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Avós--membros da famíla
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 23 de July de 2006 20:53

Sabem que dia 26 de Julho é o Dia Nacional dos Avós?

Vou lançar o debate fazendo algumas perguntas.
Pode ser um tópico deste fórum pois pode-nos levar longe. Tem a ver com o que entendemos por respeito pela dignidade humana...a mim parece-me...


Será que os avós têm algo a ver com a família?

Serão apenas os ajudantes dos pais?

Têm um papel importante a desempenhar na educação dos netos?

São algo descartável, quando já não são precisos?

Devem ir para os lares por não haver lugar para eles?

Re: Avós--membros da famíla
Escrito por: Maria João Garcia (IP registado)
Data: 24 de July de 2006 10:42

Bem, eu acho que os avós são essenciais na família. Infelizmente, a única avó que conheci, morreu quando eu tinha 9 anos. Não vou dizer que sei o que é ter avós. Não sei.

Só sei que gostaria de ter tido, ou melhor, de ainda os ter. Acho que têm um papel muito importante. São como o pai e a mãe mais velhos.

Mas, lá está não sei bem o que poderão ser. Só sei que senti e sinto falta da sua presença.

Quanto ao se abandono, é demais. Faz-me muita confusão quando os colocam num lar e ficam lá esquecidos. Não me digam que não há tempo para estar com os pais ou avós? Há sempre, nem que se tenha de deixar de ir ao ginásio para manter a linha... Valores mais altos se levantam, como diria o poeta.


Maria João

Re: Avós--membros da famíla
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 24 de July de 2006 21:31

Que saudades eu tenho dos meus Avós!

O meu avô sempre me tratou como uma boneca. Gostava quando ele me dava a mão e ía passear pelas ruas da aldeia e comprava-me sempre línguas - de - gato Sempre que tivesse algo de diferente na casa dele guardava sempre para a Menina, que era eu!!! Tinham mais netos, mas viviam longe. Na terra era só eu e os meus irmãos.

Quando este avô morreu senti um desgonto tão grande!!! Tinha 13 anos...(e com isto hoje chorei)

E agora vou mandar rezar uma missa por alma deles!

Re: Avós--membros da famíla
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 25 de July de 2006 23:26

Vocês não têm ou não tiveram avós?

Re: Avós--membros da famíla
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 26 de July de 2006 15:48

Ana

Eu depois falo dos meus avós e sobre o tópico mas, agora, só respostas rápidas...últimos dias de trabalho antes das férias: trabalho a dobrar.
Sabes, todos tivémos 4 avós...ah!ah! ah! :-)

Mª José

Re: Avós--membros da famíla
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 26 de July de 2006 19:43

já vi estudos em que era provado que as familias que mantinham uma forte ligação aos avós eram melhor sucedidas.

AS gerações mais novas são, em Porugal, bastante mais instruidas mas a instrução não é tudo e a experiencia dos avós é em muitos casos muito importante.

Honrar pai e mãe faz parte dos mandamentos.

É uma dor imensa quando os avós que tanto amam os seus filhos e netos são por eles menosprezados.

Re: Avós--membros da famíla
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 26 de July de 2006 23:34

Camilo

É verdade...
Hoje uma senhora foi operada, tem 2 filhos e 2 netos e eu tive que me levantar às 4:00 horas da manhã e fui pô-la ao hospital. Telefonei à sogra da filha, se quisesse que fosse ver a mãe que estava hospitalizada.
Apetecia-me dizer-lhes, que a mãe criou 2 filhos e que a abandonam pior do que hoje fazem a um cão. Mas fiquei calada. Não é nada comigo!!!

Re: Avós--membros da famíla
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 27 de July de 2006 02:36

São Joaquim e Santa Ana são os padroeiros dos avós.

O Dia dos Avós gera polêmica por conta das críticas dos que só vêem o lado comercial da comemoração.

Mas o papel dos avós na família vai muito além dos mimos dados aos netos, e muitas vezes eles são o suporte afetivo e financeiro de pais e filhos. Por isso, se diz que os avós são pais duas vezes.

As avós são também chamadas de "segunda mãe", e muitas vezes estão ao lado e mesmo à frente da educação de seus netos, com sua sabedoria, experiência e com certeza um sentimento maravilhoso de estar vivenciando os frutos de seu fruto, ou seja, a continuidade das gerações.

