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Re: A IGREJA PODE CALAR-SE?
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 21 de July de 2006 14:29

diz a mãe ao filho:

- Joãozinho foste tu que puxaste o rabo ao gato?

-Não mãe, eu só o segurei, o gato é que puxou.



Ou seja, não há grande diferença entre matar activamente e deixar morrer passivamente.

Re: A IGREJA PODE CALAR-SE?
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 21 de July de 2006 14:37

Não é com infantilidades que se debatem temas complexos.


( E ainda queriam fazer um referendo..)

A Igreja deve calar-se?
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 21 de July de 2006 14:44

quanto ao tema em si a minha opinião é que a igreja deve pronunciar-se sempre com muita prudencia.

A Igreja enquanto instituição deve evitar partidarizar-se.

Fecha uma fabrica e são despedidos 10 cem ou mil trabalhadores. É mau, mas será evitavel? Muitas vezes quando essa fabrica veio para cá tinha fechado noutro lado.
A industrialização tornou absoletos os teares manuais.

A sociedade deve ser solidaria mas a concretização dessa solidariedade envolve questões tecnicas e da "ciencia" economica que não se condoiem com voluntarismos utopicos.

A Igreja não se deve calar mas deve ser muito prudente, não funcionar como oposição permanente a todos os governos.

A RMA pode ser feita sem que se criem embriões excedentarios. É pena que não tenha sido assim aprovada a lei,
Fora este caso não tenho visto razões para a Igreja se pronunciar.

Posso não gostar das mudanças no ensino, na justiça, na segurança social ou noutro ramo qualquer mas acho que a Igreja não se deve pronunciar-se sobre estes temas do dia a dia a não ser que eles comprometam os direitos humanos.
A não ser assim estaria a Igreja a envolver-se na gestão do reino de Cesar. Ora à Igreja compete mais anunciar o Reino de Deus.

Re: A IGREJA PODE CALAR-SE?
Escrito por: Maria João Garcia (IP registado)
Data: 21 de July de 2006 14:53

Não acho que o comentário do Camilo seja uma infantilidade. O exemplo que ele dá é representativo desta situação.

Além disso, células indiferenciadas? São de seres humanos.

Toda a pessoa tem direito em querer ter filhos. Óptimo. Mas há quem tenha problemas. Por mais que custe - sem dúvida que é uma dor grande - se a pessoa não consegue mesmo recorrendo a tratamentos, para quê usar uma técnica em que pode haver embriões excedentários? Há muitas crianças a precisarem de um lar.

Não é fácil enfrentar este tipo de situações, mas às vezes penso que pensamos demasiado no nosso sofrimento. Se Deus não nos dá a hipótese de termos filhos é por que quer que demos carinho e um lar a outra criança que está a sofrer mais do que nós e que vive num lar. POde não ser maltratada, mas falta uma família.

Eu lido com estas crianças e elas precisam mesmo de um lar. Onde costumo ir são muito bem tratadas e as pessoas dão muitos brinquedos e roupa e a comida nunca lhes falta. Mas, apesar do sorrisos, são crianças que sentem falta de uma família. E vê-se isso nas reacções que têm muitas vezes.

Re: A IGREJA PODE CALAR-SE?
Escrito por: Maria João Garcia (IP registado)
Data: 21 de July de 2006 14:55

Quanto ao comentário do Camilo, concordo perfeitamente. Comentar mas aquilo que interfere de uma maneira ou de outra com o sermos cristãos.

Re: A IGREJA PODE CALAR-SE?
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 21 de July de 2006 15:00

És contra o nascimento de crianças que , sem o recuros a técnicas de PMA nunca exsitiriam ?

Achas que um casal com uma doença grave como é a infertilidade não deve tratar-se?

É uma opinião tua. Parece-me bastante egoísta.

Mas, como opinião pessoal, é respeitável.

Ou seja, se fores infértil, tens a plena liberdade de não teres filhos porque não queres usar um tratamento médico que te permitira teres filhos.

É perfeitamente legítimo.

Não podes é proibir a outros casais esses tratamentos médicos, nem que não tenham filhos em nome das tuas conviçções pessoais/ religiosas.

No fundo é apenas isto.

Re: A IGREJA PODE CALAR-SE?
Escrito por: Maria João Garcia (IP registado)
Data: 21 de July de 2006 15:34

Eu não disse nada disso. O casal tem direito ao tratamento, mas não tem direito a usar técnicas em que vai haver embriões que vão ser tratados como se nem sequer fossem o princípio de uma vida. Há limites para tudo.

Quanto às minhas convicções religiosas/pessoais, eu não obrigo ninguém a segui-las. Agora também não me podem obrigar a dizer que concordo com certas coisas.

Só estou a exprimir a minha opinião. Aliás, como já referi, O EStado tem as leis que são aprovadas pelas autoridades competentes e a Igreja não tem de se intrometer. Mas, sempre que essas leis entram em confronto com a Palavra de Deus, deve falar disso e esclarecer as pessoas. E isso é possível sem entrar em confronto com o Estado. DEpois elas lá sabem o que fazem. Isso depois cada um sabe de si e Deus de todos.

