Fóruns Paroquias.org
paroquias.org

  A participação no Fórum Paroquias.org está condicionada à aceitação das Regras de Funcionamento.
Inteligência Espiritual
Fóruns Paroquias.org : Geral

 

Ir para tópico de discussão: AnteriorPróximo
Ir para: Lista de fórunsLista de mensagensNovo tópicoPesquisarEntrar
Ir para a página: 12Próximo
Página actual: 1 de 2
Bubble Gum/ na igreja
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 25 de September de 2006 19:14

Vocês acham delicado as pessoas mastigarem Gum nas igrejas?
Sabem que na nossa igreja, mesmo adultos fazem isso?

Re: Bubble Gum/ na igreja
Escrito por: (IP registado)
Data: 25 de September de 2006 19:57

(diz-se pastilha elástica ;) )

Re: Bubble Gum/ na igreja
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 25 de September de 2006 19:59

Eu acho indelicado, para além de pouco saudável, mastigar (ou mascar) chiclet em qualquer lado, em qualquer circunstância, pois a maioria das pessoas não o sabe fazer, emitindo uma data de ruídos.

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Re: Bubble Gum/ na igreja
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 25 de September de 2006 23:22

Será que isso de mascar chiclets na Igreja traduz algum descontentamento ou é de certo modo uma forma de protesto? Ou pretende ser uma afirmação de descontracção? Ou será um apelo a liturgias mais participadas?

*=?.0

Re: Bubble Gum/ na igreja
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 25 de September de 2006 23:29

Ou será falta de educação?
As pessoas mascam chiclets porque gostam de ter o dente a trabalhar (nem imaginam o mal que faz ao estomago). E porque é giro brincar com uma coisa que até sabe bem.
Nao me parece que seja por quererem participar. Será que ninguém está contente com nada??? Em que acha, se me permite, Albino, que se podia participar mais na liturgia? Cantorias estúpidas? Ler mal e porcamente???

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Re: Bubble Gum/ na igreja
Escrito por: (IP registado)
Data: 25 de September de 2006 23:57

Eu masco pastilhas depois de almoçar, porque não dá para lavar os dentes. Há pastilhas próprias para substituir (na medida do possível) a escova de dentes.

Mas acho falta de educação fazê-lo nalgumas situações. Numa missa, mais ainda.

Re: Bubble Gum/ na igreja
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 26 de September de 2006 04:55

É algo que não gosto de ver; é mascar essas pastilhas elásticas, principalmente na igreja. Mas o pároco este fim de semana fez uns avisos especiais:)))Não quer ver ninguém a mascar chiclets na igreja, mesmo na frente de todos, chama essa pessoa a atenção. Telemóveis desligados, e que se vistam apropriadamente para entrar numa igreja, a igreja não é uma praia. O jovem padre, com uma voz forte, presumo que entrou bem tudo nos ouvidos dos fiéis!...Espero bem que sim...

Re: Bubble Gum/ na igreja
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 26 de September de 2006 09:10

Diogo,
Circunstancialmente prefiro entrar numa Igreja e ouvir alguém a esgadanhar no órgão a ouvir música gravada. A Igreja é um espaço de presença de pessoas com suas virtudes e seus defeitos. Quanto aos leitores reconheço que muitos dos que podiam ler bem não o querem fazer e quanto a cânticos é tudo uma questão de saber escolher; algum voluntarismo é sempre necessário.

*=?.0

Re: Bubble Gum/ na igreja
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 26 de September de 2006 15:38

Albino

Albino

Todas as pessoas são voluntárias, mas devem ser escolhidas, cada qual com seus dons. E é o padre quem deve escolher...e é o padre quem deve convidar os leitores.
Se o padre tiver bons acordos vocais, então tem um bom coro.
Há padres com bons gostos e sabem escolher os bons leitores. É só uma questão do padre lhes fazer um convite!
O padre é a cabeça da igreja, é a ele que lhe pertence fazer a escolha.