Celebrar o Dia dos Avós significa celebrar a experiência de vida, reconhecer o valor da sabedoria adquirida, não apenas nos livros, nem nas escolas, mas no convívio com as pessoas e com a própria natureza.

Aproveite esta data para mandar uma mensagem de carinho aos queridos vovô e vovó e dizer o quanto você lembra deles.

Re: Avós--membros da famíla
Escrito por: Mónica (IP registado)
Data: 27 de July de 2006 13:43

Olá a todos!

Há avós e há avós. Eu tenho duas avós vivas - que aliás já são ambas bizas várias vezes. A mais velha tem 93 anitos.

Infelizmente nem todas as relações com os avós são aquilo que gostariamos. A Ana aqui em cima referiu de uma senhora que foi operada e que foi ela que teve que levar a senhora ao hospital.

Mas Ana, há sempre dois lados. A minha avó por exemplo não nos permite fazer nada por ela. Se necessita de ir ao médico, tanto eu, a neta, como a minhã mãe estamos dispostas. Sempre que sugerimos somos enxutadas. A velhota vai pedir aos vizinhos, chama ambulâncias, vai de taxi ou a pé. Se nós dizemos que a levamos fica toda incomodada e não permite (e para evitar guerras nós deixamos - vamos pedindo aos vizinhos para nos avizarem dos acontecimentos).

Mas mesmo que ela não queira que ajudemos - queixa-se em todas as alturas que não ajudamos. E também temos chamadas telefónicas a perguntar porque não levamos ao medico. Não sabem, é que ela não deixa - e ela é muito vigoroza, e com 93 faz tudo, cozinha, limpa a casa, vai passear - acreditem quando digo tudinho e não gosta de sentir que está velha e que necessita de nós.

Isto era só um a-parte. Eu gosto muito dela na mesma, claro. Um dos meus avós nem conheci e o outro morreu em 94 - no mesmo ano em que o meu filho nasceu, e como não pude vir a Portugal na altura, dei ao meu filho para segundo nome o nome do Avô. Adorava o meu avô. Era um querido.

Jokas a todos.
Mónica

Re: Avós--membros da famíla
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 31 de July de 2006 17:21

Para os Pais Pensarem

Um dia, quando um homem chegou tarde a casa, cansado e irritado após um dia de trabalho, encontrou esperando por si à porta o seu filho de 5 anos.
* Papá, posso fazer-te uma pergunta?
* Claro que sim; o que é?
* Quanto ganhas numa hora?
* Isso não é da tua conta; porque me perguntas isso?! - respondeu o homem zangado.
* ... Só para saber; por favor... vá lá... quanto ganhas numa hora? - perguntou novamente o miudo.
* Bom... já que queres tanto saber, ganho 10 € por hora.
* Oh!, suspirou o rapazinho baixando a cabeça.
Passado um pouco, olhando para cima, perguntou: Papa, emprestas-me 5 € ?
O pai, furioso, respondeu: Se a razão de tu me teres perguntado isso, foi para me pedires dinheiro para brinquedos caros ou outro disparate qualquer, a resposta é não; e de castigo, vais já para a cama. Vai pensando no menino egoista que estas a ser. A minha vida de trabalho e dura demais para eu perder tempo com os teus caprichos.
O rapazinho, cabisbaixo, dirigiu-se silenciosamente para o seu quarto e fechou a porta.
Sentado na sala, o homem ficou a meditar sobre o comportamento do filho e ainda se irritou mais; como se atrevia ele a fazer-lhe perguntas daquelas?
Como, ainda tão novo, já se preocupava em arranjar dinheiro?
Passada mais ou menos uma hora, já mais calmo, o homem começou a ficar com remorsos da sua reacção. Talvez o filho precisasse mesmo de comprar qualquer coisa com os cinco euros; afinal, até era muito raro o miudo pedir-lhe dinheiro.
Dirigiu-se ao quarto do filho e abriu devagarinho a porta.
* Já estás a dormir? Perguntou.
* Não papá, ainda estou acordado, respondeu o miudo.
* Estive a pensar... Talvez tenha sido severo demais contigo - disse o homem. Tive um longo e exaustivo dia e acabei por desabafar contigo;
* Toma lá os 5 € que me pediste.
O rapazinho endireitou-se imediatamente na cama, sorrindo: Oh, papá! Obrigado! E levantando a almofada, pegou num frasco cheio de moedas.
O pai, vendo que o rapaz afinal tinha dinheiro, começou novamente a ficar zangado.
O filho começou lentamente a contar o dinheiro, até que olhou para o pai.
* Para que queres mais dinheiro se já tens ai esse? - resmungou o pai.
* Porque não tinha o suficiente; agora já tenho! - respondeu o rapaz.
* Papá, agora já tenho 10 €, já posso comprar uma hora do teu tempo, não posso? Por favor, vem uma hora mais cedo amanhã; gostava tanto de jantar contigo...