Re: A IGREJA PODE CALAR-SE?
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 21 de July de 2006 15:42

Os limites éticos existem e nas técnicas de PMA, com embriões excedentários, estes são sempre tartados como se fossem o princípio de uma podencial pessoa humana. Ou seja, com todo o cuidado e respeito. Por isso são criopreservados.

Não vejo grande conflito deste facto com a palavra de deus. Nem estou a ver onde deus proibiu os homesn de congelarem embriões para que possam originar mais tarde uam gravidez

Pelo contrário, parece-me que todas a técnicas de PMA são um bem inestimável epois permitem gerar Vida. Permitem fazer nascer bebés no ambito do amor, b´bés que de outra forma nunca existiriam. Um pequeno milagre!

Re: A IGREJA PODE CALAR-SE?
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 21 de July de 2006 19:16

Não querem embriões excedentários porque eles podem acabar por morrer. Por essa ordem de ideias devia proibir-se toda a procrição. É que na natureza morrem muitos embriões viáveis porque acabam por não nidar e, como diz o Camilo ("não há grande diferença entre matar activamente e deixar morrer passivamente"), não venham dizer que eles morreram por causas naturais: criaram-nos sabendo que poderiam morrer. Logo, usando o 5.º mandamento, ninguém deve ter filhos!

pontosvista

Re: A IGREJA PODE CALAR-SE?
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 21 de July de 2006 19:18

Já agora, para quem não sabe: a Igreja é contra várias técnicas de procriação assistida em que não existem embriões excedentários, nomeadamente a fertilização in vitro com qualquer número de embriões e a inseminação artificial.

pontosvista

Re: A IGREJA PODE CALAR-SE?
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 21 de July de 2006 19:24

Diogo

Citação:
A maior autoridade moral de todos os tempos está cá precisamente para isso, para os Homens saberem o que é moralmente aceite aos olhos de Deus.

Diga-me o que pensa da actuação de Pio IX no caso de Edgardo Mortara, discutido longamente no assunto "Cristianismo, verdade e relativismo" neste fórum. É que se é isto que é moralmente aceite aos olhos de Deus...

pontosvista

Re: A IGREJA PODE CALAR-SE?
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 21 de July de 2006 19:49

Camilo

Citação:
não há grande diferença entre matar activamente e deixar morrer passivamente

Está a justificar a eutanásia?

pontosvista

Re: A IGREJA PODE CALAR-SE?
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 21 de July de 2006 19:51

Ok, eu mando-lhe uma mensagem sobre isso.
Outra coisa: a mim não me interessa o que a lei diz sobre a RMA. Eu tenho a minha moralidade, que coincide com o que a Igreja diz, e acato as normas morais desta. MEsmo que seja permitido, os cristãos têm de pôr a mão na consciência e decidir se seguem as normas da Igreja ou se seguem as leis.

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Re: A IGREJA PODE CALAR-SE?
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 21 de July de 2006 19:59

E fazes muito bem, Diogo.

Não podes é impor a tua moralidade aos outros ou impor aS normas da tua religião ( ouda tua particular visão da religião) a todos os outros teus concidadãos.

POrque, Graças a Deus , tens o privilégio de viver num Estado de Direito Democrático e não num Estado confessional onde grassa o fundamentalismo religioso.

Por exemplo as pessoas que pertecem ás Testemunhas de Jeová também se recusam a fazer transfusões de sangue, ou seja, também recusam tratamentos médicos por motivos religiosos. E estão npo seu direito. Não podem é exigir que as transfusões de sangue sejam proibidas em Portugal e que mais ninguém faça transfusões.

Re: A IGREJA PODE CALAR-SE?
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 21 de July de 2006 20:18

CP, eu não exijo nada. As leis são feitas para os do mundo, mas os cristãos não são do mundo, e sujeitam-se às leis de Deus.

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Re: A IGREJA PODE CALAR-SE?
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 21 de July de 2006 21:17

Os cristãos não são do mundo???
Já te apercebeste de que essa afirmação vai contra a Doutrina católica e as palavras de Jesus.
Diogo fala porti. Eu sou do mundo.
Aliás e tu também, mesmo que tentes negá-lo.

