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O cristão e a paz
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 22 de July de 2006 01:15

Penso que faz sentido debruçarmo-nos sobre a paz.

Todos os momentos são importantes para nos debruçarmos sobre o tema.
Neste momento da nossa história parece-me muito importante...jogos...parecem existir...não é a pessoa humana , não é a sociedade que interessam... faz-se isto ou aquilo por ser útil, não se faz por não ser...e cá continuamos... com os critérios de utilidade que têm a ver com uma visão materialista .

Continuamos no mundo do "ter" e não do "ser".
Os cristãos estamos no mundo e não somos do mundo, como disse Cristo (não é textual).
Que quer isto dizer? o mundo rege-se pela utilidade, pelo "ter". São esses sinais que comandam o mundo...entendendo por "mundo" algo onde Deus não tem lugar... mas Jesus pede ao Pai que não os tires do mundo mas que os livre do mal(não é textual).


Nós estamos do mundo mas procuramos actuar de acordo com o que Deus espera de cada um de nós. Com diferentes carismas (como diz, e muito bem, o pontosvista).

Ontem o Miguel desejou-me a paz (em latim) . De certo queria desejá-la a todas as pessoas. Eu desejo-a. Faço minhas as palavras do Miguel quando diz "pax". Dirijo-me a todos.

O Conselho Pontíficio "Justiça e Paz" apresentou o Compêndio da Doutrina Social da Igreja que é de 2004 e cuja edição portuguesa é de Novembro de 2005. O Editor é Principia (Publicações Universitárias e científicas).

Para lançar o tópico vou transcrever o início do ponto 58 do referido compêndio:
"A realização da pessoa humana, actuada em Cristo graças ao dom do Espírito, matura na história e é mediada pelas relações da pessoa com as outas pessoas, relações que, por sua vez,alcançam a sua perfeição graças ao empenho em melhorar o mundo, na justiça e na paz."

Faço minhas as palavras que transcrevi.

P.F: Vocês podem dizer se o texto deste compêndio está na Net, em português ou espanhol? E onde?
Agradecia que mo dissessem. Facilita tanto o fazer copy/ paste..

Está lançado o debate. Por enquanto ainda é monólogo mas fi-lo na esperança de que se transforme num campo de debate... vamos a isso...

Re: O cristão e a paz
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 22 de July de 2006 01:49


Re: O cristão e a paz
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 22 de July de 2006 01:55

Recomendo a leitura deste artigo.

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Re: O cristão e a paz
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 22 de July de 2006 03:15

Notícia da Rádio Vaticano 20/7/06

home > Igreja > notícia

Rádio Vaticano
20/07/2006 13.23.07



Bento XVI preocupado com a situação no Médio Oriente, convoca uma "jornada especial de oração e penitência pela paz, no próximo Domingo 23 de Julho.

Bento XVI voltou a manifestar hoje a sua preocupação perante o agravamento da situação no Médio Oriente. Num comunicado oficial, divulgado pela sala de imprensa da Santa Sé, é adiantado que o Papa convoca para o próximo Domingo, 23 de Julho, “uma jornada especial de oração e penitência” pela paz.
Perante o agravar-se da situação no Médio Oriente a Sala de imprensa da Santa Sé foi encarregada de comunicar o seguinte:
O Santo Padre segue com grande preocupação a sorte de todas as populações interessadas e convocou para domingo 23 de Julho um dia especial de oração e de penitencia, convidando os Pastores e os fiéis de todas as Igrejas particulares, bem como os crentes de todo o mundo a implorar de Deus o dom precioso da paz.
Em particular o Papa manifestou o desejo de que a oração se eleve ao Senhor para que cesse imediatamente o fogo entre as Partes, se criem imediatamente corredores humanitários para poder levar ajuda ás populações que sofrem e se iniciem negociações razoáveis e responsáveis, para pôr termo a situações objectivas de injustiça existentes naquela região, como já foi indicado pelo Papa Bento XVI no Angelus de domingo passado.
Na realidade os libaneses têm o direito de ver respeitada a integridade e soberania do seu país, os Israelitas têm o direito de viver em paz no seu Estado e os Palestinianos têm o direito de ter uma sua Pátria livre e soberana.
Neste momento doloroso, conclui a declaração da Sala de Imprensa da Santa Sé, Sua Santidade dirige também um apelo ás organizações caritativas para que ajudem todas as populações atingidas por este conflito sem piedade.


