticano

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Avó dará a luz a dois “filhos- netos” gêmeos
Arquivado em: Inseminação artificial — Prof. Felipe Aquino at 8:33 pm on Segunda-feira, Outubro 1, 2007

Os jornais e a TV noticiaram que uma mãe “emprestou” seu útero para que sua filha se tornasse mãe, já que a mesma não pode engravidar. Em que pese ser este aparentemente um ato de grande caridade, no entanto, a Igreja não o aprova.

Desde 1983 no documento “Donum vitae” (Dom da vida) o Vaticano já se pronunciou claramente contra a inseminação artificial, mesmo no caso de um casal unido em matrimônio, e contra o chamado “empréstimo de útero”.Sobre a inseminação artificial, o Catecismo da Igreja, citando o documento acima, diz que: “As técnicas que provocam uma dissociação do parentesco, pela intervenção de uma pessoa estranha ao casal (doação de esperma ou de óvulo, empréstimo de útero), são gravemente desonestas. Estas técnicas (inseminação e fecundação artificiais heterólogas) lesam o direito da criança de nascer de um pai e uma mãe conhecidos dela e ligados entre si pelo casamento. Elas traem “o direito exclusivo de se tornar pai e mãe somente um através do outro” (Congregação da Fé, Instr. DV, 2,1). (Cat. §2376)

O Catecismo ainda esclarece que: “Praticadas entre o casal, essas técnicas (inseminação e fecundação artificiais homólogas) são talvez menos claras a um juízo imediato, mas continuam moralmente inaceitáveis. Dissociam o ato sexual do ato procriador. O ato fundante da existência dos filhos já não é um ato pelo qual duas pessoas se doam uma à outra, mas um ato que “remete a vida e a identidade do embrião para o poder dos médicos e biólogos, e instaura um domínio da técnica sobre a origem e a destinação da pessoa humana. Uma tal relação de dominação é por si contrária à dignidade e à igualdade que devem ser comuns aos pais e aos filhos” (CDF, instr. DV, II,741,5).

“A procriação é moralmente privada de sua perfeição própria quando não é querida como o fruto do ato conjugal, isto é, do gesto específico da união dos esposos… Somente o respeito ao vínculo que existe entre os significados do ato conjugal e o respeito pela unidade do ser humano permite uma procriação de acordo com a dignidade da pessoa” (CDF, instr. DV, II,4).(§2377)

O Catecismo da Igreja ainda esclarece que: “O filho não é algo devido, mas um dom. O “dom mais excelente do matrimônio” e uma pessoa humana. O filho não pode ser considerado corno objeto de propriedade, a que conduziria o reconhecimento de um pretenso “direito ao filho”. Nesse campo, somente o filho possui verdadeiros direitos: o “de ser o fruto do ato específico do amor conjugal de seus pais, e também o direito de ser respeitado como pessoa desde o momento de sua concepção”. (§2378)

A Igreja ensina que “a esterilidade física não é um mal absoluto. Os esposos que, depois de terem esgotado os recursos legítimos da medicina, sofrerem de infertilidade unir-se-ão à Cruz do Senhor, fonte de toda fecundidade espiritual. Podem mostrar sua generosidade adotando crianças desamparadas ou prestando relevantes serviços em favor do próximo”. (§2379)

Portanto, embora o gesto da avó das crianças possa parecer de grande caridade, no entanto, contraria a verdade moral; e a Igreja ensina que, segundo S. Tomás de Aquino, não se pode fazer o bem por meios maus. Seguindo Santo Agostinho a Igreja ensina que a verdade e a caridade são duas irmãs que devem acontecer harmoniosamente; não se imponha a verdade sem caridade, mas não se faça caridade contra a verdade.

Além do mais, tal situação cria uma realidade constrangedora: quem é a mãe de fato dessas crianças; a avó ou a mãe; uma ofereceu os óvulos e a outra o útero. Ao mesmo tempo a mãe seria avó.

É bom lembrar aqui que as crianças geradas não têm qualquer responsabilidade sobre esses fatos e não carregam nenhuma culpa, podendo e devendo receber os sacramentos como uma criança qualquer.

Re: A Igreja e a contracepção
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 14 de April de 2008 20:31

E claro que nestas palavras do Papa a inseminação artificial não é acto ilícito.

Obviamente.

João (JMA)

Re: A Igreja e a contracepção
Escrito por: Lena (IP registado)
Data: 14 de April de 2008 20:32

E depois aparecem uns iluminados q pegam nas palavras (algo infelizes, parece q já faz de propósito) deste papa e correm a conotar a inseminação artificial com eugenia.
Temos de ser pacientes e compreensivos, mas coniventes com burrice já é pedir demais.

Quem eu conheci e admirava já cá não anda, pelos vistos morreu. Em breve serei eu. Melhor assim.