Re: Avós--membros da famíla
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 31 de July de 2006 17:25

"Uma Avó é uma mulher que não tem filhos e por isso gosta dos filhos dos outros. As avós não têm nada para fazer, é só estarem ali. Quando nos levam a passear, andam devagar e não pisam as flores, nem as lagartas.

Nunca dizem "Despacha-te!" Normalmente são gordas, mas mesmo assim conseguem apertar-nos os sapatos.

Sabem sempre que a gente quer mais uma fatia de bolo ou uma fatia maior.

As avós usam óculos e às vezes até conseguem tirar os dentes.

Quando nos contam uma história, nunca saltam bocados e nunca se importam de contar a mesma história várias vezes.

As avós são as únicas pessoas grandes que têm sempre tempo. Não são tão fracas como dizem, apesar de morrerem mais vezes do que nós. Toda a gente devia fazer os possíveis por ter uma avó, sobretudo se ela não tiver televisão."

Texto escrito por uma menina de 8 anos e publicado no "Jornal do Cartaxo"

Re: Avós--membros da família
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 31 de July de 2006 22:46

Ana
Deliciosas as tuas duas últimas intervenções.. isso do menino ter dinheiro para poder pagar ao pai...a hora em que estava com ele...dá que pensar...e vejo que o miúdo tinha razão: imagino a cena diária:

Pai- Como é que queres que eu esteja contigo? não posso..mas eu sou teu amigo...ando a trabalhar para te sustentar...

Filho: Ó pai conversa comigo. Eu queria contar-te o que se passou na escola..e aquilo do Zé, do meu melhor amigo...Sabes?

Pai: Não me faças perder tempo. Já te disse que preciso de trabalhar...deixa-te de histórias...vai dormir...

( o pai abandona a sala)

Filho pensativo...olhando à volta, sozinho...diz em voz alta: ainda hei-de arranjar dinheiro...para falar com o meu pai...

Naquele dia o filho arranjou (pediu parte do dinheiro ao pai...).

E a história das avós...sem televisão...
Acho que se perde muito o diálogo familiar por causa da caixinha.. todos olham para a caixinha e não conversam. Apenas gritam: cala-te, eu quero ouvir isto!!!

E o que acontece é que muitas avós ainda não têm internet...se tivessem diziam à neta:
Deixa-me sossegada...estou a escrever aqui no fórum de paróquias... e coitada da criança...

Re: Avós--membros da família
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 02 de August de 2006 23:55

Nas notícias da Ecllesia encontrei esta. Já é de 27?? de Julho.

Como estamos a falar sobre os avós e estamos aqui neste fórum coloco o texto.
Acho que serve como pista para o festejo do próximo ano...além disso achei que, apesar de muito simples, dizia muito.
Não é uma oração feita por intelectualóides mas algo que todos entendem. Deu para o dia dos avós e dá para todos os avós, todos os dias.

Aqui vai:

" Avós de Sesimbra em festa
Cerca de três centenas de avós (de várias idades e até de diversas localidades) viveram, na Capela da Misericórdia, em Sesimbra, uma missa alusiva ao seu dia. No momento de 'apresentação dos dons' do ofertório da Missa, todos os avós rezaram uma oração de consagração e de entrega ao Deus da vida e em dinâmica da sua missão na Igreja e para o mundo.