Nota: como não sei copiar outro texto para aqui escrevo nova mensagem mas que é seguimento desta.

Re: O cristão e a paz
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 22 de July de 2006 03:18

eu vou tentar participar ao máximo, mas por saúde não posso jejuar.

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Re: O cristão e a paz
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 22 de July de 2006 03:30

Vou continuar a mensagem dando-vos conta, sobre o mesmo assunto, das notícias da Agência Ecclesia de 21/7/06
Aqui vai. :

"Nunciatura Apostólica convida a aderir à jornada de oração pela paz
A Nunciatura Apostólica em Portugal repetiu, em comunicado, o convite deixado por Bento XVI a todos os católicos e aos crentes do mundo inteiro para participarem numa jornada especial de oração e penitência pela paz. A iniciativa decorre no próximo Domingo, 23 de Julho, e acontece como resposta ao agravamento do conflito no Médio Oriente.
"O Santo Padre deseja, especialmente, que a oração se eleve ao Senhor para que terminem imediatamente os bombardeamentos entre os beligerantes, se instaurem rapidamente corredores humanitários que permitam levar ajuda às populações atingidas e se iniciem com a maior urgência negociações razoáveis e responsáveis que ponham termo às objectivas situações de injustiça existentes na região", sublinha o comunicado da Nunciatura Apostólica."


>" Cáritas portuguesa envia mensagem ao povo libanês
A Cáritas Portuguesa enviou uma mensagem "de solidariedade e coragem" à sua congénere do Líbano, manifestando a sua atenção "em favor das pessoas que, de forma inocente, se tornam vítimas da situação".
A mensagem destaca ainda "os que lutam no Líbano em favor dos desfavorecidos". A Cáritas do Líbano tinha enviado, na semana passada, uma mensagem que dava conta das dificuldades que o país atravessa, dado que o número de feridos e desalojados não cessa de aumentar.
A organização católica humanitária referia a "dificuldade de fazer frente a esta situação", revelando aguardar desenrolar da situação sócio-militar e consequências inerentes.
Ontem, num comunicado oficial, Bento XVI tinha defendido instalação de corredores humanitários, de forma a poder "levar ajuda às populações em sofrimento". O Papa falou, em especial, às organizações caritativas, pedindo-lhes que "ajudem as populações atingidas por este conflito impiedoso".


> Setúbal une-se à grande jornada de oração com o Papa
A igreja da Boa hora, mais tarde conhecida por igreja dos Grilos, em Setúbal, é o local escolhido pela Diocese para promover uma jornada de oração pela paz, em sintonia com o pedido de Bento XVI para o próximo Domingo. Das 09h00 às 18h00, vários grupos de fiéis estarão em oração, concluindo-se a jornada com uma Missa.
O Pe. José Lobato, Vigário-Geral da Diocese, explica à Agência ECCLESIA que para além desta igreja, a Diocese estará em oração "em todas as comunidades".
Bento XVI convocou a Igreja Católica para uma jornada de oração e penitência pela paz, após o agravamento da situação no Médio Oriente. A Nunciatura Apostólica em Portugal repetiu, em comunicado, o convite deixado pelo Papa, pedindo "que a oração se eleve ao Senhor para que terminem imediatamente os bombardeamentos entre os beligerantes, se instaurem rapidamente corredores humanitários que permitam levar ajuda às populações atingidas e se iniciem com a maior urgência negociações razoáveis e responsáveis que ponham termo às objectivas situações de injustiça existentes na região".