Re: A Igreja e a contracepção
Escrito por: Jorge Gomes (IP registado)
Data: 14 de April de 2008 20:34

Agora esta matéria tratado pelos irmãos ateus:

Linha dura do Vaticano reafirmada
O Vaticano, mais concretamente o Conselho Pontifício para a família, presidido pelo Opus Dei Alfonso López Trujillo, debitou um documento de 57 páginas reafirmando todas as posições anacrónicas da Igreja de Roma em relação à sexualidade e reprodução.

O documento, intitulado «Família e Procriação Humana», pretende ser uma revisão das posições oficiais da Igreja nas áreas da família e reprodução. Isto é, o documento enfatiza a condenação católica das uniões homossexuais, aborto, inseminação artificial, divórcio, uniões de facto e contracepção «artificial».

E, desiludindo os que esperavam um suavizar das posições neolíticas, diria mais jurássicas, do Vaticano, não é mencionado directamente o desafio do cardeal Carlo Maria Martini à posição oficial da ICAR em relação ao uso do preservativo. Cardeal Martini que sugeriu ser o preservativo um «mal menor» no combate à SIDA, nomeadamente nos casos de casais «tradicionais» em que um dos cônjuges está infectado.

Mas a passagem acerca do aborto que reza «Nenhuma circunstância, finalidade ou lei poderá jamais tornar lícito um acto ilícito porque contrário à lei de Deus» pode ser um prenúncio de que não me enganei quando escrevi «não devemos esperar alterações radicais na posição católica em relação ao uso do preservativo na profilaxia da SIDA».

De acordo com o texto, que pede «castigo» para o aborto, as leis actuais na esmagadora maioria dos países europeus, que não reflectem os ditames do Vaticano, indicam «um eclipse de Deus», eclipse traduzido em leis que não discriminam homossexuais e uniões de facto heterossexuais, permitem «abominações» como a inseminação medicamente assistida, divórcio, contraceptivos e aborto.

Segundo os fundamentalistas do Vaticano é a ausência de Deus a causa da grande crise actual, «que inspira leis contrárias à família tradicional». Considerando que para os teólogos católicos a ausência de Deus resulta necessariamente no Mal devido ao pecado original este discurso tem implicações que uma primeira análise não indicaria.

De facto, toda a prosa agora debitada me recordou a prelecção do cardeal Jorge Medina Estevez, ex-prefeito da Congregação para o Culto Sagrado e a Disciplina dos Sacramentos, que relembrou o mundo católico da presença bem real do Demo, em cuja existência é mandatório acreditar. O cardeal chileno Opus Dei esclareceu que o Demo «Engana os homens persuadindo-os de que não precisam de Deus e que são auto-suficientes». E tem novas armas linguísticas que não hesita em usar: «O Diabo está muito presente, serve-se da mentira e para enganar usa eufemismos. Denomina o aborto interrupção da gravidez e os filhos, cargas. Anima os casamentos entre homossexuais e as leis de divórcio, apresenta o mal como bem, endeusa o dinheiro».

Semelhanças de discurso ainda aparentes na frase constante neste documento «O homem dos tempos modernos radicalizou a tendência para ocupar o lugar de Deus e substitui-lo». Só faltou acrescentar que são possuídos pelo Demo os que são a favor da despenalização do aborto, do controlo de natalidade, do casamento entre homossexuais e do divórcio.

O documento é igualmente uma crónica da guerra anunciada do Vaticano com o governo de Romano Prodi, cujo programa prevê a legalização das uniões de facto e a revisão da lei sobre a inseminação artificial, para além de, pela voz da ministra da Saúde, Livia Turco, ter anunciado a sua decisão de relançar a pílula RU486, proibida em Itália desde Janeiro deste ano pelo grande paladino de óvulos e espermatozóides Silvio Berlusconi.

Como já tinha igualmente previsto, no papado de Ratzinger a ciência em geral e a evolução em particular são alvo preferencial de ataques. Assim, neste documento a ciência é atacada no excerto que, a propósito dos avanços na genética, afirma:

«A ciência e a técnica convenceram algumas pessoas a pensar que tudo é fruto da evolução e que o homem não tem nenhum Deus».

Re: A Igreja e a contracepção
Escrito por: Jorge Gomes (IP registado)
Data: 14 de April de 2008 20:40

Citação:
Lena
E depois aparecem uns iluminados q pegam nas palavras (algo infelizes, parece q já faz de propósito) deste papa e correm a conotar a inseminação artificial com eugenia.
Temos de ser pacientes e compreensivos, mas coniventes com burrice já é pedir demais.

[...] vc sabe bem que eu não concordo com papas. Só estou a por a posição oficial da igreja católica. Quem quiser reformar a igreja e os documentos do Vaticano (que bem precisam de reforma), que se candidatem a papa e às chaves.

________
Editado por Alef. Retirada expressão menos apropriada.



Editado 1 vezes. Última edição em 15/04/2008 00:23 por Alef.

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