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Re: Critérios para poder comungar
Escrito por: pontosvista (IP registado)
Data: 07 de July de 2006 18:59

"Mas se foi nulo, peça a nulidade e depois case. "

Primeiro, os processos são caros e difíceis. Segundo, pode haver situações em que não é possível provar a nulidade ainda que ela seja real. Essas pessoas não só sofrem a injustiça de serem consideradas casadas quando não o estão como ainda são excluídas da comunhão por não poderem provar a sua situação.

Quanto ao aborto, não o defendo nem digo que a sua legalização diminua o número de abortos. Digo é que isto não é matéria dogmática e ninguém deve ser excluído da comunhão por pensar de modo diferente sobre a eficácia da legislação.

"Quanto às mortes de mulheres que morrem a matar os seus filhos que me preocupam mais os filhos delas que morrem inocentes que as "mães" que morrem a matar."

Sugiro que confronte esta frase com as atitudes de Jesus perante os pecadores.

pontosvista

Re: Critérios para poder comungar
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 07 de July de 2006 19:02

não costa que Jesus tenha dito aos pecadores, vai, não fizeste pecado nenhum.

Defende então se seja despenalizado o assassinato?

Re: Critérios para poder comungar
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 07 de July de 2006 19:29

Camilo:
Não se trata de despenalizar o assassinato mas de considerar que relativamente ao aborto, há causas d exclusão de ilicitude e que as penas de prisão não são adequadas , nem do ponto de vista da prevenção, nem do ponto de vista da retribuição.

E ser favprável à despenalização do aborto em algumas circusntãncias muito restritas , é uma opinião aceitável, se resultar de uma reflexão ponderada, consciente e de acordo com a consciência íntima de cada um.
De certeza que não é por isso que um Católico deixa de poder comungar...

SE assim fosse, quantos católicos convictos, quantos padres e freiras estariam privados da comunhão..

Re: Critérios para poder comungar
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 07 de July de 2006 19:32

"Quanto às mortes de mulheres que morrem a matar os seus filhos que me preocupam mais os filhos delas que morrem inocentes que as "mães" que morrem a matar"

Que falta de Caridade e de compaixão esta simples frase demonstra, valha-me deus.

SE fosse a mulher ou a filha do camilo a morrerem de um aborto clandestino se calhar já se importava... e vai daí, talvez não.

Re: Critérios para poder comungar
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 07 de July de 2006 19:57

as mulheres que morrem ao abortar preocupam-me tanto como os terroristas que morrem num atentado.

Re: Critérios para poder comungar
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 07 de July de 2006 20:09

E é com esse sentimento de falta de compaixão e de despreocupação

total com o sofrimento e a morte de outras pessoas,

que costumas comungar???????

...

Re: Critérios para poder comungar
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 07 de July de 2006 20:56

quem te nomeou minha juiza?

Aliás até me preocupo um pouco com os terroristas, mas nem por isso defendo que a legalização do terrorismo.

Tambem me preocupo com os pedofilos mas não defendo a legalização da pedofilia.

Re: Critérios para poder comungar
Escrito por: Diogo Taveira (IP registado)
Data: 08 de July de 2006 01:15

Onde isto vai... tenham moderação, senhores. O radicalismo ideológico não leva a lado nenhum.
Eu sinto que posso comungar quando me encontro na graça de Deus. E isso significa sentir-me de bem com Deus, não ter faltas que não me sinta perdoado, etc

Abraçando-vos em Cristo,

Diogo, A.M.D.G.

Re: Critérios para poder comungar
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 08 de July de 2006 02:47

O diogo tem toda a razão - o acto de comungar é uma escolha íntima e ninguém tem o direito de julgar ninguém sobre se está ou não em condições de comungar ou defazer listagens de critérios para.. os outros.
SE é divorciado , ou a favor da despenalização do aborto, isso é um problema da consciência íntima de cada um e mais ninguém tem nada com isso.