> Bispos maronitas pedem que a ONU ordene cessar-fogo
A Conferência Episcopal da Igreja Católica Maronita do Líbano fez hoje um apelo urgente ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para que emita uma resolução de cessar-fogo.
Os bispos maronitas expressaram o seu apoio ao governo do primeiro-ministro, Fuad Siniora, e aos seus sus esforços para "estender a autoridade do Estado a todo o território libanês", informou a televisão LBC.
A Igreja Maronita, de rito oriental, instalou-se nas montanhas do Líbano a partir do século VII e está em comunhão com Roma desde o século XII. Tem o seu próprio Patriarca, que utiliza no nome o do Apóstolo Pedro - actualmente o Cardeal Nasrallah Pedro Sfeir. Ao longo dos séculos tem resistido a vários ataques, estando ainda bem presente na memória a guerra de 17 anos que começou em Abril de 1975.
Igrejas, escolas e mosteiros de Beirute estão neste momento a abrigar feridos e deslocados, bem como todos aqueles que não conseguiram deixar a capital libanesa, nos últimos dias de ataques.
O superior-geral da Ordem Maronita Mariamita, Abade Seman Abou Abdo, disse à agência católica AsiaNews que "a Ordem deve ser solidária com os sofrimentos do nosso povo, sem fazer diferença entre cristãos e muçulmanos".
O Patriarca greco-melquita, Gregorio III Lahham, fez um apelo a todos os responsáveis, a todos os Bispos e Superiores Gerais das Congregações religiosas, para que se mobilizem em favor desses "irmãos atingidos pelos atrozes bombardeamentos dos inimigos da paz".
A abertura dos conventos e institutos religiosos fora pedida também pelo governo das Filipinas, para dar socorro a 34 mil filipinos que trabalham no Líbano.
Milhares de pessoas atravessaram a fronteira do Líbano, desde o início dos bombardeios israelitas e mais de meio milhão de libaneses já deixaram suas casas, no sul do país e em Beirute, em busca de refúgio.. Estima-se ainda que dezenas de milhares de estrangeiros deixem o Líbano por terra, mar e ar nos próximos dias - o que deixa ainda mais preocupados os habitantes locais, que tem um agravamento dos ataques.


> Igrejas da Terra Santa condenam violência
As Igrejas cristãs da Terra Santa publicaram hoje uma nota, na qual condenam a violência que varre a região de uma foram "desproporcionada e sem justificação". O documento, assinado por 12 líderes religiosos, evoca o sofrimento de israelitas e palestinianos, em especial o da população de Gaza, fortemente atingida.
Ao rapto de um soldado e o assassinato de um agricultor israelitas seguiu-se uma onda de violência, em que Israel raptou 84 pessoas, incluindo 7 ministros do governo do Hamas e 21 membros do Parlamento. O documento das Igrejas Cristãs lembra que 48 palestinianos foram mortos, incluindo 9 crianças e uma mulher grávida.
"Nós, líderes cristãos das Igrejas de Jerusalém, dizemos hoje: isto que está a acontecer na nossa terra é contra a lei e a razão. É nosso dever, como chefes religiosos, dizer isso mesmo às nossas autoridades: é contra a lei e a razão que continuem a andar nos caminhos da morte", refere o comunicado.
Os chefes cristãos condenam os raptos e os assassinatos, frisando que "todos os seres humanos, israelitas ou palestinianos, têm a mesma dignidade e devem ser tratados com equidade".
Reconhecendo "O direito de Israel à sua segurança", o documento lembra que "deve ser reconhecido, ao mesmo tempo, que o conflito entre israelitas e palestinianos tem a sua raiz na privação da liberdade dos palestinianos".
"Apoiamos com firmeza a luta contra o terrorismo, mas lembramos também com firmeza que esta luta se inicia com a erradicação das raízes da violência, que se encontram na privação da liberdade do povo palestiniano", apontam os líderes cristãos.
Em conclusão, o comunicado pede a todas as autoridades que "mudem o seu modo de agir e decidam negociar, com uma presença e uma pressão inflexíveis da comunidade internacional, para atingir uma paz justa e definitiva".


