Um estudo analisa onde os jovens buscam felicidade - 29/09/2006 - 07:57

«Os jovens e a felicidade. Onde a buscam? Onde a encontram». A estas perguntas responde o sociólogo Javier Elzo em seu novo livro.

O catedrático da Universidade de Deusto afirma que os jovens espanhóis do século XXI relacionam a felicidade «com a adoção de valores altruístas e com a rejeição dos comportamentos que não são cívicos».

Em seu livro «Os jovens e a felicidade», recém-publicado pela editora PPC, é analisado «até onde os jovens estão contentes com sua vida, o que mais lhes agrada, se eles se cansam ou não, em uma palavra, se são ou não felizes», segundo assinalou seu autor na apresentação do volume enviado em um comunicado de imprensa.

Elzo realizou um importante trabalho de recopilação de dados de diversos estudos e pesquisas realizados durante os últimos seis anos, e levou a cabo uma análise em profundidade do significado destes dados com o fio condutor da felicidade.

O autor destacou entre as conclusões do estudo que «os jovens que somente pensam em festas, bebem e consomem drogas até que o corpo ou o bolso agüente estão manifestamente menos contentes com suas vidas que os jovens que sabem aliar os momentos de festa com o trabalho, o estudo, o esporte ou, simplesmente, a vida cotidiana do dia seguinte».

Neste sentido, sublinhou que «entediam menos porque o sentido de sua vida está muito além da mera aventura sem limites. Mas cuidado! Um jovem que não se relaciona com amigos, vive retraído e fechado em seu mundo, ainda que não fume, nem beba, nem use droga alguma, não é tampouco um jovem feliz, em absoluto. Também -- acrescentou -- fatores como pensar no futuro e preparar-se para isso, ter o dinheiro controlado no bolso, boas relações em casa, bons amigos (não somente companheiros) e não ter necessidade dos chats para estar com desconhecidos, assim como uma aceitação crítica das instituições, também se correlacionam positivamente com a felicidade. Como o fato de ser mulher».

Conclui o livro sustentando que «a idéia socrática de felicidade aliada à virtude e à justiça, e a quinta-essência do cristianismo como caridade..., no final, parece ser, inclusive empiricamente falando, o mais certeiro, o que, em maior grau, explica que uns sejam mais felizes que outros».

Por outra parte, Javier Elzo destacou na apresentação que o tema da felicidade foi objeto de análise «só de forma muito parcial e fragmentada nos estudos sobre jovens que se editaram até agora na Espanha».

A partir da publicação do Informe da Fundação SM «Jovens espanhóis 2005», do qual Elzo também é autor, surgiu-lhe a oportunidade de aprofundar neste ponto «em um Curso de Verão do ano 2005 da Universidade Menéndez Pelayo, em Valência. Apresentei alguns esboços e imediatamente depois me pus a trabalhar neste livro, “Os jovens e a felicidade”. Percorri, em detalhe, o publicado nos últimos seis anos e, de forma especial, aprofundei mediante novas análises (em especial, uma tipologia inédita) no estudo “Jovens Espanhóis 2005”».

«No novo livro -- acrescentou -- apresentei um “Índice Subjetivo de Felicidade Juvenil”, que me permita dizer quem se diz mais feliz e que fatores são os que, em maior grau, os levam à felicidade. Insisto que busquei indicadores subjetivos de felicidade, pois não sou eu, o autor, quem ao final dirá quem são mais ou menos felizes, senão os próprios jovens.»

Para definir os jovens espanhóis de hoje, Javier Elzo sublinha que estes, «especialmente os de menor idade, têm mais recursos que juventude alguma teve antes, mas lhes falta, em muitos casos (ainda que felizmente não se possa nem deva generalizar) o essencial: pais que tenham tempo para estar com eles».

Neste sentido, enfatiza que este deve ser «um tempo de qualidade», já que em sua opinião «o acúmulo de normas e proibições aos hábitos dos jovens» não é a solução para seus conflitos, mas que é «a ajuda à educação no seio da família (não as creches ou aos assistentes do lar), que deve ser potenciada, para que educar os filhos não suponha uma discriminação trabalhista aos pais, o que, sejamos claros, quer dizer discriminação às mães».






