Peço desculpa, mas não sei como remediar o caso...na citação que faço do pontosvista estão umas palavras a mais...são estas "sobre alguns tópicos como próprios". Está a mais, enganei-me...não dei conta que o texto que estava a escrever não tinha sido apagado na totalidade...ficou essa frase. Se a puderem tirar agradeço. Desculpa pontosvista...

Maria José

Gostei especialmente da frase:

Citação:

uma fé que não se torne cultura é uma fé «não plenamente recebida, não inteiramente pensada, nem fielmente vivida»

Para se tornar cultura, a fé tem que se tornar vida em muitas pessoas. Mas se a fé se tornar vida nos cristãos, a cultura aparecerá.

Quanto à superioridade atribuída ao padre ela parece assentar em dois papéis:
1) o padre tinha tradicionalmente maior cultura do que os leigos, o que o deixava numa posição de clara superioridade em áreas não só de religião mas também de ética, história, política, etc;
2) o padre era olhado como o garante da fidelidade e comunhão com a Igreja.

Hoje, por um lado constata-se que muitos leigos desenvolvem uma cultura equiparável à dos padres, quando não superior, sobretudo em áreas específicas. Por outro lado é claro que a "fidelidade" que o padre garante assenta num muito pouco espiritual sistema repressivo das ideias e dos comportamentos. O padre "fiel" é mais o que cumpre os regulamentos e policia as ideias do que aquele que é inspirado pelo Espírito.

Não penso que o padre seja dispensável. Penso apenas que o seu papel deve ser reformulado, sobretudo como serviço e tendo consciência que todos temos que ser fiéis ao Espírito que se manifesta em todos.

pontosvista

Não tenho, agora, tempo para debater.

Venho, neste momento, apresentar uma notícia da Agência Ecclesia de 19/7/06

Acho com interesse e colocarei a negrito o que me parece fundamental

"Coimbra incentiva a formação de leigos
Nascida no âmbito do plano Pastoral de 2002/07, a Escola Diocesana de Leigos de Coimbra encerrou mais um ano lectivo onde terminaram a sua preparação mais 19 leigos desta cidade e de Cantanhede. A funcionar há quatro anos e em quatro pólos da diocese, esta escola "ministra várias centenas de horas durante o curso" com o intuito "de formar os cristãos da diocese" - disse à Agência ECCLESIA o Pe. Manuel Carvalheiro, director da Escola Diocesana de Leigos. Além deste Curso Geral, nove formandos concluíram o módulo «Para uma espiritualidade laical» ministrado «à distância».
Aquando do encerramento do ano lectivo, na Igreja de Cantanhede, D. Albino Mamede Cleto, bispo de Coimbra, alertou os presentes que "no mundo actual ser-se mais cristão é aprofundarmos a nossa fé". E acrescenta: "E hoje o que a Igreja quer de todos vós é que sejais profetas, pois sabeis o suficiente para falar em nome de Deus nas várias actividades que desempenhais". Com doze módulos de 32 horas, os leigos que completaram este curso "só terão que fazer uma formação específica para os vários ministérios: Catequista, Ministro Extraordinário da Comunhão, Agente Sócio-Caritativo ou Animador pastoral" - completou o Pe. Manuel Carvalheiro."


Eu acrescentaria actuar como cristãos em todos os campos da sociedade.
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Só há muito pouco descobri este Forum, que acho muito positivo. Por motivo de justas férias, estarei usente nos próximos tempos. Penso voltar, porque a COMUNHÃO é partilha. Não existirá comunhão quando os leigos forem "moços de recados" da hierarquia. Penso que isso é ofensivo para uns e outros. Comunhão supõe a respeito pela IGUALDADE FUNDAMENTAL e pela DIFERENÇA FUNCIONAL. Ao longo dos tempos temos assistindo, com algumas variantes, a tentativas do clero de invadir e ocupar o espaço dos leigos e vice-versa. Não estará na hora do razoável? Cada um ocupar a sua função, no ESPÍRITO DE COMUNHÃO que actua em todos. Todos são corresponsáveis pela missão da Igreja.
Peço desculpa pela insistência, mas será importantíssimo que seja lido e reflectido o Decreto sobre o Apostolado dos Leigos (concílio Vat. II). "E sendo próprio do estado dos leigos viver no meio do mundo e das ocupações seculares, eles são chamados por Deus para, cheios de fervor cristão, exercerem como fermento o seu apostolado no meio do mundo."
A MISSÃO na Igreja não é capricho, nem moda, mas essência. Basta ler o Evangelho... Aliás, se não fosse a missão hoje nem estaríamos aqui, nada saberíamos de Cristo. Claro que missão não se confunde com proselitismo, com imposição, com força ou chantagem. Missão será o anúncio alegre e feliz da Boa Notícia que é Cristo para as pessoas. Para todas as pessoas!
Concordo que pululam hoje os movimentos conservadores, até de índole fundamentalista. Com respostas velhas para problemas novos. A Igreja é profecia, por isso anúncio, proposta, revelação.Nesta linha é bom evocar o Grande D. António Ferreira Gomes e a lufada de ar fresco que ele significa para a Igreja que está em Portugal.
Sem a consciência viva desta ideia de MISSÃO, como valor EMONENTE da essencia da Igreja, decai-se facilmente em querelas e questões que nos entretêm, que têm o seu valor, mas que nunca nos deveriam desviar do essencial.
Um abraço
Boas férias
até um dia destes

Ola a todos

Bem este topico esta mesmo adormecido, deve ser do titulo...

Antes de mais devemos ver o que se esta a fazer, e neste campo muitas coisas, os leigos assume cada vez mais o seu papel. Mas, dirão alguns, onde vê isso?
Eu respondo em todo o lado, desde a catequese à pastoral socio-caritativa, infelizmente olha-se o muito por fazer esquecendo-se do muito que se esta a fazer, a realidade é hoje e agora e em muitos locais os leigos estão.

Cumprimentos

Sérgio Lopes