> Bispos dos EUA querem intervenção do governo na crise do Médio Oriente
A Conferência Episcopal dos EUA (USCCB) lançou uma apelo às autoridades do seu país para que intervenham na crise do Médio Oriente, procurando promover um cessar-fogo entre as partes envolvidas.
A USCCB convida a "estabelecer um cessar-fogo, a conter as reacções do governo israelita e a suscitar negociações entre Israel e a Palestina". Os objectivos finais seriam "garantir a segurança para Israel, um Estado para os palestinianos e a independência para o Líbano".
"A violência, venha de onde vier e seja qual for sua finalidade - sublinha a nota dos Bispos norte-americanos - não pode levar a uma paz justa e duradoura, na terra que chamamos Santa".
Para a USCCB, "as facções extremistas armadas do Hamas e do Hezbollah, e os seus defensores, entre eles a Síria e o Irão, têm pesadas responsabilidades" nesta situação, mas a reacção de Israel é "desproporcional e indiscriminada" e, em última instância, "contraproducente" para sua própria segurança.
Depois dos bombardeamentos dos últimos dias, milhares de soldados estão já a operar dentro do Líbano, a sul, onde tentam destruir os "bunkers" do Hezbollah. Por seu lado, o Hezbollah tem lançado vários "rockets" sobre Israel, sendo que hoje foi o dia em que foram lançados menos foguetes desde que começou o conflito - perto de 50 atingiram as áreas do Norte de Israel.
Na sequência destes ataques, morreram 15 civis israelitas e 19 soldados. Por seu lado, Israel matou já 312 pessoas no Líbano, na sua maioria civis.
O conflito tem provocado também muitos refugiados, tendo milhares de cidadãos de outras nacionalidades sido já evacuados do Líbano.


Copiei tudo isto por considerar ser significativo para o tema em debate.... e podemos debruçar-nos sobre aspectos referenciados.

Re: O cristão e a paz
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 22 de July de 2006 03:59

Não está a ser um debate mas acho que daqui a bocado começa a sê-lo, pois agora já são $H de 22/7/06)
O convite é para o debate. A informação fica por aqui. Isto pode parecer um noticiário mas não o pretende ser. Acho que vamos ao debate durante o dia. Agora é só a rampa de lançamento, não mais do que isso.


22-07-2006 0:45:00. Fonte LUSA. Notícia SIR-8194453
Temas: conflitos religião médio-oriente líbano

Médio Oriente: Papa apela para jornada mundial de orações pela paz, domingo


Les Combes, Itália, 22 Jul (Lusa) - O papa Bento XVI apelou sexta-feira às pessoas de todas as religiões para se juntarem domingo numa jornada de oração pela paz, enquanto excluía intervir diplomaticamente nos combates que decorrem no Médio Oriente.

"Penso que é melhor deixar isso para os diplomatas porque não fazemos política. Mas fazemos tudo pela paz. O nosso objectivo é simplesmente a paz. E faremos tudo para ajudar a alcançar a paz", disse Bento XVI aos jornalistas quando regressava de um passeio de bicicleta de uma hora pelos Alpes italianos.

O papa convidou as pessoas de todas as religiões a fazerem do próximo domingo uma jornada mundial de oração pela paz, esperando que as orações tragam uma suspensão dos combates.

Bento XVI convidou todos a orar, "especialmente os muçulmanos e judeus ".

Bento XVI disse ter escutado apelos das comunidades católicas no Líbano e Israel: "Especialmente do Líbano, que nos imploraram ajuda, tal como a imploraram junto do governo italiano. Ajudá-los-emos com as nossas orações e com as pessoas que temos na Igreja actualmente no Líbano".

Considerou ser um sinal positivo a abertura de corredores humanitários para fornecimento da ajuda à população libanesa.

"Esperamos que o cessar-fogo se siga rapidamente", exortou.

(...)

