Papa convida a descobrir a beleza da oração em família - 12/09/2006 - 11:29

Ao encontrar-se na tarde desse domingo, na catedral de Munique, com crianças da primeira comunhão, com seus pais e seus catequistas, Bento XVI os convidou a descobrir a beleza da oração em família.

No templo, no qual em 28 de maio de 1977 recebeu a ordenação episcopal Joseph Ratzinger, apresentou a Comunhão como a «fonte da vida» com a qual Jesus «vem a nós e se une a cada um de nós».

Por este motivo, o Santo Padre se dirigiu em particular aos pais das crianças, para convidá-los «encarecidamente a ajudar vossos filhos a crer» a «acompanhá-los em seu caminho para a primeira Comunhão».

Definitivamente, explicou, trata-se de ajudá-los em «seu caminho até Jesus e com Jesus».

«Peço-vos - implorou: ide com vossos filhos à Igreja para participar da celebração eucarística do domingo.»

«Vereis que não é tempo perdido - assegurou -, é o que mantém a família verdadeiramente unida.»

«O domingo se torna mais belo, toda a família se torna mais bela, se juntos participais da liturgia dominical.»

«E, por favor, rezai também em casa juntos: na mesa e antes de ir dormir. A oração nos leva não só para Deus, mas também para o outro».

«É uma força de paz e de alegria - reconheceu. A vida da família se torna mais festiva e adquire um alcance mais amplo se Deus está presente e se experimenta sua proximidade na oração.»

O Papa se dirigiu também aos professores de religião, para pedir-lhes que tenham presente «na escola a busca de Deus, desse Deus que em Jesus se tornou visível para nós».

«Sei que em nosso mundo pluralista é difícil apresentar na escola o tema da fé. Mas não é suficiente, muito pelo contrário, que as crianças e jovens só adquiram na escola conhecimentos e capacidades técnicas, em vez de critérios que orientem e dêem sentido aos conhecimentos e as capacidades.»

«Estimulai os alunos a propor perguntas não só sobre isto ou aquilo - algo que está bem - mas perguntar sobretudo o “de onde” e o “para onde” de nossa vida. Ajudai-os a perceber que todas as respostas que não chegam até Deus são curtas demais.»


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Jesus disse: "isto é o meu corpo". Não disse: "isto sou eu". E disse: "isto é o meu sangue". Não disse: "isto é a minha vida". Mas disse: "sempre que dois ou três estiverem reunidos em meu nome eu estarei no meio deles". Só algo vivo pode traduzir a presença de Jesus Cristo. A coisificação de Jesus Cristo, e mais ainda de Deus, mesmo vinda da boca do Papa Bento, não faz sentido. Pão é pão. Pão partido e repartido é o corpo de Jesus Cristo, ou seja o cerne da sua mensagem existencial. O vinho e a água em comum participados são a expressão da vida que Jesus quer ver no mundo. Jesus faz-se presente por coisas vivas, mormente pelas pessoas, sobretudo aquelas que precisam de amparo e compreensão.

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Não sei se percebi completamente o que queres dizer, mas levanto algumas questões.

Aparentemente, ao dizer «Isto é o Meu corpo» (em vez de, como dizes, «Isto sou eu») e «Isto é o meu sangue» (em vez de «Isto é a minha vida») impede aquilo que pareces criticar na Igreja como sendo a coisificação de Jesus Cristo. Pareces postular que uma coisa é o corpo de Jesus, outra é Jesus, não podendo nós dizer que o Corpo de Jesus é o mesmo Jesus. Se é isto o que queres dizer (assim me parece, pelo que vejo escrito), creio que a tua mensagem esquece alguns elementos básicos.

Em primeiro lugar, não podes ler a Bíblia esquecendo o significado das palavras na mesma. «Corpo» e «Sangue» significam precisamente aquilo que a tua mensagem nega. O corpo é a presença de cada um, o modo de estar; o sangue é a vida. Evidentemente, não podemos cair naquilo a que já tantas vezes chamei o «fisicalismo» da presença real de Jesus na Eucaristia. Mas é uma presença real. É Jesus que realmente está presente.

Em segundo lugar, só uma leitura errada destas palavras permite uma coisificação de Jesus e garanto-te que o Papa não incorre nesse erro.

Em terceiro lugar, nada disto contradiz o que colocas como contraposição, a da presença de Jesus nos gestos do (re)partir do pão e da água. A Eucaristia não é um mero ritual, mas o cerne de toda a vida. Comungar o Corpo de Jesus e beber o seu sangue significa entrar em comunhão com o modo de ser e de estar de Jesus, assumir os seus critérios, transformar-me naquele que comungo, ser um «alter Christus», outro Cristo. O pão consagrado, partido e repartido é expressão daquilo que Jesus é para nós e do que somos convidados a ser uns para os outros. Aqui está o núcleo da vida cristã e por isso é que a Eucaristia é o centro de tudo. E aquilo a que chamas «mensagem existencial» também está lá. Porque está lá tudo. Também aqui é caso para dizer: «Não separe o homem o que Deus uniu».