Re: Critérios para poder comungar
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 09 de July de 2006 22:54

Quem comunga não é melhor nem pior que os outros...
Há situações delicadas que levam a Igreja a que tenha que dar indicações.
Todos cometemos pecados, quem se considera impecável?
Há um caso que dói muito que é o caso das pessoas que recebem o Sacramento do matrimónio e depois casam com um(a) 3º.
A Igreja é muito clara. Veja-se a Familiaris Consortio que resulta do Sínodo sobre a família e que é apresentada por João Paulo II:
Aqui vai um excerto:
Ponto 84
(...)

"Juntamente com o Sínodo exorto vivamente os pastores e a inteira comunidade dos fiéis a ajudar os divorciados, promovendo com caridade solícita que eles não se considerem separados da Igreja, podendo, e melhor devendo, enquanto baptizados, participar na sua vida. Sejam exortados a ouvir a Palavra de Deus, a frequentar o Sacrifício da Missa, a perseverar na oração, a incrementar as obras de caridade e as iniciativas da comunidade em favor da justiça, a educar os filhos na fé cristã, a cultivar o espírito e as obras de penitência para assim implorarem, dia a dia, a graça de Deus. Reze por eles a Igreja, encoraje-os, mostre-se mãe misericordiosa e sustente-os na fé e na esperança.

A Igreja, contudo, reafirma a sua práxis, fundada na Sagrada Escritura, de não admitir à comunhão eucarística os divorciados que contraíram nova união. Não podem ser admitidos, do momento em que o seu estado e condições de vida contradizem objectivamente aquela união de amor entre Cristo e a Igreja, significada e actuada na Eucaristia. Há, além disso, um outro peculiar motivo pastoral: se se admitissem estas pessoas à Eucaristia, os fiéis seriam induzidos em erro e confusão acerca da doutrina da Igreja sobre a indissolubilidade do matrimónio.

A reconciliação pelo sacramento da penitência - que abriria o caminho ao sacramento eucarístico - pode ser concedida só àqueles que, arrependidos de ter violado o sinal da Aliança e da fidelidade a Cristo, estão sinceramente dispostos a uma forma de vida não mais em contradição com a indissolubilidade do matrimónio. Isto tem como consequência, concretamente, que quando o homem e a mulher, por motivos sérios - quais, por exemplo, a educação dos filhos - não se podem separar, «assumem a obrigação de viver em plena continência, isto é, de abster-se dos actos próprios dos cônjuges».

Igualmente o respeito devido quer ao sacramento do matrimónio quer aos próprios cônjuges e aos seus familiares, quer ainda à comunidade dos fiéis proíbe os pastores, por qualquer motivo ou pretexto mesmo pastoral, de fazer em favor dos divorciados que contraem uma nova união, cerimónias de qualquer género. Estas dariam a impressão de celebração de novas núpcias sacramentais válidas, e consequentemente induziriam em erro sobre a indissolubilidade do matrimónio contraído validamente.

Agindo de tal maneira, a Igreja professa a própria fidelidade a Cristo e à sua verdade; ao mesmo tempo comporta-se com espírito materno para com estes seus filhos, especialmente para com aqueles que sem culpa, foram abandonados pelo legítimo cônjuge.

Com firme confiança ela vê que, mesmo aqueles que se afastaram do mandamento do Senhor e vivem agora nesse estado, poderão obter de Deus a graça da conversão e da salvação, se perseverarem na oração, na penitência e na caridade.

A Igreja é clara.
Conheço várias pessoas que se divorciaram e casaram pelo civil...que frequentam a igreja, que têm muita pena de não poder comungar..., são ajudadas a manterem-se firmes na fé e sâo-no. Será que nós, os que comungamos, pensamos que somos melhores que eles?
É verdade que é importante receber Jesus Eucaristia mas...os caminhos de Deus não são os nossos caminhos.
Não faz bem quem em nome da sua consciência vai comungar, desobedecendo ao que a Igreja afirma. Nosso Senhor lá sabe...quem sou eu pasra julgar...
Isto faz-me lembrar a indicação que existe de contornar uma rotunda e o condutor, de acordo com a sua consciência, não faz...vai em frente...até tem um jipe e a rotuda apenas tem relva e flores... Que mal Faz? dizem...eu acho que assim é mais directo...os outros cidadãos não pensam como ele....mas ele actua de acordo com a sua consciência.... a mim parece-me uma atitude pouco sensata.