Re: O cristão e a paz
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 22 de July de 2006 08:51

Penso que estamos todos de acordo quanto à Paz, pelo que o debate será difícil.

O problema é que vivemos uma Guerra Global desde o 11 de Setembro de 2001.

O fundamentalismo religioso e crispações políticas são uma mistura explosiva.

Pela primeira vez, desde a WWII enfrentamos o risco sério da ameaça nuclear e da guerra biológica.Não sei se desta nos safamos.Provavelmente não.

POdemos rezar. como o fazem os Israelitas, os libaneses, os Sírios e os iranianos. E até os americanos e os iraquinaos. Todod se fartam de rezar, sobretudo antes de pegarem a em aramas, de atarem bombas á cintura ou de subirem para os bombardeiros.
Rezam e jejeuam que se fartam. Palpita-me até que, em matéria de devoção orante, será difícil ultrapassarmos os seu fervor.

Duas notas positivas sobre o extrordináriopapel da Igreja católica neste conflito global:

1) O papel da diplomacia do Vaticano na mediação de conflitos globais


2) A afirmação pública e coerente do vaticano contra os fundamentalismo religiosos e guerras injustas( Veja-se o que disse JPII antes da Invasão do iraque pellos EUA)

3) O papel que as estruturas da Igreja no terreno e as organizações religiosas têm no acompanhamento, acolhimento, e ajuda das vítimas de conflitos aramado. Um esforço heróico e a verdadeira face de cristo.

4) O discurso contínuo e o diálogo inter-religioso que a Igreja tem feito com o Islão e o Judaísmo, verddeiros fermentos d epz num mundo assolado pelo fundamentalismo religioso.

No meio do caos, a Igreja pode ser um lugar de esperança. Deus jaude todos estes homesn e mulheres que fazem a paz no meio dos escombros e do sangue.

Re: O cristão e a paz
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 22 de July de 2006 13:11

gostaria de salientar o teu ponto 1 com mais uma informação.
A Igreja Católica, enquanto religião muito praticada, é a religião OFICIAL de alguns estados. Assim, o Papa entrevém nos assuntos políticos, mas não naqueles em que os socialistas têm medo que o Papa mexa. O caso concreto que me lembro foi a ameaça de guerra entre o Chile e a Argentina. Conflito que foi mediado e solucionado por João Paulo II

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Re: O cristão e a paz
Escrito por: rmcf (IP registado)
Data: 23 de July de 2006 02:26

Caro Diogo,

quais são os estados em que a Religião Católica éa religião oficial?

aBRAÇO FRATERNO,

mIGUEL

Re: O cristão e a paz
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 23 de July de 2006 13:17

Bem, de momento não sei. Mas sei que já grande parte da América Latina, da Europa latina e alguns da África tiveram o Catolicismo como religião oficial.

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Re: O cristão e a paz
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 01 de August de 2006 02:37

O Papa tem-nos pedido a todos um grande esforço na construção da paz. Pediu-nos e pede-nos oração e penitência.
è preciso colocar todos os meios humanos mas, não podemos esquecer que Deus pode mais.
O conflito no médio Oriente está tomando proporções perigosas.
O Papa, homem de Deus é, por isso, muito humano. Conta com os esforços dos países mas sabe que podemos implorar de Deus a alteração da situação: os corações serem modificados...o não endurecimento dos corações).

No Público vem:
Artilharia israelita retoma bombardeamentos
EUA acreditam num cessar-fogo entre Israel e Hezbollah ainda esta semana
31.07.2006 - 08h56 AFP, AP

Os raides aéreos israelitas no Líbano estão suspensos desde a madrugada de hoje, mas o ministro da Justiça de Israel, Haim Ramon, avisou hoje que o cessar-fogo de 48 horas não significa o fim da guerra contra o movimento xiita Hezbollah. Em Jerusalém, a secretária de Estado norte-americana disse acreditar que os dois países vão estabelecer um cessar-fogo duradouro ainda esta semana.

