- "O Senhor lhe disse: "Eu vi a opressão de meu povo no Egito, ouvi os gritos de aflição diante dos opressores e tomei conhecimento de seus sofrimentos. Desci para libertá-los das mãos dos egípcios e fazê-los sair desse país para uma terra boa e espaçosa, uma terra onde corre leite e mel, para a região dos cananeus e dos hititas, dos amorreus e dos fereseus, dos heveus e dos jebuseus. O clamor dos israelitas chegou até mim. Eu vi a opressão que os egípcios fazem pesar sobre eles. E agora vai, que eu te envio ao Faraó para que libertes meu povo, os israelitas, do Egito"." Ex. 3, 7- 10 (tradução brasileira)
- "Bem-Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos céu." e " Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus! ." - Mt. 5, 6.10

- 20% da população portuguesa está no limiar da pobreza;
- milhões sofrem no muno de diversas fomes: de pão, de alfabetização, de saúde, de esperança, de paz...

QUAL a intervenção dos cristãos no mundo da justiça social?
Não acham que se ficam (quando ficam) por uns grupinhos sócio-caritativos,mas sem um intervenção profundo no "palco da história"?
Onde estão os cristãos leigos na política, no jornalismo, no patronato, no sindicalismo, nas autarquias, no voluntariato, nas organizações não-governamentais....???
E mesmo os que estão, serão cristãos nesses campos, ou deixam os valores cristãos "à entrada da porta"?
Que conhecimento têm os leigos (e não só) da bela doutrina social da Igreja?
Não quero ofender - nem pensar- os sentimentos, modo de ver, posicionamentos de muitos cristãos neste forum, mas tenho a ideia (estarei errado?) de que se discute aqui muito "sexo dos anjos", e não se vai ao fundamental.
Vejamos: relevo máximo às questões do 6º e 9º mandamentos. Relevo mínimo à justiça social. Ora isto é, me parece, exactamente o contrário do que propõe a mensagem libertadora do Evangelho; relevo imenso a questões disciplinares da Igreja - vejam por exemplo, o espaço ocupado com as questões do baptismo, dos padrinhos, etc. Relevo mínimo às questões sociais: capital/trabalhador; rendimentos; fortunas/pobreza; exclusão social; arbitrariedades dos políticos (cada vez mais- por exemplo, falam de simplex, e cada vez é mais complex...); desemprego; marginalidade, etc, etc, etc...
Parece que a onda gigante de egoísmo e egocentrismo tomou conta da vida de muitos cristãos! Interessa é " o meu casinho", "o meu problemazinho", " o meu interessezinho".
Quando acordamos para sermos cristãos do ESSENCIAL???
Saudo todos os internautas.

Caro somosigreja,

Bem vindo ao fórum.

Temos aqui discutido muitas coisas, mas não me recordo de discutirmos o sexo dos anjos :o))

Como sabes, todos os participantes são livres de discutir aquilo que querem. Não são os moderadores que abrem tópicos para discussão. Não limitam os temas nem indicam os temas "politicamente correctos" para discussão. Nem o tencionam fazer.

A discussão é sempre positiva. Mas cada qual discute o que quer, quando quer e como quer,desde que respeite os demais.

Isto para dizer que,tal como agora fizeste, podes abrir os tópicos que te interessam. Sugiro-te que vejas primeiro se são discussões já abertas, para as não duplicares.Como por exemplo os cristãos e a política.

João (JMA)

Caro SomosIgreja, bem vindo a este fórum.

Saliento o que o João (JMA) referiu no que diz respeito aos temas discutidos neste fórum e reforço (mais uma vez) que a primeira das regras de funcionamento deste fórum diz que todas as mensagens devem estar de acordo com o tema do Fórum - Religião, Cristianismo e Igreja Católica. Ultimamente, tenho visto alguns (demasiados) tópicos que embora possam ser pertinentes nada têm a ver com Religião, Cristianismo e Igreja Católica. Para discutir temas que não estes, devem utilizar outros fóruns de discussão.