Nota: faz-me impressão o assunto do tópico: "Critérios para poder comungar".
Referi apenas o aspecto dos que sofrem com um Matrimónio que se desfez e depois voltam a casar. É feia a palavra mas...se estão casados com um... não podem ao mesmo tempo estar casados com outro...
Como um casamento é entre pessoas de sexo diferente peço-vos que também escrevam a frase no feminino.

Re: Critérios para poder comungar
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 09 de July de 2006 23:12

"
Citação:
Não faz bem quem em nome da sua consciência vai comungar, desobedecendo ao que a Igreja afirma. Nosso Senhor lá sabe...quem sou eu pasra julgar...
"
SE não és ninguém para julgar os outros ( e nisso eu concordo contigo) NÃO PODES ESCREVER QUE ESSA PESSOA NÃO FAZ BEM, pois isso é uma forma de julgamento...

Quando muito , podes escrever que tu, nas mesmas circusntãncias , não o fazes ou não o farias. mai nada

Re: Critérios para poder comungar
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 10 de July de 2006 01:05

a religião cristã não é individualista mas comunitária.

A consciencia intima de cada um tem um valor importante mas a Igreja apostolica tambem impoem regras para a correcta formação moral das consciencias.

A dimensão comunitaria da Igreja implica que algumas pessoas devam ser excluidas da comunhão mesmo que julguem não ter cometido pecado grave. Aliás as pessoas tem tendencia a procurarem justificar os seus pecados, os seus erros. Ninguem é bom juiz em causa propria.

Já li testemunhos de pais pedofilos que consideravam que os abusos sexuais que faziam às suas filhas eram para o bem delas. Juiz em causa propria permite os mais inenarraveis disparates.

Re: Critérios para poder comungar
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 10 de July de 2006 08:57

Camilo:

Sim, a dimensão da Igreja é comunitária. Mas jesus foi muito claro relativamente aos "julgamentos alheios" - não te compete a ti ou a mim julgar os outrso.

E, convenhamos, misturar pedofilia coma questão dos católicos recasados é introduzir na discussão um ruído inútil....

Até porque os pais pedófilos, a maioria vive na constãncia do santo matrimónio...

E , se a mãe dessa criança pedir o divórcio, para afastar as filhas do abusos sexual, fica impedida de comungar....

Re: Critérios para poder comungar
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 10 de July de 2006 10:00

é usar um exemplo extremo para facilitar a compreensão de que nem sempre a consciencia individual é um bom criterio para que se permita ou não a comunhão.

Se a maoria dos pais estão ou não casados não disponho de dados estatisticos sobre isso.

a sua afirmação posterior, que a mãe de um filha vitima de abuso sexual fica impedida de comungar se pedir o divorcio é, como bem sabe, completamente falsa.

Re: Critérios para poder comungar
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 10 de July de 2006 23:25

Quero chamar a atenção para o tópico "desonestidade"

Ela, a dita desonestidade intelectual, está neste tópico. Por favor quem afirma "Até porque os pais pedófilos, a maioria vive na constãncia do santo matrimónio..." não merece que se dialogue com ela. não se pode dialogar com quem não o sabe fazer...com quem... inventa inverdades....

Fugi ao tema...há uma pessoa especialista em o fazer... e depois leva outros a darem-lhe resposta, a comentar.

Vou dizer
C:P.
já basta!!! já te disse há uns tempos. e tu mandaste-me uma mensagem muito doce, oferecendo-me ajuda...pois eu não devia estar bem...
Disse-o aqui, de propósito, por isso ter o sabor de presente envenenado. Basta de presentes envenenados!!! já chega de inverdades...já chega de desvios aos temas. Nota-se algo que parece ser uma obsessão... o desejo de destruir a Igreja. A Católica Praticante não manifesta, na generalidade das intervenções o desejo de quer uma Nova Evangelização. Parece querer a destruição da Igreja...
Tem todo o direito de o fazer, mas mais uma vez afirmo: reconheça que é ateia ou agnóstica...não tenho nada contra isso....a maior parte dos meus amigos pertencem a um desses grupos. E eu sou amiga deles...não misturo as coisas. O que não suporto é que alguém não assuma o que é .
Essa pessoa, por ser pessoa merece ser respeitada mas...essa pessoa precisa de saber o que penso. E aqui está o que penso . Penso isso pelas suas intervenções. Já fiz a análise de conteúdo às intervenções da C.P. Sei que o que afirmo resulta, directamente, das suas intervenções. Não a estou a julgar...estou apenas a tirar a conclusão...