Os raides aéreos foram suspensos, mas os ataques da artilharia israelita recomeçaram esta manhã contra várias localidades no sul do Líbano, nomeadamente Jebbine e Kafra, ambas a sul de Tiro, bem como nas regiões de Arkub e de Rachaya Al-Fakhar, no sudeste do território libanês, segundo a AFP.

"A suspensão das nossas actividade aéreas não significa, em nenhum caso, o fim da guerra. Pelo contrário, esta decisão vai permitir-nos vencer esta guerra e reduzir as pressões internacionais", confirmou Haim Ramon à rádio militar.

Em Jerusalém, a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, admitiu que as partes vão chegar a um cessar-fogo ainda esta semana.

Em declarações à imprensa, a chefe da diplomacia dos Estados Unidos lamentou o ataque de ontem em Qana, que resultou na morte de 57 civis, a maioria dos quais crianças, e acrescentou que um cessar-fogo "deve fazer parte de um acordo global".

EUA: Governo do Líbano deve controlar todo o território

A ONU e toda a comunidade internacional, afirmou Rice, estão de acordo em que o Governo de Beirute "deve assumir o controlo de todo o território do Líbano" e deve evitar que o sul esteja sob domínio do Hezbollah. Só assim "o povo libanês vai poder controlar o seu país e o seu futuro e o povo de Israel será finalmente capaz de viver livre de ataques de grupos terroristas no Líbano".

Rice comprometeu-se a procurar o consenso internacional para um cessar-fogo e um acordo duradouro para o conflito israelo-libanês através de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, a assinar esta semana.

De partida para Washington, depois de o Líbano ter suspenso a sua visita a Beirute, Rice disse ainda aos jornalistas que a resolução da ONU deve incluir um cessar-fogo, os temas políticos que têm desencadeado combates entre os dois países e uma autorização para que uma força internacional ajude a garantir a segurança no Líbano.

Há oito dias que a responsável norte-americana está a viajar pelo mundo, sendo esta a sua segunda paragem no Médio Oriente, em busca de um consenso que ponha fim ao conflito armado que dura há 20 dias na região.

Antes de o cessar-fogo em relação aos ataques aéreos ter entrado em vigor, às 02h00 locais (01h00 em Lisboa), a aviação israelita tinha atacado 60 alvos da milícia xiita, entre eles plataformas de lançamento de mísseis e instalações da organização. O cessar-fogo foi ordenado pelo primeiro-ministro, Ehud Olmert, depois de se ter reunido em Jerusalém com Condoleezza Rice, e na sequência da morte de 57 civis nos bombardeamentos em Qana.

Nota: o negrito é meu.
A frase está a negrito por achar que ela significa muito...não sei se concordam comigo mas, esta frase manifesta um desejo de não mudar nada. Do prevalecer a guerra sobre a paz. Que acham?

Re: O cristão e a paz
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 01 de August de 2006 16:46

Respondendo ao Miguel:

O catolicismo é a Religião Oficial de pelo menos um Pais Europeu ... o Vaticano.

João (JMA)

Re: O cristão e a paz
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 01 de August de 2006 19:06

Tenho dúvidas de que o Estado do vaticano, que por acaso se situa num país europeu, possa ter a denominação de País ou de Nação.

Re: O cristão e a paz
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 01 de August de 2006 19:22

Cara CP,

Não falei em Nação, mas em País.

Mas uma pergunta: não é país e estão lá tantas embaixadas...

Mas pronto: também tens o Mónaco... onde a Religião Oficial é a Católica

João (JMA)

Re: O cristão e a paz
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 01 de August de 2006 21:01

;))
Por isso tem tanto jet set e uma Monarquia catolicíssima.....

Re: O cristão e a paz
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 03 de August de 2006 00:27

Por existirem variados interesses que nada têm a ver com as pessoas , considerei pertinente apresentar o texto que se segue.