Re: Bubble Gum/ na igreja
Escrito por: SomosIgreja (IP registado)
Data: 26 de September de 2006 18:01

"E é o padre quem deve escolher...e é o padre quem deve convidar os leitores...."

"É só uma questão do padre lhes fazer um convite!
O padre é a cabeça da igreja, é a ele que lhe pertence fazer a escolha"



Rita!
Deus me livre de ser membro de uma comunidade assim!! Tenho direito a uma comunidade à medida do Concílio Vat.II.
É padre que diz ... é o padre que escolhe... é o padre que... Por favor! Chega de clericalismo!! Nós também somos Igreja! Ou é daquelas que quer concentrar tudo no padre para depois ter mais oportunidade de lhe "carregar"? Ou quer demitir-te do seu envolvimento laical?
Ainda bem que na minha comunidade não se passa nada disso! Os vários serviços( acólitos, coral, leitores, jovens, catequese, grupos sócio-caritativo...) têm leigos à frente e o pároco trabalha e cordena com esses dinamizadores... Até o jornal paroquial o nosso pároco ofereceu à coordenação dos leigos... Só que nenhum de nós se achou capaz!
Desculpe ter que lhe dizer isto. Esta sua intervenção tem um cheiro a "bafio de sacristia" que tresanda!
E volto ao mesmo de sempre: enquanto nós leigos não nos convencermos que somos Igreja, que temos que participar e saber ocupar o nosso lugar, mesmo "lutando", então as igrejas continuarão a despovoar-se... Sou dos que pensam que a culpa nem é sobretudo dos padres, é acima de tudo dos leigos!!! Falhamos na família, na evangelização da secularidade, no compromisso intra-ecclesial... E depois dizemos que a culpa disto estar mal é da hierarquia...´Mas, a culpa morreu de velha!

"Para mim, viver é Cristo" - S. Paulo

Re: Bubble Gum/ na igreja
Escrito por: SomosIgreja (IP registado)
Data: 26 de September de 2006 18:04

Correcção

"A culpa morreu solteira"

Re: Bubble Gum/ na igreja
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 26 de September de 2006 19:01

Somos igreja

Tem uma fraca visão acerca da minha pessoa. Ou então não entende o meu português!

Re: Bubble Gum/ na igreja
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 26 de September de 2006 19:05

Para reflectir:

"Mas eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, é a que não tem medo do rídiculo"

Re: Bubble Gum/ na igreja
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 26 de September de 2006 19:58

Um dia disse a um amigo Padre:
Ora aqui temos o "manda-chuva" da Igreja tal...
E ele respondeu:
Não admira a seca que vai.

*=?.0

Re: Bubble Gum/ na igreja
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 26 de September de 2006 20:06

Para reflectir:

No fundo, sabemos que o outro lado do medo é a liberdade"

Re: Bubble Gum/ na igreja
Escrito por: SomosIgreja (IP registado)
Data: 26 de September de 2006 21:33

"Ou então não entende o meu português!"


Ou então não se soube explicar...

Re: Bubble Gum/ na igreja
Escrito por: Rui B (IP registado)
Data: 26 de September de 2006 21:56

Igreja somos todos. Por isso, numa comunidade há lugar para todos: padres e leigos.

É importante que os também saibam tomar iniciativas. Eu conheço pessoas que criticavam porque o Padre não fazia "isto", nem "aquilo"... mas nunca as vi irem ter com o Padre e dizerem-lhe para se fazer.

Também é importante fazerem-se os convites directos. Há pessoas que não se voluntariam e que, se forem convidadas, até participam com a melhor das vontades. Falo por expriência própria. ;)

Re: Bubble Gum/ na igreja
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 27 de September de 2006 04:10

Rui

Já somos dois! :)

Re: Bubble Gum/ na igreja
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 27 de September de 2006 21:29

três:-)

Re: Bubble Gum/ na igreja
Escrito por: Ovelha Tresmalhada (IP registado)
Data: 27 de September de 2006 22:37

Isso de mascar pastilha elástica durante a missa não é nada louvável, mas quando eu me lembro do que eram as missas, há umas décadas, na minha terra...