Re: Critérios para poder comungar
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 19 de July de 2006 14:39

Camilo:

A tua escolha argumentaiva foi infeliz, porque adiciona ruído, em vez de clarificar. Até porque um homem que abusa sexualmente da sua filha tem perfeita consciência d eque comete umailicitude.

Escreveste que:

"a sua afirmação posterior, que a mãe de um filha vitima de abuso sexual fica impedida de comungar se pedir o divorcio é, como bem sabe, completamente falsa."

Não é completamente falsa, apenas incompleta.

" A mãe de um filha vitima de abuso sexual do pai fica impedida de comungar se pedir o divorcio por esse motivo e e voltar a casar".
ESta afirmação é absolutamente verdadeira.

Ou seja, se essa mãe der á filha um enquadramento afectivo e uma família tradicional (visto que as famílias monoparentais não são sequer uma família, na visão neocon) ), fica automaticamente impedida de comungar.


Já agora, o abuso sexual de menores por parte dos pais biológicos, , sobretudo se for um abuso continudo é quase sempre realizado em famílias estruturadas e em que existem vínculos de conjugalidade, pou seja, na constãncia do matrimónio.

O mesmo sucede em situações de violência doméstica.


É um caso concreto em que as crianças ( e as vítimas de agressão) só ficam protegidas se houver divórcio ou separação conjugal relativamente ao agressor.

Entre não comungar e proteger um filho, nem deve haver hesitações.

Re: Critérios para poder comungar
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 19 de July de 2006 16:36

Ora aqui vai um caso verídico:

B casou com A pela Igreja e tiveram 3 filhas. Ai fim de 12 anos de vida em comum divorciaram-se. Não pensam pedir a nulidade do casamento religioso.
Para eles o casamento foi consciente e plenamente válido. Apenas acabou porque o amor conjugal chegou ao fim. Acontece. Mas não tem sentido para eles renegarem uma escolha que voltariam a repetir ou considerarem que anos de uma conjugalidade empenhada são inexistentes.

Como a vida é longa, bela e inesperada, B voltou a casar passados dois anos. Tem agora mais dois filhos. Por sua vez, A tem um namorado há três anos mas não pensa casar por enquanto.
Nas férias e em alguns fins de semana, os cinco irmãos juntam-se todos em casa de B e da sua actual mulher. Nos aniversários, natal e ocasiões especiais , passam muitos dias todos juntos com os Avós, tios e primos. Escrevem-se, telefonam-se, conversam no MSM diariamente. Participam e partilham da vida uns dos outros, uns com os outros, unidos por laços de sangue, amor, solidariedade, uma vida em comum e um projecto de futuro.
Alguém que me venha dizer que não há aqui uma verdadeira família ou uma verdadeira Igreja doméstica.

A frequenta a igreja e pode comungar. Porque ainda não casou.

No entanto, nem B nem a sua actual mulher ( solteira antes de casar com ele) podem comungar porque "vivem em pecado." O seu pecado é terem um família.
Pela mesma razão, os seus dois filhos pequenos não podem ser baptizados porque são "fruto do pecado" e vivem no pecado.Eles afirmam que são fruto do amor, mas isso não conta. Disserem-lhes que é incoerente pedirem o baptismo dos seus filhos se não tencionam viver de acordo com a ortodoxia doutrinária da Icar.

( O pecado dos meninos é terem nascido numa família, com um pai e uma mãe que se amam.).

Se a mãe fosse mãe solteira, não estaria afastada da comunhão, nem eles afastados do sacramento do baptismo.

Grande coerência de valores, sim senhor.

[www.muralidades.blogspot.com]

Re: Critérios para poder comungar
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 01 de August de 2006 23:41

PROMESSA DA EUCARISTIA !