No D.N. de 2/8/06

A diplomacia da "ambiguidade" por

Vicente Jorge Silva
Jornalista

O Governo português prescindiu - e continua a prescindir - de tomar posição sobre a tragédia que se vive no Médio Oriente. Nem os mais recentes e brutais acontecimentos, como o bombardeamento de um posto da ONU pela força aérea israelita e, sobretudo, o massacre na aldeia de Caná, fizeram o nosso Ministério dos Negócios Estrangeiros sair do seu mutismo imperturbável. A única atitude conhecida do MNE foi a iniciativa de propor uma reunião dos ministros dos Estrangeiros dos países da UE, que ontem se realizou (mas da qual, no momento em que escrevo, desconheço os resultados). Em todo o caso, o próprio patrocinador da iniciativa, o ministro Luís Amado, confessava no passado fim-de-semana - em entrevista a um programa da RR, produzido em colaboração com o Público e a RTP 2 - não estar particularmente optimista quanto ao sucesso do encontro.

Como se verá, o paradoxo é apenas aparente. Interpelado sobre a hipótese de existir "alguma ambiguidade" na posição do Governo português sobre o conflito, Luís Amado afirmou: "A ambiguidade que menciona tem um valor político e diplomático considerável e quando temos de definir padrões de comportamento e de acção, têm de envolver todas as partes". Por outras palavras, o MNE é ambíguo e não toma posição sobre a guerra no Líbano porque, aparentemente, não quer prejudicar o consenso possível entre as partes envolvidas.

À primeira vista, poderia parecer uma posição razoável, sensata e conforme com a pequenez portuguesa (ao arrepio das declarações épicas e tonitruantes de Freitas do Amaral). Só que Amado, prudente e prevenido, apressou-se a dizer: "Não tenho grandes expectativas em relação a essa reunião [dos ministros dos Estrangeiros da UE] no sentido de produzir qualquer inflexão. O importante é que se realize uma reunião extraordinária." Seria essa, afinal, uma forma de lavar as mãos da ambiguidade e da recusa do Governo português em tomar posição? Já que os outros não chegam a conclusões práticas, isso constituiria um álibi para o silêncio de Portugal?

Verdade seja dita, Amado gostaria que a Europa aproveitasse esta oportunidade histórica para ultrapassar a sua "enorme fragilidade como actor político e estratégico" - que, aliás, o ministro lamenta copiosamente durante a entrevista - e desempenhar um papel decisivo na pacificação do Médio Oriente. O problema é que, sobre essa magna questão da impotência europeia, Luís Amado limita-se a repetir clichés estafados, sem avançar nenhuma ideia inovadora ou qualquer proposta de solução. A nossa única função seria, portanto, a de sermos mestres-de-cerimónias de reuniões inevitavelmente inconclusivas - e que, nessa medida, confortariam a nossa insignificância e omissão política.

Freitas do Amaral, cujo conceito superlativo de si mesmo é bem conhecido, formulava a nossa política externa a partir dos seus estados de alma muito pessoais. Ora, apesar de ter anunciado que continuaria a obra do antecessor, Amado joga no campo diametralmente oposto: a de um daqueles burocratas anónimos e encartados que rejeita tenazmente qualquer tentação perigosa de arriscar opiniões próprias, como se a política externa de um pequeno país como o nosso fosse fatalmente cega e muda ("ambígua", diria Amado) perante acontecimentos tão trágicos como aqueles a que assistimos. Será que servimos apenas para propor reuniões ministeriais formalmente "extraordinárias", mas potencialmente vazias de conteúdo?

Face à questão de saber se o Irão pode ter influenciado a escalada da guerra, o ministro é taxativo: "Não faço considerações desse tipo, porque não sou analista político." Só que há "analistas políticos", como Bush, Blair ou o primeiro-ministro israelita Olmert, sem falar de outros dirigentes mundiais, que atribuem ao Irão essa influência. Já sobre a desmilitarização do Hezbollah, Amado limita-se a referir: "Está a ser discutido. A França tem ideias…" Mas "qual é a sua ideia?", pergunta um jornalista. Resposta: "Não tenho de ter nenhuma solução para esse problema em concreto, pelas razões que já mencionei. Nós não estamos directamente envolvidos nas negociações."