Alef

Não sou perito em Escrituras. Mas penso que fica claro que Jesus Cristo só se identifica, pelo que respeita ao espírito de missão, com aqueles que sofrem: "foi a mim que o fizeste". Adorar o pão eucarístico como se de Jesus Cristo se tratasse é mero exercício devocionista, sem nada a ver com a realidade. O pão eucarístico é sim o símbolo da Festa Eucarística, aquele acontecimento de luz, côr, fraternidade, compaixão, perdão e liberdade, que de simbólico deve passar a real, para glória de Deus Pai.

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Mensagem do Dia Mundial da Paz para 2007

Na habitual mensagem do primeiro dia do ano, o Santo Padre deverá denunciar os dramas da Humanidade que ameaçam a paz e colocam em risco o futuro das novas gerações.

Na Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2007, agora conhecida, Bento XVI mostra especial preocupação com o terrorismo, a corrida ao nuclear, a eutanásia e o aborto, aludindo às “mortes silenciosas”.

“Junto às vítimas dos conflitos armados, do terrorismo e das mais diversas formas de violência, temos as mortes silenciosas provocadas pela fome, pelo aborto, pelas pesquisas sobre os embriões e pela eutanásia. Como não ver nisto tudo um atentado à paz?”, pergunta o Papa, no texto hoje divulgado pela Santa Sé.

Bento XVI sublinha que a vida é "um dom de que o sujeito não dispõe a seu bel-prazer".

"A paz necessita que se estabeleça uma clara fronteira entre o que é disponível e o que não o é: assim se evitarão intromissões inaceitáveis naquele património de valores - que é próprio do homem enquanto tal", pode ler-se.

Com o título “A Pessoa Humana, Coração da Paz”, a Mensagem de Bento XVI defende que “respeitando a pessoa promove-se a paz e, construindo a paz, assentam-se as premissas para um autêntico humanismo integral”. “É assim que se prepara um futuro sereno para as novas gerações”.

O texto lembra ainda que existem “direitos humanos inalienáveis ligados com a natureza comum dos homens”, a cuja observância os Estados se comprometem mesmo em caso de guerra.

Bento XVI retoma também uma preocupação manifestada na Turquia e apela à consciência ecológica, ressaltando que "a destruição do ambiente, um uso impróprio ou egoísta do mesmo e a apropriação violenta dos recursos da terra geram lacerações, conflitos e guerras, precisamente porque são fruto de um conceito desumano de desenvolvimento".

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D. Januário elogia mensagem para o Dia Mundial da Paz


Um convite à reflexão, numa mensagem de um homem de coragem. D. Januário Torgal Ferreira avalia, assim, a mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz.

O Bispo das Forças Armadas entende que, neste “documento de grande porte” o Papa Bento XVI “mantém a lógica corajosa de posições já assumidas, tocando os vários registos da sociedade”, numa época em que as pessoas “às vezes, só tocam num”.

No texto para o dia que assinala a 1 de Janeiro, mas que já hoje foi revelado pelo Vaticano, o Papa denuncia os dramas da Humanidade que ameaçam a Paz e colocam em risco o futuro das novas gerações.

D. Januário Torgal Ferreira defende que a mensagem revela “um Papa com inteligência e argúcia intelectual e coragem moral” e sustenta que “era preciso fazer pensar” e o texto de Bento XVI “é um convite a pensarmos”.

www.rr.pt

Por causa dessa mensagem, escrevi um texto no meu blog. Podem ver aqui.

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Papa/Vaticano

Insuficiente consideração pela mulher, ameaça para paz, afirma Santo Padre - 13/12/2006 - 09:11

Bento XVI alertou que a paz se converte em uma miragem quando não se respeita plenamente a dignidade da mulher.

A advertência pontifícia está presente na mensagem com motivo da Jornada Mundial da Paz, para o dia 1º de janeiro de 2007, que com o tema «A pessoa, coração da paz», enfrenta o desafio proposto pela igualdade de natureza de todas as pessoas.

«A insuficiente consideração da condição feminina provoca também fatores de instabilidade na ordem social», denuncia a carta.

Em particular, o bispo de Roma menciona «a exploração de mulheres tratadas como objetos e em tantas formas de falta de respeito à sua dignidade».

Em particular, desmascara as concepções persistentes em algumas culturas, «que ainda designam à mulher um papel de grande submissão ao arbítrio do homem, com conseqüências ofensivas à sua dignidade e ao exercício das próprias liberdades fundamentais».

«Não se pode cair na ilusão de que a paz está assegurada enquanto não se superem também estas formas de discriminação, que laceram a dignidade pessoal inscrita pelo Criador em cada ser humano», adverte.

Jornalistas: Ricardo Abel e Heloísa Paiva

Telefone: (11) 3266.6088 ramais 233/206


Última Alteração: 09:11:00

Fonte: Zenit.org
Local:Cidade do Vaticano Inserida por: Administrador