Os utilizadores devem ainda respeitar o tema do tópico no qual participam, o que nem sempre acontece sobretudo em tópicos com mais de duas ou três páginas de mensagens (cerca de 50 mensagens).


Obrigado e boas discussão.
Luís Gonzaga

O tópico é pertinente.

O modo como Somosigreja (S.I.) o coloca pode parecer que está zangado connosco com aqueles que andamos andanças da discussão.
É verdade que às vezes andamos à volta de um assunto , em muitas intervenções... e não passa de cada um afirmar muitas vezes a mesma coisa. (Eu também me incluo nesse grupo mas... são vários os que actuam como eu... )

Considero que o modo como escreves nos assusta...vamos levar uma sova? Mas entendo o que dizes e até concordo.... Penso que podias dizer de outro modo (por exemplo quando escreves e passo a citar-te: "QUAL a intervenção dos cristãos no mundo da justiça social? Não acham que se ficam (quando ficam) por uns grupinhos sócio-caritativos, mas sem um intervenção profundo no "palco da história"? "

Acho que é questão de saber olhar e ver... Há muitas realidades.

Será que o S.I. considera todo o trabalho da Madre Teresa de Calcutá e das suas seguidoras como um trabalho de pouca importância? Ela e as suas irmãzinhas não resolvem o problema da pobreza, em si, mas o que fazem é muito importante...cuidam das pessoas com carinho... ajudam-nas...

Na verdade estão a dar um contributo importantíssimo...para a justiça social. É a tal pequena gota de que falava a Madre Teresa...
Além disso muitas dessas coisas podem servir-nos de modelo...

Como falamos com aquele sem-abrigo? Será que não podemos ajudar? Não ficará alegre por ter alguém que o tratou como pessoa?

Como conversamos com uma mãe valente que decide não abortar apesar de todas as circunstâncias parecerem levar a que o faça? Ela, como respeita a vida humana, como é justa, a gravidez não é interrompida.....Para ela, não há justiça social, para ela há um rótulo: "mãe solteira", com carga negativa.

Eu sou das que dou os parabéns às mães solteiras...não é que não defenda que as crianças devam nascer dentro do Matrimónio...mas...há tão poucas mães solteiras porque foram mães mas...não foram ajudadas e a criança não nasceu...
É uma questão de justiça ajudar essas senhoras ou adolescentes a serem reintegradas na sociedade, na sua família ...que se envergonha dela e do rebento...mas que, se calhar não se envergonhava ...se tivesse abortado. Se tivesse matado.

Atenção: o tema não é sobre o aborto mas considero que a ajuda às mães que têm filhos apesar das circunstâncias não lhe serem favoráveis não estão a ter todo o apoio que merecem. Têm aparecido algumas instituições e considero isso positivo...

S.I. consideras ou não positivo que apareçam iniciativas, pequenas...mas para as pessoas...?
As pessoas para mim não são multidão: têm história, têm nome... o Luís, a Luísa, o Ricardo, a Maria...

Estes foram apenas pequenos contributos...venha o debate...a justiça social tem tantas facetas...

Olá, Maria José Ribeiro!

"O modo como Somosigreja (S.I.) o coloca pode parecer que está zangado connosco com aqueles que andamos andanças da discussão."

"Considero que o modo como escreves nos assusta...vamos levar uma sova?"