Eis o texto que serviu de reflexão e de compromisso daqueles avós e alguns netos:

"Como avós vimos, hoje, agradecer-vos, Senhor, o dom da vida que nos destes,
pois vimos cumpriu-se o desejo de vermos os filhos de nossos filhos,

Como avós vimos, hoje, agradecer-vos, Senhor, todos os benefícios, que na nossa vida recebemos, e todos os sinais do Vosso amor para connosco.

Neste dia, por intercessão de Santa Ana e São Joaquim, entregamos todas as nossas preocupações tanto pessoais como familiares;
os nossos medos e angústias, as nossas alegrias e consolações;
os nossos projectos e intenções.

Queremo-nos aceitar, Senhor, tal como somos, com a nossa história de vida e de sentimentos; com as desilusões, anseios e até os nossos pecados, tanto do passado como no presente.

Senhor, como avós neste tempo e nesta terra:
queremos colocar a nossa vida à vossa disposição;
queremos ser construtores da paz e do perdão.
queremos ser sinais de amor nesta sociedade, dando o nosso contributo e colaboração activa e actuante.

Ajudai-nos, Senhor, a viver a nossa missão de avós, tornando-nos disponíveis para os nossos netos pela presença, pela ternura e pela compreensão.
Com São Joaquim e Santa Ana assim o queremos, o desejamos e nos comprometemos a fazer neste tempo e nesta terra... onde vivemos!".

De referir que, sendo Sesimbra um local de veraneio, notava-se a presença de muitas pessoas que, estando de férias, se quiseram associar a este 'dia nacional dos avós' que, na Paróquia de Santiago, se celebrava já há nove anos."

Nota: o negrito, sublinhados e parágrafos são meus.

Tantos pontos para reflectir...nesta oração, não acham?
Sugiro que se acenda o debate. Parece que os avós estão, coItados, postos de lado...

Re: Avós--membros da famíla
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 04 de August de 2006 16:01

Ana,

gostei muito da tua história de 31 de Julho de 2006 17:21.

É um contributo muito positivo para a reflexão, que todos devemos fazer, sobre as prioridades da nossa vida.

João (JMA)

Re: Avós--membros da famíla
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 14 de August de 2006 23:47

Parte do artigo de João César das Neves de 14/8/06 no D.N.

"(...)
A família é a instituição mais natural e antiga da humanidade. Embora com variantes, todas as culturas sempre a tomaram como base. Vivemos o primeiro tempo que despreza, confunde e ataca a família. Telenovelas e documentários, romances e debates políticos preferem e fomentam outras formas de vida, da solidão à promiscuidade, passando por várias pseudofamílias. Por isso, esta é a questão do nosso tempo, a única questão de fundo do nosso tempo.

Esta polémica é bastante curiosa, porque a ciência manifesta uma preferência declarada pela estrutura clássica. Psicologia, Sociologia, Economia e Ciência Política demonstram e descrevem as enormes vantagens pessoais e comunitárias de uma família estável e funcional. Na educação das crianças, no equilíbrio dos jovens e adultos, no amparo dos idosos, no trabalho e produção, na cidadania e segurança social, não existem dúvidas de que ela constitui a principal base da comunidade. Dificilmente se encontra uma realidade que reúna um maior aplauso oficial.

Os ganhos e benefícios de um apoio activo à família são, portanto, enormes. Muito superiores aos da promoção do desporto e cultura, segurança rodoviária ou higiene alimentar. Apesar disso, as instituições sociopolíticas não só não fomentam o casamento e a estabilidade familiar mas, pelo contrário, empenham-se activamente na facilitação do divórcio e do aborto, na equiparação de outras formas de vida e, em geral, no ataque à família. A razão deste paradoxo é fácil de identificar quando se nota que, contra hábitos culturais, resultados científicos e o mais elementar bom senso, se perfila um poderosíssimo preconceito ideológico.

A ideologia é uma das forças mais portentosas da História. O século XX mostrou bem como doutrinas extremistas conseguiram durante décadas defender com sucesso posições insustentáveis, contra a democracia, a igualdade ou a propriedade privada. Hoje, de forma paralela, é patente um ataque devastador contra o que toda a gente sensata defende: a família.