Última Alteração: 07:57:00

Fonte: Zenit.org
Local:Bilbao

Zé

Não deves estar sózinho em casa, na rua deves ter amigos, amigas..lolol...andas muito só, não é? :)

Uhh, por acaso se há coisa que não me falta são amigos.
A maior parte deles (bem como a família) está longe - noutros países, e noutros continentes - mas bem perto do meu coração. E diria mesmo que tenho melhores amigos e mais próximos, e melhores relações com a família, do que a esmagadora maioria das pessoas. Não precisas de te preocupar comigo. ;)

Só me falta um namorado. :P :P :P :P :P :P



Editado 1 vezes. Última edição em 30/09/2006 00:31 por Zé.

Já nao te respondo a isso, é contigo!!!Quem boa cama fizer nela se há-de deitar.

Nós Igreja apresentamos propostas aos nossos jovens nesse sentido? Da alegria que temos em pertencer ao Corpo de Cristo?
É necessario apresentar uma imagem alegre de Cristo e da Igreja. Para tal há que o viver na comunidade.

Maria Jose e Ze



Aonde voces andam? Andam no privado, ai ai! :)


Nao se esquecam de convidar o Luis para padrinho! lol

Rita, tu és malandra lol

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Subversiva, mesmo.

Eu andava a trabalhar. É que também de pão vive o homem, e esse não é de graça. ;)

:)

Ai essas conversas no privado, ai,ai:)))muitos jovens agora aqui, ainda vai dar em casamentos.

Juntos não! Sou do contra.

Casar todos:)
Mas sabem que há namoros que se desentendem por não quererem viver juntos? Um quer o outro não???

Onde os jovens procuram a felicidade... é um bom tópico.
Estava inclinado para a opção da ascensão social dentro da mini-tribo urbana. O interesse é ser, definitivamente, o mais fixe, o mais popular. E isso passa por começar a fumar, por ter "curtido" (ainda me pergunto se eles saberão o que é curtir = as peles) com mais miúdas, etc.
É aí que eles procuram a felicidade: nos vícios.
E ainda há outro ponto, que é as novas religiosidades. Existem imensos góticos, satânicos, etc. Só porque pode ser fixe ou é uma coisa alternativa.
Mas sobre isto aconselho o post no blog Olhar Marciano. Pode ser lido aqui.

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Numa sociedade cada vez mais individualista, é normal que os jovens se dispersem na procura da felicidade verdadeira. Mas, por outro lado, isto é uma oportunidade. Livres de preconceitos sociais desprovidos de valor, esses mesmos jovens poderão abraçar mais plenamente a Deus. Haja quem O leve até ele. Acho que os cristãos temos uma responsabilidade muito acrescida, a nível individual, nos dias de hoje. Não propriamente de fazer um apostolado agressivo, mas de dar exemplo coerente e informado, pela nossa forma de viver.

Olá Rita

Eu estou aqui!!! Diante de um P.C....

Felicidade, quem não a quer?

Penso que se tem uma ideia errada dos jovens...vê-se até pela publicidade que é apresentada.

Pintam-se os jovens como superficiais...que a felicidade consiste em ter mais coisas, em "viver a vida" (entenda-se: álcool, sexo, droga, ser pessoas da noite, etc...).

Mas há muitos jovens que são imensamente generosos, amigos de ajudar...dão-se aos outros... não se limitam a dar.

Não andam a correr atrás da felicidade. Encontram-na e ficam nela. O correr atrás de algo significa que não o encontraram.
Penso que a felicidade não é estática. Não é ficar "no estou feliz e prontos..."

Há crescimento. Há descoberta...há acertar e errar mas...o que me irrita, desculpem a expressão, é a imagem estereotipada que fazem dos jovens e da felicidade.

:)

Nada disso, eu sei que és boazinha:)Eu conheço os jovens pelo que escrevem...