Admito que podia ser mais delicado no modo de abordar as questões. Mas este "sangue beirão" às vezes não ajuda muito...
Longe de mim pensar, desejar ou sentir qualquer ageressividade em relação às pessoas que aqui têm a coragem de partilhar as suas ideias, enriquecendo-nos a todos. É apenas a força da expressão, que admito possa ser rude, mas jamais mal intencionada.
Penso que todas as questões aqui debatidas têm importância, não o nego. Eu mesmo aprendi muito com a abrangência dos debates. Pelo menos alertam-nos para descermos um pouco do pesdestal das nossas seguranças e para nos abrirmos às várias sensibilidades, "porque ninguém é dono do ESPÍRITO."
Agora parece-me que poderíamos ir mais longe naquilo que julgo essencial, partindo da bela doutrina social da Igreja.
A mim preocupa-me imenso os 20% de portugueses no limiar da pobreza, o contraste flangrante entre o fausto e a maior das misérias dos bairros de lata no Brasil; os milhões dos vários tipos de fome no mundo (fome de pão, de paz, de alfaberização, de saúde, de progresso, de Deus...), os envelhecidos agricultores do interior do país que "se deitaram abaixo da Casa do Povo" porque não têm rendimentos para a pagar, esta desmesurada diferenciação social em Portugal onde uns vivem cada vez "na maior" enquanto tantos e tantos fazem contas aos tostões para o pão, este neo-liberalismo selvagem que reduz a pessoa humana a uma "máquina" que produz, que consome...
Teresa de Calcutá? Maravilha. O espectáculo bonito do Amor de Deus no corpo franzino de uma mulher admiravelmente bela. A princesa dos pobres da sargeta.
Defender a vida? Sempre! No ventre materno, na velheice, mas também no MEIO (entre o nascimento e a velhice). E também esta só se defende com actos que tenham o peso do amor que vem de Deus. Por isso, na linha do Decreto conciliar sobre o Apostolado dos Leigos, penso que é importante que os leigos "saltem para meio das estrururas" e aí as levedem com o "sal, luz e fermento" do Evangelho.

Santa ira -)

Hoje soube de um caso muito triste!

Um jovem de 13 anos a noite passada dormiu na rua. Chegou à escola contou à professora que tinha ficado na rua, que em casa não havia ninguém...na escola deram-lhe comida, mandaram o jovem ir dormir na cama da enfermaria da escola. O gestor depois da escola, tentou telefonar para casa, chegaram as 18:00 horas e não encontrou ninguém em casa. Até que o jovem foi entregue à polícia, de certeza que lhe vão encontrar uma casa ou uns pais!É triste...

A situação é de facto revoltante. Há cada vez mais pobreza: falta comida, trabalho e saciar a sede de DEus que muitas vezes está tão escondida.

Há muitos cristãos a lutar pela melhoria das condições de vida, quer seja em acções de sensibilização, no seu trabalho, no voluntariado, etc.

A acção social da Igreja é por demais conhecida, mas acho que nós Igreja nem sempre ajudamos a essa mesma acção. Ainda há muitos cristãos demasiado fechados no seu mundo e a pensarem que a acção social, ou seja a missão, é algo que só é feito por algumas pessoas que têm um "certo jeito para isso".

Rezar, ir à missa é muito importante, mas tudo isso deve ser acompanhado do principal mandamento: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Isso implica ou não ajudar na luta contra a pobreza? Claro que sim.


Mas a fome não é só de pão e água é também do Pão da Vida, de Deus. Não nos podemos esquecer disso! Aí a IGreja deixa mesmo muito a desejar. Divulgaram-nos a Boa Nova, mas nós nem sempre a divulgamos por palavras e acções.

Que Deus proteja os mais desfavorecidos! Que DEus olhe para esse rapaz de 13 anos! Como é que é possível fazerem-lhe isso!


bjs em Cristo

Maria João Garcia

Maria José

O SomosIgreja vem aí dar pézinho de dança a todos:)

O SomosIgreja não é bailarino e até dança muito mal.Mas acho que seria interessante que todos entrássemos na "dança" do anúncio do Evangelho em vez de ficarmos a ver e a criticar quem dança. Ou como dizia um idoso lá na minha terra: "Menos treta e mais obra"!

Em Cisto

"Para reflectir"

"Só erra quem produz. Mas só produz quem não tem medo de errar"