De onde vem esta insólita situação? As ideologias sinistras do século passado nasceram do desespero, miséria e violência, mas o preconceito antifamiliar, paradoxalmente, tem origem no egoísmo e cobiça da prosperidade. O problema essencial vem da atitude superficial e interesseira da sociedade de consumo. Quando se busca apenas o prazer e a realização pessoal, as relações humanas tendem a conceber-se como meros envolvimentos baseados em interesses. Raramente são verdadeiros compromissos. Para compreender a distinção essencial entre "envolvimento" e "compromisso" costuma usar-se o exemplo da omeleta de fiambre: nela, a galinha envolveu-se, mas o porco está comprometido. Esta é a questão decisiva. As "famílias" modernas são como omeletas de queijo, em que todos participam e contribuem, sem ninguém dar nada de si. Por isso são efémeras, flexíveis, desmontáveis. Cada um empenha-se no emprego, na imagem, no clube, mas não em casa.

Outra dimensão do mesmo fenómeno é o desrespeito pelas regras naturais. A vida deixou de ser vivida como é, para pretender ser controlada por caprichos. Assim se entende a importância que a ideologia concede à procriação artificial, aborto, eutanásia e aberrações sexuais, formas de impor a soberania artificial sobre a natureza. Como se fosse possível fazer omeletas sem ovos.

Uma verdadeira família só nasce da entrega pessoal e incondicional de todos os seus elementos a uma vida comum. Esposos, pais, filhos, avós, parentes, na harmonia como na zanga, jogam a sua existência total nesse agregado e dele recebem vida e sustento. O exemplo tradicional da "árvore genealógica" descreve bem esta realidade, onde a separação equivale à amputação e à morte.

A História ensina que o bom senso e a natureza acabam por vencer. Ao contemplar as ideologias nazi e comunista, que hoje parecem tão tolas, não compreendemos como há 50 anos elas seduziram tantos intelectuais e a luta foi tão renhida. Daqui a gerações também haverá dificuldade em compreender a nossa questão decisiva. "

Ver todo o artigo em:
[dn.sapo.pt]

Concordo com o que está escrito. E vocês?

Re: Avós--membros da famíla
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 15 de August de 2006 01:48

Citação:
A família é a instituição mais natural e antiga da humanidade.

Aquilo que hoje se entende por família só tem de comum com a família de outras épocas a biologia: homem e mulher juntos procriam. Ou será que os casamentos decididos pelos pais contra a vontade dos filhos também são família? E a subordinação da mulher ao homem, podendo este dispor da mulher como entender? Para César da Neves a actual família islâmica (onde um homem pode ter até quatro mulheres) também está incluída nesta instituição "natural e antiga"?

Citação:
o preconceito antifamiliar, paradoxalmente, tem origem no egoísmo e cobiça da prosperidade

O preconceito antifamiliar, que existe em certos sectores mas que não domina, de modo nenhum, a cultura actual, tem origem, por exemplo, na família baseada em forças externas, em que a sociedade subordinava a mulher ao homem, impondo-lhe um estatuto inferior.

Citação:
Outra dimensão do mesmo fenómeno é o desrespeito pelas regras naturais. A vida deixou de ser vivida como é, para pretender ser controlada por caprichos. Assim se entende a importância que a ideologia concede à procriação artificial, aborto, eutanásia e aberrações sexuais, formas de impor a soberania artificial sobre a natureza. Como se fosse possível fazer omeletas sem ovos.

Só falta definir o que são as "regras naturais". Já agora, gostaria que se clarificasse o que se entende por "aberrações sexuais". Incluir o aborto ou a procriação assistida nos caprichos é típico dos raciocínios de César das Neves: quer atribuir ao todo o que é específico de uma parte, porque isso é o que lhe dá jeito, embora não seja verdade.

Citação:
A História ensina que o bom senso e a natureza acabam por vencer.

Claro. E daqui a 50 anos ninguém vai lembrar-se que no início do século XXI havia pessoas com as ideias do César das Neves.

César das Neves constrói raciocínios para justificar aquilo que pensa que é a doutrina da Igreja. O facto de não perceber nada do que fala e de os seus textos nada terem a ver com a realidade parece não ter qualquer efeito sobre ele. É o que pode acontecer a quem abdica de enfrentar a vida com a própria cabeça e se limita a tentar justificar de qualquer modo os pensamentos de outros.

pontosvista



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