Se Portugal vier a participar numa força multinacional no Líbano - cenário que Amado admite - não será, portanto, por alguma ideia, atitude ou opinião própria que o nosso Governo tenha sobre o assunto, mas apenas por um seguidismo geostratégico do tipo "Maria vai com as outras". Depois do maniqueísmo, do fanatismo e do cinismo das posições sobre uma guerra cada vez mais cruel e devastadora, só faltava mesmo que o ensurdecedor silêncio oficial português se mascarasse com o pragmatismo farisaico da "ambiguidade" diplomática. "
(fim do artigo)

Cristo foi bem claro na sua posição contra as atitudes farisaicas.

Acham que os cristãos não têm o dever de denunciar essas atitudes? De exigirem coerência?...sendo eles próprios coerentes. Lastimar não chega...mas é tão fácil...empenhar-se na construção da paz é bem mais difícil...

Não é verdade que isso acontece frequentemente? Que acham?
Bento XVI implora, pede para se porem todos os meios: os do Céu e os da terra.

Estamos, cada um de nós, a fazer o que podemos?

Re: O cristão e a paz
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 09 de August de 2006 23:35

Considerei de interesse apresentar o que disse João Paulo II, um grande defensor da paz.
Nesta homilia foca e pede por assuntos que têm a ver com a paz

"João Paulo II
Homilia de canonização de Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), 11/10/98

“Eis que vem o Esposo! Saí ao seu encontro”

Dilectos irmãos e irmãs! Porque era judia, Edith Stein foi deportada juntamente com a irmã Rosa e muitos outros judeus dos Países Baixos para o campo de concentração de Auschwitz, onde com eles encontrou a morte nas câmaras de gás. Hoje recordamos todos com profundo respeito. Poucos dias antes da sua deportação, a quem lhe oferecia uma possibilidade de salvar a vida, a religiosa respondera: “não o façais! Por que deveria eu ser excluída? A justiça não consiste acaso no facto de eu não obter vantagem do meu baptismo? Se não posso compartilhar a sorte de meus irmãos e irmãs, num certo sentido a minha vida é destruída.”

Doravante ao celebrarmos a memória da nova Santa, não poderemos deixar de recordar todos os anos também o Shoah, aquele atroz plano de eliminação de um povo que custou a vida a milhões de irmãos e irmãs judeus. O Senhor faça brilhar o seu rosto sobre eles, concedendo-lhes a paz (cf. Nm 6, 25 ss). Por amor de Deus e do homem, lanço de novo um premente brado: nunca mais se repita uma semelhante iniciativa criminosa para nenhum grupo étnico, povo e raça, em qualquer recanto da terra! É um brado que dirijo a todos os homens e mulheres de boa vontade; a todos aqueles que crêem no Deus eterno e justo; a todos aqueles que se sentem unidos em Cristo, Verbo de Deus encarnado. Aqui, todos nós devemos ser solidários: é a dignidade humana que está em jogo. Só existe uma única família humana."


O negrito e sublinhados são meus

Re: O cristão e a paz
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 11 de August de 2006 01:51

È o Davi contra Golias...
quem hoje é davi e quem é o gigante golias???

Re: O cristão e a paz
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 11 de August de 2006 16:49

É deveras importante o que está a acontecer, como relata o jornalista Joaquim Franco aqui no Paróquias.

Temos, por vezes, o hábito de nos considerarmos muito "fraquinhos" em todos os campos. Neste excerto do artigo está claro que isso não é verdade....

Aqui vai :

"A experiência portuguesa de diálogo inter-religioso é rara no contexto mundial e única na Europa. Os líderes religiosos - cristãos, muçulmanos e judeus - têm dado sinais de verdadeira abertura para o "essencial". Aquele "essencial" em cada religião e respectivos livros "sagrados", que não admite a violência como resposta"

Nota: negrito é meu



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