Fiquem-se lá só com esta:

A igreja distava uns escassos 20 metros da principal taberna da freguesia, cujo dono, o Marcelino, por sinal, era o mordomo de todas as festas. Vendia-se lá um vinho, ao que diziam, palheto, bem curtido, de 14º, coisa de estalo.

Aos domingos, à hora das missas (7h e 12h, ainda não havia missa vespertina), a igreja enchia até transbordar para o adro.

Eram todos muito "praticantes" e aos poucos que faltavam à missa não se lhes invejava a sorte: não cobravam, pela sua corajosa singularidade, mais do que o desprezo público geral. Escusado será dizer que à missa do meio-dia só iam (era a minha mãe que o garantia) os calões, os dorminhocos, aqueles a quem custava pôr o rabinho fora das mantas e as costas ao alto bem de manhãzinha. Mas nós, os mais devotos e cumpridores (assim me sentia eu, na infantilidade da minha Fé), lá íamos para a igreja, logo às 7 da matina...

- Introibo altare dei - proclamava, na sua voz portentosa, o pároco; e o povo - os homens na capela-mor, as mulheres, de véu, lá mais atrás, na nave central - respondia, em latinório atabalhoado a deo qui letifica juventute meia (tradução fonética da expressão ad deum qui laetificat juventutem meam). E, por entre o dizer da jaculatória, viam-se, sem perda de fervor, mãezinhas enérgicas puxando orelhas e aplicando bofetões aos cachopos distraídos, palradores ou de cabeça voltada, a olhar para trás, desrespeitando o santíssimo e dando, como então se advertia, um beijo ao demónio.

Entretanto, lá ao fundo da igreja, junto ao portão da entrada e na zona do guarda-vento, ficavam alguns bons homens, não mais do que meia dúzia deles, muito devotos e atentos, sempre os mesmos e nas mesmas posições relativas, como se aquele lugar lhes tivesse sido reservado desde toda a eternidade. Para além de terem a particularidade de permanecer quase sempre de pé, apenas colocando, na altura solene da elevação, um joelho em terra, em postura de caçador, protegendo-o com um lenço das mãos para não sujarem o fato domingueiro, caracterizava-os ainda esta atitude fantástica - e era aqui, depois de tanto relambório, que eu queria chegar: quando o pároco subia as escadas do púlpito para começar o seu prolongado e tremendista sermão (a única coisa falada em português, durante toda a missa), ei-los a sair sorrateiramente da igreja, um a um, todos se pisgando para a taberna do Marcelino!

Ao balcão, e com a mesma devoção, ali mandavam aviar, cada um deles, 1 ou 2 selhas de vinho palheto, punham a conversa em dia por entre risadas e palavrões e, quando o relógio da torre dava os 3/4, regressavam à igreja, já de passadas algo incertas, no preciso momento em que o pregador terminava o seu sermão e entoava, com o alívio triunfante de quem fora certeiro e contundente na prédica, o Credo in unum Deum!

Mascar pastilhas? Que insignificância!



Editado 1 vezes. Última edição em 27/09/2006 22:52 por Ovelha Tresmalhada.

Ir para a página: 12Próximo
Página actual: 1 de 2


Desculpe, apenas utilizadores registados podem escrever mensagens neste fórum.
Por favor, introduza a sua identificação no Fórum aqui.
Se ainda não se registou, visite a página de Registo.

Nota: As participações do Fórum de Discussão são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, pelo que o Paroquias.org não se responsabiliza pelo seu conteúdo, nem por este estar ou não de acordo com a Doutrina e Tradição da Igreja Católica.