Re: A IGREJA PODE CALAR-SE?
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 22 de July de 2006 00:26

ambiguidades da escrita. Quando disse que "os cristãos não são do mundo" quero dizer que os cristãos não pertencem ao mundo, ao que é próprio do mundo. nem se regem pelas leis desse mundo. por favor, leia este link.




respondi à pergunta do CA por e-mail, mas a seu pedido publico-a aqui:

Esgardo, filho de pais judeus, e ele judeu, na iminência da morte foi baptizado pela sua criada. Ao que parece, ao baptismo ocorreu a sua cura milagrosa, de que não há provas (afinal, a ciência não era muito desenvolvida no sec. XIX).
Segundo as leis dos Estados Pontifícios, quem fosse baptizado DENTRO DOS ESTADOS em nome da Fé Católica teria (caso os pais não seguissem a mesma doutrina) de ser educado dentro da Cúria Romana.
E foi o que ocorreu. Alguém foi notificado de que o Edgardo tinha sido baptizado e os Estados exigiram a sua permanência na Cúria. O Edgardo foi educado na Fé Cristã, até que decidiu (pela sua própria cabecinha) tornar-se sacerdote. Entretanto, perto da idade dos 15, foi-lhe perguntado se queria retornar à família e Edgardo recusou. Talvez o tenha feito simplesmente por ser protegido do Papa e viver na fartura da Cúria. Não o sei, e ninguém nunca saberá.
Mais tarde, o próprio Edgardo depôs a favor do Papa Pio IX, para dar testemunho das "suas boas virtudes", como diz o próprio. Esse testemunho pode ser encontrado em inglês em [www.zenit.org]. Realize a leitura dessa declaração e veja que a Igreja não fez mal nenhum à criança.
Mas será moral o facto da Igreja ter tirado o Edgardo aos pais? Visto que a empregada estava ciente ( de certe) dessas leis, deveria ter feito o máximo para não baptizar o Edgardo. Ou, pelo menos, perguntar aos pais se concordavam. Não vejo culpa no Papa.

Quando ao que me disse na resposta: "Só Deus saberá se a Igreja fez ou não mal à criança." É quase garantido que a Igreja não fez mal à Igreja no sentido físico, embora se possa sempre duvidar se a mentalidade do jovem se manteve estável.
No entanto, diz-me: "...nem um Papa, perante a insistência vinda de vários países, foi capaz de uma avaliação moral correcta da situação." Pois acho que o Papa a avaliou. Afinal, deu a Edgardo o direito à escolha: família ou Igreja. E foi o Edgardo que escolheu.




descartemos por favor a opção de "lavagem cerebral", que é cientificamente provado que é impossível.

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Re: A IGREJA PODE CALAR-SE?
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 22 de July de 2006 00:44

Parece-me que uma lei que prevê que se tire uma criança de 6 anos aos pais, apenas por questões de denominação religiosa e na sequência de um baptismo que os pais não permitiram, é intrinsecamente má e desumana. Se existir a "lei natural" este será provavelmente um caso claro de violação dessa lei.

O Papa Pio IX era soberano para revogar esta lei ou para não a aplicar. Ao manter a aplicação da lei é cúmplice da mesma.

Diz o Diogo:
Citação:
Afinal, deu a Edgardo o direito à escolha: família ou Igreja. E foi o Edgardo que escolheu.
Ao Edgardo, com seis anos, depois de sequestrado pela polícia dos estados pontifícios, foi-lhe perguntado se queria voltar para a família ou não. Este diz mais tarde que não sentiu vontade de o fazer.

Será que um abusador sexual de menores pode invocar o consentimento do menor como justificativa do seu acto? Será que um raptor de uma criança de seis anos pode invocar que em determinado momento foi dada à criança a hipótese de escolher e a criança não quis voltar? Até em adultos é conhecido o síndrome de Estocolmo, quanto mais em crianças de seis anos!

O recurso a este argumento (no processo de canonização de Pio IX) mostra até que ponto a hierarquia católica pôde descer para justificar o acto absolutamente desumano que praticou com os pais do Edgardo!

Este caso prova duas coisas: a própria Igreja tem leis desumanas e nem um Papa, perante a insistência vinda de vários países, foi capaz de uma avaliação moral correcta da situação.

pontosvista

Re: A IGREJA PODE CALAR-SE?
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 22 de July de 2006 01:09

Citação:
Ao Edgardo, com seis anos, depois de sequestrado pela polícia dos estados pontifícios, foi-lhe perguntado se queria voltar para a família ou não. Este diz mais tarde que não sentiu vontade de o fazer.
Ele não decidiu com 6 anos, mas com 15 ou perto (não posso precisar).
Quanto ao síndroma, acredito que possa ser uma causa. No entanto, continuo a não ver desumanidade (por parte do Papa) em tirar a criança aos pais. A culpa foi da empregada. E mesmo que o Papa tenha a culpa, que alguma tem, de que serve? É um erro. As pessoas aprendem com os erros.

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Re: A IGREJA PODE CALAR-SE?
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 22 de July de 2006 01:15

Citação:
No entanto, continuo a não ver desumanidade (por parte do Papa) em tirar a criança aos pais. A culpa foi da empregada.

Pense numa criança próxima de si com seis anos. Há uma empregada muçulmana que faz um ritual rápido num minuto. De seguida um grupo de fundamentalistas rapta a criança e o Diogo vem a saber que está no Irão onde será educada segundo o Islão. Após insistentes pedidos da comunidade internacional o Irão afirma que não devolve a criança. Do seu raciocínio concluímos: o governo iraniano não está a praticar qualquer desumanidade. A culpa é da empregada!

pontosvista

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