Jesus foi outra vez a Cafarnaum e entrou na Sinagoga, que estava cheio de pessoas, algumas das quais tinham comido dos cinco pães.

Estas pessoas queriam que Jesus as alimentasse outra vez da mesma maneira, mas Jesus disse-lhes,

- “Vós procurais-me não porque vistes milagres, mas porque comestes dos pães e ficastes saciados. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que dura até à vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará, pois a Este é que o Pai, o próprio Deus, marcou com o Seu selo”. (Jo. 6,26-27).

E depois de dialogar com os presentes e de lhes falar do maná, que seus pais tinham comido no deserto e morreram, Jesus continuou :

- “Eu sou o Pão da Vida ; o que vem a Mim jamais terá fome e o que acredita em Mim jamais terá sede. Eu já vos disse : Vós vedes-Me e não Me acreditais. Tudo o que o Pai Me dá virá a Mim ; e não repelirei aquele que vem a Mim, porque desci do Céu, não para fazer a Minha vontade, mas a d’Aquele que Me enviou”.(Jo.6,35-38).

Esta linguagem era muito estranha para os que ouviam Jesus e todos começaram a murmurar, de modo que Jesus falou assim :

- “Eu sou o Pão vivo que desceu do Céu. Se alguém comer deste Pão viverá eternamente ; e o Pão que Eu hei-de dar é a Minha carne para a vida do Mundo”.(Jo.6,51).

Mais se acendeu a discussão entre todos, porque não podiam compreender como é que podiam comer a Sua carne, e Jesus voltou a dizer com mais insistência :

- “Em verdade, em verdade vos digo : Se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o Seu sangue, não tereis a vida em vós.. Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia. Porque a Minha carne é, em verdade, uma comida e o Meu sangue é, em verdade, uma bebida. Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue fica em Mim e Eu nele”.(Jo.6,53-56).

Como todos se afastavam por “acharem duras estas palavras”, Jesus perguntou aos seus discípulos :

- “Também vós quereis retirar-vos ? Pedro respondeu : Senhor, para quem havemos nós de ir ? Tu tens palavras de vida eterna”.(Jo-6,67-68).

Estava assim prometida a Eucaristia, que Jesus viria a instituir na Última Ceia.

Mas para receber a Eucaristia na Comunhão Sacramental, há regras e condições para que este Sacramento possa prodizir os seus efeitos espirituais nas almas e não torne numa rotina que pode ir da ignorância à superstição e chegar mesmo ao sacrilégio.

S. Paulo escreveu :

- “Portanto, sempre que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor até que Ele venha. E, assim, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor.(...) Aquele que come e bebe, sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação”.(1 Cor. 11,26-29).

Talvez pareça uma linguagem muito dura para os tempos de hoje, como o foi no tempo de Jesus, mas ela é uma doutrina que nos deve envolver e comprometer com o mistério da Presença Real, que talvez não esteja ainda bem esclareceido para uma grande parte das pessoas que habitualmente se aproximam da Sagrada Comunhão.

Esta doutrina é tão importante e sempre tão oportuna que a Igreja a coloca à nossa reflexão durante estes 5 domingos seguidos.

Sendo nós todos pecadores ( e quem disse que o não é, é mais do que os outros), como é que se compreende que toda a gente vai comungar e os confessionários estão a ficar vazios ?

Re: Critérios para poder comungar
Escrito por: Maria João Piedade (IP registado)
Data: 01 de August de 2006 23:57

Está na consciência de cada um.... mas para ser sincera mete-me também um pouco de confusão. Conheço pessoas que nunca se confessaram na sua vida e todos os Domingos estão na Igreja para comungar.

Re: Critérios para poder comungar
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 02 de August de 2006 23:39

Mas como podemos saber se um pessoa "conhecida" "nunca se confessou"?

Não é a Confissão um acto íntimo e privado?

Que temos nós a ver com a "contabilidade" das suas "confissões"???

Não será um juízo precipitado sobre os outros?

Nestas coisas da Comunhão parece-me que não nos devemos sequer importar ( muito menos comentar) se os outros estão ou não preparados.

É um assunto deles e da sua consciência mais íntima.

Cada um só pode ( deve) falar de si.

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